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segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Campanha Bora Testar chega à metade da meta para alcançar as 10 maiores favelas do Brasil


  • O projeto criado para levar testes de diagnóstico às maiores favelas do país já percorreu cinco comunidades e traz comparativo dos dados
  • O Bora Testar vai percorrer as 10 maiores comunidades brasileiras que compõem o G-10 das Favelas - bloco de líderes e empreendedores de impacto social
  • Entre os problemas que a pandemia trouxe, o desemprego é uma das grandes dificuldades que os moradores enfrentam
  • A próxima favela a receber a campanha será o Morro do Alemão, no Rio de Janeiro
  • O projeto ainda precisa de doações por plataforma online para alcançar sua meta final

 

  

Infográfico com resultados dos testes e pesquisas aplicados em Coroadinho, MA 
Bora Testar

O projeto Bora Testar, criado para levar testes de diagnóstico as 10 maiores favelas do país com o objetivo de ajudar na prevenção da saúde dessa população e gerar dados que traduzam a realidade desses territórios, traz uma análise do que encontrou até agora, no momento em que atinge metade de sua meta.

Em São Paulo, a campanha percorreu as favelas que são consideradas as maiores comunidades da cidade. Paraisópolis e Heliópolis com aproximadamente 60 mil habitantes cada uma e o bairro de Cidade Tiradentes, distrito que abriga o maior complexo de conjuntos habitacionais da América Latina. No Rio de Janeiro, o Bora Testar passou pela comunidade da Rocinha, território com mais de 100 mil habitantes, a maior concentração populacional em uma favela do país e no último final de semana, finalizou Coroadinho, em São Luís do Maranhão, a quarta maior favela do país.

Com ações realizadas entre os meses de setembro e outubro, a Rocinha era o local com maior número de contaminados (17%), no início de outubro. Paraisópolis com 6,3% (ação realizada em setembro), Heliópolis com 4%, no início de outubro e Cidade Tiradentes com apenas 1,5% - bem abaixo da média geral – entre os dias 17 e 18 de outubro.

A mais recente ação realizada pelo Bora Testar foi em Coroadinho, no último final de semana. O estado do Maranhão continua com a curva de contaminação ascendente, contabilizando quase 200 mil casos e mais de quatro mil mortes registradas, de acordo com o convênio de imprensa que contabiliza os dados da pandemia no país. Pelo levantamento feito pelo Bora Testar, a comunidade também apontou um número alto contaminação pelo coronavírus. Foram 10% de casos positivos. 

Ao todo, foram mais de duas mil pessoas entrevistadas e, em média, mais de 20% delas encaminhadas para o teste de Covid-19. A triagem é realizada por meio da plataforma online Ciente, desenvolvida por médicos parceiros para apontar, por meio de questionário sobre sintomas e saúde dos moradores, se eles têm indicação para o fazer o exame diagnóstico.

“A gente sabe que a pandemia, a exemplo de tantas outras doenças, acomete prioritariamente grupos populacionais menos favorecidos, que têm menos acesso à saúde, menos condições de fazer distanciamento social. Quando a gente vai à comunidade e faz uma entrevista, oferece um teste, oferece um resultado, a gente mostra a pandemia está aqui”, comenta Juliana de Arruda Matos, médica infectologista, uma das desenvolvedoras da plataforma Ciente e parceira do Bora Testar.

O desemprego - outro fantasma que assombra as comunidades: Os dados levantados pelo projeto Bora Testar, que quer traçar um retrato do impacto da Covid-19 nas favelas brasileiras, também trazem um grave problema que atinge essa população, de maneira ainda mais intensa do que a média geral do país: o desemprego. Em todos os locais, a falta de trabalho, provocada pela pandemia, aparece com alta incidência e muito acima da média nacional, que fechou o trimestre em agosto em 14,4%, de acordo com dados oficiais do governo.

Paraisópolis, em São Paulo, traz o número mais alto de desemprego (26%) e também menor índice de escolarização: 52% dessas pessoas têm ensino fundamental incompleto e 31% ensino médio incompleto. Em seguida, o bairro Cidade Tiradentes, com 22% dos entrevistados sem trabalho, 52,7% são homens e 47,3% mulheres. Desses desempregados, 35% têm ensino médio incompleto e 34,3% têm superior incompleto.

Em Heliópolis, 18,5% estão desempregados, 73% se declaram pardos ou negros e há duas faixas etárias distintas: 35% até 29 anos e 52% com mais de 40 anos.

Coroadinho tem 17,5% das pessoas desempregadas. 75% delas se declaram pardas ou negras e mais de 44,3% têm ensino médio completo ou superior incompleto e 8,6% superior completo. O desemprego atinge quase que igualmente todas as faixas etárias – de 18 anos a mais de 55 anos de idade.

E por último, aparece a Rocinha com 17,2% das pessoas sem trabalho. 49% se declaram pardos e 22,5% negros. 31% têm ensino fundamental incompleto e 42,3% ensino médio incompleto. Em todas as comunidades, a maioria das famílias vive com uma renda mensal de R$1045,00. Situação que deve se agravar com o desemprego.

Próximas ações - A próxima ação do Bora Testar está programada para acontecer no Rio de Janeiro, no Morro do Alemão – uma grande extensão territorial com cerca de 90 mil habitantes. A parceria com a comunidade local e associação de moradores é fundamental para a realização desse trabalho. “Nós privilegiamos contratar pessoas da comunidade para desenvolver o projeto, como profissionais de saúde, entrevistadores para a triagem e suporte local, uma maneira de também apoiar nesse momento em que emprego também está escasso”, conta Emília Rabello, uma das idealizadoras do projeto e responsável pelo planejamento e coordenação da equipe em campo.

Com patrocínio da empresa de mídia Outdoor Social e em parceria com a agência de comunicação LatAm Intersect PR, a testagem continuará até alcançar as comunidades do Grupo G-10, composto pelas 10 maiores favelas do Brasil. “Nosso objetivo é fazer um retrato das comunidades periféricas de todo o país, para formar uma grande leitura das necessidades de transformação e poder contribuir para novas políticas públicas”, afirma Claudia Daré, também idealizadora do projeto.  

O Bora Testar conta também com apoio de empresas solidárias e com uma plataforma de crowfunding para compra de testes e suporte logístico. Para contribuir com qualquer valor a partir de 10 reais, basta acessar a plataforma aqui. Conheça mais sobre o projeto nas redes sociais @boratestarcovid no Instagram e Facebook.

Dados resultantes da ação em cinco maiores favelas do país

Coroadinho – São Luís do Maranhão

Na Capital Maranhense, conforme metodologia da campanha, 400 pessoas passaram pela triagem e 45,6% foram encaminhadas para testes, resultando 10,1% em casos positivos para a Covid-19. Desses, 29,3% trabalham como autônomos e prestadores de serviço 9,8% em serviços gerais – em constante contato com outras pessoas. 17,1% tem curso superior e 90% têm renda familiar de até dois salários mínimos. 78% usam transporte público diariamente e a maioria dos casos está entre jovens adultos de 26 a 35 anos de idade (30%), seguidos de 27,5% entre 46 a 55 anos.


