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sábado, 16 de julho de 2022

Avaliação virtual externa e modernização do processo regulatório no ensino superior

A Lei n.º 14.375/2022 alterou o trecho da Lei n.° 10.861/2004, do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior – SINAES, permitindo que a avaliação in loco das instituições de ensino superior (IES) e seus cursos seja realizada de forma remota.

O modelo de avaliação virtual foi implementado em abril de 2021, em resposta às restrições da pandemia, mas, em sua concepção, verificou-se possibilidades de ampliação do uso por conta das vantagens que a estratégia traz. 

Há redução de custos com passagens e estadias de avaliadores, que respondiam por mais da metade do custo de uma avaliação e, em alguns casos, ultrapassava o valor da taxa paga pela instituição naquele processo. Além disso, o processo virtual proporciona celeridade nas avaliações em locais de difícil logística, pois, comumente, ao ver o tempo de viagem, a quantidade de conexões e os tipos de transporte a usar, os avaliadores solicitavam dispensa da comissão.

Outra vantagem é a redução do tempo de dedicação dos avaliadores ao processo pela ausência da viagem de deslocamento e a conciliação de compromissos pessoais e profissionais nas noites do período de visita, o que aumentou a disponibilidade de agenda para designação em comissões e suas confirmações. 

A gravação de partes das avaliações também representa uma vantagem para as instituições e para o INEP, além de trazer transparência ao processo, pois é possível utilizar esses arquivos para analisar recursos decorrentes de possíveis erros ou injustiças do relatório, ou ainda, fraudes realizadas pelas IES.

Há a possibilidade de aumento de fraudes nas avaliações que não seriam passíveis de serem executadas caso a avaliação fosse presencial, o que é consideravelmente preocupante, já que nas avaliações presenciais era possível perceber algumas irregularidades. Nesse sentido, é necessário ampliar o cuidado nas verificações de documentos e nas imagens transmitidas, sendo que a gravação é um mecanismo importante para se comprovar e punir as irregularidades.

Se para algumas instituições a avaliação virtual é uma vantagem pela possibilidade de fraude nas demonstrações, para muitas significou uma desvantagem na avaliação da infraestrutura, pois o primeiro balanço de resultados do INEP demonstrou que a média dos resultados dessa dimensão caiu em comparação com a avaliação presencial.

A interação pessoal entre avaliadores e representantes das instituições de ensino superior era um ponto importante no processo avaliativo, não apenas para troca de experiências como uma sensibilização subjetiva dos avaliadores quanto à importância da instituição naquele local, ou os cuidados e as práticas de gestão percebidas nas sutilezas das interações em momentos fora das reuniões previstas, que impactava positivamente nos resultados das avaliações. Assim, o processo de avaliação se tornou mais objetivo, considerando-se apenas os documentos disponibilizados e as demonstrações e os depoimentos nos momentos formais de interação. 

Como profissional envolvida nos dois lados da avaliação virtual, considero importante avaliar cuidadosamente a possibilidade de retomada das avaliações presenciais para cursos da área de saúde, com laboratórios mais complexos, e em recredenciamento das instituições com autonomia para criar cursos, dado o impacto que os resultados de possíveis fraudes decorrentes desses processos têm na sociedade. 

Mas, de modo geral, como as vantagens são superiores às desvantagens, e há possibilidades de fraudes nas avaliações presenciais, a aprovação definitiva da modalidade de avaliação virtual representa um avanço tecnológico e metodológico na política regulatória, e permite a celeridade dos processos represados por empecilhos logísticos. 

 

Leide Albergoni - avaliadora de credenciamento institucional do INEP, professora e Procuradora Institucional da Universidade Positivo (UP). 


Como retomar a confiança do consumidor com o atendimento automatizado

A evolução da tecnologia permite a automatização das comunicações entre companhias e consumidores, além de gerenciamento centralizado desses contatos e da jornada de compra. Garantir um atendimento próximo do humano, com qualidade e que entregue mais eficiência ao negócio, ainda é um desafio constante no meio corporativo, pois consumidores e usuários estão cansados e até irritados com o atendimento robotizado, sem empatia ou capacidade de resolução, apenas transferindo o atendimento humano para o robô as necessidades dos clientes no velho e conhecido jogo de empurrar, passar para frente ou vamos ganhar mais tempo para entender. 

O que está em jogo em qualquer situação é sempre a melhor experiência do cliente, e os assistentes virtuais precisam estar prontos, afiados e afinados com o negócio, mas não para substituir o atendimento humano e sim para ampliar a eficiência no atendimento e por consequência do negócio. 

O mundo ideal deveria contar com uma plataforma que provê caminhos para você ter várias experiencias, independente da criticidade, do valor disponível para investimento e integração com omnicanal, afinal todas as corporações buscam insistentemente adotar caminhos ou estratégias para garantir a satisfação do cliente. Nos últimos tempos com o avanço da inteligência artificial, assistentes virtuais com essa tecnologia nativa, tem sido um dos processos mais priorizados nas grandes companhias e sempre relacionados diretamente a satisfação dos clientes, ou consumidores e que apresentem real capacidade de resolução do contato ou da solicitação. Mas será que mesmo com o avanço da Transformação Digital e olhos mais atentos para o consumidor é possível perceber melhorias significativas no atendimento automatizado? 

A pandemia da COVID 19, acelerou de fato a adoção de projetos de Transformação Digital. As indústrias brasileiras, por exemplo, estão passando pela transformação digital e o número de negócios que utilizam pelo menos uma tecnologia no seu processo já representa 69% do total, é o que apontou a pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Já o ecommerce brasileiro registrou um faturamento de R$ 161 bilhões em 2021, uma alta de 27% em relação a 2020, resultado recorde para o comércio online, segundo dados da Neotrust, empresa que monitora 85% do ecommerce brasileiro. 

E claro, com todo esse volume de negócios, a pandemia levou o brasileiro a usar mais serviços digitais como por exemplo, pagar contas, contratar serviços ou comprar produtos. E como consequência, aumentou a interação on-line e os assistentes virtuais que já estavam presentes na cena, ganharam ainda mais espaço, mesmo sem a capacidade de entregar a uma experiência sólida e real para o cliente. porém o diferencial para o sucesso está em oferecer um assistente virtual inteligente, com motores que trazem para a ponta e tiram do backoffice dados que são fundamentais para entender o cliente, como análise de sentimento para saber se o cliente merece receber um atendimento especial, por exemplo, se o cliente está com raiva ou decepcionado ou quer falar diretamente com um agente ou atendimento humano. E, quando se torna possível entender o consumidor, trazendo os dados para o frontend, percebemos mais ganho de eficiência ao negócio.  

