Pesquisar no Blog

segunda-feira, 13 de junho de 2022

A nova industrialização

Nas duas últimas décadas, diversos choques afetaram profundamente as cadeias globais de valor. Tivemos a quebra do Lehman Brothers, em 2008, e a subsequente crise financeira, passamos pelo terremoto e tsunami, que arrasaram a usina nuclear de Fukushima em 2011, interrompendo a atividade de importantes fábricas japonesas e culminamos com a pandemia da Covid 19, que paralisou fábricas no mundo todo, causando insegurança e desabastecimentos.

Já a partir de 2011, nas manufaturas dos principais países produtores de bens industriais, o conteúdo importado parou de crescer e, regra geral, passou a declinar. As relações entre os EUA e a China, mudaram a partir de Trump, para uma atitude de rivalidade, e até de hostilidade, o que abalou ainda mais a globalização e, na sequência, a pandemia confirmou os riscos da excessiva dependência das cadeias globais e mostrou a importância da produção local.

Poder contar com um nível confortável de produção doméstica, tanto em matéria de insumos e equipamentos de saúde, quanto de bens de capital e outros produtos essenciais à segurança nacional, passou a ser tão importante, depois desta crise pandêmica, como sempre foram a segurança alimentar, a militar e a energética. A redescoberta da importância da indústria está ocorrendo ao mesmo tempo de uma profunda mudança tecnológica, na própria indústria.

O surgimento de um novo paradigma produtivo, baseado na digitalização, na internet das coisas, na ampla utilização de sensores inteligentes e no uso intensivo da big data e da inteligência artificial, abre oportunidades a quem tiver vontade política, para renovar seu setor industrial e torna-lo mais competitivo, condição indispensável tanto para aumentar a participação da indústria no PIB, quanto para alcançar a “segurança industrial”.

Esta oportunidade tem sido percebida pelos países desenvolvidos mais importantes que, a partir da segunda metade da década passada, tem revisitado o papel do Estado na economia, mudando seu posicionamento e passando a defender tanto políticas públicas de desenvolvimento, quanto políticas industriais, com os objetivos de aumentar a capacitação tecnológica e a competitividade de seus respectivos setores industriais e, assim, fortalecê-los.

Deixando de lado a China, onde o desenvolvimento sempre foi função do Estado, a Alemanha, com a “Estratégia Industrial Nacional 2030”, em fins da década passada, foi o primeiro país a declarar que passaria a apoiar ostensivamente sua indústria, protegendo-a contra aquisições externas, ajudando a capitaliza-la se necessário, e criando instrumentos adicionais de apoio financeiro e de P&D,I para que a indústria crescesse dos 20% atuais para 25% do PIB até 2030.

Os Estados Unidos, além de perderem, nas últimas décadas, boa parte de sua manufatura e milhões de empregos de qualidade, exportados basicamente para a Ásia, perderam também a liderança tecnológica e produtiva em setores sensíveis como bens de capital sofisticados, insumos farmacêuticos e até na produção de circuitos integrados. A Intel, por exemplo perdeu 2/3 do mercado que tinha há vinte anos, bem como a liderança tecnológica na fabricação de chips.

Com a eleição do Biden, o governo americano passou a defender um plano ambicioso, com um vasto conjunto de ações, coordenadas pelo Estado, contando com recursos superiores a 5 trilhões de dólares para recuperar a infraestrutura, gerar empregos de qualidade, investir em P&D e mão de obra, apoiar a reindustrialização do país, para trazer de volta boa parte da produção exportada e recuperar e manter a liderança tecnológica nos setores chaves da economia.

O Brasil, com a adesão às regras do “Consenso de Washington” e com a adoção do neoliberalismo, pelos governos que se sucederam, a partir da década de 90, abandonou o modelo de desenvolvimento baseado na industrialização, e crescimento econômico, que foi o projeto do país que uniu sociedade e governo, desde Vargas até os governos militares, substituindo-o pela preocupação com a inflação e com as contas públicas.

Foi a industrialização quem transformou o Brasil, ao longo de meio século, de uma grande fazenda num país relativamente desenvolvido, o que nos permitiu figurar entre as mais importantes economias mundiais, fazendo os brasileiros sonharem com a real possibilidade de virmos a ser um país de primeiro mundo. A partir da década de 80, perdemos o caminho do crescimento e, de um país de construtores e industriais, passamos a ser um país de economistas e contadores.

O ano do bicentenário da proclamação da independência é uma boa ocasião para o Brasil retomar o caminho do crescimento restabelecendo como sua prioridade o desenvolvimento, com redução das desigualdades e respeito ao meio ambiente. Entretanto, manter o câmbio competitivo, um controle eficaz do endividamento público e juros baixos, são itens que, por mais importantes que sejam, são apenas meios e não fins em si mesmos.

Um plano sério para controlar as contas públicas é essencial para o Estado recuperar, desde já, sua capacidade de fazer políticas anticíclicas e retomar os investimentos em infraestrutura, essenciais para gerar empregos, criar demanda para a indústria e melhorar a competitividade da economia brasileira. Isto permitirá reduzir os juros reais básicos, abaixo do crescimento do PIB, garantindo a redução da relação dívida/PIB e eliminando pressões sobre o câmbio.