Cidade Tiradentes – São Paulo

Assim como as outras comunidades, o bairro Cidade Tiradentes também foi dividida em setores censitários, com base na demarcação do IBGE, mas por ser um território muito grande, com mais de 100 setores, a ação se deu no centro dos conjuntos habitacionais e 400 pessoas foram entrevistadas.

Entre os entrevistados, 42% possuem renda familiar igual a um salário mínimo e 70% fazem uso do transporte público. Apesar de 20% afirmar que não usam máscara com frequência e 22% nunca terem feito teste para diagnóstico da Covid-19, nessa comunidade, o índice de contaminação apresentado foi bastante baixo, em comparação com as outras - dos 24% encaminhados para a testagem, apenas 1,3% teve resultado positivo.


Rocinha – Rio de Janeiro

Campanha realizada entre os dias 5 e 10 de outubro, 413 pessoas foram entrevistas para triagem. Desse total, 26% foram indicadas para realizar os testes e 17% apresentaram resultado. Destes, 23,5% usam transporte público e 18% residem no Quadrante 2 - uma região de grande concentração de comércio. O maior número de contaminados (8,1%) está entre 50 e 59 anos de idade, seguido de 7,7% entre os que têm menos de 20 anos. O número de mulheres contaminadas é de 19,2%, índice maior que o de homens (13,6%). 13% das pessoas com teste positivo trabalham no comércio, em atendimento presencial.

Na Rocinha, 51% da população se declara parda e 22,5% negra. É preocupante que 37% disseram não usar máscara com frequência e 12,3% as usam às vezes. 43% nunca fizeram teste para a Covid.


Heliópolis – São Paulo

400 pessoas testadas, 26% foram encaminhadas para testes e 4% apresentaram resultados positivos. Profissionais que atendem pessoas presencialmente são maioria, 23% no setor de serviços e 7% no comércio. Todos os diagnósticos positivos estão entre pessoas com renda familiar de até dois salários mínimos. O principal problema da comunidade é o desemprego: 18,5% das pessoas entrevistadas estão sem trabalho – número superior à média nacional que que é de 14%, e atinge principalmente pessoas que se declaram negras e pardas (73%). Entre os desempregados há duas faixas etárias distintas: 52% acima de 40 anos e 35% até 29 anos. Outro fator preponderante é que 66% dos desempregados têm até o primeiro grau completo e 90,5% de suas famílias vivem com renda mensal de R$1045,00. Essas famílias são compostas em sua maioria (42%) por 5 a 8 pessoas.


Paraisópolis – São Paulo

400 moradores passaram pela triagem. 28% foram encaminhados para testes e 6,3% tiveram resultado positivo para a Covid-19. Entre os que apresentaram resultado positivo, 48% têm renda familiar até R$ 1045 reais. Foram contaminados igualmente 40,7% dos que têm o fundamental incompleto e os que têm ensino médio e superior incompletos.  O contágio se deu com maior incidência entre os moradores que saem de casa para trabalhar (51,9%). 40% das pessoas trabalham com atendimento presencial (serviços) e 50% servem na área de saúde.

 

Sobre a Campanha Bora Testar

Idealizada para levar testes de diagnóstico da Covid-19 às favelas do Brasil, o objetivo da campanha é ajudar a preservar a saúde dessa população, além de gerar dados que traduzam melhor a realidade desses locais. Com quatro pilares básicos: informação, triagem, exames com sintomáticos e geração de dados, a campanha foi criada e desenvolvida pela Outdoor Social e Latam Intersect PR, empresas de comunicação que se uniram com suas diferentes especialidades para realizá-la.

 

 

Outdoor Social

www.outdoorsocial.com.br 

Instagram @outdoorsocial.

 

LatAm Intersect PR

https://latamintersectpr.com/

Odontologia é aliada no combate aos distúrbios do sono

Estudos apontam que 30% da população tem apneia. Tratamentos odontológicos podem aliviar os sintomas


O ato de roncar ao dormir nem sempre representa sono profundo e descanso. Essa vibração sonora pode representar mais do que um incômodo para quem dorme ao lado. O ronco pode ser sintoma da Síndrome de Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono (SAHOS), um distúrbio respiratório crônico, caracterizado por um colapso das vias aéreas superiores, ocasionando diminuição ou ausência do fluxo de ar para os pulmões durante o sono.

A apneia do sono se caracteriza por episódios de obstrução total das vias respiratórias, enquanto na hipopneia há uma redução parcial de cerca de 30% do fluxo respiratório. De acordo com o membro da Câmara Técnica de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial e do grupo de Odontologia do Sono do Conselho de Odontologia de São Paulo (CROSP), João Paulo Tanganeli, a apneia do sono é comum e, de acordo com estudos, acomete cerca de 30% a 35% da população adulta.

“É importante destacar que o ronco não necessariamente está associado a apneia, mas quem tem apneia sempre ronca.  Na apneia do sono, o paciente tem aquela parada respiratória dormindo, faz um esforço e volta a respirar. Isso é um processo que leva poucos segundos, mas tem pessoas que ficam até um minuto nessa parada. A longo prazo, o paciente vai tendo dessaturações, ou seja, o oxigênio cai. Uma saturação de oxigênio normal é acima de 95%, e o paciente com apneia pode dessaturar bastante, até a menos de 80%.  Imagina isso acontecendo várias vezes por hora?”, pondera.

 

Odontologia como aliada no tratamento

O paciente com o diagnóstico final de apneia do sono, emitido por um otorrinolaringologista ou médico do sono, pode recorrer a tratamentos odontológicos para reduzir os sintomas. “Aparelhos intraorais, que fazem o avanço da mandíbula, podem ajudar em casos de apneias leves e moderadas. A outra forma são os procedimentos cirúrgicos. A cirurgia ortognática, realizada pelo cirurgião-dentista com especialidade em bucomaxilofacial, dependendo do caso, faz o avanço ou tracionamento da mandíbula e maxilar e, com isso, desobstrui a passagem do ar. O paciente geralmente apresenta uma melhora acima de 90%.”

De acordo com Tanganeli, um outro tratamento, ainda em estudo, é o laser de CO2. “Esse laser faz uma espécie de peeling no palato mole (tecido que fica atrás do céu da boca) e endurece tecido. Os estudos iniciais detectaram uma melhora em um período de 5 a 6 meses. Mas ainda está em fase de testes. É um procedimento sem anestesia, bem menos invasivo.”


