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sexta-feira, 11 de setembro de 2020

O futuro da telemedicina pós-covid-19

Atualmente, tem se falado muito sobre telemedicina em decorrência da pandemia de Covid-19. A maioria das pessoas acredita que se trata de uma tecnologia ou nova modalidade da medicina, mas devemos esclarecer que se trata de um método no qual o profissional do setor continua seguindo com sua responsabilidade, cuidado e ética no atendimento. 

 

Seu surgimento se deu oficialmente no fim dos anos 1960, nos Estados Unidos, quando o Hospital Geral de Massachusetts foi conectado ao aeroporto da cidade de Boston, com o objetivo de atender a qualquer emergência que ocorresse por lá. O hospital, assim, receberia informações básicas de um indivíduo que tivesse com um problema grave no aeroporto e precisasse ser levado de ambulância. Esse foi um marco importante na história da telemedicina, tendo desencadeado tantos outros no futuro.

 

Mesmo antes desse período, durante a Segunda Guerra Mundial, o rádio foi utilizado para conectar médicos que se localizavam nas estações costeiras aos que estavam nos hospitais de retaguarda para buscar apoio. Via-se, então, as primeiras manifestações desse tipo de serviço. Com o passar dos anos, a assistência aos astronautas que estavam em órbita também foi feita pela telemedicina, com base em informações como sinais e ritmo respiratórios, pressão arterial, eletrocardiogramas e temperatura.

No Brasil, a novidade desembarcou em 1985, como uma disciplina do curso de informática médica, da Faculdade de Medicina da USP. Entretanto, foi só em 1990 que uma empresa privada passou a fazer diagnósticos de eletrocardiograma por fax. Esse se tornou o marco da telemedicina no País, que mostrou ser viável a realização de laudos à distância. Em 2002, foi criado o Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde, trazendo ainda mais força e credibilidade ao setor.

 

Mas mesmo com a regulamentação do Conselho Federal de Medicina (CFM) o cenário era incerto. A situação passou a mudar a partir da resolução 1.643 de 2002, que definiu as boas práticas da telemedicina, como deveria ser a conduta do profissional e quais recursos poderiam ser usados. Ao longo dos anos, o texto sofreu diversas alterações, como a inclusão de consultas à distância. Em fevereiro de 2019, a medida foi revogada por conta da pressão de conselhos de médicos.

 

Com o avanço da pandemia, entretanto, o cenário mudou. Em 19 de março deste ano, o CFM liberou, a partir da Portaria nº 467 do Ministério da Saúde, o uso de tecnologia para realização de teleconsulta, telemonitoramento e teleorientação, já que a necessidade era a de distanciamento social. Foi então que a telemedicina teve um crescimento exponencial. 

 

Ter a possibilidade de atender aos pacientes de forma remota, sem o perigo de expô-los à contaminação em uma sala de espera de consultório ou hospital, ou prestar serviço aos moradores de locais distantes e sem acesso aos melhores recursos da medicina, ajudou a popularizar a prática entre os médicos. Isso permitiu que os atendimentos de casos de suspeita mais graves de COVID-19 fossem priorizados no presencial, e os atendimentos por outras causas e de menor complexidade e emergência fossem realizados e solucionados de forma remota, efetiva e mais rápida.

 

Uma das principais vantagens da telemedicina é a ampliação da área de atendimento, permitindo que pacientes de regiões onde a disponibilidade de especialistas é limitada sejam beneficiados com o atendimento remoto. Outra mudança está no relacionamento entre médico e paciente. Com o uso da tecnologia o contato passou a ser facilitado, e é esperado um aumento na adesão do paciente ao tratamento prescrito, já que ele se sente mais seguro e acompanhado. 

 

Além disso, a telemedicina tem ajudado na triagem inicial dos sintomas, o que afeta diretamente o número de visitas a clínicas e hospitais, que acabam diminuindo. Se o caso não for grave e não exigir a ida do paciente ao hospital, o médico poderá fazer a indicação do tratamento e a prescrição da medicação necessária de forma remota e segura. 

 

A troca de experiências entre os profissionais médicos, chamada 2ª opinião, também tem sido facilitada com o auxílio da telemedicina. Ao dividir experiências, os médicos melhoram o prognóstico, aumentando o grau de recuperação de seus pacientes. 