Ainda que estas condições sejam necessárias para a retomada do crescimento, não serão suficientes sem a utilização de políticas públicas de desenvolvimento, como mostram os exemplos já citados. Não se trata, simplesmente, de recuperar  fábricas fechadas e sim de construir uma nova indústria fortalecendo seus setores mais dinâmicos, aqueles mais intensivos em tecnologia e com mais capacidade para trazer ganhos de produtividade que se espalhem por toda a economia.

Recuperar o desenvolvimento como prioridade da sociedade e da vontade política do Estado é fundamental para se alcançar esses objetivos, como nossa própria experiencia histórica já demonstrou. Uma indústria competitiva, complexa e diversificada é o caminho mais eficiente para crescer de forma sustentada a taxas iguais ou superiores à media mundial. Para construí-la, a mão visível do Estado terá que ser usada com todos seus instrumentos. 

 

João Carlos Marchesan - administrador de empresas, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ

 

EUA deixam de exigir teste de Covid-19 para viajantes internacionais

Os EUA vão eliminar a exigência de que viajantes internacionais que entrem pelos aeroportos do país tenham de apresentar um teste negativo de Covid-19


 

A medida foi anunciada nesta sexta-feira (10) pelo secretário-assistente de imprensa da Casa Branca, Kevin Munoz, e deve entrar em vigor à meia-noite de domingo (12).

 

“Os EUA vão acabar com os requisitos de testagem de Covid-19 para os viajantes aéreos que entram no país”, disse Munoz no Twitter. Ainda de acordo com o oficial da Casa Branca, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças continuará avaliando a necessidade de testes “de acordo com a ciência e no contexto das variantes circulantes”.

 

Desde que os EUA reabriram suas fronteiras, em novembro do ano passado, o governo passou a exigir que os viajantes apresentassem o resultado negativo do teste de Covid-19 realizado no máximo um dia antes do pouso em solo americano. Agora, porém, isso não é mais necessário.

 

Para o advogado de imigração e sócio-fundador da AG Immigration, Felipe Alexandre, a decisão dos EUA de acabar com a exigência de Covid-19 é positiva, embora isso não impeça que a obrigação seja restabelecida na eventualidade do país começar a ver um novo aumento nos casos de coronavírus.

 

“Desde o começo do ano, o governo americano tem ido na direção de afrouxar as restrições relacionadas à Covid-19, já que a situação da doença vem se normalizando no país. Para os brasileiros, que são muito ávidos por conhecer os EUA, isso também significa que viajar para cá ficou mais barato, já que o custo do teste antígeno agora será eliminado”, diz o advogado.

 

O Brasil é um dos países que mais enviam turistas para os EUA. Apenas nos quatro primeiros meses de 2022, já foram 315 mil, o que coloca o país na quinta colocação, atrás de México, Canadá, Reino Unido e França.

 

O fim da exigência do teste negativo para Covid-19 facilitará, portanto, a viagem de mais brasileiros aos EUA. Vale lembrar que, em fevereiro, o Brasil já tinha aderido ao Global Entry, programa do governo americano que desburocratiza o processo de entrada nas alfândegas.

 

 

AG Immigration 

 www.agimmigration.law


Alagamentos, deslizamentos de terra, incêndios florestais, secas e desertificação: há relação entre esses eventos?

As alterações do clima do planeta são conhecidas como mudanças climáticas e ocorrem devido ao conjunto de fatores naturais ou antrópicos que provocam o aquecimento global, que é real e já está acontecendo. 

Embora há muito tempo já se discuta sobre o aquecimento global em reuniões internacionais e intergovenamentais e vários acordos já tenham sido feitos, pouco se nota quanto às ações práticas e visíveis. Muitos de nós esperam atuação dos governantes e esquecem que o planeta também é nossa casa e precisa do nosso cuidado enquanto cidadão. Menos danos e mais cura. 

Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês), painel da Nações Unidas (ONU), as ações humanas são as principais causas da mudança do clima e seus efeitos são extremos. A queima de combustíveis fósseis libera grandes quantidades de gases poluentes que intensificam o efeito estufa, o que eleva a temperatura, alterando o clima em todo o planeta. 

De acordo com o IPCC, com o aumento da temperatura em 1,5ºC, nós enfrentaremos impactos relacionados à água, à energia e ao solo, o que se torna mais intenso em áreas que já enfrentam eventos naturais de seca. Essas terras secas abrigam cerca de 35% dos hotspots de biodiversidade do mundo. Em regiões áridas e semiáridas, por exemplo, o aumento de temperatura associado a secas mais prolongadas e chuvas mais escassas empobrecem o solo, deixando-o mais exposto e suscetível às intempéries. Há perda de biodiversidade, degradação de habitat, empobrecimento do solo, rompimento de cadeias alimentares e alteração no ecossistema. 

Dessa forma, observa-se um processo ocorrendo com mais intensidade em áreas mais secas da Terra, a desertificação. Eventos de seca são temporários e também ocorrem em áreas úmidas, porém no processo de desertificação, as terras secas são degradadas física, química e biologicamente. Pesquisas apontam que 6% das terras secas entraram em desertificação e 20% estão em risco no mundo, o que pode prejudicar até 3,2 bilhões pessoas. A desertificação é uma questão ambiental e um dos maiores desafios atuais. 