Cuidar da saúde do sono é essencial

Ter uma baixa qualidade do sono pode acarretar consequências para a saúde. Doenças como hipertensão arterial, diabetes (tipo 2), síndrome metabólica, alteração na glicemia e até mesmo, perda da memória e, em casos mais graves, problemas cognitivos e demência. Os distúrbios do sono geralmente são diagnosticados através da polissonografia (conhecido por teste do sono, solicitado por um médico). Trata-se de um exame não invasivo, que investiga anormalidades enquanto o paciente dorme. Mas o excesso de sonolência diurna também pode ser um alerta. Como o excesso de peso pode ser um dos principais desencadeadores da apneia, buscar mais qualidade de vida, com alimentação equilibrada e exercícios físicos, é essencial para controlar o problema. “Cuidar da rotina do sono também é importante. A recomendação é evitar cafeína (após as 17h) e as telas de computador e celular, que reduzem a produção de melatonina (conhecido como hormônio do sono)”, orienta o especialista.

 



Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)

www.crosp.org.br


63% dos brasileiros têm medo de se infectar com novo coronavírus, diz estudo


O medo é ainda maior entre as pessoas que perderam algum parente ou amigo próximo.


Nas últimas semanas, o número de mortes por coronavírus tem diminuído em relação ao pico atingido no final de julho, quando eram registrados mais de mil óbitos por dia. Mesmo assim, o medo da população continua, conforme constatou o Trocando Fraldas em seu mais recente estudo; 63% dos brasileiros ainda têm medo de se infectar com a Covid-19. Esse medo é ainda maior para as pessoas que perderam alguém próximo, com 74% dos participantes; e também entre as mulheres, com 63%, contra 51% para os homens.

Ainda, o estado em que mais pessoas têm medo de se infectar é o Piauí, com 75% dos participantes. No Rio de Janeiro e em São Paulo, 66% e 63% têm medo, respectivamente. Logo no final da lista está o Acre, com 56% dos participantes com medo de contrair o vírus. Já o estado em que as pessoas têm menos medo de serem infectadas é Santa Catarina, com 53%.

O estudo também constatou que, até o momento, pelo menos 25% dos participantes perderam algum amigo ou parente próximo para o coronavírus. No Amapá, pelo menos 44% dos entrevistados perderam algum parente ou amigo. No Rio de Janeiro, 30% passaram pela dor da perda durante a pandemia. Já em São Paulo, 23% da população perdeu um amigo ou parente próximo. Os estados com os menores percentuais são Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, com 17%, 16% e 14% respectivamente.

Saiba quando fazer o papanicolau e o que esse exame detecta

O papanicolau é um exame preventivo. O procedimento foi criado pelo médico grego Geórgios Papanicolaou, que acabou ganhando o nome do seu “criador”. Mas, na comunidade médica, é conhecido pelo termo técnico “colpocitológico”.

Durante a consulta, o médico coleta algumas células do colo do útero. Primeiro, é usado uma espátula e depois uma escovinha. As células coletadas são depositadas em uma lâmina ou em um potinho com líquido, para serem analisadas lá no laboratório. Por isso que na consulta não é possível identificar se está tudo certo ou não. Só é possível obter essa resposta quando o resultado chega.

O papanicolau deve ser realizado entre o décimo e o vigésimo dia depois do primeiro dia de menstruação e a mulher não deve ter relações sexuais (mesmo com camisinha) nos dois dias anteriores ao exame – isso porque o contato com os fluidos do parceiro (ou mesmo o uso de lubrificantes e outros produtos) é capaz de alterar o resultado. É importante evitar também o uso de duchas e medicamentos vaginais 48 horas antes da realização do exame.

O procedimento avalia principalmente algumas alterações que acontecem nas células do colo do útero, que podem ser causadas pelo vírus HPV, que é muito comum. Muitas mulheres já tiveram contato com esse vírus. Mas, como sabemos que é o HPV que vai causar, lá na frente, o câncer do colo do útero, fazemos o exame preventivo exatamente para detectar possíveis lesões em estágios iniciais, chamadas de precursoras.

Quando fazer o papanicolau?

Costuma-se pedir o exame anualmente ou a cada dois anos. A frequência com que você vai fazer o papanicolau depende do seu médico. Por isso, caso seu ginecologista não tenha pedido para você fazer o exame já há algum tempo, vale conversar com ele para entender o motivo. Acredite: quando o papanicolau detecta alguma lesão pré-cancerígena, ele pode salvar a sua vida.

 



Dr. Rodrigo Ferrarese - especialista formado pela Universidade São Francisco, em Bragança Paulista. Fez residência médica em São Paulo, em ginecologia e obstetrícia no Hospital do Servidor Público Estadual. Atua em cirurgias ginecológicas, cirurgias vaginais, uroginecologia, videocirurgias; (cistos, endometriose), histeroscopias; ( pólipos, miomas), doenças do trato genital inferior (HPV), estética genital (laser, radiofrequência, peeling, ninfoplastia), uroginecologia (bexiga caída, prolapso genital, incontinência urinaria) e hormonal (implantes hormonais, chip de beleza, menstruação, pílulas, Diu...).  Mais informações podem ser obtidas pelo canal no YouTube e também pelo Spotify  ou pelo site https://drrodrigoferrarese.com.br/


Por que devemos falar sobre Câncer de Próstata?

Baixa adesão da campanha de novembro azul e o tabu do exame de toque prejudicam no diagnóstico da doença 

 

O Ministério da Saúde lançou oficialmente a campanha de Novembro Azul 2020 em prol da saúde masculina, na sede do ministério, em Brasília (DF), na última quarta-feira (11).  

A campanha tem como intuito promover e incentivar a participação masculina na realização dos exames preventivos e diagnósticos do câncer de próstata.  

No evento de apresentação da campanha, o Governo Federal anunciou o investimento de R$20 milhões no desenvolvimento de ações e promoções para a prevenção e o diagnóstico do câncer de próstata, segundo o secretário da pasta, Raphael Parente.  

O câncer de próstata é o 2º tipo de câncer com maior incidência nos homens, representando 29% dos diagnósticos da doença no país. Segundo dados do INCA, somente em 2020, podem surgir 65 mil novos casos da doença.  

A doença ainda é um assunto que incomoda a população masculina, pois a falta de informação e a ausência do autocuidado por parte dos homens, afetam a busca do conhecimento na prevenção de doenças.   

O autocuidado masculino é assunto preocupante para as autoridades. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 55% dos homens acima dos 40 anos deixaram de fazer alguma consulta ou tratamento médico nesta pandemia do coronavírus.  

  

Dados que preocupam  

Mesmo com a crescente adesão da campanha de novembro azul nos últimos anos, ainda há preceitos em relação à doença.  

Uma pesquisa encomendada pela Sociedade Brasileira de Urologia comprova o fato: 35% dos homens, entre 50 e 59 anos, nunca fizeram o exame de toque retal. Destes, 26% alegam que o exame não é necessário e não consideram importante. Nos homens acima dos 60 anos, 27% informaram que nunca fizeram o exame.  

Estes dados estão relacionados ao estilo de vida e hábitos adotados pelo público masculino. Além disso, os homens, naturalmente, levam mais tempo para procurar orientação médica em relação às mulheres, o que acaba dificultando a identificação em fases iniciais de doenças.   

Com esta visão errônea da saúde masculina, afeta no diagnóstica da doença. 60% dos diagnósticos de câncer de próstata já estão em estágios avançados, o que diminui a taxa de sobrevida do paciente.  

