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quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Dia Nacional da Saúde: Chás ajudam no equilíbrio corpo e mente

 Nutricionista Rodrigo Moreira explica como a bebida pode auxiliar o bem-estar

 

5 de agosto, é comemorado o Dia Nacional da Saúde, data cujo objetivo é conscientizar a população sobre a importância dos valores e cuidados com a saúde. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o assunto vai muito além da ausência de alguma enfermidade: é o equilíbrio entre bem-estar físico, mental e social. Nessa mesma linha, a medicina integrativa enfatiza uma abordagem holística e focada no paciente, incluindo aspectos mentais, emocionais, funcionais, espirituais, sociais e comunitários.

Dentro desse contexto, o chá surge como uma peça fundamental para aliar bem-estar, saúde e espiritualidade. Segundo o nutricionista Rodrigo Moreira, a bebida traz diversos benefícios e equilibra o corpo e a mente. "Bem-estar é a busca da satisfação plena com seu corpo, mente e espírito. O consumo de chás pode trazer benefícios significativos", explica.

Considerada a segunda bebida mais popular do mundo - atrás apenas da água -, as infusões têm propriedades terapêuticas e funcionais que podem atuar como estimulantes, diuréticos, digestivos, anti-inflamatórios, calmantes, entre outros. "Os benefícios são diversos para a saúde, como a possível redução na glicemia em diabéticos, do colesterol em hipercolesterolêmicos, da pressão arterial em hipertensos, além do efeito antibactericida, antifúngico e antiviral de forma geral. Camomila, Cidreira e Hortelã por exemplo, são ótimas opções para diminuir ansiedade e estresse", conta o profissional.

Ritual de autocuidado

Mas, mais do que uma bebida com propriedades terapêuticas, o chá é um elemento cultural. Historicamente, o líquido é associado à paz e a harmonia. A Cerimônia do Chá, tradicional do Japão, é um exemplo. "Mantida até hoje, a proposta é de alcançar "a paz numa xícara de chá". A ideia é deixar o mundo material e entrar em um mundo sagrado e espiritual. É inspirada em ideias budistas como: a simplicidade, a harmonia e a impermanência de todas as coisas", explica Rodrigo.

Assim como o tradicional ritual, a bebida atualmente pode auxiliar na busca pelo equilíbrio mental. Um dos exemplos é com a prática do mindfulness. O termo ganhou popularidade nos últimos anos e se caracteriza pelo conjunto de técnicas ou práticas que auxiliam no estado de atenção plena, que é a capacidade de estar atento ao momento presente sem distrações.

"Trazer a atenção plena para atividades simples como beber chá nos treina a direcionar a atenção conscientemente. Atenção plena significa prestar atenção com os sentidos, no corpo - sentir, tocar, ver, ouvir e saborear. Criar um momento para desacelerar as atividades e/ou confraternizar com amigos com uma boa xícara de chá no meio da tarde, são rituais que produzem bem-estar", finaliza.

Confira abaixo a entrevista com Rodrigo Moreira


O que é a visão integrativa na saúde?

A visão integrativa é focada na pessoa como em seu todo. Levando em consideração uma avaliação de corpo, mente e espírito, para proporcionar um estado de completo bem-estar físico, mental e social.


Hoje, o que define bem-estar relacionado à nutrição?

Bem-estar é a busca da satisfação plena com seu corpo, mente e espírito. Com sensação de conforto e segurança à sua saúde, trazendo tranquilidade e bem-estar para vivê-la.


Quais questões cerimoniais do chá podem ser tratadas dentro da nutrição?

A busca pela harmonia. Na nutrição é preciso ter um equilíbrio entre os todos os nutrientes que necessitamos. Não é porque um nutriente é bom que devessem consumi-lo em grande quantidade. É necessária uma relação de equilíbrio na composição da alimentação, considerando o consumo de chá e demais alimentos, de modo a evitar os excessos ou deficiências de nutrientes.


De modo geral, como o bem-estar das pessoas pode ser associado aos chás?

O consumo das ervas medicinais em forma de chá tem muitos nutrientes que podem trazer benefícios significativos para o bem-estar.


O que se entende como uma questão interdisciplinar envolvendo o chá e a saúde?

Na questão nutricional uma erva pode trazer benefícios diversos, chamamos de fito complexo, um conjunto de substância presentes em uma planta, que são extraídas ao fazer o chá, e ao consumi-las, podem agir em diferentes regiões do seu corpo.


Como o chá pode ser associado ao mindfulness? Pode explicar um pouco?

Trazer a atenção plena para atividades simples como beber chá nos treina a direcionar a atenção conscientemente. Atenção plena significa prestar atenção com os sentidos, no corpo - sentir, tocar, ver, ouvir e saborear. Criar um momento para desacelerar as atividades e/ou confraternizar com amigos com uma boa xícara de chá no meio da tarde, são rituais que produzem bem-estar.


