Em 12
de novembro é comemorado o dia Mundial da Pneumonia. A data serve para lembrar
da prevenção e cuidados com a doença
Dia 12 de novembro foi o Dia Mundial da Pneumonia. A data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) serve para lembrar as pessoas da prevenção e dos cuidados de uma das doenças que mais mata no mundo. Só em 2017, mais de 808 mil crianças menores de cinco anos morreram de pneumonia no mundo, de acordo com a organização. A doença, que pode ser transmitida por vírus, bactérias ou fungos, também ceifou milhares de vidas de jovens e idosos.
“As crianças e idosos têm maior propensão a ter
pneumonia, seja pela imaturidade do sistema imunológico nas crianças menores
que 5 anos, seja pela diminuição da imunidade que ocorre após os 60 anos”,
explica o pneumologista do Hospital Águas Claras Thiago Fuscaldi.
De acordo com o coordenador do pronto socorro
infantil do Hospital Águas Claras Mario Carpi, crianças, em especial os bebês
menores de 1 ano, são mais propensas a desenvolver a doença e de forma mais
grave, principalmente por causa da imaturidade imunológica que apresentam.
“Além disso, suas vias aéreas são mais estreitas, o pulmão ainda é imaturo e a
musculatura respiratória é menos desenvolvida. Isso tudo faz com que as
pneumonias sejam mais graves em bebês”, afirma.
Segundo os médicos, na maioria dos casos a
pneumonia não deixa sequelas e não é comum a reincidência em pacientes
saudáveis e tratados corretamente. Porém algumas pessoas podem desenvolver uma
forma grave que pode levar a diminuição da capacidade respiratória. Os casos de
recontaminação ocorrem, principalmente, nos pacientes com uma predisposição,
como doenças cardíacas ou do pulmão.
Mário Carpi ainda destaca que o aleitamento materno
exclusivo no primeiro semestre de vida é fundamental para diminuir o risco de a
criança adoecer por pneumonia e outras doenças. “O leite materno tem inúmeros
fatores de proteção contra infecções respiratórias e gastrointestinais. Além
disso, temos vacinas no calendário oficial do Ministério da Saúde e da
Sociedade Brasileira de Pediatria que protegem contra a pneumonia”, explica.
O pneumologista Thiago Fuscaldi reforça a
importância de manter uma alimentação adequada e hábitos de vida saudáveis.
“Nas crianças, idosos e indivíduos de maior risco é indicada realização da
vacinação para pneumonia bacteriana e para gripe”, finaliza.
Reconheça os sintomas:
De acordo com Thiago Fuscaldi, de forma geral, os
pacientes com pneumonia apresentam sintomas de tosse, falta de ar, febre e dor
torácica.
“Bebês apresentam quadro mais inespecífico quanto
menor for sua idade. Basicamente, a presença de tosse e dificuldade para
respirar são os sinais mais importantes. Febre frequentemente está presente,
mas nem sempre. Assim, se uma criança está com tosse, respirando mais rápido
que o normal ou com esforço, deve ser levada ao pediatra imediatamente”, alerta
o pediatra Mário Carpi.
Transmissão:
De acordo com o Ministério da Saúde, a pneumonia
pode ser adquirida pelo ar, saliva, secreções, transfusão de sangue ou, na
época do inverno, devido a mudanças bruscas de temperatura. Essas mudanças
comprometem o funcionamento dos pelos do nariz responsáveis pela filtragem do
ar aspirado, o que acarreta uma maior exposição aos microorganismos causadores
da doença.
Tratamento:
O tratamento irá depender do agente causador da
pneumonia. Em geral, para as pneumonias virais, o tratamento visa ao alívio dos
sintomas e prevenção das complicações. Já na pneumonia bacteriana é necessário
uso de antibióticos.
Nas crianças o tratamento é parecido, mas, em casos
mais graves, precisam ser internadas para receber medicação e hidratação
intravenosa. Às vezes pode ser necessário um tratamento mais intensivo.
Hospital Águas Claras
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