 

Mas nem tudo são flores. Um dos pontos críticos para a democratização da telemedicina está nas restrições tecnológicas. Para que seu uso seja bem-sucedido é necessário um dispositivo móvel, ou celular, com requisitos mínimos e uma boa conexão com a internet. No entanto, nem todo mundo tem à disposição uma conexão de banda larga de qualidade. Ainda, digitalizar um consultório é tarefa que demanda certo empenho, pois além de adotar tecnologia, é preciso treinar a equipe e estruturar novos processos. Esse passo tem sido um pouco mais desafiador, mas temos que acreditar na evolução e que a tecnologia, desde que de fácil uso, tanto para os profissionais de saúde quanto pacientes, permita um atendimento de conduta segura e responsável. 

 

Com os avanços da tecnologia e a necessidade de se ter um melhor atendimento, principalmente em regiões menos favorecidas, acredito que a telemedicina veio para ficar. Ela será responsável por uma revolução silenciosa na área da saúde, levando um serviço de qualidade a quem realmente precisa. Em especial no pós-pandemia, a expectativa é que esse formato apresente aos pacientes outras ferramentas para modernizar as consultas - a exemplo da oximetria, da medição do pulso, da frequência cardíaca e até da temperatura, que podem ser aferidos de forma remota e, com o auxílio de análises de dados baseados em evidências e históricos correlacionados, vão trazer o apoio à decisão clínica e sugestões de melhor coordenação do cuidado do paciente. Será questão de tempo para que as primeiras manifestações cheguem ao nosso conhecimento e impactem nossa relação com os profissionais da saúde.

 

Desde a 2ª guerra mundial, são 74 anos que a telemedicina vem se modernizando e se revelando necessária a cada década de nossa história, e hoje, mais do que nunca, tornou-se uma aliada indispensável para ajudar nessa guerra contra o novo Coronavírus, minimizando os impactos da importância do isolamento e melhorando a experiência e a qualidade dos atendimentos médicos no Brasil e no mundo.

 



Gustavo Marui - Arquiteto de Soluções em saúde da Logicalis

 

Uma visão holística da defesa corporativa contra ameaças à segurança, ciberataques e vazamento de dados

A tecnologia da informação e os dados tornaram-se um componente tão importante dos negócios que as ameaças aos recursos de gerenciamento de informações por si só têm o potencial de interromper qualquer negócio. Existem ameaças aos dados e recursos de rede de fontes maliciosas, bem como erros não intencionais do usuário. De acordo com o estudo da Fortinet Threat Intelligence Insider para a América Latina, o Brasil sofreu mais de 24 bilhões de tentativas de ciberataques em 2019. O resultado representa uma média de 65 milhões de tentativas por dia de acesso a redes bancárias e roubo de informações. Os dados revelam a assustadora realidade do cibercrime na América Latina e no Caribe, com 85 bilhões de tentativas de golpes registradas no ano passado em toda a região. A maioria dos ataques visa entrar em redes bancárias, obter informações financeiras e roubar dinheiro de indivíduos e empresas.

A crescente complexidade desses ataques e o simples crescimento do volume de tentativas de hacking que as empresas enfrentam hoje estão atingindo proporções epidêmicas. As ameaças, ataques e erros do usuário que vazam dados confidenciais exigem que analisemos mais amplamente o conceito de vulnerabilidades, para que possamos entender por que os invasores podem comprometer o software e se infiltrar nas redes corporativas.

Basicamente, as vulnerabilidades que as empresas enfrentam hoje incluem um ou mais dos itens abaixo: 

● senhas fracas

● configuração incorreta de um sistema

● software sem patch

● usuários não qualificados ou não treinados

● medidas de segurança insuficientes

● procedimentos operacionais incorretos

● implementação da política BYOD (Bring Your Own Device) ineficaz ou nenhuma

Vulnerabilidades corporativas, pontos fracos da rede e segurança de dados dependem de um sistema para gerenciar essas ameaças potenciais, incluindo o gerenciamento do acesso adequado aos recursos da rede e a redução da capacidade de erros internos e externos do usuário.