Busca pela saúde refletida no mercado

De acordo com Marcelo Correa, Head Commercial and Business Development da Leão Alimentos e Bebidas, a procura por produtos saudáveis é uma tendência no mercado. "O brasileiro, cada vez mais, busca por produtos que atendam a aspectos de saudabilidade, que aliam bem-estar, saúde e que não tenham restrição. O chá atende a esses quesitos: é uma bebida sem açúcar, aromática e com diversas funcionalidades", conta.

Líder do segmento com volume de 65% em market share, a Leão está atenta a esse movimento. Em 2020, a marca fez lançamentos com produtos voltados para a saúde e bem-estar em, como a linha Leão Funcionais: Reequilibra (chá verde, hortelã e limão), Recarrega (chá mate com guaraná), Reanima (chá preto com laranja e mel) e Relaxa (chá de camomila e maracujá). Pelas suas composições, eles apresentam propriedades interessantes em quatro frentes: Detox, Energia, Imunidade e Relaxamento.

Com 120 anos de história e inovação, a Leão conta hoje com um portfólio com mais de 60 produtos com propriedades que atuam nas mais diversas frentes. Entre eles o chá de Hortelã, conhecido por amenizar sintomas de gripes e resfriados; Camomila com efeito calmante e a tradicional Erva Mate cujas propriedades ajudam a acelerar o metabolismo e auxiliam na queima de gorduras.

Vale ressaltar que a Leão Alimentos e Bebidas reforça que o consumo da bebida não substitui tratamentos médicos ou outros necessários. "As infusões servem como complemento de uma dieta saudável, natural e que auxilia no bem-estar das pessoas", finaliza Marcelo.

 

Leão Alimentos e Bebidas


O impacto do consumo de alimentos artificiais e ultraprocessados na saúde das pessoas e os caminhos para uma alimentação mais saudável

O caminho para uma alimentação saudável e livre de produtos nocivos à saúde tem sido um dos principais assuntos em conferências mundiais de alimentação, em decorrência do aumento de pessoas diagnosticadas com diferentes doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) e sua importante relação com o estilo de vida. Estudos relatam que as DCNTs são responsáveis por cerca de 41 milhões de mortes no mundo (71% do total anual de mortes), sendo que as dietas inadequadas estão entre os maiores fatores de risco.

Segundo Fabri¹ (2021), algumas mudanças nos modelos de produção e consumo de alimentos resultaram na padronização das práticas alimentares. Os dados apontam para aumento no consumo de alimentos ultraprocessados que possuem altos níveis de açúcares, gorduras (principalmente saturado e trans), e sódio, assim como produtos com grandes quantidades de agrotóxicos e organismos geneticamente modificados que são denominados transgênicos.

O Guia Alimentar para a População Brasileira² (2014) aponta que padrões de alimentação mudam rapidamente na grande maioria dos países e, em particular, naqueles economicamente emergentes, como o Brasil. As principais alterações ocorrem pela substituição de alimentos in natura - que são provenientes de plantas ou de animais e não sofrem qualquer modificação após deixar a natureza - ou minimamente processados - alimento in natura submetido a processos como limpeza, secagem, seleção e embalagem - e preparações culinárias à base deles por produtos artificiais e ultraprocessados como lasanhas congeladas, macarrão instantâneo, biscoitos e salgadinhos.

Essa mudança ao longo dos anos desencadeou um desequilíbrio entre a oferta de nutrientes e a ingestão excessiva de calorias. Segundo estudos indexados em um documento publicado neste ano pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde³ (Nupens - USP) e em parceria com a Cátedra Josué de Castro, o aumento da ingestão de produtos ultraprocessados está diretamente relacionado a um maior risco de desenvolver hipertensão, diabetes, doenças do coração e certos tipos de câncer.


E por que ultraprocessados podem oferecer riscos à saude?

Os alimentos ultraprocessados são produtos transformados pela indústria, com poucos ingredientes naturais, adição de ingredientes e aditivos artificiais, que não mais remetem ao alimento original e um dos principais problemas é que apresentam uma alta densidade energética, maior teor de açúcar ou sódio, gorduras saturadas, além de baixo teor de fibras e micronutrientes essenciais.

O consumo excessivo de alimentos industrializados altera consideravelmente o funcionamento normal do organismo. O açúcar em excesso, por exemplo, aumenta os níveis de glicose circulante no sangue, e a resposta disso no organismo para essa taxa elevada de maneira crônica é o distúrbio na produção direta da insulina, caracterizando a resistência ao hormônio e desenvolvimento de diabetes - doença que pode se tornar fator de risco para outras.