  

Empresas aderem ao novembro azul  

Desde a primeira ação do Instituto Lado a Lado Pela Vida, em 2014, diversas instituições, ONGs e empresas, vêm aderindo participação na campanha, tendo como objetivo orientar e conscientizar a população masculina sobre o câncer de próstata.  

Apesar da ainda baixa adesão do público masculino, empresas como a Singular Medicamentos vestiram de fato a camisa em prol do movimento azul.  

A campanha “Homem que é Homem é”, aborda temas importantes para quebrar o tabu e mostrar para a população masculina que o preconceito é cancerígeno. “Nós criamos um conceito baseado na masculinidade do homem, onde se autointitula como macho alfa, cabra macho, mas que na verdade, ao se falar de exame de toque, se sentem menosprezado, e até ofendidos”, afirma Thais Miraldo, gerente de marketing na Singular Medicamentos.   

Com um posicionamento forte em suas mídias sociais, a Singular Medicamentos vem se destacando pela participação e engajamento do seu público na orientação sobre o câncer de próstata. “A ideia é mudar o conceito das pessoas em relação às piadinhas que ainda existem sobre o exame de toque. Estamos em um momento de que são levantadas várias bandeiras, e não podemos deixar passar um assunto que ainda é tratado de forma engraçada, mas precisa ser levado à sério”, explica Thais Miraldo.  

Ainda, “vimos que na campanha de outubro rosa, as mulheres são bem mais conscientes e engajadas em relação a sua saúde. O homem precisa ter esta mesma atitude e preocupação consigo mesmo, já que sabemos que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura”. 


Atualização do cadastro de doadores de medula dobrou durante a pandemia

Número em outubro chegou a 10 mil atualizações, o dobro do ocorrido em agosto. Redome segue com funcionamento normal na pandemia e solicita que doadores mantenham dados atualizados

 

As atualizações cadastrais no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) durante a pandemia dobraram em outubro - comparado ao mês de agosto deste ano - chegando a 10 mil dados atualizados de doadores. Em setembro, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), órgão do Ministério da Saúde, celebrou o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea e chamou atenção da necessidade dos doadores de medula em deixar seus dados atualizados no Redome, para pronto contato, caso haja compatibilidade para transplante. A ação foi determinante para o aumento expressivo nas atualizações dos registros de doadores.

No ano passado foram realizadas no país cerca de 138.310 atualizações cadastrais via site redome.inca.gov.br. Neste ano, de janeiro até outubro, elas chegaram a 75.049. Atualmente, existem 719 pessoas que aguardam uma medula óssea compatível. Por isso, manter o registro atualizado no Redome é fundamental, pois aumenta, de forma significativa, a chance de localizar um doador, que, muitas vezes, é a única alternativa para um paciente.

O Registro reúne todos os dados dos voluntários à doação para pacientes que não possuem um doador na família, como nome, endereço, telefones de contato e resultados de exames de compatibilidade genética. Quando não há um doador aparentado de medula óssea, a solução para o transplante é procurar uma pessoa compatível, e isso é feito no banco de registros de doadores voluntários em todo, representados por diversos grupos étnicos.

De acordo com a médica e Coordenadora Técnica do Redome, Danielli Oliveira, a atualização do cadastro representa uma etapa fundamental no complexo processo que se inicia com a identificação de uma pessoa potencialmente compatível e termina com a realização do transplante. “Ainda que os números observados este ano estejam abaixo do que foi alcançado em 2019, eles representam um resultado positivo desta iniciativa e o reconhecimento da sociedade em geral, e dos doadores do Redome em particular, da importância de mantermos a atividade do registro, apesar de todas as dificuldades e incertezas enfrentadas em 2020”, disse.

Para realizar a atualização de dados basta acessar o site do Redome, ou entrar em contato pelos telefones (21) 2505-5656/ 2505-5639 / 2505-5638.

Os Hemocentros Regionais, mais conhecidos como Bancos de Sangue, são responsáveis por cadastrar os interessados em se tornar doadores de medula óssea. Os dados são agrupados em um registro único e nacional, o REDOME - http://redome.inca.gov.br


PIONEIRISMO

Com cerca de 5,3 milhões de doadores, o Brasil possui, hoje, o terceiro maior registro de doadores do mundo, atrás dos Estados Unidos e da Alemanha. Atualmente, no mundo há mais de 37 milhões de doadores de medula cadastrados.

No entanto, apesar do pioneirismo do Redome em ações voltadas para o aumento de doadores e a manutenção dos registros atualizados, trata-se de um desafio para todos os grandes bancos de doadores no mundo.

 


Lídia Maia
Ministério da Saúde


Pneumonia é uma das doenças que mais mata crianças e idosos no mundo

Em 12 de novembro é comemorado o dia Mundial da Pneumonia. A data serve para lembrar da prevenção e cuidados com a doença

 

Dia 12 de novembro foi o Dia Mundial da Pneumonia. A data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) serve para lembrar as pessoas da prevenção e dos cuidados de uma das doenças que mais mata no mundo. Só em 2017, mais de 808 mil crianças menores de cinco anos morreram de pneumonia no mundo, de acordo com a organização. A doença, que pode ser transmitida por vírus, bactérias ou fungos, também ceifou milhares de vidas de jovens e idosos. 

“As crianças e idosos têm maior propensão a ter pneumonia, seja pela imaturidade do sistema imunológico nas crianças menores que 5 anos, seja pela diminuição da imunidade que ocorre após os 60 anos”, explica o pneumologista do Hospital Águas Claras Thiago Fuscaldi. 

De acordo com o coordenador do pronto socorro infantil do Hospital Águas Claras Mario Carpi, crianças, em especial os bebês menores de 1 ano, são mais propensas a desenvolver a doença e de forma mais grave, principalmente por causa da imaturidade imunológica que apresentam. “Além disso, suas vias aéreas são mais estreitas, o pulmão ainda é imaturo e a musculatura respiratória é menos desenvolvida. Isso tudo faz com que as pneumonias sejam mais graves em bebês”, afirma.   

Segundo os médicos, na maioria dos casos a pneumonia não deixa sequelas e não é comum a reincidência em pacientes saudáveis e tratados corretamente. Porém algumas pessoas podem desenvolver uma forma grave que pode levar a diminuição da capacidade respiratória. Os casos de recontaminação ocorrem, principalmente, nos pacientes com uma predisposição, como doenças cardíacas ou do pulmão. 

Mário Carpi ainda destaca que o aleitamento materno exclusivo no primeiro semestre de vida é fundamental para diminuir o risco de a criança adoecer por pneumonia e outras doenças. “O leite materno tem inúmeros fatores de proteção contra infecções respiratórias e gastrointestinais. Além disso, temos vacinas no calendário oficial do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria que protegem contra a pneumonia”, explica. 