Respondendo a ameaças internas e externas à segurança de dados

Você já deve ter ouvido falar sobre este caso. Em julho de 2019, um ex-funcionário da Amazon invadiu o banco de dados da CapitalOne, uma instituição financeira americana. Dados sobre mais de 100 milhões de americanos e 6 milhões de canadenses foram afetados. Segundo o banco, o ex-funcionário da Amazon acessou os dados de pessoas que solicitaram cartão de crédito entre os anos de 2005 e 2019. Entre as informações estavam nome, endereço, telefone, e-mail e renda anual dos clientes. Alguns até tiveram dados como número de conta bancária e número do seguro social comprometidos. A CapitalOne relatou que nenhum número de cartão de crédito vazou na violação. No entanto, o incidente vai ter um custo: o banco espera gastar entre 100 milhões e 150 milhões de dólares para fortalecer sua segurança digital.

O gerenciamento da segurança de dados em empresas requer a abordagem adequada para seguridade de informações e gerenciamento de vulnerabilidade, identificando possíveis vetores, classificando as ameaças existentes aos dados corporativos e limitando o acesso a informações e recursos, interna e externamente.


4 áreas de vulnerabilidade de dados empresariais

Vulnerabilidades corporativas podem ser encontradas em várias áreas da organização. As ameaças à informação vêm em formato físico e/ou digital. As mais comuns são:

·       Vulnerabilidades de hardware: O armazenamento desprotegido em um sistema de hardware pode levar a vulnerabilidades. A PKI gerenciada é usada cada vez com mais frequência para ajudar os fornecedores de hardware a implantar certificados digitais para segurança de dispositivos de hardware. Junto com a segurança baseada em certificado para criptografia de dados e controle de acesso, os administradores também devem considerar a função que as políticas BYOD devem desempenhar em sua organização para proteger os recursos da rede de dispositivos externos, possivelmente comprometidos, que infectam os recursos da rede.

·       Ameaças de software: Com auditorias e testes de software adequados e regulares, as vulnerabilidades podem ser facilmente encontradas. As empresas devem considerar cuidadosamente que software os usuários podem instalar em sistemas empresariais e confiar apenas em softwares de fornecedores confiáveis. O processo de verificação de certificado EV exige que os desenvolvedores de aplicativos façam verificações completas de identidade em segundo plano, filtrando os desenvolvedores de malware e também evitando o reempacotamento não autorizado de softwares populares.

·       Riscos de rede: Os administradores devem proteger os sistemas de rede, porque sem essa proteção qualquer sistema é suscetível a vulnerabilidades. Os dados entre os canais de comunicação em uma rede devem sempre ser criptografados. Os administradores também devem trabalhar com varredura de vulnerabilidades e serviços de monitoramento para garantir que a criptografia adequada tenha sido configurada e que as configurações de segurança sejam devidamente configuradas e as vulnerabilidades conhecidas sejam resolvidas.

·       Ataques cibernéticos: Seguindo uma vulnerabilidade localizada em seu sistema, a próxima etapa é um ataque cibernético. Usando um código malicioso, um ataque cibernético altera os dados ou o código do sistema. Isso causa uma interrupção que expõe os dados e deixa o seu sistema aberto a crimes cibernéticos. Para realizar um ataque bem-sucedido, a rede e a fonte de dados são invadidas pelo invasor.

Os sistemas não monitorados que são suscetíveis a vulnerabilidades de segurança conhecidas são os principais alvos dos cibercriminosos e hackers. Há monitores de segurança de nuvem que podem identificar problemas de segurança do sistema em potencial, como chaves fracas, cifras desatualizadas ou até mesmo certificados expirados. Normalmente estes monitores utilizam um algoritmo exclusivo e proprietário para classificar as instalações de certificados e também as configurações do servidor, conectando-se a um site público online. Ele também pode oferecer agentes internos para varredura de recursos de rede interna. Todas as descobertas são armazenadas em uma conta protegida, nunca revelada em nenhum site público, e os administradores podem configurar rapidamente verificações contínuas do sistema para automatizar a detecção de vulnerabilidades de seus recursos de rede.


Respondendo às demandas de segurança de dados

Por último, mas não menos importante, os funcionários devem receber treinamento frequente e contínuo sobre políticas de proteção e gerenciamento de dados. Os usuários da web devem manter senhas fortes, ignorar e-mails de fontes desconhecidas e ser continuamente lembrados das melhores práticas para garantir a segurança pessoal e de dados online.