O nível de tecnologia dos Assistentes Virtuais atuais está tão evoluído que em uma mesma empresa, podemos escolher experiências diferentes para diferentes níveis de consumidores como por exemplo; um consumidor pode ser atendido diretamente pela empresa ou até mesmo em uma única fala, receber uma solicitação que o atendimento será mais rápido por chat ou SMS, pois já identificaram imediatamente o problema. Assim, entendemos que o nível de satisfação ou de experiência que podemos registrar nessa jornada do cliente, depende muito dos objetivos de negócio. 

O mercado disponibiliza vários players que oferecem soluções com inteligência artificial ou NLP, inclusive englobando todo o processo de reconhecimento, tanto de voz quanto de texto, mas é necessário, que antes de embarcar em uma jornada como essa, as empresas considerem a experiência, referências que de fato, diferenciam o comum do excepcional. Afinal, fatores como segurança, escalabilidade, Compliance na complexidade das integrações e mais uma vez ressalto, a experiência do cliente são pontos primordiais para o sucesso. 

Para retomar a confiança do consumidor com atendimento automatizado é preciso de fato resolver demandas e ainda entregar uma experiência incrível para o consumidor, só assim, será possível transmitir ao cliente credibilidade e confiança e vamos combinar que são pontos essenciais para o sucesso de qualquer negócio. 

 

André Luiz favero - formado em Administração e MBA em Gestão de Empresas na Kore.ai é Head de novos Negócios e Parcerias. 


O Burnout como consequência da falta de reinvenção do formato de trabalho

Até o começo de 2020, o teletrabalho parecia algo distante da maioria dos profissionais no Brasil. Com a chegada da pandemia, as companhias foram obrigadas a buscar alternativas para continuar funcionando e muitas delas adotaram o trabalho remoto, inclusive contratando profissionais em outras cidades ou até países. Agora, com o fim das restrições e necessidade de uso de máscara, a retomada ao trabalho presencial tem acontecido, também, de maneira brusca, gerando muita insegurança e uma enorme carga emocional aos colaboradores em geral.

Ademais, durante a pandemia, pressão emocional, crise financeira de muitas empresas e transformação do mercado, geraram uma insegurança para quem faz parte dessas organizações. O excesso de pressão tem a mesma raiz. O discurso nas corporações é que “precisamos mudar, nos reinventar, criar coisas novas imediatamente”. É tudo para ontem. E isso leva ao ponto de falta de reconhecimento profissional. Porque ao mesmo tempo em que existe o estresse e a pressão por inovar, os colaboradores não estão sendo reconhecidos.

Uma coisa importante para observar, nesse período, é a transformação na compreensão das pessoas sobre o que é o trabalho, qual é a troca, qual é o limite. Até que ponto os colaboradores estão dispostos a se esforçar, vestir a camisa das empresas e chegar a situações extremas de síndrome de burnout por uma corporação que aparentemente não enxerga os colaboradores, nem a falta de uma cultura positiva.

Uma cultura tóxica não mora apenas no assédio moral, no excesso de horas… Está no “chefe” que não xinga, mas não olha e nem fala com os colaboradores. Na empresa que não dá voz para que seus funcionários opinem sobre os caminhos do próprio trabalho. Na cultura que despersonaliza o indivíduo e privilegia ainda mais aqueles que já são privilegiados.

É importante reforçar que burnout não é apenas um cansaço, é um esgotamento de recursos psicológicos. Está ligado ao indivíduo e, também, às empresas, ou seja, está correlacionado diretamente com a cultura organizacional e sobre o papel das lideranças.

O líder deve fazer a gestão da entrega. Esse é seu papel principal. Para alguns “chefes”, foi um enorme desafio trocar a sensação – ilusória, que fique claro – de controle das pessoas pelo controle do resultado. Muitos “chefes” trabalhavam na base de ver a pessoa no escritório e sentir que ela está trabalhando, quando poderia estar fazendo compras, no whatsapp ou perdida em pensamentos.

Não ver o time todos os dias trouxe uma insegurança para esses “chefes” que passaram a buscar esse controle sobre o tempo do outro de formas muito invasivas, como pedindo para as pessoas deixarem a câmera do computador aberta, utilizando softwares de vigilância, enviando mensagens e exigindo respostas imediatas. Tristemente, esta é a consequência de existirem muitos “chefes” e poucos “líderes” nas empresas, sejam elas nacionais ou internacionais, pois os “chefes” ainda acreditam no ditado popular brasileiro que diz "É o olho do dono que engorda o gado”.

O papel de uma real liderança é fundamental para mudar este triste desenho que se formou em relação ao formato de trabalho e o ambiente que as empresas devem prover para que seus colaboradores possam realmente se sentir mais confiantes e produtivos. O primeiro passo seria reconhecer que existe um problema na cultura organizacional da empresa e realmente tomar as providencias cabíveis para chegar à causa raiz.

Não é uma jornada fácil, principalmente, se a causa raiz do problema for a própria Alta Direção ou até o presidente da empresa. Decisões difíceis deverão ser tomadas, sob pena da organização vir a sofrer alto turnover, afastamentos ocasionados por doenças mentais e burnout, denúncias junto ao Ministério Público do Trabalho, enormes quantidades de ações trabalhistas e, por fim, a crise reputacional que fatalmente deve acontecer, pois no mundo atual, as mídias sociais são utilizadas como instrumentos de denúncias, desabafos e de comentários negativos sobre empresas.

Sendo assim, a formato de trabalho está em pleno processo de reinvenção.  O papel da liderança deve ser no sentido de buscar nos colaboradores suas opiniões e realmente ouvir as necessidades deles. A produtividade somente aumentou com o trabalho remoto, trata-se de uma falácia quem fala ao contrário. A questão é chegar em um ponto de equilíbrio entre empresas e trabalhadores no qual ambas as partes definam conjuntamente o modelo de trabalho a ser utilizado, onde as trocas sejam justas, respeitosas e, principalmente, saudáveis física e mentalmente para todos.

 

Patricia Punder - Advogada é compliance officer com experiência internacional. Professora de Compliance no pós-MBA da FIA e LEC – Legal Ethics and Compliance (SP). Uma das autoras do “Manual de Compliance”, lançado pela LEC em 2019 e Compliance – além do Manual 2020. Com sólida experiência no Brasil e na América Latina, Patrícia tem expertise na implementação de Programas de Governança e Compliance, LGPD, ESG, treinamentos; análise estratégica de avaliação e gestão de riscos, gestão na condução de crises de reputação corporativa e investigações envolvendo o DOJ (Department of Justice), SEC (Securities and Exchange Comission), AGU, CADE e TCU (Brasil). www.punder.adv.br


Migrantes nas cidades fronteiriças do México sofrem com a falta de acesso a cuidados de saúde, água potável, abrigo e serviços básicos

MSF apela para outras organizações humanitárias e às autoridades locais para que ofereçam urgentemente assistência às pessoas vulneráveis


A situação dos migrantes nas cidades fronteiriças do norte do México está se deteriorando drasticamente à medida que as pessoas continuam sendo expulsas dos EUA por meio do Título 42, uma política que usa a pandemia da COVID-19 como argumento para retirar, imediatamente, os migrantes do país americano sem o devido processo legal. Para piorar, todos os dias, centenas de pessoas continuam a chegar ao México vindas do Sul buscando entrar nos Estados Unidos.