O pneumologista Thiago Fuscaldi reforça a importância de manter uma alimentação adequada e hábitos de vida saudáveis. “Nas crianças, idosos e indivíduos de maior risco é indicada realização da vacinação para pneumonia bacteriana e para gripe”, finaliza. 

 

Reconheça os sintomas: 

De acordo com Thiago Fuscaldi, de forma geral, os pacientes com pneumonia apresentam sintomas de tosse, falta de ar, febre e dor torácica.  

“Bebês apresentam quadro mais inespecífico quanto menor for sua idade. Basicamente, a presença de tosse e dificuldade para respirar são os sinais mais importantes. Febre frequentemente está presente, mas nem sempre. Assim, se uma criança está com tosse, respirando mais rápido que o normal ou com esforço, deve ser levada ao pediatra imediatamente”, alerta o pediatra Mário Carpi.

 

Transmissão: 

De acordo com o Ministério da Saúde, a pneumonia pode ser adquirida pelo ar, saliva, secreções, transfusão de sangue ou, na época do inverno, devido a mudanças bruscas de temperatura. Essas mudanças comprometem o funcionamento dos pelos do nariz responsáveis pela filtragem do ar aspirado, o que acarreta uma maior exposição aos microorganismos causadores da doença.

 

Tratamento: 

O tratamento irá depender do agente causador da pneumonia. Em geral, para as pneumonias virais, o tratamento visa ao alívio dos sintomas e prevenção das complicações. Já na pneumonia bacteriana é necessário uso de antibióticos.  

Nas crianças o tratamento é parecido, mas, em casos mais graves, precisam ser internadas para receber medicação e hidratação intravenosa. Às vezes pode ser necessário um tratamento mais intensivo.



 

Hospital Águas Claras


Superbactérias: Semana Mundial de Conscientização sobre o Uso de Antibióticos alerta para os riscos do uso indiscriminado do medicamento

OMS estima que até 2050 a resistência bacteriana causará até 10 milhões de óbitos anualmente em todo o mundo, a um custo de US$ 100 trilhões.1 11 Especialista adverte ainda sobre prescrição de antibióticos para casos de Covid-19.

Uma das maiores ameaças à saúde pública contemporânea, tanto em países desenvolvidos quanto subdesenvolvidos, estima-se que a resistência antimicrobiana cause cerca de 700 mil mortes todos os anos. O fenômeno ocorre quando bactérias, fungos, vírus e parasitas sofrem mutações genéticas e acabam adquirindo resistência a medicamentos aplicados para combatê-los. Com isso, esses remédios se tornam ineficazes; as infecções, persistentes e até incuráveis; e o tratamento não funciona. A previsão é de que, até 2050,

10 milhões de óbitos anuais serão atribuídos à resistência antimicrobiana, o que significa mais mortes do que o câncer, e o efeito para a economia global será de aproximadamente US$ 100 trilhões. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) promove anualmente, entre 18 e 24 de novembro, a Semana Mundial de

Conscientização sobre o Uso de Antibióticos. A campanha global visa sensibilizar o público em geral, trabalhadores da saúde e formuladores de políticas para promover melhores práticas, a fim de evitar o surgimento e disseminação da resistência ao medicamento.

A ascensão da resistência bacteriana se dá pelo uso excessivo de antibióticos, uma das classes de medicamentos mais prescritas e dispensadas para uso terapêutico e profilático em todo o mundo.

Algumas causas são a intensificação da prescrição desse tipo de medicamento a pacientes, inclusive em situações em que poderia haver um tratamento alternativo, e a facilidade de acesso da população a eles, diante da ausência de medidas de restrição e controle de receituário em alguns países. Por outro lado, em países onde o acesso aos serviços de saúde e fornecimento de medicamentos é limitado, a automedicação e o consumo de remédios oriundos do mercado informal, com preservação ou origem suspeita, também é uma ameaça. Diante desses cenários, desenha-se uma era pós-antibióticos, em que infecções comuns e ferimentos leves com tratamentos já dominados pela medicina moderna podem voltar a matar. "É a bactéria que se torna resistente ao antibiótico e não o indivíduo. O impacto é sobre toda a sociedade, por isso, é fundamental o engajamento de todos com a causa. Usar antibiótico somente quando o médico recomendar e seguir a prescrição corretamente são medidas que ajudam a evitar que surjam as chamadas ‘superbactérias’", explica a Dra. Elisama Baisch, otorrinolaringologista, gerente médica da GSK.

A médica destaca ainda cuidados simples, mas importantes, que todos podem tomar para prevenir:

 

• Respeitar a dosagem do medicamento recomendado pelo médico;

• Cumprir os dias de uso prescritos - mesmos que os sintomas tenham desaparecido, deve-se completar o ciclo; • Observar validade e estado de conservação do medicamento;

• Atentar para a qualidade do antibiótico;

• Não compartilhar receitas ou medicamentos.

 

Impactos do mau uso dos antibióticos

Pneumonia, tuberculose, sepse, amigdalite, infecções urinária, alimentar, respiratória, sexualmente transmissíveis, entre outras: é extensa a lista de doenças tratadas atualmente com antimicrobianos, mas que podem se tornar intratáveis com aumento da resistência dos agentes causadores.

Tais medicamentos significam ainda otimização da recuperação de pacientes que passaram por transplantes de órgãos, quimioterapia e cirurgias como a cesárea - procedimentos que podem voltar a se tornar mais perigosos.

O grande impacto da resistência bacteriana é colocar as conquistas da medicina moderna em risco, uma vez que o fenômeno é mais rápido do que o desenvolvimento de novos fármacos.

"No escopo da saúde, as principais consequências de bactérias resistentes são o aumento da morbidade e da mortalidade. As internações hospitalares se prolongam, as terapias profiláticas se tornam menos efetivas, e os

custos de tratamento se elevam, gerando impacto financeiro considerável aos sistemas de saúde e às pessoas. Veremos algumas doenças com o tratamento dominado pela medicina voltarem a afetar a qualidade de vida das

famílias e a fazer vítimas", pontua a Dra. Elisama.

 

Antibióticos e Covid-19

Com o surgimento recente e pouco conhecimento sobre a Covid-19, tratamentos experimentais e automedicação com antibióticos foram aplicados contra a doença, porém sem o aval científico. Atenta à chance de alta nas taxas de resistência de bactérias durante a pandemia, a OMS orienta que esse tipo de medicamento não seja fornecido a pacientes com sintomas leves de Covid-19, em casos suspeitos ou confirmados, a menos que haja uma indicação clínica para fazê-lo.

"A Covid-19 é causada por um vírus, o coronavírus (SARS-CoV-2), e não por uma bactéria. Por isso não há indicação de tratamento para a doença com antibióticos. Eles não terão efeito. Situações como essa propiciam o fortalecimento de superbactérias e comprometem a saúde pública.

Uma evidência da gravidade do cenário é que estudos indicam que, já este ano, a resistência a antimicrobianos somará 130 mil mortes a mais do que a Covid-19 causará", alerta a Dra. Elisama.