Os invasores se tornaram muito sofisticados em suas táticas de ataque cibernético e estão usando métodos novos, aprimorados e inovadores para obter acesso às suas informações confidenciais. As organizações precisam estar sempre vigilantes e tomar precauções de segurança para proteger a si mesmas, seus dados e seus usuários contra as crescentes ameaças, vulnerabilidades, violações de dados e ataques de hackers.

 



DigiCert

digicert.com ou siga @digicert

 

Cinco mitos e verdades sobre baterias e carregadores

Os smartphones já fazem parte do cotidiano da população, mas a pandemia intensificou muito o uso de celular, um aumento de 88%, de acordo com estudo realizado pela Squid, empresa especializada em marketing de influência. Para se manter conectado e poder o usar os aparelhos durante todo dia, as pessoas criam alguns hábitos que provocam aumento no consumo de energia e podem danificar o equipamento como manter o carregador na tomada ou deixar o celular a noite toda carregando.

 

Com intuito de contribuir com os milhões de usuários brasileiros, o responsável pela unidade de negócios da Anker no Brasil, Marcus de Paula Machado, elencou alguns mitos e verdades sobre carregadores que ajudarão a melhorar o desempenho dos dispositivos, além de trazer dicas de como otimizar seu uso.

 

1-  Usar o smartphone enquanto ele carrega danifica a bateria. 

MITO.  Hoje, as tecnologias de carregamento e bateria são bem mais avançadas e não há mais preocupação em utilizar o aparelho enquanto carrega. Mas utilizar carregador de baixa qualidade ou falsificados podem danificar o dispositivo. Por isso, escolha sempre marcas conhecidas, produtos com selo do Inmetro e compre em lojas autorizadas.

 

 

2-  Você deve carregar um aparelho recém comprado até 100% antes de poder utilizá-lo.


MITO. Todos os carregadores e a maioria dos modelos de aparelhos celulares comercializados oficialmente possuem baterias de lítio, as quais funcionam com maior eficiência quando carregadas entre 40% e 80%. “O tipo de bateria pode ser verificado nas inscrições como Li, Li-Ion, Li-Po na etiqueta do produto ou nos manuais que o acompanham. Tendo em vista que leis que garantem a segurança do transporte de eletrônicos com bateria exigem que estes sejam transportados com 50% de carga, você pode utilizar seu dispositivo assim que tirá-lo da caixa sem problemas”, explica Marcus. 

 

3-  Deixar o celular carregando depois que ele chegar a 100% estressa a bateria. 


VERDADE. Como dissemos anteriormente, essas baterias operam melhor quando estão entre 40% e 80% de carga. Contudo, os celulares hoje em dia são inteligentes e possuem um circuito de proteção que corta o carregamento quando o dispositivo está totalmente carregado.


 

4-  Desconectar o aparelho do carregador antes que ele esteja completamente carregado impacta negativamente na vida útil da bateria. 


MITO.  O recomendado é justamente o contrário. O Ideal é carregar seu aparelho quando a bateria chegar a 10%, além disso, carregar continuamente sua bateria por um longo período pode estressá-la.


 

5-  É errado carregar o seu aparelho até 100% e depois usá-lo até 0% para fazer a manutenção da bateria.


VERDADE. Novamente, como estamos falando de baterias modernas feitas de lítio, colocá-las nos extremos definitivamente não é a melhor escolha.

 

 




Anker

 

Suspensões dos contratos de trabalho impactarão no valor do 13º salário neste ano

O programa do governo que permitiu a suspensão ou a redução de contratos de trabalho durante a pandemia do Covid-19 (coronavírus) deve ter impacto no valor do 13º salário no final do ano. A medida, criada em abril e com o prazo prorrogado recentemente para até 180 dias, permitiu às empresas suspender os contratos de seus funcionários ou optar por reduzir as remunerações e as jornadas, de forma proporcional, em 25%, 50% ou 70%. Os funcionários ainda passaram a ter o direito à estabilidade pelo tempo equivalente à suspensão ou à redução e tiveram os seus salários cobertos pelo governo até o limite do teto do seguro-desemprego (R$ 1.813,03). Especialistas destacam que a suspensão do contrato, por se tratar de uma paralisação da prestação do serviço, não obriga a empresa a pagar salários naquele período estabelecido e o tempo de trabalho também não é computado para fins do pagamento de benefícios, como o 13º salário.

