O corpo humano se expressa de muitas
maneiras, com seu próprio idioma, entretanto a forma de interpretá-lo varia de
acordo com cada um. O principal objetivo do corpo é estar bem: bem hidratado,
bem alimentado, bem descansado, bem emocionalmente. Quando ele detecta algum
problema nos avisa imediatamente, porém nem sempre conseguimos identificar
estas mensagens por falta de tempo, protocolos sociais, etc. Estes sinais
também estão presentes quando pensamos em alguma comida, estes desejos ocupam
nossas mentes e nos distraem.
Um desejo pode significar uma carência
emocional, mais que alimentícia. Será necessário começar a observar os sintomas
e saber diagnosticá-los. No geral quando estamos doentes, tristes, cansados o
nos sentimos sozinhos, o doce chama mais atenção. Agora se nos sentimos
cansados pelas responsabilidades, a imagem de um sorvete ou um picolé vem a
nossa cabeça.
Quando buscamos fortalecimento
interior pensamos em proteínas; quando estamos entediados, o salgado ou picante
nos interessa. No geral cada pessoa pode ter desejos específicos para certas
emoções. Também podemos ter desejo por costume, como por exemplo, se todos os
domingos tomamos um sorvete ou todas as manhãs comemos frutas, nossa mente se
acostumará e pedirá os mesmos alimentos quando algo nos faça lembrar a manhã ou
tarde de domingo.
Enquanto aos nutrientes, se desejamos
chocolate, necessitando magnésio, cromo ou vitaminas do complexo B. Os doces
podem significar sede, magnésio e cromo. O pão significa que buscamos algo que
nos de energia ou fibra. Já os alimentos salgados estão associando a
necessidade do corpo em água com eletrólitos. Os alimentos fritos com gorduras
e cálcio.
Se o desejo não está relacionado com a
comida ele será esquecido depois de aproximadamente 10 minutos, necessitamos
apenas concentração e pensar em alguma atividade de curto tempo, onde podemos
iniciar, desenvolver e concluir as tarefas propostas. O desejo normalmente
desaparece e será mais simples poder identificar o que realmente queremos.
Comer é um dos grandes prazeres da
vida, ter desejo é natural e realizá-lo uma meta pessoal ao mesmo tempo que uma
excelente forma de identificar o que realmente nosso corpo pede. Ao entender
estas necessidades fisiológicas estaremos mais tranquilos, relaxados e focados
em nossa vida pessoal, social e profissional.
Marilú
Acosta
(1976, Cidade do México),
tem um PhD em Literatura Moderna (Universidad Iberoamericana, México), um
Mestrado em Saúde Pública e Promoção da Saúde (Universidade Henri Poincaré,
França) e dois graus, uma em medicina (U. Anahuac, México) e outra em
Literatura Latino-Americana (Universidad Iberoamericana, México). Ele divide a
sua vida entre o ensino profissional (U. Westhill, México), a criação de
estratégias para a promoção da saúde, a coordenação internacional a emergências
de saúde e escrita.