A administração de antibióticos é prescrita por médicos a pacientes com a Covid-19 somente em casos graves, quando há uma coinfecção bacteriana. Se não, se revelam um tratamento ineficaz, além do risco de poderem não funcionar devidamente numa eventual infecção bacteriana futura, por a bactéria já ter adquirido resistência àquele medicamento.

 

Outros cuidados

Além da prescrição e uso consciente de antibióticos por parte de médicos e cidadãos para evitar a resistência bacteriana, os cuidados de assepsia em hospitais também são importantes, já que são locais propícios para

esse tipo de fenômeno, onde de 50% a 60% dos medicamentos utilizados são antibióticos. O cumprimento de medidas de controle de infecção hospitalar - como a lavagem das mãos, uso de EPIs, e esterilização de instrumentos - ajudam a minimizar a emergência de bactérias resistentes.

Outras indicações da OMS aos países para evitar a resistência a antibióticos são expandir a rede de saneamento básico; consumir apenas água potável; lavar bem os alimentos; vacinar-se; e racionalizar o uso de antimicrobianos no setor agropecuário.

"As indústrias farmacêuticas também precisam contribuir na busca por alternativas aos antimicrobianos já  existentes. Temos frentes de pesquisas para desenvolvimento de uma nova geração de antibióticos que possa substituir os que são usados hoje, mas que encontram resistência de algumas bactérias ou outros microrganismos. Na GSK, temos equipes exclusivas para os estudos, que contam com a colaboração de outros cientistas, e desenvolvemos programas de conscientização e monitoramento do uso racional de antibióticos", indica a Dra. Elisama.

  

 

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico . 

 

 

 

GSK

www.gsk.com.br

 

 

 Referências

Estrela T S. Resistência antimicrobiana: enfoque multilateral e resposta brasileira. Saúde e Política Externa: os 20 anos da Assessoria de Assuntos Internacionais de Saúde (1998-2018). Rio de Janeiro. 2018.

SANTOS, N.D.Q. A Resistência Bacteriana No Contexto Da Infecção Hospitalar. Rev. Texto e Contexto Enferm. v.13, n°esp, p.64-70, 2004.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. News Room. An update on the fight against antimicrobial resistance Disponível em: Acesso em: 23 out. 20.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. Banco de Notícias. Novo relatório da OMS revela diferenças no uso de antibióticos entre 65 países.


Você sabe quais são os principais problemas que podem afetar a próstata?

Urologista e Professor Livre-Docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Marcos Dall'Oglio, explica as principais complicações com o órgão

 

A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa da pelve. Ela é um órgão pequeno, que se situa na saída da bexiga e à frente do reto, parte final do intestino grosso. A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do líquido seminal que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.

O médico urologista e Professor Livre-Docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Marcos Dall'Oglio, explica quais são os principais problemas que podem afetar a próstata.


Hiperplasia prostática benigna (HPB)

A hiperplasia prostática é um aumento benigno do tamanho da próstata que atinge  cerca de 25% dos homens entre os 40 aos 49 anos. Na faixa entre 70 e 80 anos, essa taxa de crescimento chega a 80%.

Normalmente do tamanho de uma noz, a glândula pode chegar a ficar tão grande quanto uma bola de tênis. O crescimento da próstata pode comprimir a uretra, diminuindo o seu calibre e dificultando ou impedindo a passagem da urina. A urina estagnada, por sua vez, favorece o aparecimento de infecções e de cálculos na bexiga.

"A causa exata não é conhecida, mas provavelmente envolve alterações causadas por hormônios, incluindo a testosterona e a di-hidrotestosterona. Outros fatores podem estar envolvidos, como idade, história familiar e alterações genéticas", explica o urologista. 


Câncer de próstata

A maioria dos cânceres de próstata cresce lentamente e não causa sintomas. Tumores em estágio mais avançado podem ocasionar dificuldade para urinar, sensação de não conseguir esvaziar completamente a bexiga. "Dor óssea, principalmente na região das costas e membros inferiores, devido à presença de metástases, é sinal de que a doença evoluiu para um estágio mais avançado", afirma Dr. Marcos. 

O câncer de próstata pode ser diagnosticado por meio de exame físico, toque retal, e laboratorial, através da dosagem do PSA no sangue. Em casos suspeitos deve ser realizada uma biópsia para averiguar a presença de malignidade. 

O prognóstico depende do grau do tumor, conhecido como escore de Gleason e do estágio da doença, assim como da idade do paciente e pode incluir prostatectomia radical, ou seja, remoção cirúrgica da próstata, radioterapia, hormonoterapia e uso de medicamentos. Para os pacientes idosos com tumor de evolução lenta o acompanhamento clínico é uma opção que deve ser considerada.


Prostatite

Prostatite corresponde a um conjunto de infecções e doenças inflamatórias da próstata, que causam dores e impactam no funcionamento adequado do sistema urinário masculino.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, existem quatro diferentes classificações para a prostatite: prostatite bacteriana aguda, prostatite bacteriana crônica, prostatite não bacteriana e síndrome da dor pélvica crônica.

Às duas primeiras são causadas, principalmente, pela bactéria Escherichia coli e estão relacionadas a infecções urinárias. Já a prostatite não bacteriana e a síndrome da dor pélvica crônica ainda não têm causas totalmente conhecidas, mas acredita-se que possam estar ligadas a infecções por micro-organismos não identificados.

O diagnóstico da prostatite é feito com base na análise do histórico do paciente e em exames clínicos e laboratoriais.

O tratamento varia de acordo com o tipo de prostatite diagnosticado. As do tipo bacterianas são tratadas somente com antibióticos, que podem ser administrados por longos períodos (principalmente no caso da prostatite bacteriana crônica).

Já para as demais, o profissional poderá indicar uma variedade de medicamentos para melhora dos sintomas e até mesmo opções alternativas, como banhos mornos, extratos vegetais, relaxantes musculares, entre outras.

 



Dr. Marcos Dall'Oglio - graduação em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1993) e doutorado em Medicina (Urologia) pela Universidade Federal de São Paulo (2000). Professor Livre-Docente da Faculdade de Medicina da USP desde 2008. Tem certificação para atuar em cirurgia robótica (Urologia) pela Intuitive Da Vinci Surgical System Training. Atuou como Diretor Médico Oncocirúrgico e Chefe do Setor de Uro-Oncologia do Instituto de Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e como Chefe do Setor de Uro-Oncologia da Divisão de Clínica Urológica do Hospital das Clínicas (HCFMUSP). Professor Associado da Faculdade de Medicina da USP desde 2012. Atua em Cirurgia Robótica Urológica, com linhas de pesquisa principalmente nos seguintes temas: fatores prognósticos do carcinoma de células renais, câncer de bexiga, de próstata e testículo, neoplasias malignas do trato genitourinário, técnicas cirúrgicas em urooncologia.