A resposta das autoridades locais em cidades como Nuevo Laredo, Piedras Negras, Ciudad Acuña, Reynosa e Matamoros é inadequada, deixando milhares de pessoas sem acesso a serviços básicos ou abrigo seguro. Como uma das poucas organizações que presta cuidados médicos e de saúde mental nessas cidades, as equipes de Médicos Sem Fronteiras (MSF) estão sobrecarregadas com as crescentes necessidades dos migrantes.

Em Piedras Negras e Ciudad Acuña, os abrigos de migrantes e centros de acolhimento estão fechados, e as pessoas não têm onde ficar. Elas nem sequer tem acesso a barracas.

Em Nuevo Laredo, uma equipe móvel de MSF tem prestado assistência humanitária a migrantes do Haiti e da América Central, bem como a pessoas deslocadas internamente que fogem da violência em diferentes partes do México. Mais de duas mil pessoas permanecem em abrigos e acampamentos improvisados vivendo em condições insalubres e inseguras.

"A maioria são famílias com crianças pequenas dormindo no chão, expostas à chuva e a altas temperaturas", disse Pavel Goytia, coordenadora-geral de MSF em Nuevo Laredo. “Os dez abrigos da cidade estão com capacidade máxima e centenas de pessoas continuam chegando. Muitos dos abrigos são espaços improvisados que carecem de serviços básicos, colchões, alimentos, água potável, proteção para as condições climáticas adversas, banheiros, chuveiros e gerenciamento adequado de resíduos."

"Estou aqui há uma semana em Nuevo Laredo", disse Esaia Jorince, 27 anos, que fugiu do Haiti há três anos, depois que sua família foi assassinada. “A situação aqui é muito ruim, não tenho dinheiro para comprar nada para comer ou nenhum lugar para dormir. Está chovendo. No abrigo onde estamos hospedados, estou dormindo no chão. Isso é complicado para mim e para minhas doenças. Eu começo a chorar porque tenho dores e me sinto muito mal, às vezes eu quero morrer." Jorince viveu no Brasil por vários anos, mas teve que sair por falta de emprego. Ele espera obter asilo nos EUA.

Uma situação semelhante está se desenrolando em Reynosa. Os últimos habitantes da Plaza de la Republica foram despejados no início de maio. "O número de migrantes na cidade aumentou nas últimas semanas e há uma grave falta de moradia, alimentos e serviços de saúde para ajudá-los", disse Anayeli Flores, especialista em assuntos humanitários de MSF. “Não há espaço nos abrigos e muitas pessoas estão vivendo nas ruas suportando temperaturas muito altas.”

As equipes médicas da organização trataram muitos migrantes por sintomas relacionados a más condições de vida, como condições respiratórias, doenças gastrointestinais e infecções de pele, rins e ginecológicas. As equipes de saúde mental de MSF também cuidam de pessoas que estão experimentando sintomas relacionados ao transtorno de estresse pós-traumático, ansiedade, luto ou perda e depressão resultantes de suas experiências em seus países e ao longo da rota de migração.

As pessoas também estão expostas a altos níveis de violência nas cidades fronteiriças. “Estou neste abrigo em Reynosa há 22 dias com minha esposa, filha e pai”, disse José, que fugiu de Honduras em outubro de 2021. “Estamos dormindo no chão. Na outra noite ouvimos tiros muito perto do abrigo. Estamos fugindo de balas no meu país, não achávamos que seria assim aqui também. Foi muito assustador.”

“Quando eu [atravessei] para os EUA, eu estava sozinha porque só podíamos pagar pela minha travessia”, disse Yenth, que fugiu de Honduras e entrou no México em janeiro de 2021. “Do outro lado eles me pararam. Eu nunca fui atendida por um médico; eles não me deram nenhuma informação. No dia seguinte [as autoridades dos EUA] me enviaram para Reynosa. Eles não se importaram que eu estivesse grávida. [Em Reynosa] Eu fui estuprada.”

MSF pede às autoridades de todos os níveis e outras organizações internacionais de assistência humanitária presentes na região que aumentem seus esforços para garantir condições dignas para as populações migrantes e deslocadas ao longo da fronteira norte. Há uma necessidade urgente de expandir as atividades humanitárias para evitar a deterioração da saúde e aliviar o sofrimento das pessoas que estão em um estado de grande vulnerabilidade.


Investidores podem expandir os lucros através de ações internacionais

De acordo com Gabriel e Isabela Komatu, fundadores da Komatu Gestora de Recursos, a escolha por um fundo de investimento pode ser a opção mais segura para quem está iniciando sua atuação no mercado

 

Comprar ações fora do Brasil pela primeira vez pode parecer uma tarefa complicada para muitos investidores. Mas com auxílio e orientação, é possível realizar investimentos com segurança e tranquilidade.

De acordo com Gabriel Komatu, formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas - FGV e cofundador da Komatu Gestora de Recursos, existem duas formas para comprar ações no exterior. “Pode-se abrir uma conta diretamente no país em que deseja investir, ou realizar investimentos via BDRs na bolsa brasileira. De forma menos direta, também é possível investir em um fundo de investimento que possui como estratégia comprar ações no exterior e, dessa forma, o investidor também estará exposto às ações estrangeiras”, relata.

Em um Fundo de Investimento, o investidor compra cotas de participação e se torna cotista, confiando a administração do seu dinheiro para a gestão desse fundo, que é a responsável por comprar e vender os ativos para obter lucros.

Isabela Komatu, CEO e também cofundadora, afirma que investir em um fundo pode ser mais vantajoso em diversos cenários. “Dessa forma, o investidor estará delegando a gestão de seu portfólio de ações a um gestor e, portanto, um profissional qualificado tomará as decisões de investimento dentro do fundo, em nome de vários cotistas. Esta é a principal vantagem, porque o investidor não terá que se preocupar em estudar sobre as empresas estrangeiras ou em acompanhar o mercado financeiro. Afinal, ele contará com um profissional focado nisso e tomando as decisões de investimento”, revela.