O consumo alto de sódio, importante nutriente para o organismo, pode alterar o funcionamento do coração, causando pressão arterial desregulada, problemas renais e outras doenças graves. Nos alimentos ultraprocessados e com temperos adicionais, como o macarrão instantâneo e lasanhas congeladas, a quantidade de sódio é muito alta, devido aos aditivos utilizados para realçar o sabor. Isso também acontece em alimentos embutidos, como salames, presuntos e peito de peru, que é normalmente visto como inofensivo para a saúde.


Quais os caminhos para uma alimentação saudável e suas consequências?

O caminho para um estilo de vida saudável engloba uma alimentação equilibrada e sustentável, com o aumento do consumo de alimentos in natura ou minimamente processados nas refeições diárias, reduzindo o nível de ultraprocessados, encontrados facilmente em comércios de todos os tamanhos, por possuírem maior tempo de vida nas prateleiras e facilitarem os desafios logísticos de distribuição.

Muitos alimentos industrializados são prejudiciais à saúde pelo excesso de aditivos artificiais, além de não contarem com a rotulação ideal para entendimento do consumidor. O IDEC4 (Instituto de Defesa do Consumidor) e outros órgãos defendem mudanças nas regras de rotulagem de alimentos junto à ANVISA, exatamente para que o consumidor saiba exatamente sobre as composições.

Mais do que evitar doenças, é preciso reconhecer a alimentação como uma aliada no contexto de promoção da saúde e bem-estar individual. Para isso, é preciso que as informações sejam concisas para chegar às pessoas de forma consistente, educando sobre qualquer informação contida nos produtos e facilitando uma possível reeducação alimentar.

Além disso, as escolhas alimentares têm uma importante interação com os sistemas ambientais, agrícolas e de saúde. Portanto, mudanças individuais na rotina alimentar podem influenciá-los de forma crucial. De acordo com Nilson5 (2018), estima-se que no Brasil os gastos com doenças cardiovasculares aumentaram 17% entre 2010 e 2015, incluindo os custos pela morte prematura, internações e auxílios em decorrência da inatividade causada pela doença. Em 2011, os gastos do SUS com obesidade chegaram a quase 300 milhões de dólares, dos quais 24% deles foram destinados para obesidade mórbida.

Dar subsídios para que a população tenha acesso a alimentos e preparações culinárias saudáveis significa melhorias no estilo de vida em larga escala, com informações para influenciar suas escolhas, além de acesso a comidas de qualidade e boa procedência, produzidas de maneira agroecológica e sustentável.

 

 

Janaína Alessandra Silva - Doutoranda em Ciências pelo ICB - USP/ Nutricionista pela FSP - USP

 

Referências:

• ¹ Fabri RK, Martinelli SS, Perito MA, Fantini A, Cavali SB. Absence of symbolic and sustainable aspects in recommendations for healthy eating: a qualitative analysis of food-based dietary guidelines. Rev Nutr. 2021;34:e200120. https://doi.org/10.1590/1678-9865202134e200120

• ² Guia Alimentar para a População Brasileira (2014).

• ³ NUPENS. Núcleo de Pesquisas Epidemioólgicas em Nutrição e Saúde [Disponível em: https://www.fsp.usp.br/nupens/]

• 4 IDEC. Instituto de Defesa do Consumidor [Disponível em: https://idec.org.br/]

• 5 Nilson EAF, Andrade RCS, Brito DA, Oliveira ML. Custos atribuíveis a obesidade, hipertensão e diabetes no Sistema Único de Saúde, Brasil, 2018. Rev Panam Salud Publica. 2020;44:e32. https://doi.org/10.26633/RPSP.2020.32

• Diálogo sobre ultra processados. Soluções para sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis. (2021)

• Aliança Alimentação [Disponível em: https://alimentacaosaudavel.org.br/]

• Andretta V, Silverio J, Mendes KG, Motter RF, Theodoro H. Consumo de alimentos ultraprocessados e fatores associados em uma amostra de base escolar pública no Sul do Brasil, 2021. https://doi.org/10.1590/1413-81232021264.04422019


Geração X é a principal compradora de vinhos no Brasil, seguida pelos Baby Boomers, aponta levantamento da Evino

 Apesar de ficar em último lugar, a quantidade de garrafas compradas pela Geração Z aumentou 30% no primeiro semestre deste ano

• O levantamento avaliou hábitos de compras dos consumidores da Evino entre janeiro e junho de 2021 e no mesmo período em 2020


Nas últimas semanas as redes sociais foram tomadas pela comparação das diferenças dos costumes das gerações - até mesmo o hábito de tomar café da manhã foi considerado pelos mais jovens como cringe (quando algo é considerado vergonhoso). Pensando nessas divergências, a Evino, maior e-commerce de vinhos da América Latina, analisou os hábitos de compras de todas as gerações (considerando apenas pessoas acima de 18 anos) para entender as preferências de cada grupo.