Alguns fatores impulsionam a desertificação sob as mudanças climáticas, como a erosão causada por lavouras e expansão da terra cultivada de modo não sustentável, desmatamento, expansão urbana, extrativismo, aumento da temperatura superficial dos oceanos que altera o regime de chuvas e incêndios que reduzem a cobertura florestal. 

Como este processo nos atinge? 94% do nordeste brasileiro é suscetível à desertificação. Estima-se que 50% da área foi degradada devido às secas prolongadas e ao desmatamento para agricultura, o que aumenta o risco de extinção de diversas espécies da fauna e da flora brasileira, além de impactar a demanda por comida. Entretanto, outras áreas, até mesmo no nordeste, podem experimentar alagamentos e deslizamentos de terra. Esse contraste se deve ao agravamento dos fenômenos meteorológicos extremos e ao solo pobre sem cobertura vegetal. 

Em 1995, a ONU criou o Dia Mundial de combate à Desertificação e à Seca (17 de junho), a fim de conscientizar a população internacional sobre os efeitos danosos que a seca pode provocar a nível regional e global. Reduzir o consumo de produtos, comprar alimentos de produtores locais, melhorar o processo de produção/transporte de alimentos e evitar o uso de automóveis são algumas ações simples que contribuem para redução do consumo de água, do desperdício de comida, do avanço de grandes monoculturas e redução da emissão de gases do efeito estufa. 

Neste dia internacional, vamos refletir sobre como nossas ações impactam o nosso planeta. Não há mais tempo de espera. O secretário-geral da ONU, António Guterres, reafirma: “a biodiversidade está em declínio, as concentrações de gases de efeito estufa aumentam e a nossa poluição pode ser encontrada desde as ilhas mais remotas até aos picos mais altos. Temos de fazer as pazes com a natureza”.
 

Tahysa Mota Macedo - professora de Biologia do Ensino Médio do Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM), campus Higienópolis, e dra. em Botânica pelo Museu Nacional-UFRJ.


Por que o uso de SEO tornou-se imprescindível para empresas que desejam crescer no digital

Especialistas em SEO e marketing digital, Diego Ivo e Gustavo Chapchap explicam como melhorar o ranqueamento nas buscas online pode alavancar resultados

 

Com o avanço e a democratização da tecnologia, a busca por relevância no cenário digital tem assumido um papel cada vez mais estratégico para qualquer empresa. Isso contribuiu para disseminar o uso de ferramentas que fazem diferença no ambiente virtual. É o caso do SEO (Search Engine Optimization, na sigla em inglês), conjunto de práticas e técnicas voltadas a calibrar o conteúdo produzido e fazer com que ele seja bem avaliado pelos mecanismos de busca da web. 

Uma pesquisa realizada em 2020 pela SEO Trends, que apresenta tendências e estatísticas do assunto, mapeou que 55,8% das empresas brasileiras já têm uma estratégia específica para o assunto. Em contrapartida, 35,7% não possuem uma equipe de SEO simplesmente por não saberem do que se trata.

Pensando em esclarecer como esse poderoso mecanismo de marketing funciona e todas as vantagens que ele pode trazer, os especialistas Diego Ivo, CEO da Conversion, agência líder em SEO no Brasil, e Gustavo Chapchap, CMO da JET, empresa especializada em soluções para o e-commerce, reuniram dicas sobre a otimização de websites e seus benefícios para qualquer negócio.
 

O que é SEO?

Diego define SEO como “um conjunto de técnicas e estratégias para sites ficarem mais bem posicionados nos buscadores, gerar reconhecimento de marca, aumentar o tráfego e converter mais”. Dessa forma, o mecanismo ajuda a criar um tráfego orgânico de qualidade e aumenta a visibilidade para possíveis novos clientes.

“Mais de 90% das experiências online começam com um mecanismo de pesquisa. A forma como sua loja online é otimizada para pesquisa tem um impacto direto em como as pessoas descobrem seu site e encontram o que procuram”, complementa Gustavo Chapchap. 

Dentre todas as vantagens do uso da estratégia, Diego e Gustavo pontuam as quatro principais:
 

1. O SEO ajuda sua marca a ser encontrada por clientes em potencial 

Ser encontrado facilmente pelo público é primordial para o sucesso da marca, principalmente no ambiente digital. De acordo com uma pesquisa feita pelo Hubspot, 75% do público não chega nem à segunda página nas pesquisas realizadas no buscador. Por isso, aparecer na primeira página de ferramentas de busca faz total diferença nas vendas.

“Por causa da necessidade de isolamento social, o processo de digitalização do varejo foi fortemente acelerado nos últimos dois anos. Ao contrário do que alguns pensavam, o hábito de comprar online seguiu ganhando força após o controle da pandemia. Isso fez com que muitas empresas descobrissem o potencial do online para vender muito mais”, explica Gustavo Chapchap.
 

2. O SEO gera tráfego orgânico

Quando um site é otimizado com SEO, ele passa a ficar mais bem posicionado sem a necessidade de investir em anúncios. Diferentemente do ranqueamento patrocinado, que gera resultados imediatos, o uso das técnicas voltadas ao motor de busca oferece resultados de médio e longo prazo, além de serem muito mais duradouros.

A confiabilidade de um site que aparece nas primeiras posições de busca sem pagar por isso também é muito maior. É o que revela um levantamento feito pela Conversion em 2017. O resultado mostrou que os brasileiros confiam 77% mais em buscas orgânicas do que em links patrocinados. Isso acontece porque há, na cabeça dos consumidores, uma percepção de que os resultados orgânicos estão ali por merecimento e qualidade, enquanto os anúncios só são expostos porque compraram aquele espaço.
 