Fora de um fundo, a compra de ações no mercado estrangeiro pode ser complicada, mas é possível realizar aplicações após analisar diversos fatores importantes. “Deve-se levar em consideração a saúde financeira da empresa, seus múltiplos financeiros, as perspectivas macroeconômicas para o possível crescimento da companhia e as perspectivas setoriais para o modelo de negócio. Além disso, cada ação possui um nível de risco que não pode ser descartado durante a análise, já que podem existir ações que são mais coerentes de se ter em seu portfólio em comparação a outras”, pontua a CEO.

Gabriel alerta que, ao comprar ações por conta própria, é de suma importância acompanhar as notícias relacionadas as empresas em que os investidores pretendem investir. No entanto, o empresário considera o aporte em um fundo de investimento uma opção mais segura. “Por conta desse processo extenso de análise e acompanhamento, é importante avaliar se investir via fundo de investimento não seria uma opção mais plausível para o investidor. Em um fundo delega-se a gestão de investimento para um profissional, que fará toda essa análise e acompanhamento de forma mais certeira e efetiva”, finaliza.

 

 

Gabriel Komatu - formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas e atua no mercado financeiro há mais de sete anos. Iniciou a sua carreira como assessor de investimentos em um escritório de agentes autônomos em São Paulo e saiu do escritório para fazer um intercâmbio na França, na HEC Paris. Em 2020, começou a fazer gestão de portfólio do Clube de Investimento de Paris ao lado de sua esposa, Isabela. Em 2022, os dois fundaram a Komatu, primeira gestora de recursos da Baixada Santista. Atualmente, é diretor de Investimentos na Komatu, atuando na gestão dos produtos e serviços financeiros da gestora. Gabriel é autodidata e conhecido por ter uma vasta compreensão do mercado financeiro e de capitais brasileiro e global. Possui uma das certificações mais relevantes do mercado financeiro brasileiro, o CGA (Certificado de Gestor Anbima) e está no caminho para se tornar CFA Charterholder (principal certificação internacional).

 

Isabela Komatu - formada em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas e mestre em gestão internacional também pela Fundação Getúlio Vargas (junto com programa CEMS e intercâmbio acadêmico na HEC Paris) iniciou a sua carreira no mercado de luxo. Trabalhou com marketing estratégico na Dior no Brasil e na Shiseido na França. Iniciou um clube de investimento em 2020, o qual fazia gestão de portfólio junto com o Gabriel. Em 2022, os dois fundaram a Komatu, primeira gestora de recursos da baixada santista. Isabela possui um background internacional, morou nos Estados Unidos, na Espanha, na Itália e na França. Este último residiu por 1,5 anos, onde pôde aprender a cultura e a língua francesa. Atualmente, é CEO e responsável pelas áreas de Operações, Risco e Compliance na Komatu.

 https://komatu.com.br/

@komatu.gestora


Comunica ação

 

O ser humano foi feito para se comunicar e tão importante quanto isso são os relacionamentos

 

Quem não se comunica, se trumbica. A frase do saudoso comunicador da TV brasileira, Abelardo Barbosa, o chacrinha, já virou um clichê, mas o seu significado permanece sem se desgastar. O ser humano foi feito para se comunicar, interagir, se conectar.


E, no que tange aos relacionamentos, encontramos o termo “networking”. Mas afinal, o que vem a ser esse tal de networking? Networking é um termo que vem do inglês cujo significado é a ação de trabalhar nossa rede de contatos, trocando informações relevantes com base na colaboração e ajuda mútua. É a oportunidade de aumentar seu capital relacional que impactará nos resultados do seu trabalho ou dos negócios. O importante é não esperar que as oportunidades “caiam no colo”, é necessário criá-las. Mas atenção! Não adianta nada ter um networking apenas por ter, de qualquer jeito. Não adianta ter mais de dez mil amigos nas redes sociais só para fazer número. Não adianta ter o e-mail do presidente dos Estados Unidos sendo que ele não vai ler a sua mensagem quando receber, isso se torna apenas contatos. Um networking de qualidade é relação de troca, onde não se pensa apenas no que vai receber, mas também no que tem a oferecer.


Luciana Burko Maciel, estrategista em marca pessoal fala da sua experiência com o network e a rede de relacionamentos. “Muitas pessoas me questionavam como eu havia conseguido alcançar certos objetivos na minha vida. Comecei a refletir e percebi que desde 2015, após uma imersão voltada para o autoconhecimento, fortaleço minha marca pessoal de uma maneira muito intuitiva o que me abriu muitas portas e trouxe diversas oportunidades.” Ela conta que a pandemia foi o passo que precisava para abrir o seu negócio digital “Minha missão é transformar a vida das pessoas por meio do fortalecimento da marca pessoal para que elas tenham sucesso dentro das suas empresas, carreira ou vida pessoal. Enfim quero ver as pessoas brilharem e serem referências em suas áreas.”.


Somente se posicionando de uma maneira assertiva e se atentando para a necessidade do outro é que realmente conseguimos estabelecer conexões genuínas e duradouras.


Luciana Burko Maciel - Estrategista em Marca Pessoal
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A nova droga K4 é cem vezes mais potente que a maconha e preocupa Autoridades

O professor de Anestesiologia do Centro Universitário São Camilo, Onésimo Duarte Ribeiro Junior, comenta sobre os efeitos da nova droga K4, cem vezes mais potente que a maconha. Recentemente foi noticiado nos jornais do mundo, que usuários de drogas da cidade de Nova York a consomem cada vez mais, o que vem se espalhando para outros países.

Segundo o médico, “seus efeitos são devastadores. A maconha sintética é uma substância química fabricada em laboratórios e vendida por um valor muito baixo, o que facilita o consumo. Os efeitos causados no organismo são ansiedade, hipertensão arterial e quadro psicótico. Essa droga, inclusive, pode levar o indivíduo à morte”. 

Vale lembrar que a estrutura do cérebro humano é complexa e apresenta aproximadamente 1 trilhão de células, sendo 200 bilhões os neurônios, responsáveis por todas as funções do nosso sistema nervoso. Eles controlam todos os órgãos do nosso organismo. A substância que compõe essa droga sintética destrói as células nervosas e compromete várias funções específicas de nosso organismo.   

O professor informa que “as drogas surgem através de pesquisas científicas realizadas pelos laboratórios farmacêuticos sobre novas substâncias eficazes para o tratamento de doenças que afetam a nossa sociedade”. 