A empresa levantou dados referentes ao primeiro semestre de 2021 e de 2020, para avaliar se houve alguma diferença marcante, segmentando os consumidores de acordo com as quatro principais gerações: Baby Boomers (1945 - 1964), que representam 20% da base de clientes da Evino; Geração X (1965 -1980), que chegam a 40% dos clientes; Geração Y ou Millennials (1981 - 1995), com 30% da base; e Geração Z (1996 - 2015), que compõe 3,5%.

Até o momento, a geração que mais compra vinhos é a Geração X, seguida pelos Baby Boomers e Millennial. No entanto, apesar de ficar em último lugar, a Geração Z é a que apresentou maior aumento no número de garrafas compradas no período avaliado, com um crescimento de aproximadamente 30% (87.216 no primeiro semestre deste ano contra 68.237 mesmo período em 2020), totalizando um- os Baby Boomers ficaram em segundo lugar, com um aumento de 5%.

A base de clientes no primeiro semestre de 2021 da Evino totalizava 350 mil clientes. Nesse mesmo período, foram vendidas 5 milhões de garrafas.


Por gênero

Comparando a base de clientes de cada uma das gerações no primeiro semestre de 2021, a Evino percebeu que nas duas primeiras, compostas por pessoas agora com no mínimo 40 ou 41 anos, há uma grande diferença entre a quantidade de homens e mulheres cadastrados.

Entre os Baby Boomers, 75% dos clientes são homens e apenas 25% mulheres - em se tratando de garrafas compradas nesta geração, a distinção cai para 72% e 28%, respectivamente. Apesar da grande diferença entre os gêneros, 44% das compras de espumantes e 37% dos rosés entre os Baby Boomers foram feitas por elas. Já 74% dos tintos e 65% dos brancos foram comprados pelos homens.

Na Geração X a diferença se mantém elevada, com 64% da base sendo representada por homens e 36% por mulheres - em relação à quantidade de rótulos comprados por cada um, a proporção fica em 61% e 39%, respectivamente. Aqui também é possível notar o interesse do público feminino pelos espumantes e pelos rosés - 50% e 47% das compras de espumantes e rosés, nesta ordem, entre a Geração X foram feitas por mulheres. Por sua vez, 64% e 54% dos tintos e brancos, respectivamente, foram comprados pelos homens.

A equidade começa a aparecer na geração Millennials, com 57% e 45% da base de clientes sendo representada por homens e por mulheres. Na mesma ordem, a proporção das garrafas compradas vai para 55% e 45%, diminuindo ainda mais a distância. Com o maior equilíbrio da base de clientes, é possível notar um balanceamento entre os tipos de vinhos comprados pelos Millennials: 52% dos espumantes, 53% dos rosés e 50% dos brancos foram comprados pelas mulheres, enquanto 57% dos tintos foram comprados pelos homens.

Na Geração Z, a base de clientes é dividida igualmente em 50% homens e mulheres, com uma pequena diferença entre os rótulos comprados - 51% das garrafas compradas pela GenZ foram por mulheres. Em relação à quantidade de garrafa comprada por tipo de vinho, 50% dos espumantes, 58% dos rosés, 57% dos brancos e 50% dos tintos foram adquiridos por elas.


Por estado

A quantidade de garrafas vendidas por estado também variou de geração para geração, ainda que as praças principais sejam quase sempre as mesmas. Entre os Baby Boomers, São Paulo ficou em primeiro lugar, seguido pelo Rio de Janeiro, Minas Gerais , Rio Grande do Sul e Paraná. Em relação ao mesmo período em 2020, a ordem permaneceu a mesma, porém o estado com maior crescimento nas compras foi Minas Gerais, com um aumento de 24%.

Na Geração X, a sequência permanece quase a mesma, com a inversão entre Minas Gerais, que apresentou um crescimento de 24% em relação ao ano passado e ficou em segundo lugar. Entre as quatro gerações, esta é a que mais comprou no período analisado, seguida pelos Baby Boomers.

Entre os Millennials, que ficaram em terceiro lugar em termos de compras feitas, a ordem dos principais estados seguiu quase a mesma ordem da Geração X, com apenas o Paraná passando o Rio Grande do Sul e se tornando o quarto estado mais comprador. Além disso, Minas Gerais seguiu a tendência de crescimento, com um aumento de 23%.

A Geração Z, por sua vez, manteve a sequência São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul estabelecida pela Geração X, mas o quinto estado mudou bastante: a Bahia ultrapassou o Paraná e entrou na lista dos cinco maiores compradores da geração. Além disso, os percentuais de crescimento em relação ao primeiro semestre foram bastante consideráveis: São Paulo e Rio de Janeiro cresceram 10%, Rio Grande do Sul chegou a 29% e Bahia apresentou 225% de aumento nas compras.