3. O SEO gera resultados de longo prazo

Resultados de otimização duram bastante tempo, o que significa que você vai continuar recebendo visitantes mesmo depois de longos períodos, o que é extremamente importante para se consolidar um negócio nos meios digitais.

Diego Ivo fala sobre a importância de escolher as palavras-chave certas nos textos do site, por exemplo: “A pesquisa de palavras-chave é um poderoso instrumento para a tomada de decisões porque amplia nossos conhecimentos sobre a intenção e o comportamento do nosso usuário. Compreender de que forma os usuários de um mecanismo de busca se comportam, expõem seus desejos, se relacionam e se beneficiam dos resultados é o que torna o SEO um trabalho tão humano”
 

4. O SEO permite posicionamento como autoridade

Além de todos os benefícios citados acima, o SEO pode transformar sua marca em referência no mercado. Estar na primeira página do Google já causa uma ótima impressão para clientes em potencial.

“Existe uma questão de visibilidade, mas também de status e confiabilidade. Construir uma estratégia consistente de SEO é fundamental para a construção de marca no ambiente digital”, finaliza Chapchap.

O executivo também é líder do comitê de e-commerce da ABRADi (Associação Brasileira de Agentes Digitais), criado com o objetivo de clarear o processo e mostrar a importância de todas as etapas da venda no digital. Com o grande crescimento dos usuários que compram pela internet, aumentaram também as lojas virtuais e os recursos para fazer o negócio crescer. O SEO, definitivamente, tem um papel extremamente relevante nesse processo. 

Para mais informações, baixe gratuitamente o Guia de E-commerce 2022
 

 JET

https://www.jetecommerce.com.br/

 

Quanto tempo dura um meme?

Marcas surfam na onda dos memes, ganham destaque e atraem novos clientes

 

O Meme de Internet pode ser considerado um conceito, uma ideia, som ou informação que possa ser transmitida rapidamente. Nada mais é do que algum conteúdo que, por algum motivo, viraliza. Eles estão por todo lado e fazem parte da vida de muita gente nas redes sociais por apresentarem conteúdo de linguagem simples que, na maioria das vezes, tornam-se cômicos e repercutem rapidamente de forma massiva nas redes.

O conteúdo de um Meme está sujeito a evoluir ao longo do tempo ou ter um período de tempo de vida curto. A questão é: como entender e aproveitar para surfar na onda do meme, ganhar destaque para sua marca e engajamento nas redes?

Devido ao fato de se difundirem rapidamente na web por meio de redes sociais, blogs, sites de notícias e todas as fontes de informação, é comum os Memes viralizarem e se tornar vantajosos para a divulgação e propagação de uma marca e/ou serviço.

Os Virais podem surgir em inúmeras situações e casualidades. Gafes, falas ou acontecimentos repercutidos em vídeos amadores são destaques dentre os Memes viralizados.

A utilização comercial do meme ajuda a proliferar o denominado Marketing Viral, gerando e divulgando conteúdo. Diversas estratégias podem ser utilizadas e a forma com que são colocadas em prática traz o diferencial para a marca e garante o contínuo interesse do público, mesmo após o boom do Meme utilizado.

Rapidez e o timing correto são de extrema importância para que o conteúdo engaje e popularize, sendo necessária a agilidade para ideias e produção. Cada rede possui uma linguagem própria que se adequa aos usuários que a consome.

Uma vez postado na web, toda a informação está sujeita a todo tipo de engajamento, compartilhamento, comentários positivos ou negativos, o que pode acarretar em um boom na sua rede ou sua marca. É importante estar preparado para este retorno e aumento do engajamento.

Surfar em um Meme é excelente para o engajamento e melhora muito a entrega dos conteúdos, porém os memes utilizados em excesso podem ser prejudiciais à autoridade que a conta deseja passar para a audiência. Ele precisa ser utilizado de forma inteligente e adaptado para o perfil da marca.

Essa conexão com o público precisa encaixar o gancho do Meme em questão, sem deixar de reforçar a essência da marca e a informação que a mesma quer passar. A utilização de trends aumenta o engajamento do público já existente e o toque da essência da marca aproxima e chama a atenção de potenciais novos clientes.


Felipe Dias - Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, possui vasta experiência em publicidade e marketing e está à frente da empresa Studio Said, agência com histórico em trabalhos de sucesso direcionados à fotografia, acreditando que a base para a execução de projetos inovadores é construída pela produção de imagens e criação de conteúdos de qualidade.


Como seria a sua vida, se os processos da sua empresa fossem estáveis e previsíveis?

Posso afirmar que esta pergunta rondava a cabeça da maioria dos clientes da Exection antes da contratação, por quê? É um dos objetivos dos empreendedores e ou diretores de alcançarem o tão sonhado processo organizacional estável e previsível.

Utopia? Imagine só você alcançar este processo e parar no tempo? Ah! Agora que está estável e previsível, poderia descansar um pouco, não! Pelo contrário, agora ficará ainda mais evidente os pontos a melhorar, onde devemos aplicar novos padrões, novas tecnologias, onde carece mais treinamento e certamente, você utilizará seu tempo para ações que legitimamente agregarão valor para a organização.