Segundo Lariane Del Vechio, advogada especialista em Direito do Trabalho, sócia da Advocacia BDB, deve impactar no recebimento do 13º salário o fato do Governo Federal prorrogar o período de suspensão dos contratos de trabalho "Muitos trabalhadores terão a infeliz surpresa na hora do pagamento, isso porque o período em que teve o contrato suspenso não será computado, o que poderá reduzir o valor do 13º salário", alerta.

Lariane Del Vechio explica que o benefício é calculado com base no salário do mês de dezembro do ano corrente. “A primeira parcela deve ser paga até o dia 30 de novembro e, a segunda, até o dia 20 de dezembro. A gratificação é paga proporcionalmente aos meses trabalhados, sendo computados os meses em que se houve o efetivo labor por 15 dias ou mais”, afirma. 

A advogada aponta que o programa emergencial do governo irá impactar o cálculo no caso do funcionário que ficou por mais de 15 dias sem trabalhar em um mesmo mês, o que faz com que todo o período não seja computado. “A suspensão do contrato de trabalho é uma paralisação do serviço, não existindo obrigação de pagamentos de salário e consequentemente não será computado como tempo de serviço. Se o funcionário tiver o contrato suspenso por quatro meses inteiros, ele vai receber o 13º correspondente somente a oito meses”, diz. 

Por exemplo, um trabalhador que teve o contrato suspenso por quatro meses inteiros, onde não trabalhou ao menos 15 dias no mês, e tem como salário no mês de dezembro R$ 2.000,00 - e receberia este valor de décimo terceiro, caso houvesse trabalhado os 12 meses do ano -  deverá receber R$ 1.333,33, descontado o período de suspensão de seu contrato.

Ruslan Stuchi, advogado trabalhista e sócio do escritório Stuchi Advogados, destaca que os trabalhadores que tiveram os contratos reduzidos também podem ser afetados desde que a mudança atinja o último mês do ano. “De acordo com o método de contagem, a redução pode interferir se ela for feita em dezembro, uma vez que o cálculo leva em consideração o valor que o indivíduo recebeu nesse mês. Se ele passar a receber apenas 50% do que ganhava, a sua gratificação vai levar em consideração apenas essa quantia”, calcula. 

O especialista lembra que a concessão do 13º salário tem impacto em toda a economia nacional. “Além de permitir que os trabalhadores e as trabalhadoras quitem dívidas e consumam diferentes tipos de produtos e serviços, permite, quando possível, que façam alguma poupança. O 13° é um dinamizador do comércio e da economia em geral”, afirma. 

 

Demissões e auxílio 

Especialistas dizem que ainda é cedo para avaliar o impacto do programa na economia e se ele realmente cumpriu o seu objetivo de preservar postos de trabalho em meio à crise sanitária. Entre março e abril deste ano, segundo o Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged), a pandemia já havia sido responsável pelo fechamento de 1,1 milhão de vagas com carteira assinada. 

Para Érica Coutinho, advogada especialista em Direito do Trabalho e sócia do escritório Mauro Menezes & Advogados, é precipitado por parte do governo comemorar os resultados do programa. Ela ainda critica o fato de as alterações nos contratos terem dispensado a autorização dos sindicatos. “O que vemos é que, embora tenha havido uma espécie de promessa aos trabalhadores de que não seriam demitidos, estamos acompanhando uma enxurrada de notícias que dão conta de dispensas coletivas. São um ponto sensível, porque elas costumam afetar uma determinada comunidade e uma cadeia de atividades que, num primeiro momento, não se conectariam”, analisa. 

advogado especialista em Direito do Trabalho e sócio do escritório Magalhães & Moreno Advogados, Daniel Moreno, ainda aponta para o fato de trabalhadores com salários acima do teto do seguro-desemprego não receberam a cobertura total do governo quanto têm os contratos suspensos ou reduzidos. “O valor (da cobertura) é calculado por meio da fórmula do seguro-desemprego, que não considera o valor total da remuneração do trabalhador. Isto significa que um empregado que tenha um salário de R$ 2 mil, caso tenha o contrato suspendido pela empresa, receberá apenas R$ 1.479,88 sem complementação”, demonstra. 