Por tipo de vinhos

Não é de surpreender que o vinho tinto lidere a preferência em todas as gerações e regiões.

Entre os Baby Boomers, a região que mais preferiu esse tipo de vinho é a Centro-Oeste, onde 87% das compras foram de tintos. Na Geração Z, o Sudeste ficou por último, com 75% - em compensação, foi o que mais comprou brancos, com 11%.

Entre os meses de janeiro a março, a venda dos brancos aumentou, enquanto no ano anterior o espumante teve uma repercussão mais positiva entre os consumidores. Sendo destaque em todas as análises, a Geração Z teve um acréscimo considerável no consumo de espumantes entre janeiro e fevereiro, com um aumento de 80% e 71%, respectivamente.


Uvas preferidas por geração

Analisando os dados de consumo, em 2021, a uva Tempranillo ocupou o primeiro lugar em todos os grupos, na sequência Malbec, Pinot Noir e por fim, Cabernet Sauvignon. A quinta colocada variou entre as gerações - os Baby Boomers ficaram com a Primitivo, a Geração X e a Z com a Sangiovese, e os Millennials com Chardonnay.


Obesidade infantil cresce na pandemia

 Saiba como os hábitos alimentares da infância impactam no agora e no futuro


A obesidade infantil é caracterizada pela condição em que uma criança está significativamente acima do peso levando em consideração a sua idade e altura. Dados recentes da Organização Mundial da Saúde alertam que a obesidade é um dos mais graves problemas de saúde do mundo. Mais alarmante que isto, são os números divulgados que apontam que em 2025 o número de crianças obesas no planeta pode chegar a 75 milhões.

Os hábitos alimentares iniciam já aos seis meses, quando o bebê começa a Introdução Alimentar (IA). É nesta fase que a criança passa a conhecer os alimentos, não necessariamente começam a comer, mas experimentam, sentem a textura, levam até a boca e iniciam uma nova fase da vida. É a partir deste marco que alguns hábitos vão sendo moldados até chegar na fase adulta. Por isto, o acompanhamento médico, feito pelo pediatra, é muito importante, pois o aumento de peso da criança é monitorado e um dos documentos mais importantes desta fase é a caderneta da criança, já que é ali que os índices de crescimento e ganho de peso são acompanhados. “É possível prevenir a obesidade infantil com boas práticas alimentares desde a primeira infância, com o incentivo do aleitamento materno, orientações para evitar o consumo de açúcar antes dos dois anos de idade, bem como alimentos ultraprocessados”, explica Tayna Heizen, nutricionista do Colégio Stella Maris.

Durante quase um ano e meio de pandemia, notou-se um aumento ainda maior do número de crianças acima do peso. Esta é uma questão multifatorial, não só física, mas também mental. Com tanto tempo em isolamento, observou-se crianças mais ansiosas e descontando algumas de suas frustrações na comida. Escolas fechadas, aspectos ambientais e comportamentais fizeram com que elas estivessem muito mais tempo em frente ao computador, por exemplo, o que acaba implicando no sedentarismo, aumentando o consumo de alimentos ricos em açúcares e gorduras, “estes alimentos são muito calóricos e, para as crianças, o impacto é muito grande. Neste sentido, os pais precisam monitorar a alimentação de seus filhos no presente, não podemos deixar essa questão para depois”, alerta a nutricionista.


O papel dos pais na alimentação infantil

O tratamento da obesidade infantil é bastante complexo e a orientação de comer menos e gastar mais energia requer uma boa condução. Do contrário, é alto o risco de fracasso, recuperação do peso perdido e até transtornos alimentares. “Na prática, encorajamos mudanças sustentáveis no estilo de vida, com a participação ativa dos pais, que devem ser bons modelos, estimular exercícios, facilitar o acesso a alimentos saudáveis e limitar o tempo nas telinhas. Os pais desempenham um papel crucial no que diz respeito à compra e ao preparo dos alimentos, já que as preferências alimentares das crianças são influenciadas pelas escolhas e pelos hábitos alimentares dos pais”, complementa Tayna.

Os pais precisam também adotar hábitos saudáveis em casa, para que seja rotina na escola. Para Tayna, “é na escola que a criança passa a maior parte do tempo, assim podemos monitorar e incentivar o consumo de alimentos saudáveis. Em sala de aula é ensinado sobre as melhores escolhas alimentares, mas é só o começo. O comportamento saudável precisa ser mantido em casa e incentivado pelos pais. É de grande importância que os pais preparem a lancheira com muita atenção aos rótulos. Tendo isto em mente, é necessário abolir os salgadinhos ultraprocessados, refrigerantes, bebidas industrializadas e os doces. Afinal, todas as refeições importam”, finaliza.