Imagine só, aplicar melhorias no meio do caos? Você enxergaria o que realmente está trazendo resultados e efeitos positivos? Seria como se você estivesse tomando diversos antibióticos diferentes para combater uma determinada doença e esperando ficar curado de alguma forma, sem saber qual seria.

Portanto, seguir um método, para ao menos buscar uma estabilização inicial, com o famoso: “vamos colocar a bola no chão” e saber onde realmente estão e para onde irão, recomendo que você faça isto, antes de partir para tomar quaisquer ações drásticas.

Claro que se é necessário tomar um conjunto de ações para estancar determinadas situações como:

  • Ver: Estou gastando mais do que recebendo.
    • Agir: Não precisa pensar duas vezes em compreender o que é necessário e o que é adiável e ou supérfluo para o momento;
  • Ver: Estamos pagando errado os nossos fornecedores.
    • Agir: Já estanque ao perceber, pare imediatamente;
  • Ver: Identificamos uma vulnerabilidade no sistema.
    • Agir: Chame imediatamente os responsáveis pela tecnologia;
  • Ver: Senti um odor de queimado em uma determinada máquina.
    • Agir: Chame a equipe de manutenção e avise quem está operando;
  • Ver: Recebemos um valor incorreto do nosso cliente.
    • Agir: Converse com o cliente no mesmo instante para depois não virar uma bola de neve
  • Ver: Identifiquei uma praga na lavoura
    • Agir: Chame o agrônomo responsável imediatamente

Estes tipos de situações acabo caracterizando como “ver e agir”, ou seja, devemos fazer uma análise rápida para tomada de ação imediata, ou seja, remediar e depois compreender as causas, antes que seja tarde.

Agora, só tomem um cuidado com este tipo de situação, algumas vezes teremos a impressão de que resolvemos, mas não! Apenas estancamos para que o problema não se alastre e vire algo pior.

Assim que a poeira baixar, um pouco, já utilize a metodologia do livro “Ouse ter Sucesso” para que assegure que determinadas situações não retornem.

Além disto, a metodologia para impulsionar negócios com foco em processos parte de uma hipótese quer seja ela algo que já está acontecendo ou até mesmo algo em potencial ou uma situação que ronda a empresa ou área há um certo tempo.

Com isto, você partirá de um princípio e ao longo da jornada poderá comprovar ou não se é um fato ou apenas refutá-la, o que já seria por si só um ganho.

Sempre faço um paralelo com a nossa ida ao médico, não é exatamente isto que os médicos fazem ao nos pedir diversos exames? Para comprovar se algo que está sendo relatado, possui relação com alguma doença e ao constatar, o médico prescreve o melhor tratamento?

E muitos tratamentos, não passam por mudança de hábitos? Ou seja, você não muda o seu processo, a sua rotina?

Em nossas empresas é a mesma situação, no entanto, utilizamos uma metodologia de gestão para nos guiar.

Com frequência recebo a seguinte pergunta: “por onde começo?” Afinal de contas cada empresa deve estar em um determinado momento não é mesmo?

Compartilho abaixo a forma que faço para iniciar a melhoria de processos:

  • Compreendo quais são os produtos e ou serviços que ofereço para os meus clientes;
  • Entrevisto os meus clientes compreendendo as reais expectativas perante o que ofereço;
    • Afinal de contas, eu tenho que atender e superá-las não é mesmo? Parece simples e óbvio, mas deixo aqui a provocação: “quando foi a última vez que você perguntou para o seu cliente, qual é a expectativa dele perante o seu produto e ou serviço?”
  • Neste momento compreendo se tenho os indicadores e ou medições que comprovam que estou atendendo ou não;
  • E, Eureca! Muitas vezes já descubro o meu ponto de partida, por não estar dentro do que os meus clientes esperam.

Simples, não é mesmo? É com esta simplicidade que explico no meu novo livro “Ouse ter Sucesso”, como reuni diversas ferramentas práticas de gestão que realmente deram certo em mais de 250 empresas e alcancei o sonho de compartilhar com mais empresas este conhecimento para que você consiga alcançar e superar as expectativas dos seus clientes externos e interno, com processos cada vez mais estruturados e preparados para o crescimento, da empresa e principalmente das pessoas.

 

Edu Bezerra - Fundador da Exection Impulsionadora de Negócios, especialista em desenvolver a governança operacional nas organizações, focada em resultados e melhoria de processos, atua nesta área desde 1999. Colunista e mentor Endeavor. Escritor e palestrante. Já exerceu cargos executivos, trabalhou em consultorias como Falconi e TOTVS. Planejou e executou projetos de impulsão de negócios em mais de 200 empresas de diversos segmentos e tamanhos, possuindo destaques para: agronegócios, securitizadoras, fidcs, e-commerce, manufatura, energia, bancos, saúde, logística, tecnologia, comunicação e mídia, entretenimento, luxo, educação, turismo e automotivo. Graduado em engenharia de produção (FEI), CBA em Finanças (Insper), cursos de especializações em vendas Spin Selling®, estatística black belt (Falconi).


Os pacientes perdem, outra vez

Opinião 



O Superior Tribunal de Justiça (STJ) definiu dias atrás, em julgamento definitivo, o entendimento legal sobre a cobertura do rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) por parte dos planos de saúde.

