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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Volta às aulas e alergias – alertas e dicas da ASBAI para os pais





Rinite, asma e alergia alimentar estão entre as mais frequentes

A volta às aulas pode ser um sinônimo de preocupação para os pais que têm filhos com alergias, ainda mais quando a instituição de ensino não está preparada para atender às necessidades dessas crianças.
A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) diz que as escolas devem ter protocolos de identificação individual para crianças com riscos. Do mesmo modo que se deve cuidar de forma especial da criança diabética, cardiopata, neuropata, é preciso ter atenção preventiva com os alunos alérgicos.
“A criança deve estar bem identificada na sua ficha de saúde, mas, além disso, aqueles que lidam com o menor devem estar bem informados e conscientes da necessidade de atenção redobrada para evitar contatos acidentais com fatores desencadeantes, assim como saber identificar sinais de crise”, alerta o presidente da ASBAI, Dr. José Carlos Perini, que diz ainda que a escola deve saber como proceder em caso de emergência.
Para o Dr. Perini, de um modo geral, as escolas agem burocraticamente. “Registram, cadastram, mas são pouco compromissadas com a prevenção. Alimentos são guardados todos juntos, a limpeza das salas de aula deixa muito a desejar, os aparelhos de ar refrigerado nem sempre são limpos como se deve”.  
As alergias mais comuns – A rinite está em primeiro lugar entre as alergias mais comuns. A asma também aparece pelas condições ruins de limpeza ambiental. Alergia a insetos é comum nas escolas, onde mosquitos costumam proliferar. “E aqui cabe um alerta aos pais nesses tempos de Aedes Aegypti: cobrar das escolas um programa de combate a focos de mosquitos, da mesma forma que nas residências”, alerta Dr. Perini.
Embora pouco usado pelas escolas, o giz também merece atenção por ser alcalino, que irrita mucosa e vias aéreas de forma primária e, por isso, a limpeza da sala de aula deve ser feita várias vezes ao dia.  
Dica aos pais – A ASBAI orienta os pais como agir com a escola para que se evitem situações que coloquem em risco a saúde da criança. Entre elas, é preciso solicitar autorização para inspecionar a instituição de ensino e os locais onde a criança frequentará.  Os pais devem oferecer sugestões de como melhorar a prevenção e explicar quais são os procedimentos que asseguram risco zero. 
“Por outro lado, os pais precisam colaborar com a escola fornecendo alimentos seguros para a criança, disponibilizando medicamentos que o menor utiliza e que pode precisar durante uma crise alérgica e treinar a criança a partir dos quatro anos para que ela essa seja proativa e também participe da prevenção. Crianças nessa idade já absorvem treinamento”, explica o presidente da ASBAI.

Associação Brasileira de Alergia e Imunologia - ASBAI .
Twitter: @asbai_alergia - Facebook: Asbai Alergia - www.asbai.org.br

Vai andar de bike no fim de semana? Saiba como aproveitar o passeio sem lesões





Itens como capacete, óculos e um bom alongamento tornam a atividade mais segura e com melhores resultados para a saúde