Novembro Azul: Casos de câncer de próstata no mundo podem aumentar em 80% até 2040

• Pesquisa do Instituto Vencer o Câncer (IVOC), com patrocínio da Bayer, chama atenção para o aumento na incidência e mortalidade pela doença no Brasil e no mundo

• No Brasil, diagnóstico tardio e falta de acesso ao tratamento são obstáculos para redução da mortalidade

• Levantamento visa auxiliar instituições de saúde, poder público, sociedades médicas e outras organizações no desenvolvimento de iniciativas que contribuam com a mudança desse cenário

 

Os dados de incidência e mortalidade por câncer de próstata no Brasil são alarmantes - excluindo o câncer de pele não melanoma, o câncer de próstata é o mais incidente nos brasileiros, e a segunda causa de morte por neoplasia nos homens. E um dos fatores que contribuem com esse cenário é a falha na detecção precoce da doença, especialmente no caso de pacientes brasileiros no sistema público de saúde - é o que aponta uma investigação conduzida pelo Instituto Vencer o Câncer (IVOC), com patrocínio da Bayer, entre novembro de 2019 e julho de 2020, chamada de Leitura Estratégica Integrada (LEI).

O estudo, que levantou dados sobre o atual cenário do câncer de próstata no Brasil e a linha de cuidado do paciente que está no sistema público de saúde, tem como objetivo auxiliar instituições da área, poder público, sociedades médicas e outras organizações no desenvolvimento de iniciativas que contribuam com a melhora desse cenário.

"Apesar de muitos esforços no desenvolvimento de políticas públicas e estratégias, a mortalidade por câncer de próstata continua crescendo no decorrer dos anos, e isso não pode ser ignorado. É momento de rever tudo o que foi feito até agora e identificar o que precisa ser melhorado e/ou adaptado. Enquanto essa revisão é feita, mais pacientes são diagnosticados tardiamente ou perdem a vida para a doença", destaca Dr. Fernando Maluf, fundador do IVOC.

Rodolfo Ferreira, diretor de Oncologia da Bayer Brasil, complementa: "o apoio para a realização dessa leitura aprofundada sobre o câncer de próstata no país está em linha com o nosso propósito, já que os dados são essenciais para a construção de melhores políticas públicas, que poderão dar soluções em escala para problemas de saúde, como o acesso tanto à informação como a serviços e medicamentos inovadores. Isso contribuirá com avanços no sistema de saúde, além de trazer um impacto positivo na vida de milhões de pacientes e familiares que enfrentam o câncer".


Quem corre mais risco?

Histórico familiar, alterações genéticas, obesidade, sedentarismo, tabagismo e principalmente a idade são importantes fatores de risco para o câncer de próstata. De acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), cerca de 60% das mortes pela doença se concentram entre idosos de mais de 75 anos e 38% entre adultos e idosos de 55 a 74 anos. Juntas, essas faixas respondem pela quase totalidade das mortes (98%). "Por isso, a recomendação é que o acompanhamento médico e a realização de exames sejam feitos a partir dos 45 anos para homens que apresentem fatores de risco, e a partir dos 50 para os demais, contribuindo para uma possível detecção precoce", explica. Caso contrário, o cenário tende a piorar, já que os idosos (60+) representam 12,4% da população masculina brasileira atual e, até 2030, passará a representar 16,9%; além disso, mais da metade da população tem excesso de peso e a obesidade alcançou a maior prevalência em adultos nos últimos treze anos, segundo o MS.

"Importante dizer que apesar do grupo de risco ser essencialmente de idosos, é preciso atenção também à mortalidade prematura por câncer de próstata, pois esse é um indicador que contribui para o monitoramento do impacto das políticas públicas na prevenção e no controle da doença e seus fatores de risco", pontua Dr. Maluf.

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) alerta que a raça negra é também um importante fator de risco para a doença, o que é enfatizado por estudos internacionais. De acordo com uma pesquisa da American Cancer Society, a incidência e mortalidade por câncer de próstata em homens negros dobram em comparação com os índices em homens brancos nos Estados Unidos. "Apesar de não existirem estudos concretos sobre o tema no Brasil, sabemos que isso é também uma realidade no país. E essas taxas desproporcionais têm relação direta com a desigualdade social - ou seja, menor renda e acesso à saúde, o que dificulta a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado para homens negros", destaca.


Quanto antes diagnosticado, melhor

Além da prevenção, não é novidade que o diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura dos pacientes. Mas o aumento na incidência e mortalidade da doença no Brasil e no mundo pode ser um indicativo de que isso ainda não acontece em grande parte dos casos. "A dificuldade na redução da mortalidade por câncer de próstata pode estar relacionada à concentração de casos diagnosticados no estádio IV, por exemplo, quando os pacientes têm apenas 30% de chance de viver por mais 5 anos", explica o médico.

De acordo com a LEI, em 2017, a maioria dos casos de câncer de próstata no Brasil foram diagnosticados no Estádio II (55,5%), seguido pelo estádio IV (17,6%). O percentual de diagnósticos no estádio I no Estado de São Paulo (13,4%) é menor do que a média nacional (15,3%). Por outro lado, os diagnósticos em estádios mais avançados (estádios II e IV) é menor no Estado (31,0%) comparado com o Brasil (36,2%).

Outro dado que mostra essa concentração de diagnósticos em estágios mais avançados é o crescimento, nos últimos anos (de 2009 a 2018), de 44,4% no número de hospitalizações por câncer de próstata no SUS, com uma média de mais de 7 mil internações por ano. Semelhante ao perfil nacional, no Estado de São Paulo, 93,6% das internações ocorre entre adultos e idosos de 55 anos e mais, sendo que a concentração é maior entre 60 a 74 anos de idade (59,7%) (2018).

"A falta de conhecimento tanto sobre a doença em si e quando o acompanhamento médico deve ser iniciado, como sobre os riscos que esse diagnóstico tardio pode trazer à saúde, é um dos fatores impeditivos da detecção precoce. Em paralelo, quando falamos do sistema público de saúde, sabemos que ainda há uma demora no agendamento de consultas médicas e um gap no rastreamento. A ideia do nosso estudo é justamente rever todos esses pontos e identificar o que podemos fazer para melhorar essa situação e salvar a vida desses pacientes", pontua Dr. Fernando Maluf.


O que vem depois do diagnóstico?

Existem, atualmente, diferentes opções de tratamento para a doença, que dependem do estágio e outros fatores individuais do paciente, podendo variar de cirurgia, radioterapia, quimioterapia e medicamentos. O médico é responsável por orientar o paciente sobre a opção ideal de acordo com seu perfil.

Entretanto, a LEI traz também um alerta nesse sentido: apesar da variedade de tratamentos, é necessário que os pacientes tenham não só acesso, mas sejam tratados rapidamente após o diagnóstico, especialmente em estágios mais avançados. Uma análise trazida pelo estudo mostra que o tempo médio entre o diagnóstico e o primeiro tratamento é de cerca de 82 a 88 dias no Estado de São Paulo, por exemplo. Nesse período, o sucesso do tratamento e qualidade de vida do paciente podem ser comprometidos.