Assista ao vídeo do efeito causado pela droga sintética: https://www.youtube.com/watch?v=kQgKpNI1O5g


Os entraves no sistema de cotas de contratação de pessoas com deficiência e jovens aprendizes no Brasil

O Brasil precisa modernizar o sistema de cotas para contratação de pessoas com deficiência e jovens aprendizes. A atual Lei de Cotas não cumpre seu papel social . Vale destacar que grande parte dos empresários do Brasil entendem que a maior função social das empresas, ou do empreendedorismo, no Brasil é, dentro de um processo democrático, criar e gerar trabalho e distribuição de rendas. E tudo aquilo que possa ser entrave para esse desenvolvimento econômico deve ser analisado com muita atenção.

Para ampliar o debate cabe uma questão: qual a função da Lei?  A teoria maior é de que a lei vem sempre depois, a fim de organizar a prática já em evidência no mercado. A função da lei, socialmente falando, é apaziguar crises e entraves na sociedade, a lei não pode causar mais crises, ao contrário, ela tem que ao menos amenizar. O que estamos vendo nesta lei  é que ela tem criado mais crises do que apaziguamento. E isso tem de ser resolvido imediatamente, não dá mais para esperar. 

É quase impossível que as empresas cumpram a lei na sua totalidade. Ela tem tantas nuances e tantos artigos, que dificultam o seu cumprimento. Temos que ter um olhar para o atendimento dos deficientes físicos no transporte público, na mobilidade e no deslocamento de casa para o trabalho. A Lei de Cotas para o trabalho temporário e serviços terceirizados tem uma dificuldade maior porque cerca de 90% da sua mão de obra, presta serviços diretamente nas instalações dos clientes, que, por sua vez, também têm de cumprir suas cotas. Há um clamor enorme por parte dos empresários dos setores de trabalho temporário e serviços terceirizados para que os órgãos competentes considerem as peculiaridades  e as especificidades das profissões e dos serviços prestados pelas empresas de trabalho temporário e de terceirização.

Na questão do jovem aprendiz, por exemplo, tem situações absurdas como a dificuldade de encontrar jovem que quer ser aprendiz de faxineiro, porteiro, ascensoristas, ajudante geral, entre outros. Estamos falando em um setor que possui cerca de 35 mil empresas e que empregam cerca de 2,5 milhões de pessoas, em média, por ano. 

O Congresso Nacional aprovou uma lei e jogou nas costas das empresas quase que a totalidade de sua viabilização,  sem nenhum apoio, nem mesmo compreensão do Poder Público. Importante destacar que o setor de empresas de trabalho terceirizado e temporário não é contra o sistema de cotas, mas defende que elas sejam aplicadas racionalmente, com um estudo e entendimento das características de cada segmento. O seu cumprimento tem que ser real e racional, para que possa ser concreto e efetivo.

Importante destacar que a lei deixou de atender o objetivo da inclusão e passou a ser uma lei de punição e que as pesadas multas sofridas pelas empresas impedem o investimento em qualificação e requalificação de pessoal tão necessário nos dias de hoje. Essa situação acaba criando uma barreira para o emprego formal, na medida que muitas empresas preferem não contratar para não ultrapassar o limite do cumprimento das cotas. Todos sofrem com essa situação: os PCDs, que não estão confiantes nesse modelo, e os desempregados que buscam na informalidade a sua sobrevivência. As distorções da lei precisam ser corrigidas urgentemente.

E nesse cenário, cabe, então, a Justiça exigir a aplicação isonômica desta lei. Isso porque o Estado não cumpre o seu papel de acesso à Educação, por exemplo, para que essas pessoas possam estarem capacitadas e habilitadas para o mercado de trabalho. A habilitação e reabilitação profissional é papel do Estado, de acordo com a lei. Não existe qualquer incentivo para as empresas para atenderem as pessoas com deficiência. Ou seja, se o Estado não fornece o básico para o cumprimento das cotas, porque as empresas devem ser obrigadas a arcar com todas as obrigações oriundas da Lei de Cotas?

 

Vander Morales - presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado (FENASERHTT) e do Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros e de Trabalho Temporário do Estado de São Paulo (Sindeprestem).


A importância da gestão pública na saúde

A gestão pública do sistema de saúde é uma estratégia utilizada pelo estado para promover maior eficiência e eficácia na utilização de técnicas e recursos destinados a melhorar as condições de atendimento à população. Uma boa gestão na área da saúde pública é importante e necessária para a qualidade na prestação de serviços de solução e prevenção de doenças e enfermidades que as pessoas possam ter durante a vida. 

É importante destacar que a boa implementação da gestão com técnicas, métodos e tecnologias já conhecidas, amplamente testadas e adaptáveis a esse setor, podem resolver diversos problemas e promover melhorias significativas nos resultados da saúde. Mas, afinal, o que é Gestão Pública na Saúde? É um conjunto de estratégias e tomada de decisões articuladas e integradas para analisar, planejar, organizar, executar e monitorar os processos e atividades necessárias para realizar os serviços de saúde demandados pela população, considerando questões logísticas e políticas. 

Neste sentido, a gestão implementada na saúde pública busca avaliar as necessidades, mapear problemas e oportunidades de melhoria e criar políticas e soluções para a garantia da segurança dos pacientes. Para tanto, as estratégias e ações devem ser direcionadas à busca do aprimoramento e otimização dos processos de saúde e de gestão. Além disso, as ferramentas de gestão analisam e podem desenvolver as competências necessárias para a prática bem-sucedida do sistema público de saúde, por meio da atuação de técnicos, profissionais da saúde e gestores públicos. 

No Brasil, a questão da gestão pública e saúde pública sempre foram muito controversas, pois acreditava-se que uma boa gestão poderia “desumanizar” a saúde pública. Esta controvérsia tem origem, principalmente, na diferença dos interesses políticos, dos profissionais de saúde e na medição da eficiência e eficácia dos processos de gestão que podem e devem ser implementados. Também, pela falsa crença de que gestão na área de saúde é totalmente diferente da gestão em outras áreas ou setores econômicos, o que de fato, não corresponde à realidade objetiva. Obviamente, todo o processo, técnica, tecnologia e inovação tem algum grau de adaptação às características e especificidades das áreas e dentro dessas. 

Em nosso país, considerado de média renda, os dois principais pilares do investimento público são a saúde e a educação. A educação gera a perspectiva de presente/futuro, promovendo a formação de pessoas, a disseminação do conhecimento científico e tecnológico e a geração de riqueza e oportunidades. A saúde pública tem uma perspectiva de passado/presente, pois é o resultado de como nos cuidamos e qual o acesso que tivemos às soluções para gerar saúde em nossas vidas atuais.
 

Neste contexto, desde a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), criado pela Constituição Federal de 1988, muitas destas questões foram dirimidas após a comprovação de que uma boa gestão dos recursos públicos destinados à saúde resulta em um atendimento melhor, mais adequado e, também, poderá gerar uma redução de recursos empregados, potencializando o cuidado e o estado de saúde da população. 