 A popularização do uso de bicicletas em centros urbanos mostra que as pessoas têm buscado opções de lazer mais baratas e saudáveis. Segundo o Dr. Ricardo Nahas, médico do Esporte e coordenador do Centro de Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital 9 de Julho, para que o passeio não acabe mal, é preciso tomar alguns cuidados.
Segundo o especialista, o verão nos dá mais disposição para atividades físicas e o crescimento das ciclovias mostra o quanto a população tem interesse por práticas saudáveis. “Só não podemos descuidar dos itens de segurança e de preparar o corpo antes do exercício”, salienta.
Saiba como se preparar para os dias de pedalada:
Ø  Aquecimento: antes de qualquer atividade física é preciso aumentar gradativamente o esforço para o corpo ficar mais preparado para a movimentação que terá, o que diminui o risco de lesões;
Ø  Selim: a altura ideal é no nível do períneo (região dos órgãos genitais) até o chão. É importante que os joelhos fiquem levemente flexionados quando a pessoa estiver sentada no selim;
Ø  Guidão: a altura está correta quando o corpo não está projetado para frente, ou seja, quando fica ereto em cima da bicicleta;
Ø  Capacete: protege de lesões no crânio, se houver queda. Pontos importantes sobre esse item:
o   Precisa ter cinta com tamanho adaptável e uma boa trava de segurança evitando que saia da cabeça em caso de queda;
o   Checar se há informações como modelo, peso e se[RN1]  o equipamento deve ser trocado em caso de forte impacto e tempo de uso.
Ø  Óculos, joelheira e cotoveleira: não são obrigatórios, mas são úteis para proteger os olhos de poeira e insetos, e reduzir o impacto nas articulações em caso de eventuais acidentes;
Ø  Garrafa de água: hidratação é fundamental, especialmente nos dias mais quentes ou em atividades mais longas. Tenha um espaço para colocar a sua na bike.
Ø  Roupas: use roupas confortáveis e leves que permitam a amplitude de movimentos, a liberação de suor e sejam preferencialmente claras para melhor visualização - se pedalar a noite, use as que possuem sinalização adequada para refletir a luz. Evite calças largas e cuidado com o cadarço do tênis, ambos podem prender na corrente e causar acidentes.
O Dr. Nahas salienta que, se o objetivo for maior do que lazer, como a participação em competições, por exemplo, é importante passar por avaliação médica. “Atividades que requerem maior dedicação e exigem mais do corpo precisam de acompanhamento multidisciplinar para a aprimoramento da performance e diminuição de riscos” explica.

Dicas para as crianças curtirem o carnaval!







A história do carnaval no Brasil vem do período colonial, iniciada pelos escravos. Cordões, ranchos, corsos, escolas de samba, marchinhas, sambas, afoxés e maracatus foram alguns dos ritmos que marcaram essa festa


A primeira marchinha de carnaval foi composta em 1899, pela musicista e maestrina brasileira, Chiquinha Gonzaga: O Abre-Alas. E é através dessa música que vamos abrir espaço para as dicas de saúde, em um passeio por algumas antigas e saudosas marchinhas de carnaval.

Mamãe eu quero! Mamãe eu quero! Mamãe eu quero mamar!

“Apesar de politicamente incorreta, fazendo a apologia à chupeta e à mamadeira (não indicados pelas recomendações atuais), essa gravação, em um filme de 1940, mostra Carmem Miranda e Garoto em uma das marchinhas carnavalescas mais conhecidas de todos os tempos e nos remete à questão da alimentação durante os dias de folia”, conta o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

Quando se trata de crianças, sempre valem alguns lembretes importantes, defende o médico:

·        Até os 6 meses de idade, a recomendação é o aleitamento materno exclusivo, em livre-demanda. Não é necessário oferecer água, ou qualquer outro tipo de líquido nessa faixa etária. Leite materno: alimenta e hidrata;
·        Em lactentes até um ano de idade, leite materno ainda é fundamental. Hidratação é importante. Sucos, mesmo os naturais, devem ser evitados até um ano de idade, segundo estudos recentes, pelo aumento do risco de diabetes tipo 2. As recomendações da Academia Americana de Pediatria (AAP) são que entre 1 e 6 anos se ofereça entre 120 a 180 ml ao dia e após os 7 anos, cerca de 250 ml ao dia (de sucos naturais);
·        Frutas frescas, legumes e verduras (FLV) com vitaminas, água e fibras, são recomendados também nessa época;
·        É importante ficar atento para a higiene e a conservação dos alimentos consumidos, principalmente fora de casa, nas praias, clubes e hotéis. Maioneses, ovos, molhos e cremes necessitam de preparos cuidadosos e conservação impecável para que não causem reações graves, como intoxicações alimentares, levando a quadros febris, com diarreia, vômito e até  desidratação, que podem requerer desde “uma visita forçada” a um pronto-socorro até uma internação hospitalar;
·        Qualidade e quantidade devem ser bem controladas. Se for ultrapassado um limite individual de tolerância, reações alérgicas graves podem estragar a comemoração. Estamos falando de amendoins, corantes e sucos artificiais;
·        Se você pensa que cachaça é água, cachaça não é água não. A hidratação é fundamental. LEITE MATERNO (para os que ainda mamam) e, após o 6º mês de vida, sempre muita ÁGUA.