De olho na lancheira

Para facilitar o entendimento, algumas dicas podem facilitar a montar a lancheira da criança. A principal delas é sobre desembalar menos e descascar mais. A substituição dos ultraprocessados por frutas, sucos de frutas sem açúcar, biscoitos feito à base de farinhas como soja, milho, amêndoas e côco são boas opções para iniciar este processo. Confira:

- No lugar de bolacha: cookies integrais;

- No lugar de alimentos enriquecidos com corantes e leite condensado: iogurte natural com frutas;

- Carboidrato não é vilão: capriche no sanduíche, invista em pães integrais, queijo branco com vegetais;

- Sucos de frutas são permitidos: invista nas frutas da época, faça mais perto da hora de sair de casa;

- Água também é importante: mantenha o hábito em casa, beba água junto com os seus filhos;

- Apertou o tempo para prepara o lanche? Leia o rótulo dos alimentos, priorize aqueles que são compostos por um ou dois ingredientes apenas.

 

Colégio Stella Maris

Insegurança alimentar em tempos de pandemia

A segurança alimentar é a condição em que as pessoas têm acesso físico, social e econômico permanente a alimentos seguros, nutritivos e em quantidade suficiente para suprir as necessidades nutricionais e preferências alimentares, possibilitando uma vida ativa e saudável. Além disso, ela também está relacionada às questões de raça e gênero, tendo em vista de que domicílios chefiados por mulheres ou por pessoas pretas e pardas são os que mais apresentam insegurança alimentar.

A pandemia de covid-19 afetou a alimentação do brasileiro de várias formas, com as medidas de isolamento social necessárias para a prevenção e contenção da propagação do vírus, resultando na instabilidade no trabalho e uma crise econômica instalada.

São várias as repercussões da pandemia na Segurança Alimentar e Nutricional, entre elas: redução/suspensão da renda de trabalhadores; prejuízos na oferta de alimentos in natura da agricultura familiar; paralisação do Programa Nacional de Alimentação Escolar; fábricas de processamento de alimentos fechadas devido a surtos entre trabalhadores; fechamento de restaurantes e feiras livres; limitação no transporte de alimentos; redução da cobertura do Bolsa Família; redução do consumo de alimentos in natura; aumento do consumo de alimentos ultraprocessados; ganho de peso e/ou transtornos alimentares associados à inatividade física e ao isolamento social; redução/ausência dos serviços de saúde; falta de acesso regular à água e saneamento; e aumento do preço dos alimentos.

Devido a todos esses fatores, a desigualdade social já existente no país ficou ainda mais evidente. A população com maior escolaridade e que vive em regiões mais favorecidas economicamente, passou a comer de forma mais saudável, devido ao privilégio de poder se manter em isolamento social e cozinhar em casa. Já a população com menor escolaridade, de regiões menos desenvolvidas economicamente, sofreu com redução da renda e aumentou o consumo de alimentos com menor valor nutricional. Houve alta do consumo de opções mais baratas e que podem saciar a fome com maior rapidez, como frituras, refrigerantes e outros alimentos pouco saudáveis. A adaptação ao "novo normal" acabou limitando a saúde de famílias mais vulneráveis e isso não foi bom, pois acarretou na falta do balanceamento de uma dieta saudável.

Uma alimentação saudável e rica em nutrientes é indispensável para o bom funcionamento do corpo; é importante manter um adequado consumo de verduras, legumes e frutas, cereais e leguminosas, carnes e ovos. Para que seja possível manter uma alimentação saudável dentro deste contexto de pandemia, alguns fatores devem ser observados, como: ser fiel à sua lista de compras; ir à feira no horário da xepa (nesse horário os alimentos estão mais baratos); verificar os prazos de validade; ir ao mercado nos dias de promoção; cozinhar mais, assim você controla a qualidade dos alimentos, além da quantidade de ingredientes adicionados; preferir receitas mais simples; e pesquisar os preços antes de ir às compras.

Ter conhecimento sobre a média dos preços é indispensável para que os consumidores evitem valores abusivos, que podem ser reflexo da entressafra de produtos; comportamento do dólar, que torna o produto brasileiro mais competitivo fora do país, incentivando as exportações; inflação mais alta, capaz de diminuir o poder de compra das famílias; e a injeção de dinheiro na economia para o pagamento do auxílio emergencial devido à pandemia do novo coronavírus.

À medida em que a vacinação avança, o retorno da normalidade com redução das medidas restritivas de circulação tende a revelar a ocorrência da estabilização dos preços.