 

Número de alunos EaD cresceu 145%, nos últimos nove anos

Desenvolvimento social pode ser impulsionado com a abertura de novos polos educacionais


O Ensino a Distância (EaD) é uma tendência no Brasil. No período de 2009 a 2018, foi registrado um aumento total de 145% nas matrículas.  Entre 2017 e 2018, o aumento foi de 16,9% enquanto as presenciais tiveram uma queda de 2,1%. Os dados são da 10ª edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil 2020, que tem como base números do Censo da Educação Superior, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

Mesmo com esse aumento, o acesso à educação ainda tem muito espaço para crescer. O setor do ensino superior ainda é deficitário no Brasil, atendendo apenas 15,3% da população, valor bem distante dos índices educacionais dos países que promovem equidade social.

A abertura de polos de apoio presencial de instituições de ensino superior a distância é uma realidade e um modelo aplicado para possibilitar que a educação de qualidade chegue a todos os cantos do país, como é o caso de Afuá, no Pará. A cidade fica no extremo norte e é conhecida como a Veneza Marajoara pois não há circulação de carros, apenas bicicletas. O município está localizado no delta do Amazonas, na Ilha de Marajó e com a instalação do polo do Centro Universitário Internacional Uninter, milhares de pessoas tiveram acesso à educação superior, pela primeira vez, em gerações.

A gestora do polo de Afuá, Marlene da Silva Brito, explica que foi uma revolução a chegada da Uninter no local. “Trouxe a esperança para muitos jovens que saiam do Ensino Médio sem perspectiva nenhuma em cursar o Ensino Superior. Hoje atendemos pessoas oriundas de diversas localidades da Ilha do Marajó, entre elas Anajás, Chaves e Breves. É gratificante ver como contribuímos de forma significativa para o aumento de oportunidades e para a exploração da mão de obra da região, pois as empresas e os órgãos governamentais conseguem suprir seus quadros de funcionários com a força de trabalho local. O mais importante disso, é ver os munícipes dedicarem tudo aquilo que aprenderam na academia ao município”.

Além de auxiliar no desenvolvimento do Brasil, a abertura de um polo é uma oportunidade de negócio para empresários da área educacional, ou para empreendedores dispostos em investir e prosperar na modalidade de ensino que mais cresce em território nacional.

“O crescimento do ensino a distância, há algum tempo, já supera o do presencial. Por possibilitar mais flexibilidade e praticidade, a modalidade será, cada vez mais utilizada pelos estudantes. Além disso, é um negócio para o qual há demanda em todos os municípios brasileiros, pois todos querem acesso à formação superior”, completa o diretor comercial da Uninter, Mauro Noé.

 



Grupo Uninter

www.uninter.com/sejaparceiro

 

Custeio pelos planos de saúde dos exames de teste de diagnóstico da Covid-19


Em março deste ano, a ANS incluiu extraordinariamente no seu rol de eventos em saúde, o exame de diagnóstico da Covid-19, o RT-PCR, dois dias após a declaração da OMS sobre a pandemia do novo coronavírus. Para os planos de saúde arcarem com os benefícios médicos, deve ocorrer a sua inclusão naquele rol, editado a cada dois anos em média, com novos procedimentos face evidências que apontem alto grau de eficácia de resultados.

 Aconselha-se que o RT PCR seja realizado na primeira semana, do terceiro ao sétimo dia, após os primeiros sintomas. Evidências apontam que após o período assinalado, as chances do teste apontar falso negativo aumentam. É preciso identificar se os beneficiários solicitaram seus exames fora do prazo indicado, o que denunciaria a inviabilidade, haja vista sua provável ineficácia.

O paciente deve estar enquadrado na definição de caso suspeito adotada pela OMS e seguida pelo Ministério da Saúde, ou seja, ter: síndrome gripal; síndrome respiratória aguda grave.

 Em maio, a ANS incluiu extraordinariamente novos testes. Os exames indicavam: quadros trombóticos; distinção de quadros graves de quadros mais leves da Covid-19; vírus da Influenza; vírus Sincicial Respiratório. Os exames permitiram diagnósticos diferenciados, foi possível salvar mais vidas, pois uma pessoa que está com pneumonia provavelmente foi graças à Covid-19, mas pode ser que tenha sido por outros vírus.