Até então, os pacientes tinham direito legal a assistência ampla, inclusive a técnicas e cirurgias por vezes fora da lista, mas indispensáveis ao tratamento adequado. Agora, após o parecer do STJ, o quadro é outro: o que não constar do rol não precisará mais ser coberto pelas operadoras da cadeia suplementar.

Faço parêntese para tornar mais claro os termos que têm sido usados em reportagens sobre o tema para facilitar a compreensão sobre o ocorrido: a lista da ANS era apenas um exemplo (ou exemplificativa) e os pacientes tinham acesso a outros procedimentos. Porém, com o novo entendimento do STJ, transformou-se em taxativa, quer dizer, não estando no rol, não há cobertura. Ou, quase por milagre, em raríssimas exceções.

Assim, na prática, as empresas ficam desobrigadas a atender a uma série de tratamentos e medicamentos aprovados recentemente, a certos tipos de quimioterapia oral, de radioterapia e até a cirurgias com técnicas de robótica.

A consequência é óbvia, basta olhar o comportamento histórico de distintas corporações da rede suplementar. Em 2021, os planos de saúde lideraram o ranking de reclamações, segundo números do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Foram responsáveis por quase um quarto das queixas (24,9%) registradas.

Falamos, portanto, de um retrocesso evidente do setor de saúde complementar. São cerca de 50 milhões de brasileiros atingidos. De hora para outra, eles se veem sem direitos essenciais que até então eram resguardados pela Lei 9656/1988.

O efeito tende a ser desastroso, aprofundando a assimetria de poder entre operadoras e pacientes, deixando-os ainda mais desprotegidos e vulneráveis nos momentos de maior necessidade em saúde. Lembrando, aliás, que a pandemia já piorara demais a situação dos usuários que já sofriam com a falta de equilíbrio e os altíssimos reajustes de mensalidades.

Para piorar, em 26 de maio, a ANS autorizou reajuste de 15,5% dos planos individuais e familiares para o período de maio de 2022 até abril de 2023: o maior aumento desde o início da série histórica, em 2000.

Não à toa, pesquisa da Associação Paulista de Medicina (APM), com 3.043 médicos de todo o Brasil, revela que 88,3% dos médicos já presenciaram pacientes abandonarem tratamentos por conta de reajustes das mensalidades no campo suplementar.

Por fim, registro que há esperança no fim do túnel. Talvez a decisão seja revertida, pois uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), em tramitação no Supremo Tribunal Federal, pode mudar o entendimento do STJ.

Que assim seja.

 

Antonio Carlos Lopes - presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica

 

ARTESP E CONCESSIONÁRIAS ADEREM A OPERAÇÃO CORTA-FOGO PARA PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS FLORESTAIS

 Agência dá dicas de direção segura ao motorista em caso de fumaça excessiva  

 

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo - e as 20 concessionárias que integram o Programa de Concessões Rodoviárias vão intensificar o combate a queimadas nas rodovias concedidas durante a Operação Corta-Fogo, programa estadual de prevenção e combate às queimadas coordenado pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA). A ação acontece de junho a outubro, durante a fase vermelha da campanha por conta do aumento do número de focos de incêndio na região. A agência reguladora e as concessionárias vão disponibilizar informativos nas praças de pedágio, publicar posts nas redes sociais e veicular mensagens de orientação ao usuário nos Painéis de Mensagem Variável (PMVs) para alertar sobre os perigos das queimadas nas rodovias. As mensagens são:

  

 “Operação Corta-Fogo: Soltar balões é crime ambiental”

 

“Operação Corta-Fogo: Não atire cigarros às margens de rodovias”

 

“Operação Corta-Fogo: Prevenir é melhor do que apagar”

 

“Operação Corta-Fogo: Incêndio? Ligue 0800 (concessionária)”

 

Os meses de junho a outubro são marcados pelos dias mais secos e frios do ano, algo que contribui para a estiagem e a propagação de incêndios. Os trechos rodoviários são diretamente afetados porque, além do fogo comprometer a vegetação que margeia as estradas, agredindo o meio ambiente, ocorre a diminuição considerável da visibilidade dos condutores.  De acordo com o levantamento da ARTESP, a partir de informações das concessionárias, em 2021, foram contabilizadas e atendidas 8.174 ocorrências de queimadas, das quais 5.524 (67%) aconteceram no período entre junho e outubro. 

 

A ação da Agência reguladora vai ocorrer também por meio de cartazes, que serão distribuídos nos postos SAU (Serviço de Atendimento ao Usuário) das autoestradas. “As queimadas são um problema sério que atinge as rodovias paulistas. A agência reguladora e as concessionárias vão intensificar o trabalho na prevenção para minimizar os impactos ambientais e acidentes na malha rodoviária”, afirma Milton Persoli, diretor geral da ARTESP. 

 

Para agilizar o combate às queimadas, as concessionárias realizam inspeções com viaturas operacionais equipadas com abafadores, que podem ser utilizados em casos de pequenos focos de incêndio, para evitar a propagação das chamas. Caminhões-pipa e tanques rebocáveis também ficam de prontidão em pontos estratégicos, para contribuírem no enfrentamento ao fogo. 

 

 

Queimadas


Uma das principais causas de queimadas que atingem a vegetação às margens das rodovias é o lançamento de pontas de cigarro. Em contato com a vegetação seca, as “bitucas” acesas servem de ignição para iniciar um incêndio. 