Apesar da insegurança alimentar cada vez mais escancarada, vale ressaltar que neste momento de pandemia houve também o retorno à cozinha e um aumento muito grande na procura por deliverys, dois fatores que foram positivos.

O costume de se alimentar em casa junto da família havia se perdido, o contato com a cozinha retomou essa atitude diária. Percebe-se o prazer pela volta à cozinhar, incentivado por conhecimentos culinários e novas experimentações. O retorno da comensalidade, que é o ato de compartilhar uma refeição, foi importante para a Gastronomia.

As pessoas passaram a consumir de modo regular produtos dos mesmos estabelecimentos, ressaltando, assim, a fidelização das marcas, o que foi muito interessante, porque os preços subiram, mas houve aumento de compra por delivery e venda de supermercados, que até se adaptaram com sistemas de entrega e contrataram novos funcionários. Portanto, o mercado de food service se renovou e continua se reestruturando por conta da pandemia.

 

Ana Carolina de Oliveira - nutricionista da Clínica Escola de Nutrição, vinculada ao curso de Nutrição da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).

 

Camila Landi - coordenadora do curso de Tecnologia em Gastronomia da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).


Volta às aulas, nutricionista indica alimentos para aumentar a imunidade das crianças

 Volta às aulas presenciais pede cuidados específicos para manter a saúde em dia


Os alimentos têm papel essencial no bom funcionamento do organismo e, principalmente, da imunidade.

Prestar atenção ao que ingerimos se tornou ainda mais importante neste momento de pandemia, em que é preciso focar e cuidar da saúde em todos os detalhes.

Em diversas cidades pelo país, as aulas presenciais já retornaram e, por meio do cardápio diário, pais e cuidadores podem ajudar a reforçar a imunidade das crianças.

A nutricionista Flávia Montanari, da Liga da Cozinha Afetiva, lembra de que a orientação geral é consumir muitos alimentos naturais, "de verdade!", como ela costuma dizer, coloridos e saborosos por natureza, além de beber muita água.

Abaixo, ela indica 10 superalimentos para a turminha:

• Leite Materno: "é um superalimento que possui todos os nutrientes, vitaminas, minerais e a água necessários para que o bebê cresça e se desenvolva saudável", diz Flávia.

A mãe produz anticorpos especificamente para proteger o seu bebê, contra diversas doenças, amadurecendo o sistema digestivo e fortalecendo o sistema imunológico, entre tantos outros benefícios. "E é neste sentido que a mãe precisa ter uma alimentação variada e saudável, na qual se concentra o poder de aumentar a imunidade dela, e de seu bebê!"

• Água: fundamental para a vida, é responsável pelas funções básicas do organismo, como o transporte de nutrientes, oxigênio e sais minerais, além da eliminação de substâncias pela transpiração e urina, entre outros.

"A hidratação adequada tem um enorme impacto sobre um sistema imunológico fortalecido", alerta a nutricionista.

• Frutas cítricas: acerola, caju, mexerica, goiabas branca e vermelha, mamão, kiwi, manga palmer, morango, carambola, laranja Bahía, lima e a laranja pera, e a tangerina poncã fazem parte da lista "Top 15" das frutas que são fontes de vitamina C. "Além de fortalecer o sistema imune, ajudam a potencializar o ferro consumido na refeição, por meio da carne vermelha ou do feijão", conta a profissional da Liga da Comida Afetiva.

• Frutas vermelhas e roxas: morango, uva, mirtilo, ameixa, amora, framboesa, cereja e maçã são riquíssimas em antioxidantes, proporcionando maior proteção aos órgãos e tecidos do nosso corpo, além de auxiliar na memória e aprendizado.

• Vegetais verde escuros: espinafre, agrião, rúcula, couve manteiga, chicória, brócolis, escarola, acelga e mostarda são fontes de vitamina E, mais um integrante do time dos potentes antioxidantes, e, portanto, combatem os radicais livres, fortalecendo o sistema imunológico.

• Alho e cebola: a dupla perfeita no combate às infecções e o aumento de defesas do organismo, por serem fontes dos minerais selênio e zinco, e vitaminas do complexo B.

• Sementes: de abóbora, girassol e linhaça são ricas em vitaminas A e E, potássio e ômega 3, apresentando ação anti-inflamatória, com melhora na imunidade, além de proteger nosso corpo contra substâncias tóxicas.

• Castanhas: conhecidas também por oleaginosas, castanha-do-Pará, castanha de caju, avelã, nozes, amendoim, macadâmia, amêndoas e pistache são fontes de gorduras monoinsaturadas e poliinsaturadas, conhecidas como "gorduras do bem", além de conter, também, vitaminas E e K, e minerais como potássio e selênio, com ação antioxidante e anti-inflamatória, aumentando a imunidade.