O SUS é um sistema tripartite, entre União, Estados e Municípios, com a participação ativa e de corresponsabilidade pela gestão e seus respectivos resultados. É um sistema complexo que necessita de uma gestão adequada entre esses três entes da federação, para gerar resultados positivos. Cabe destacar que o SUS pode funcionar de diferentes formas em cada estado ou município, pois dependerá do desempenho de cada um destes integrados ao desempenho da União. 

Em comparação a outros países e sistemas de saúde, no Brasil, o SUS oferece serviços gratuitos, universais e integrais para todos em território nacional, independente da nacionalidade ou condição migratória. A sua natureza tripartite permite amplo atendimento, com capilaridade nacional, tanto em termos de alcance populacional, quanto em termos de serviços de saúde, desde a atenção básica e saúde da família até cirurgias de alto risco. 

Quanto às inovações e as tecnologias na área de saúde, é notória a presença desde o momento do início dos estudos sobre a anatomia humana. Os avanços tecnológicos foram potencializados a partir do início da Revolução Industrial, ao final dos anos 1700, onde o conhecimento científico passa a ser um elemento fundamental para gerar soluções e tratamentos de saúde, cada vez mais precisos e adequados no sentido de ampliar a longevidade e qualidade de vida dos seres humanos. 

Atualmente, as inovações e tecnologias produzidas na área de saúde, em especial, de diagnóstico por imagem, de implantes e substituição de órgãos, de drogas e vacinas, biomedicina e a biotecnologia, têm gerado resultados muito promissores. Na vertente da gestão na saúde, as tecnologias e inovações em softwares e aplicativos, medicina à distância, troca de informações e cooperação em saúde, mapeamento e acompanhamento de informações em tempo real, em especial em recursos necessários para maior eficiência e eficácia, podem resultar em economia, agilidade e governança nas operações de saúde. 

A economia de recursos públicos para despesas correntes, articulada com a melhoria do atendimento e execução da saúde pública, pode ser realizada com a implementação de uma gestão eficiente e eficaz, conjuntamente com diversas tecnologias convergentes e integradas disponíveis no mercado. 

Este novo mundo em que estamos vivendo, de conhecimento científico e soluções tecnológicas, é uma oportunidade de melhoria para todos. O que temos de saúde hoje, é resultado de um conjunto de comportamentos, cultura, estilo de vida e acesso à alimentação e condições sanitárias que tivemos no passado. O que estamos fazendo hoje na saúde, determinará o “estado de saúde” no futuro de todos nós, brasileiros, saúde!!!

 

Eduardo Fayet, - doutor em engenharia de produção e especialista da Fundação da Liberdade Econômica.

Incidentes envolvendo crianças aumentam 25% durante as férias escolares

Além das doenças respiratórias, comuns nessa época do ano, quedas, engasgos com pequenos objetos, queimaduras e envenenamentos estão as principais ocorrências envolvendo crianças durante as férias, alerta pediatra do Hospital Santa Catarina -- Paulista. Supervisão dos pais ou adulto é sempre importante

 

Durante as férias escolares de julho, as crianças ficam mais expostas a riscos de acidentes domésticos e em locais abertos, devido ao tempo livre para recreação e aos passeios realizados no período. Por isso, os pais precisam ficar atentos para minimizar qualquer possibilidade de um problema mais grave. 

“As férias são muitas vezes um desafio para os pais, porque na escola existe essa proteção. As crianças são conduzidas a atividades programadas e nas férias, os pais ficam sem programação”, afirma Juliana Cencini, pediatra do Hospital Santa Catarina -- Paulista. 

Durante o inverno, estação predominante nas férias de julho, as principais doenças que acometem as crianças são as respiratórias, como as gripes, sinusites, rinites e, mais recentemente, a Covid-19. No entanto, nos casos de crianças que aproveitam as férias em casa, o risco de contrair uma dessas enfermidades é bem menor. 

“Em julho, com a estabilização das temperaturas, somada ao período de férias onde as crianças diminuem o convívio, há habitualmente uma diminuição da porcentagem de infecção. A partir disso, a tendência é diminuir os casos de doenças respiratórias e o coronavírus. Em relação à Covid, ainda há essa dúvida em relação ao seu comportamento. Estamos ainda aprendendo sobre tudo que está acontecendo”, explica a pediatra. 

Uma doença infecciosa que costuma afetar as crianças que saem de casa durante as férias é a crupe viral, enfermidade que afeta baixinhos de 1 a 6 anos. Ela gera uma crise de tosse, rouquidão e obstrução de vias aéreas, além de febre. As complicações dessa doença podem ser falência respiratória, obstrução das vias aéreas, pneumotórax e síndrome do choque tóxico.
 

Supervisão de adulto contribui para prevenção de acidentes 

Além das doenças, nesse período, já que as crianças estão fora da escola, é muito comum os acidentes dentro e fora de casa. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pediatria, o número de incidentes com os pequenos aumenta 25% durante as férias. 

Entre as principais causas de acidentes estão quedas de lugares altos, engasgos com brinquedos pequenos, afogamento em piscinas, queimaduras e envenenamentos. 

“São comuns os acidentes com quedas, fraturas e ferimentos que necessitam, às vezes, de sutura. Isso acaba acontecendo porque no período das férias, as crianças, em geral, ficam mais livres e, às vezes, não contam com a supervisão de um adulto, que é sempre importante para evitar acidentes. Em locais externos, como hotéis, parques e praças, é preciso observar a estrutura do local, ver se tem segurança adequada. O primeiro passo é sempre informar, mostrar e explicar o que pode e o que não pode”, orienta Dra. Juliana. 

Os pais também precisam ficar atentos aos possíveis engasgos das crianças. Caso ocorra, é importante que os responsáveis saibam como realizar a Manobra de Heimlich, fazendo treinamentos e indo atrás de informações vitais de como proceder nessas situações. 

Durante a manobra, o recomendado é ajoelhar, abraçar a criança por trás e apoiar a mão fechada no peito e outra aberta apoiada nela, e pressionar com força moderada a barriga da criança para dentro e para cima ao mesmo tempo. 

Em viagens, além de todas as medidas de segurança normalmente realizadas, os pais precisam também estar atentos à prevenção de quadros respiratórios, por isso é importante o uso da máscara em aglomerações. Em lugares abertos, sempre mantenha a criança por perto, de mãos dadas ou no carrinho.
 