O exame da sorologia foi incluído bem recente no rol de benefícios, por força de liminar na ação civil pública proposta pela ADUSEPS, que passou a valer em 29 de junho. O TRF da 5ª Região, contudo, suspendeu os efeitos da decisão.

Conforme estudos, a sorologia não tem função de diagnóstico e sim resposta imunológica tardia do organismo, sendo esta a razão da controvérsia a respeito de sua inclusão no rol de eventos. Além disso, importante sua realização após o sétimo dia de sintomas, pois é preciso uma quantidade de dias para que a produção de anticorpos aumente, de modo que o teste não se torne inócuo, fato este que pode levar à sua negativa de cobertura pelo plano de saúde.

Em 13 de agosto, a ANS incluiu no rol o exame da sorologia. Para tanto, foi amplamente discutida a questão da sua evidência. Alguns requisitos devem ser obedecidos para que os planos de saúde custeiem o exame: a presença de síndrome gripal; síndrome respiratória aguda grave; não ter sido o usuário soro positivo por exame de RT-PCR ou sorologia; ou mesmo soro negativo há menos de uma semana por sorologia...

Então, necessário identificar se os beneficiários de planos de saúde solicitaram os exames no tempo correto e se o fizeram adequadamente, considerando o período indicado no tocante à sua eficácia, conforme estudos realizados pelos órgãos competentes.

 



Eliezer Wei - advogado e responsável pela área de Saúde Suplementar do escritório Urbano Vitalino.

 

10 expressões para impressionar em entrevistas e reuniões em inglês


Conheça os jargões de negócios que vão mudar a sua carreira


Dominar um idioma estrangeiro está se tornando cada vez mais necessário para impulsionar carreiras. Algumas expressões usadas na sala de reuniões podem ser bem difíceis de compreender para falantes não nativos. Genevieve Sabin, especialista em inglês para negócios do aplicativo de idiomas Babbel, compartilha aqui um glossário com as expressões corporativas mais usadas para impressionar em entrevistas e reuniões com estrangeiros. 

  • All hands on deck
    - Tradução literal: “todas as mãos no deque”.
    - Significado: “precisamos da ajuda de todo mundo” – usada para pedir a participação da empresa toda ou da equipe em um projeto específico.
  • Hit the ground running
    - Tradução literal: “atingir o chão correndo”.
    - Significado: “começou bem/a todo vapor”. Expressão usada para alguém contratado recentemente ou para qualquer projeto que tenha começado bem, com entusiasmo e sucesso. 
  • Helicopter view

- Tradução literal: “visão de helicóptero”.

- Significado: Refere-se à visão abrangente da empresa que CEOs, executivos e gerentes precisam ter. Ter um helicopter view é saber delegar com base em objetivos de longo prazo.

  • Elevator pitch ou elevator speech

- Tradução literal: “pauta de elevador”/ “discurso de elevador”.

- Significado: Apresentação curta (de uma ideia, um produto, uma empresa) que dura apenas alguns minutos, como uma viagem de elevador. Por exemplo: pessoas que queiram fundar uma startup podem fazer alguns elevator pitches para possíveis investidores em eventos de networking.

  • Let's touch base

- Tradução literal: “tocar a base”.
- Significado: Entrar em contato com alguém para saber como a pessoa está ou pedir sua opinião.

  • To boil the ocean

- Tradução literal: “ferver o oceano”.

- Significado: Realizar algo quase impossível. A expressão é usada quando os objetivos traçados são impossíveis ou quando cada detalhe é revisado a ponto de o projeto se tornar impossível de ser completado.

  • Let's take this offline

- Tradução literal: “vamos levar isso para o off-line”.

- Significado: Expressão usada quando alguém faz um comentário irrelevante para determinada situação/reunião, mas que deveria ser discutido em outro momento/contexto.

  • To deep dive

- Tradução literal: “mergulhar até o fundo/ mergulhar profundamente”.

- Significado: A expressão figurativa to deep dive significa fazer uma análise profunda para identificar um problema.

  • Let's play it by ear

- Tradução literal: A expressão vem do mundo musical – “tocar de ouvido”. 

- Significado: Enfrentar uma situação conforme ela se desenrola, ou seja, sem planos preestabelecidos. Em português, corresponde à expressão “dançar conforme a música”.