• Iogurte natural e kefir: considerados probióticos, por conterem "bactérias do bem", oferecem inúmeros benefícios ao organismo, como a melhora na saúde do intestino, favorecendo, assim a resistência a doenças infecciosas e inflamatórias, consequentemente o fortalecimento do sistema imune.

• Leguminosas: feijões (de todos os tipos), lentilha, grão-de-bico, soja, ervilha e fava são proteínas vegetais e apresentam uma fonte significativa de minerais, como o ferro e o zinco, fortes aliados no combate a gripes e resfriados.

"No entanto, é preciso fazer o processo do molho e remolho para que as leguminosas consigam eliminar o fitato, um antinutriente que dificulta o processo digestivo, causa os gases, e interfere negativamente na absorção dos nutrientes", ensina Flávia.

Esses alimentos podem ser inseridos no cardápio diário da criança e também ser enviado para o lanchinho da manhã ou da tarde.

 


Flávia Montanari - CRN-3:25.792 • Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo e especializada em Educação Alimentar e Nutricional pelo Instituto Racine, e em Nutrição Materno Infantil, pelo IMEN Educação Instituto de Metabolismo e Nutrição. • Nutricionista Clínica e responsável técnica e diretora administrativa da Pueri Nutri - Consultoria e Assessoria em Nutrição. • Nesses anos de formação ministrei diversas palestras e cozinhas experimentais para profissionais da área da saúde e famílias, visando nas crianças a possibilidade de fazer muito mais pelas futuras gerações, no que se refere à alimentação infantil!

 

LIGA DA COZINHA AFETIVA

@ligadacozinhaafativa


Faz mal? Descubra quatro mitos e verdades sobre o veganismo na gravidez

Passando por doenças e suplementação, nutricionista esclarece as principais dúvidas sobre o tema


Uma alimentação correta e balanceada é de suma importância para manter a saúde durante a gravidez, principalmente tratando-se de adeptos do veganismo. Mas se engana quem associa a prática a uma dieta de riscos durante o período gestacional. Segundo o Conselho Regional de Nutrição da 3ª região, o consumo e ingestão de alimentos livres de origem animal é benéfico para as gestantes desde que o valor nutricional e vitamínico esteja adequado para o pleno desenvolvimento do bebê.

Cyntia Maureen, nutricionista da Superbom, empresa pioneira na produção de produtos veganos e vegetarianos, tira as principais dúvidas sobre o tema, apontando os mitos e verdades da dieta vegana durante a gravidez.

A dieta vegana traz riscos na gravidez

MITO: A dieta vegana, se acompanhada de um planejamento adequado junto de um nutricionista, não traz riscos durante a gravidez. "A dieta pode inclusive trazer muitos benefícios, como a diminuição de queixas de azia e queimação, devido à digestão mais rápida proporcionada por alimentos vegetais. Outra vantagem é a melhora do funcionamento do intestino, em razão do maior consumo de fibras e água presentes na alimentação", explica a nutricionista.

A prática vegana evita doenças

VERDADE: A alimentação livre de produtos de origem animal pode ser benéfica e prevenir doenças. Com isso, Cyntia explica que a dieta pode ser uma aliada durante o ciclo gestacional. "Existem estudos, como o publicado no Journal of The Academy of Nutrition and Dietetics, que reiteram suas vantagens. Entre elas, destacam-se a prevenção da hipertensão, ganho de peso, diabetes e obesidade", complementa.

Necessidade de suplementar a alimentação

VERDADE: Embora a dieta vegana seja saudável e completa, nem sempre é possível manter bons índices de vitamina B12, encontradas em alimentos de origem animal como carne vermelha, peixe, frango e ovos. Neste caso, é fundamental para as grávidas o acompanhamento de um nutricionista para verificar os índices de B12, e se há necessidade de suplementação. "A atenção durante a gravidez é crucial para a saúde da gestante e do bebê. Portanto, é recomendado a avaliação dos índices vitamínicos da paciente, e se preciso, introduzir uma suplementação adequada. Também já é possível encontrar no mercado alimentos veganos, como carnes plant-based, que são suplementados com a vitamina B12", afirma Cyntia.

Proteínas vegetais suprem a necessidade das animais

VERDADE: As proteínas vegetais são iguais ou até mais nutritivas que as de origem animal. Mas como as de origem vegetal dispõem de concentrações menores de aminoácidos, é importante que sejam ingeridas com carboidratos integrais para se completarem nesse sentido. "Legumes como feijões, lentilha, ervilha e grão-de-bico são ótimas opções como fontes de proteína vegetal. Para o dia-a-dia é uma excelente opção a combinação do arroz e feijão, tendo em vista o alto valor nutricional dos dois juntos", finaliza a nutricionista Cyntia Maureen.

 

Superbom

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