Aumento da
sensibilidade exige uso de produtos específicos e adaptação de hábitos no dia a
dia; abril é o mês de conscientização mundial sobre a doençaDivulgação
Quem tem pele sensível já está acostumado: de tempos em tempos, um teste de produto ou uma nova técnica de skincare podem acabar deixando uma sensação de desconforto no rosto por alguns dias. Mas você sabia que a vermelhidão persistente no rosto, muitas vezes associada à irritação da pele, pode ser sintoma de uma doença inflamatória? A rosácea, que afeta até 10% da população, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é uma condição crônica cuja principal característica é a vermelhidão na região central do rosto.
Abril é o mês de conscientização mundial sobre a doença, que afeta principalmente mulheres a partir dos 30 anos e é comumente confundida com outros problemas, como a acne – por isso, apenas um dermatologista pode diagnosticar e indicar o melhor tratamento.
Para marcar a data e ajudar a disseminar o conhecimento sobre a rosácea, Profuse, marca de dermocosmético do Aché Laboratórios, convidou a dermatologista Thatiana Hadlich Blumenberg para dar dicas de como montar uma rotina de skincare para quem sofre com ela.
“A pele com rosácea é extremamente sensível a produtos químicos e físicos como sabões, higienizadores alcoólicos, adstringentes, abrasivos e peelings, além de ser seca. Por isso, é necessário usar produtos adequados para peles sensíveis, com ativos que equilibram e reforçam a barreira de proteção da pele. Ácidos mais agressivos, como retinóico e glicólico, principalmente em altas concentrações, devem ser evitados”, explica.
A recomendação é usar géis de limpeza sem sabão. Uma alternativa são aqueles com tecnologia Syndet, que higieniza a pele sem agredir. Na hora da hidratação, vale apostar em ativos como ácido hialurônico, ceramidas e niacinamida, que hidratam e fortalecem a barreira cutânea.
Para proteção solar, é essencial escolher produtos com alta proteção contra os raios UVA e UVB, já que a exposição ao sol é um dos fatores que podem piorar o quadro inflamatório. Produtos com cor ajudam a reforçar a proteção.
A médica explica que, embora adequar o skincare seja essencial para controlar o problema, alguns hábitos do cotidiano também podem agravar o quadro. “Bebidas alcoólicas, vento, frio, ingestão de alimentos quentes e atividades que aumentam a vasodilatação, como exercícios físicos e banhos quentes, e o estresse podem piorar a rosácea”, afirma.
Vale lembrar que, além da vermelhidão (eritema) na região central do rosto, os sintomas da doença incluem o surgimento de telangiectasias, os vasos finos popularmente conhecidos como vasinhos, pápulas e pústulas, que lembram acne e podem evoluir para edemas e nódulos.
O tratamento pode incluir o uso de medicamentos tópicos e orais que devem ser prescritos apenas por um dermatologista.
A
dermatologista ressalta ainda que, mesmo que a rosácea seja mais comum entre as
mulheres, sendo que 30% das que foram diagnosticadas já possuem histórico na
família, os homens também podem ter a doença. “Neles, o quadro tende a ser mais
grave, evoluindo continuamente com rinofima, que é o aumento gradual do nariz
por espessamento e dilatação dos folículos”, diz.
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