 

O lançamento de balões é outro fator de risco. Mesmo sendo crime ambiental, há aumento desta prática nesta época do ano, o que causa vários tipos de danos - não apenas nas áreas verdes, mas também em regiões urbanas. Para que este crime seja combatido, é essencial a participação da população por meio de denúncias, que podem ser feitas pelos telefones 190 (Polícia Militar) ou 181 (Disque-Denúncia). 

 

Outras possíveis causas das queimadas são a queima de lixo, fogueiras ou a utilização de fogo para limpeza de terrenos ou fins agrícolas, de forma não autorizada. Nas faixas de domínio das rodovias, boa parte dos focos é provocada pela própria população vizinha à estrada, principalmente nas áreas mais próximas aos aglomerados urbanos. 


 

Dicas de segurança

 

Ao se deparar com um incêndio florestal ou situação de queimada na rodovia, o condutor deve avisar imediatamente o Corpo de Bombeiros (193) ou a Defesa Civil (199), e também pode ligar para o número 0800 da concessionária responsável pela rodovia. Ao informar a ocorrência, citar detalhes, como a exata localização do foco de incêndio, ajuda a equipe de socorro a chegar ao local a tempo para conter as chamas. Além disso, ao cruzar áreas de queimadas, é importante que o motorista adote medidas de segurança, tais como: 

- Fechar os vidros do veículo; 

- Trafegar com farol baixo aceso; 

- Não se aproximar da ocorrência; 

- Não parar na faixa de rolamento;

- Manter distância segura do veículo da frente; 

- Não ligar o pisca-alerta com o veículo em movimento;

 


A Operação Corta-Fogo 


Em 2010, o estado de São Paulo instituiu o Sistema Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, que visa, dentre outras ações, diminuir os focos de incêndio no estado e estimular o desenvolvimento de alternativas ao uso do fogo. Esse sistema, chamado de Operação Corta-Fogo, é composto por diversos órgãos e desenvolve uma série de atividades de forma permanente, de acordo com as necessidades e priorizações que cada período exige, dentro de um cronograma ao longo do ano. Elas são as chamadas fases verde, amarela e vermelha: 

 

Verde: (janeiro a março / novembro e dezembro) - No início do ano são definidas as medidas de prevenção e preparação. No final do ano é realizada uma avaliação da temporada. 


Amarela: (abril e maio) - Foco nas ações preventivas e preparação para enfrentar os incêndios florestais, com treinamento, capacitação, elaboração e revisão de planos preventivos e de contingência. 


Vermelha: (junho a outubro) - Ações efetivas de combate ao fogo e fiscalização preventiva, além da intensificação das estratégias de comunicação e campanhas de prevenção.  

 

Fazem parte da operação os órgãos estaduais: Coordenadoria Estadual de Proteção Defesa Civil (CEPDEC); Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental e Cetesb. O sistema é coordenado pela SIMA, por intermédio da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade (CFB), além de eventuais parcerias com as prefeituras municipais. 


Metodologia inédita realiza monitoramento aéreo de cardumes de sardinha em Fernando de Noronha

Foto: José Amorim Reis-Filho
Uso de drones pode contribuir para o manejo sustentável de estoques pesqueiros em importante área de conservação marinha do Brasil

 

Além de garantir renda para pescadores locais, a oferta equilibrada de sardinha é fundamental para a manutenção de diversas espécies de peixes e aves

 

Estudo apoiado pela Fundação Grupo Boticário também pode facilitar o monitoramento do ecoturismo no arquipélago



 

Uma pesquisa realizada por 11 cientistas de universidades brasileiras e norte-americanas tem potencial de trazer grande avanço para a conservação da biodiversidade no arquipélago de Fernando de Noronha (PE), um dos principais destinos de ecoturismo no Brasil. Os cientistas usaram imagens aéreas feitas por drones para compreender as atividades de pesca da sardinha no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, em área liberada para a atividade pesqueira desde 2019, após controvérsias entre o governo federal e entidades ambientais. A partir das imagens captadas durante o período liberado para a pesca, foi possível identificar os tamanhos dos cardumes, as dinâmicas dos barcos pesqueiros e dos pescadores da costa e também observar as atividades de turismo local.

 

“Além da importância comercial para os pescadores, a sardinha é a base alimentar para tubarões, golfinhos, diversos peixes maiores e aves marinhas. A sardinha também é usada como isca para a pesca de grandes peixes e a sobrepesca desse recurso pode provocar um desequilíbrio das espécies, trazendo prejuízos inclusive para o ecoturismo, já que a fantástica biodiversidade do arquipélago é um dos principais atrativos para os mergulhadores e turistas”, explica Hudson Pinheiro, um dos autores do estudo, pesquisador do Centro de Biologia Marinha da Universidade de São Paulo (USP) e da Academia de Ciências da Califórnia, nos Estados Unidos.

 

O uso de drones para auxiliar a vigilância e fiscalização em áreas marinhas protegidas ainda está em estágio inicial no Brasil. A tecnologia apresenta uma série de vantagens em relação aos métodos tradicionais de monitoramento, que exigem maiores investimentos e logística mais complexa. “A gestão da pesca geralmente é realizada em terra ou por meio de inspeções a bordo de embarcações. O acompanhamento das atividades pesqueiras usando drones é uma opção versátil e econômica, que pode potencialmente melhorar os estudos pesqueiros, especialmente em áreas marinhas protegidas”, ressalta Pinheiro, que também é membro da Associação Voz da Natureza e da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN).