Não à bebida alcoólica

“O carnaval é uma festividade que costuma ser acompanhada de mais liberdade e menos controle. Some-se a isso a questão cultural de algumas famílias e junte-se o calor do verão brasileiro e o cenário está armado. Independentemente de cultura ou idade, por mais inimaginável que possa parecer, a situação ainda ocorre: é absurdo oferecer qualquer quantidade, por menor que seja, de qualquer bebida alcoólica, para crianças”, destaca Moises Chencinski.

O pediatra destaca que, além de ser proibido por lei, é extremamente prejudicial, podendo, até, ser fatal. Quanto mais precoce o estímulo alcoólico para pessoas com tendência ao vício, mais cedo e mais certamente esse hábito poderá se instalar e levar a sérios prejuízos à saúde futura desse indivíduo.

“Além disso, crianças são indivíduos em crescimento e desenvolvimento, sendo mais suscetíveis a estímulos, com riscos de quadros graves, mesmo com pequenas quantidades de substâncias nocivas, inclusive o álcool”, lembra o médico, membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

E com relação à fantasia?

Quanto riso, oh, quanta alegria! Mais de mil palhaços no salão... Batman, Homem Aranha, Cinderela, Havaiana, Pequena Sereia… Qual vai ser o personagem do seu pequeno?

“Na hora de escolher a fantasia preste atenção ao tecido, para que seja leve e arejado, como o algodão, e não aperte a criança. Não se esqueça de escolher sapatos confortáveis e que seu filho já esteja acostumado a usar. Cuidado também com os adereços e mantenha a criança longe de espadas, lanças e objetos pontiagudos. Há também quem prefira usar a pintura. Essa opção é indicada para maiores de 2 anos, e com tinta adequada e antialérgica para evitar intoxicações. Ainda assim, faça um teste antes de aplicar no rosto de seu super-herói ou de sua princesa”, ensina Chencinski.

É recomendável evitar sprays de espuma e neve, bem como a serpentina artificial. Eles são perigosos porque contém substâncias químicas que podem causar irritação ou sensibilidade na pele e nos olhos. "Estudos recentes demonstraram que, quando o contato com esses sprays é prolongado ou se são usados sob o sol, eles podem ter seus malefícios potencializados. Recomenda-se, nestes casos, lavar a pele e os olhos o mais rápido possível após o contato. Já as máscaras devem ser usadas com muito cuidado porque, durante a brincadeira do carnaval, elas podem se deslocar e prejudicar até a respiração da criança", conta o pediatra.

Cuidados na multidão

Allah-la-ô, mas que calor... Na praia, nos clubes, as festividades para as crianças acontecem de manhã e à tarde. Assim, no calor do clima e na aglomeração que também eleva a temperatura, as crianças precisam de proteção.

“Em relação ao sol vale a pena seguir a mesma orientação de qualquer época do ano. Evitar exposição direta entre 10 e 16 horas, sempre usando protetor solar, mesmo fora desse horário. O calor pode aparecer e ser um fator agravante também em salões fechados, com muita gente pulando e se divertindo, especialmente nas crianças fantasiadas que correm e se divertem incansavelmente. Lembre-se da hidratação constante”, destaca Moises Chencinski.

Durante o carnaval, os pais também estão educando e formando cidadãos. “Assim, mesmo que os banheiros químicos instalados nas ruas  não sejam convidativos, não vale fazer xixi na rua! Levem lenços umedecidos e protetores de assento para ajudar  a criança a encarar o banheiro químico. Outra opção é achar um bar ou restaurante e utilizar os banheiros de lá, adotando os mesmos cuidados”, recomenda o pediatra.

Chencinski ainda lembra que as crianças não têm noção do perigo, e pela sua curiosidade natural podem se perder, distraídas no meio da multidão. “Faça uma pulseirinha de identificação para o seu filho com o nome dele, dos pais, telefone e endereço. É importante explicar que isso é um recurso de segurança caso ele se perca. Não deixe as crianças sem supervisão, sozinhas, no meio da multidão. Fiquem sempre de olho. Neste sentido, vale a pena conferir o material da campanha Defenda-se, uma série de vídeos que visa chamar a atenção para os cuidados preventivos que devem ser tomados em relação à violência sexual no carnaval”, diz o médico.


Moises Chencinski - Site: http://www.drmoises.com.br

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