"A linha de cuidado do câncer de próstata deve representar um atendimento contínuo de assistência ao homem, composto por ações de promoção, prevenção, rastreamento, diagnóstico, tratamento e cuidados paliativos. Ela permite fluxos de atendimento seguros e garantidos ao paciente e deve servir de guia para orientar quais são os procedimentos mais efetivos no controle e no tratamento da doença e quais são as áreas responsáveis no processo de assistência. Se uma etapa dela não funciona de forma satisfatória, todas as demais são comprometidas", destaca.

Atualmente, é cada vez mais importante tratar o câncer pensando não só na cura, mas em como controlar o seu desenvolvimento, e a medicina se mostra cada vez mais capaz de fazer isso, assim como já acontece com as doenças crônicas. Hoje, já existem linhas e opções de tratamento altamente evoluídas, que trazem resultados melhores, para cada estágio da doença. "Nossa luta é que cada vez mais os pacientes tenham acesso à linha completa de cuidado e a essas inovações, para que vivam melhor e por mais tempo", conclui Dr. Maluf.

 


Bayer

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Estudo inédito conduzido pelo HCor comprova eficácia de novo tratamento para doenças cardíacas

Publicada no renomado The New England Journal of Medicine, principal periódico científico mundial, pesquisa reconhece anticoagulante Rivaroxabana como opção segura, eficaz e com menor riscos aos pacientes


Pesquisa inédita liderada por especialistas do HCor, publicada neste sábado (14) no The New England Journal, reconhece uma nova opção de tratamento para pacientes que convivem com fibrilação atrial e doença cardíaca valvar, doenças que têm como maior consequência o risco aumentado de acidente vascular cerebral (AVC).

O anticoagulante Rivaroxabana se mostrou tão eficaz e seguro quanto a medicação de referência no tratamento, a Varfarina, além de proporcionar mais comodidade e qualidade de vida aos pacientes por reduzir as consultas de monitoramento frequente e ter menos interações medicamentosas ou com alimentos.

No total, foram acompanhados 1.005 pacientes, de 49 centros médicos, com doença valvar – que fazem uso de prótese biológica (produzida a partir do tecido de porco ou boi) – e fibrilação atrial. O estudo denominado River dividiu os participantes aleatoriamente em dois diferentes grupos: o primeiro, designado ao uso de Rivaroxabana, e o segundo, que manteve o tratamento clínico padrão com Varfarina. Ambos foram acompanhados durante 12 meses avaliando-se a ocorrência de óbito, problemas cardiovasculares graves ou sangramentos sérios.

A pesquisa confirmou a não-inferioridade da Rivaroxabana em comparação à Varfarina, ou seja, assegura a médicos e pacientes que a medicação pode ser utilizada como nova opção de tratamento. “Estudos de não-inferioridade são desenvolvidos com o objetivo de determinar se um novo tratamento ou procedimento preserva a eficácia e segurança de outro já estabelecido”, explica o superintendente do Instituto de Pesquisa do HCor (IP-HCor) Alexandre Biasi.

Os resultados podem mudar o protocolo utilizado internacionalmente para tratar quem precisa se submeter à cirurgia de troca de valva para corrigir disfunções no coração. O estudo eleva o HCor ao patamar de duas publicações no maior jornal da área médica, feito inédito no segmento hospitalar.

A pesquisa foi conduzida no Brasil como iniciativa do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), liderado pelo Ministério da Saúde, e também contou com a parceria da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) e a doação de medicamentos da farmacêutica Bayer.

 

Fibrilação atrial e doença cardíaca valvar

A fibrilação atrial é o tipo mais comum de arritmia cardíaca e decorre da irregularidade da transmissão dos impulsos elétricos que coordenam as batidas do coração. Por causa disso, os átrios, localizados na parte superior do músculo cardíaco, se contraem de forma irregular e o número de batidas por minuto pode aumentar de repente. A fibrilação provoca má circulação sanguínea e os anticoagulantes são prescritos para evitar o risco de AVC e até infarto.

Já a doença cardíaca valvar ocorre quando uma das quatro válvulas do coração, que são responsáveis por manter o fluxo de sangue na direção adequada, não funciona normalmente. Para corrigir esse problema, o paciente passa por uma cirurgia de reparação ou mesmo para implantar uma válvula mecânica (de metal) ou biológica.

A estimativa é de que 300 mil válvulas sejam implantadas a cada ano. No Brasil, o quadro representa uma das principais causas de hospitalização devido a problemas cardíacos. “A associação entre o implante e o risco maior de eventos trombóticos faz com que o uso de anticoagulantes orais seja indicado a longo prazo, ou até pelo resto da vida”, explica o médico e pesquisador sênior do estudo Otávio Berwanger.


Balão de engolir: uma técnica inovadora e menos invasiva para tratar a obesidade está disponível no Brasil

Estudos comprovam que a metodologia não cirúrgica é eficaz, segura e traz resultados


O balão intragástrico, usado como auxiliar no tratamento do sobrepeso e da obesidade, ganhou nova versão que dispensa qualquer procedimento invasivo, internação hospitalar, sedação ou anestesia para a colocação: o balão deglutível ou de engolir.

“Essa técnica foi projetada na Universidade de Harvard, já é adotada em vários países do mundo e agora pode ser uma opção para os brasileiros no combate à obesidade. “A implantação deste balão no estômago é simples e muito rápida. Por meio de uma tecnologia especial, ele é colocado em uma cápsula que pode ser engolida com água com o paciente acordado e sentado em uma cadeira. Ao chegar ao estômago, o médico então enche o balão por meio de um tubo minúsculo, que depois é removido pela boca”, explica o ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, o médico cirurgião bariátrico Almino Cardoso Ramos, que também foi presidente da IFSO - Federação Internacional para a Cirurgia de Obesidade e Transtornos Metabólicos.

Um estudo realizado na Universidade de Sapienza, em Roma, Itália, com 42 pacientes obesos – 29 homens e 13 mulheres – que engoliram este tipo de balão intragástrico e permaneceram com ele no estômago por 16 semanas, comprovou a eficiência do método. A média de eliminação de peso foi de 15 quilos por paciente, o que correspondeu a 31% do excesso de peso. Os pesquisadores não notaram nenhum efeito adverso significativo.

Após quatro a cinco meses, o balão sofre um processo de degradação e é eliminado diretamente pelas fezes. “Mais do que auxílio na perda de peso, o balão é uma ferramenta poderosa na reeducação alimentar e na reestruturação da qualidade de vida”, afirma Ramos.  

No método tradicional, o balão deve ser colocado com sedação ou anestesia e realizado por procedimento endoscópico. Já para a retirada, o processo deve ser repetido.

“Como o procedimento para este balão deglutível não requer cirurgia ou endoscopia, pode ser uma opção para qualquer paciente com sobrepeso ou obesidade inicial. No entanto, não deve ser uma opção de tratamentos de longo prazo ou para pacientes com obesidade severa onde a cirurgia bariátrica apresenta melhores resultados”, finaliza o cirurgião bariátrico Almino Ramos. 


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