 

O estudo, que contou com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, demonstrou que pequenos drones podem fornecer monitoramento altamente eficiente e de baixo custo, capaz de avaliar rapidamente características relevantes da pesca de pequena escala. A partir de um local fixo, é possível compreender toda a dinâmica de atividades da ilha e ainda monitorar o tamanho dos estoques pesqueiros. “Registramos 89 atividades pesqueiras na área marinha e 75 pescadores costeiros nas praias. O estudo documentou as áreas mais intensamente visadas por pescadores e aspectos operacionais do esforço de pesca, tanto a bordo quanto nas atividades costeiras”, destaca José Amorim Reis-Filho, pesquisador da Universidade Federal da Bahia (UFBA), líder da pesquisa.

 

A metodologia será compartilhada com técnicos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão gestor do Parque Nacional de Fernando de Noronha. “Criamos um protocolo simples para ajudar cientistas e gestores a obter dados de pesca bastante úteis e confiáveis. Vamos preparar um workshop para compartilhar essa experiência com os gestores e esperamos que a tecnologia possa auxiliar no desenvolvimento sustentável do arquipélago”, frisa o pesquisador da UFBA.

 

Os cientistas ressaltam que, ao monitorar os cardumes com mais precisão, é possível saber o momento adequado para restringir a pesca ou, se for o caso, liberar mais a atividade. “O estudo permite um manejo mais adaptativo, com um regramento que já é adotado em alguns países de primeiro mundo”, explica Pinheiro.

 

A área de estudo abrangeu uma região de cerca de cinco quilômetros quadrados, onde pode ser encontrado um mosaico de habitats marinhos composto por rochas, corais duros, algas e faces arenosas. Devido ao nível de transparência do mar em Fernando de Noronha, o monitoramento aéreo apresentou resultados bastante satisfatórios, o que não costuma ser possível em locais com águas turvas.

 

Importância das pesquisas em unidades de conservação

Os especialistas explicam que o desenvolvimento sustentável da atividade pesqueira exige que os ambientes marinhos sejam manejados de forma adequada, especialmente em unidades de conservação. A situação é ainda mais delicada em Fernando de Noronha por causa da distância em relação ao continente. “Nas áreas continentais, é possível um manejo mais colaborativo, mas na ilha a sobrepesca pode resultar no fim da exploração comercial da espécie”, alerta Pinheiro. O cientista ressalta que, como a sardinha vive em grandes cardumes e possui um ciclo de vida curto, existem vários casos de colapso de populações de sardinha em todo o mundo.

 

Além de descrever as características e o tamanho dos cardumes por meio de drones, a pesquisa contemplou expedições de mergulho para identificar características do hábitat de fundo do mar do arquipélago em áreas com profundidade superior a 140 metros, mapeando áreas de recifes e as características de diversas espécies que ocorrem na região.

 

“Os estudos em Fernando de Noronha vão servir como base para um acompanhamento de toda a biodiversidade da região, permitindo que pesquisas futuras possam comparar as características encontradas, avaliando inclusive os impactos ambientais e a resiliência de todo o território. É um trabalho de grande relevância para subsidiar o uso de recursos sustentáveis em uma das áreas mais relevantes para a conservação da vida marinha no Brasil”, afirma Malu Nunes, diretora executiva da Fundação Grupo Boticário.

 

Entre as sugestões a serem enviadas ao ICMBio está a criação de áreas de proteção em hábitats mais profundos que possam servir de locais de criação de pescados com vistas ao desenvolvimento sustentável da atividade pesqueira. “Defendemos também que a pesca não seja expandida para dentro do parque nacional. Entendemos que a recente permissão da pesca da sardinha em uma área específica do parque não pode abrir o precedente de liberação para a captura de outras espécies”, frisa Pinheiro.

 

Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN)  

www.fundacaogrupoboticario.org.br 

Fundação Grupo Boticário


Estão abertas 2,3 mil vagas de estágio para a Secretaria de Educação da Prefeitura de São Paulo

Valor da bolsa-auxílio é de R$897 e estudante terá carga horária de 4h/dia

 

Estão abertas mais de 2,3 mil vagas para a Secretaria de Educação da Prefeitura de São Paulo. As oportunidades são voltadas para os programas Parceiros da Aprendizagem e Aprender sem limites que têm como objetivo auxiliar o professor em sala de aula e contribuir no processo da educação inclusiva. 

Podem se inscrever estudantes que estão cursando do 2º ao penúltimo semestre dos cursos de Pedagogia, Letras, Matemática, ou nas licenciaturas em Artes, Geografia, História, Educação, Inglês, Ciências e Educação Especial. As vagas são para início imediato, especialmente nas escolas localizadas no extremo sul e extremo leste da capital. A bolsa-auxílio tem valor de R$ 897,50 para 4h diárias e os estudantes ainda recebem auxílio-transporte de R$ 193,60. 

As inscrições devem ser realizadas por meio do Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE no seguinte link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScPlhLMfmklZymfmpSTzR38yn4JzHH1Icz47VwyEE-C2VT0kg/viewform

 

CIEE

Facebook | Instagram | Twitter | YouTube | Linkedin

www.ciee.org.br


Posts mais acessados