Confira algumas dicas sobre como proteger seus filhos durantes as férias 

  • Quando for viajar, sempre leve consigo um kit básico de primeiros socorros com medicamentos (especialmente antialérgicos, antitérmicos e analgésicos), curativo em adesivo para pequenos cortes etc.;
  • Planeje bem a viagem. Veja a temperatura do lugar, quais as doenças em alta. Durante a viagem, principalmente de avião e carro, coloque sempre a criança na cadeirinha, e quando mais velhas, certifique-se que o cinto está bem afivelado;
  • Cuide bem da alimentação dos pequenos. Alimentos saudáveis e leves podem evitar náuseas e vômitos em viagens de carro e navio. Dependendo do lugar da viagem, tome cuidado com os pratos locais;
  • Evite a exposição excessiva ao sol, principalmente entre 10h e 14h, e repasse o protetor solar a cada duas horas.
  • Guarde os produtos tóxicos em lugares altos. Sempre deixe na embalagem original para não confundir as crianças e explique quais produtos são proibidos dela mexer

Não deixe a criança brincar perto de fios elétricos, especialmente se estiver empinando pipa. Procure sempre locais abertos como parques ou praças. Em caso de chuva com raio, a indicação é que a criança volte para casa
Para evitar quedas é importante colocar grades e instalar corrimões nas escadas. Coloque camas e outros móveis longe das janelas. Nunca deixe o bebê solto em cima de camas, mesas ou outros lugares.


Inflação do turismo acumula alta de 41% em um ano e eleva custos das viagens nas férias de julho

 
Levantamento do Conselho de Turismo da FecomercioSP aponta que passagens aéreas subiram 122,40% em 12 meses

 
Os consumidores estão se deparando com preços mais elevados na hora de escolher viagens ou atividades de lazer para aproveitar as férias de julho. Um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados do IPCA, do IBGE, demonstrou que os serviços ligados ao turismo estão 41,39% mais caros do que há um ano – quando comparada a inflação para o setor no mês de junho. A passagem aérea é a que mais contribui para essa carestia, com alta de 122,40% em 12 meses.
 
Embora o momento seja de alta temporada, em função do próprio recesso – que tradicionalmente contribui para o aumento do valor dos bilhetes –, há outros fatores influenciando os números. Dentre eles, a escalada do querosene de aviação e do dólar, além da limitação do aumento da oferta de assentos e da dificuldade de recomposição de mão de obra.
 
Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomerioSP, ressalta que, embora ainda exista uma demanda reprimida que pressiona os preços em função da temporada de férias, a elevação é reflexo, principalmente, da inflação nos custos das empresas, após dois anos de dificuldades e falta de apoio governamental.
 
“A ausência de políticas claras para evitar a elevação das tarifas aéreas, por exemplo, cria um outro problema sério: parte dos recursos movimentados pelos turistas – saindo das regiões de maior concentração de renda e permitindo o aquecimento da economia em destinos menores – acaba ficando ainda mais concentrada, levando à retração e ao desemprego nas regiões onde o turismo mais faz diferença”.
 
Embora já esperado, a alta das passagens é um sinal muito negativo para a cadeia do turismo, já que o transporte aéreo é um grande impulsionador dos meios de hospedagens, alimentação, locação de veículos etc. Com a inflação do setor superando a média geral, os consumidores estão sentindo a disparada nos preços e repensando a programação das viagens. O Conselho de Turismo da FecomercioSP destaca que, até o momento, há uma retomada sólida da ocupação dos assentos, porém, é questionável se continuará desta forma ao longo do segundo semestre.

 

 
Alta atinge quase todos os itens


A inflação do turismo obteve variação mensal de 3,51% na passagem de maio para junho. Dentre os itens, o destaque foi a passagem aérea, que subiu 11,32%. Em segundo lugar, ficaram os serviços de cinema, teatro e concertos, com variação mensal de 1,51%. O preço do pacote turístico também cresceu (1,50%), assim como o da hospedagem (0,47%). Os únicos a apresentar queda foram aluguel de veículos (-2,44%) e ônibus interestadual (-0,08).

 

 



Regras para reembolso estendidas

A sanção da lei 14.390/2022, que estendeu o prazo para que as empresas dos setores de turismo e eventos reembolsem os consumidores por cancelamentos ocorridos entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2022, foi um importante sinal do poder público, que contribui para a saúde financeira desses negócios. O prazo de devolução dos recursos passou a ser de sete dias no início do ano, justamente quando a covid-19 surpreendeu negativamente a economia, com a variante ômicron.
 
Diante da nova onda de cancelamentos provocada pela variante, a FecomercioSP solicitou às autoridades responsáveis que prorrogassem os efeitos da lei, já que não seria possível atender a toda a demanda de reembolso sem prejudicar gravemente os negócios, já tão impactados pela pandemia.
 
Para os cancelamentos ocorridos em 2020 e 2021, o reembolso segue até 31 de dezembro deste ano.


 
FecomercioSP



10 ideias baratas para curtir as férias de julho com os filhos

O que fazer com os filhos durante as férias escolares de julho se a grana está curta para viajar? Abuse da criatividade!


O que fazer com os filhos durante as férias escolares de julho se a grana está curta para viajar? Isso é às vezes um dilema na cabeça dos pais. Mas calma, você pode programar passeios que não custam muito ou mesmo criar atividades sem gastar nada dentro de casa. As crianças adoram ter a participação dos pais nas brincadeiras e só isso já é um grande motivo para elas se divertirem à beça e desenvolverem boas memórias afetivas com a família.

Para isso, vale abusar da criatividade e mergulhar na imaginação infantil. Entrar no mundo lúdico deles é uma forma de garantir momentos prazerosos com as crianças e criar momentos inesquecíveis. Fiz uma listinha de 10 ideias baratas e gratuitas para curtir as férias de julho com os seus filhos:

 

1 - Passeios pela cidade 

Busque opções de passeio na sua cidade. Certamente existe algum parque mais afastado da sua casa que você ainda não teve oportunidade de levar seu filho ou costuma ser muito lotado aos finais de semana. Se o seu filho tem patins, bicicleta ou skate, a diversão está garantida. Caso não, estimule brincadeiras ao ar livre. Se possível, inclua também na programação visitas a museus, pois alguns possuem dias e horários com desconto em ingressos ou entrada gratuita. 

 

2 - Festa do pijama

Incentive a convivência com os amigos dentro de casa. Proponha uma festa do pijama, coloque colchões no chão da sala e deixe as crianças se divertirem durante as férias escolares. Você também pode preparar alguns lanchinhos para a brincadeira ficar ainda mais divertida!

 

3 - Sessão de cinema em casa

Você pode programar uma sessão de cinema para os pequenos com filmes e desenhos infantis. É só organizar a sala, colocar alguns travesseiros ou almofadas e preparar aquela pipoca. Uma opção barata e simples e que os pequenos vão amar. 