  • To move the needle

- Tradução literal: “mover a agulha”.

- Significado: fazer a diferença. A expressão é tipicamente usada nas áreas de marketing, vendas e finanças. Por exemplo: quando um novo produto aumenta significativamente a receita da empresa.

As expressões mais estranhas para não nativos

Há também várias expressões no jargão corporativo inglês que soam bizarras para quem não é nativo, como we have to punch a puppy (temos de socar um filhote). Ela quer dizer que é necessário tomar medidas impopulares para o bem da empresa. Putting socks on an octopus (colocar meias em um polvo) é outra – uma metáfora que significa tentar algo impossível. Flogging a dead horse (açoitar um cavalo morto) é usada para dizer que se está desperdiçando tempo. Por fim, to eat your own dog food (comer sua própria ração) significa promover seu próprio produto ao usá-lo dentro da empresa. 

Veja
aqui como o inglês mudou a vida do Bruno, um gerente de vendas de São Paulo.

 

Conheça os 3 passos para atingir a diversidade efetiva em sua empresa


"O ideal é que os cargos de liderança na companhia também tenham representatividade em diversidade, uma vez que isso serve como motivação extra para o time de base querer fazer carreira no local", explica Daniela Verdugo sócia e Headhunter na THE Consulting

De acordo com a pesquisa "A Diversidade e Inclusão nas Organizações no Brasil", realizada pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial ( Aberje ) as empresas estão cada vez mais comprometidas com o quesito: diversidade, em sua equipe. O estudo realizado contou com a participação de 124 companhias que, somadas, faturam R 1,24 trilhão, equivalente a 18,3% do PIB brasileiro em 2018. Destas, 63% contam com programas de diversidade e inclusão.

Diante deste cenário, uma pergunta ainda se faz presente na mente de muitos empresários: Como implementar, de fato, a diversidade efetiva na minha empresa? Pensando na resposta desta questão, Daniela Verdugo sócia-fundadora e Headhunter na THE Consulting, apresenta três tópicos que podem culminar em um ambiente de trabalho com mais inclusão e representatividade. "No cenário atual do mundo, não apenas do mercado, é fundamental que um bom líder e gestor de equipe esteja atento a questões de diversidade pois esta medida acaba gerando um círculo virtuoso na empresa", revela a Headhunter .

Análise da estrutura interna e noção do ponto de partida

Para que um ambiente inclusivo seja implementado de maneira efetiva e duradoura dentro de uma empresa, é preciso que este processo seja divido em algumas etapas. Segundo Daniela, a primeira delas é analisar o cenário atual da companhia a fim de tomar ciência do ponto de partida das mudanças. "Esta análise da estrutura interna a fim de entender como está o posicionamento da empresa no momento, com relação a diversidade, precisa ser o pontapé inicial do processo pois a partir de então, os pontos a serem reestruturados ficarão mais evidentes", explica Dani.

Liderança representativa: o conceito aplicado na prática

Após realizar a análise estrutural, o próximo passo é implementar diversidade na posições de liderança. "Focar nessa inclusão em cargos de liderança é uma atuação extremamente importante, não somente por refletir valores humanos da empresa mas também por servir como um fator encorajador para que o time de base da companhia se identifique com a representatividade e queira ainda mais crescer na companhia", revela a sócia-fundadora da THE Consulting.

Ações de retenção para a diversidade na empresa

Por fim, mas não menos importante. Torna-se fundamental, para a empresa que já conta com a diversidade como um de seus pilares sólidos, saber como manter esses profissionais em seu time. "Neste ponto, torna-se importante que as empresas que buscam manter a diversidade efetiva tenham espaço para discussão de temas que interessam a cada grupo e, principalmente, que a interação entre os grupos seja muito fluida e natural", orienta a Headhunter.

"Tudo isso, de fato, representa um desafio. Trata-se de um processo e da construção de hábitos sociais muito ligados a cultura, mas quando a inclusão é feita de maneira genuína pelas empresas, estas conseguem um altíssimo engajamento e isso tem se mostrado muito impactante até mesmo para os resultados das organizações, que chegam a entregar até 25% mais resultados que aquelas não diversas.", finaliza Dani.

 

THE Consulting

http://theconsulting.com.br/

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