Especialista da Katrium diz que o produto tem capacidade para destruir a estrutura celular dos microrganismos, garantindo que superfícies e objetos possam ser seguramente reutilizados após a descontaminação
Em
períodos de calamidades naturais como enchentes, a limpeza e desinfecção de
ambientes tornam-se prioritárias para evitar a propagação
de doenças graves como a leptospirose, por exemplo. A água sanitária,
composta principalmente de hipoclorito de sódio, desempenha um papel crucial
nesse processo, sendo um dos agentes de limpeza mais eficazes e acessíveis na
manutenção da saúde da população.
Enchentes
como as que devastaram recentemente o Rio
Grande do Sul, frequentemente resultantes de chuvas intensas, não apenas
devastam estruturas físicas, mas também contaminam as águas com lama,
bactérias, vírus e parasitas. É nesse cenário que a água sanitária entra como
uma solução eficiente para desinfetar superfícies, objetos e até mesmo a água
para consumo – resultando inclusive num pico de demanda que reflete a urgência
na adoção de medidas de higiene para prevenir surtos de doenças como
leptospirose, hepatite A e cólera.
A
eficácia da água sanitária deve-se à sua capacidade de destruir a estrutura
celular dos microrganismos, garantindo que superfícies e objetos possam ser
seguramente reutilizados após a descontaminação. Além disso, em situações em
que o abastecimento de água potável é comprometido, a água sanitária é
utilizada para purificar a água, seguindo diretrizes específicas de diluição
para garantir a segurança e eficácia.
De
acordo com João César de Freitas, diretor comercial da Katrium
Indústrias Químicas (RJ), uma das maiores produtoras de hipoclorito de
sódio do país, na situação em que grande parte do Sul se encontra, em que muita
gente ainda está em contato com água infectada e, principalmente, lama
contaminada pela urina dos roedores, há que se ter o máximo de cuidado
possível, fazendo uso de água sanitária para a desinfecção de ambientes,
objetos, alimentos etc.
“Em
localidades onde a água pode não estar própria para o consumo, além de ferver,
pode ser necessário tratar a água a ser consumida com duas gotas de hipoclorito
de sódio para cada litro de água, deixando descansar por 30 minutos. São
medidas de higiene que vão, aos poucos, restabelecendo a ordem das coisas
diante de um triste acontecimento”, diz Freitas.
Por
conta da Covid-19, o Conselho Federal de Química elaborou um material
abrangente sobre o uso
correto da água sanitária. Além do seu papel na limpeza e desinfecção, a
água sanitária também é valorizada por sua acessibilidade e custo-benefício.
Disponível em quase todos os supermercados e lojas de conveniência, ela é uma
opção econômica para famílias e comunidades em recuperação pós-desastre.
Com
o uso adequado da água sanitária fazendo parte do processo de recuperação,
Freitas acredita que as comunidades aos poucos possam retomar suas atividades
com segurança e higiene garantidas. “A colaboração entre governos, voluntariado
e a população é essencial para maximizar os benefícios desse recurso tão comum,
mas extraordinariamente poderoso, na limpeza pós-enchentes”.
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