 

4 - Jogos em casa

Aposte em jogos de tabuleiro. Aqui vale perguntar para os amigos e conhecidos se eles têm algum para emprestar. Incentivar a troca de jogos com os amiguinhos deles também é uma boa pedida. Ensine os pequenos como funciona a atividade e a diversão vai rolar solta. Se você não encontrar algum brinquedo pronto, pode criar um jogo da memória com desenhos ou até mesmo brincar de "stop".

 

5 - Caça ao tesouro 

Se você mora em um espaço com jardim ou em um condomínio, essa brincadeira pode ficar mais interessante. Mas, se não tem, tudo bem, é só adaptar o espaço. Esconda objetos e guloseimas e trace uma rota para as crianças procurarem. Coloque pistas pelo caminho ou faça que um item encontrado leve a outra descoberta e isso vai tornar a brincadeira muito mais divertida. 

 

6 - Concurso de desenho

Estimular a criatividade e fazer um concurso de desenhos pode ser um ótimo passatempo. Escolha um tema e lance a ideia para os pequenos. Cronometre o tempo disponível para cada atividade e, pronto, a brincadeira já começou! E você só precisará de alguns papéis, lápis de cor ou giz de cera. Vale pensar em recompensas simbólicas ou um mural para colocar os desenhos.

 

7 - Guerra de balões 

Qual é a criança que não gosta de fazer “guerrinha” e brincar com água? Então, aproveite isso para criar uma guerra de balões. Basta comprar um pacote deste produto, encher de água até a metade e depois amarrá-los. Separe os pequenos em times e pronto, é só dar a largada na competição.

 

8 - Picnic na praça

Programe um picnic numa praça ou parque perto de casa. A brincadeira pode começar até antes preparando os lanches em casa ou deixando que escolham frutas que gostariam de levar em uma cesta. Essa é uma oportunidade de proporcionar uma experiência ao ar livre e com alimentos mais saudáveis. Para os pais que não saíram de férias realizar essa atividade no final de semana pode ser uma boa opção. 

 

9 - Soltar pipa

Os pequenos estão muito habituados aos equipamentos eletrônicos e desconhecem as brincadeiras comuns de antigamente. Que tal aproveitar as crianças de férias para resgatar brinquedos simples? Separe linha, tesoura, cola, papel e palito e prepare uma pipa. Depois, é só ir para algum ambiente aberto e ensinar os pequenos como soltar pipa. 

 

10 - Acampar no quintal ou na sala de casa

As férias escolares também se transformam em uma oportunidade das crianças desenvolverem habilidades motoras. Você pode montar uma cabana com cadeiras e lençóis e fazer o momento da contação de histórias, assim você estimula a criatividade dos pequenos. Se não tiver um quintal, monte na sala de casa mesmo. 

Além dessas ideias, vale pensar no que você gostava de fazer quando era criança, ensinar algo que eles possam gostar de aprender ou mesmo compartilhar tarefas simples do dia a dia, afinal o que eles mais apreciam é curtir momentos especiais do lado de quem mais amam: a família. Boas férias!

 

Helen Mavichian - psicoterapeuta especializada em crianças e adolescentes e Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. É graduada em Psicologia, com especialização em Psicopedagogia. Pesquisadora do Laboratório de Neurociência Cognitiva e Social, da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Possui experiência na área de Psicologia, com ênfase em neuropsicologia e avaliação de leitura e escrita. 


Crescimento da inadimplência das empresas requer iniciativas imediatas, alerta a Coface


A economia foi impactada pelo crescimento da inadimplência das empresas no primeiro semestre, revertendo o quadro que tinha prevalecido em 2021. Além disso, as perspectivas não são animadoras para o restante do ano e em 2023, na avaliação de Rosana Passos de Pádua, CEO da Coface do Brasil, líder mundial em seguro de crédito e serviços especializados como gerenciamento de risco. 

 

Na análise de informações de milhões de companhias, a Coface constatou crescimento acelerado de atrasos nos pagamentos corporativos de vários setores. "No ano passado os dados eram animadores, mas desde janeiro o cenário mudou", afirma a executiva, que cita a elevação de mais de duas vezes na inadimplência das empresas durante a primeira metade do ano. 

 

Esse cenário se confirma em levantamentos recentes sobre o tema. O Indicador de Empresas Inadimplentes da Serasa Experian, por exemplo, mostrou que o número de pessoas jurídicas com atraso em seus pagamentos somou 6,1 milhões em abril. O total significa um crescimento de 200 mil companhias na comparação com o mesmo mês do ano passado. A Febraban também trabalha com a previsão de piora desse quadro, principalmente em 2023. 

 

A CEO da Coface do Brasil avalia que os dados não são motivo para pânico, mas requerem redobrada atenção já que a economia global tem sido abalada por sucessivos choques desde a eclosão da pandemia de Covid-19, em 2020: "Tivemos a maior crise sanitária global em 100 anos, com impactos abrangentes e assustadores que se prolongam até hoje. Os estragos causados pela pandemia foram devastadores. Se não bastasse, seguiu-se a guerra na Ucrânia, que voltou a abalar o mundo e piorou a instabilidade, que já era muito grande. Formou-se, assim, um quadro muito favorável para o crescimento da inadimplência". 

 

Olhando em perspectiva, o quadro também não é animador. A executiva recorda que os bancos centrais recorrem cada vez mais à elevação dos juros como arma contra a alta da inflação, uma das consequências deletérias da guerra na Ucrânia: "Juros altos significam retração da economia e têm impacto direto no crescimento na inadimplência, o que significa que mais empresas deverão ter dificuldades para saldar seus compromissos no médio prazo".  

 

No Brasil, além de todos esses fatores, há mais uma fonte de incerteza: as eleições presidenciais de outubro. “Historicamente os períodos pré-eleições trazem dúvidas e precaução ao mercado”, recorda a CEO da Coface do Brasil.  

 

Há atenuantes para essa perspectiva pouco otimista, lembra Rosana Passos de Pádua, como, por exemplo, a resiliência tantas vezes mostrada pela economia brasileira nos vários períodos de crise que o país tem continuamente enfrentado. Por isso, ela não vê motivos para catastrofismo, embora o momento requeira iniciativas rápidas e eficientes para enfrentar a turbulência: “Deve-se reconhecer que o mundo passa por um momento de grande instabilidade. E nesses momentos é necessário, mais do que nunca, que as empresas contem com suporte de informações especializadas, que ajudem companhias de diferentes portes na tomada de decisão correta. A margem de erro é mínima e por isso o apoio é fundamental. Só com ele será possível evitar que 'fantasmas' como a inadimplência voltem a ameaçar a continuidade dos negócios".  

 

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