Um em cada cinco homens no mundo relatam baixo desempenho na cama. Dr. Vitor Mello, biomédico e referência nacional em estética íntima, revela dicas para conviver melhor com a condição.
Segundo estudo norte-americano feito pela Annals of Internal Medicine, problemas relacionados à impotência sexual masculina, começam a aparecer a partir dos 40 anos para 40% dos homens e ainda neste sentido, um em cada dez homens no mundo revelam não estarem satisfeitos com seu desempenho na cama, segundo a BBC News.
De olho neste cenário, o Dr. Vitor Mello, biomédico e referência
nacional em estética íntima masculina, divide seis dicas essenciais para não
apenas melhorar o desempenho sexual, mas também contribuir com a saúde e
bem-estar masculino de maneira integral.
Nutrição e saúde sexual, uma relação direta
“A nutrição desempenha um papel crítico na saúde sexual masculina,
influenciando desde a função erétil até a produção de hormônios”, diz Mello.
Uma dieta rica em antioxidantes, por exemplo, encontrados em frutas e vegetais,
pode melhorar a saúde endotelial, crucial para a manutenção de ereções
saudáveis. Alimentos ricos em ácidos graxos ômega-3, como peixes gordurosos,
são conhecidos por suas propriedades anti-inflamatórias e benefícios
cardiovasculares, diretamente relacionados à função erétil. A redução do
consumo de alimentos processados, ricos em açúcares e gorduras saturadas, é
essencial, visto que estes podem levar à disfunção endotelial e,
consequentemente, a problemas de ereção.
Exercícios físicos para além do condicionamento corporal
A atividade física regular é fundamental para a saúde sexual
masculina, com estudos mostrando uma correlação positiva entre exercício e
função erétil. “Exercícios, especialmente aqueles que melhoram a circulação
sanguínea e a saúde cardiovascular, como corrida e natação, podem aumentar
diretamente a capacidade de manutenção de ereções”, explica Vitor. “O exercício
regular tem sido associado a melhorias na produção de testosterona e na redução
do risco de disfunção erétil”, completa.
Gerenciamento do estresse e controle emocional
“O impacto do estresse sobre a função sexual é bem documentado. O
estresse crônico pode levar a alterações nos níveis de hormônios, como
cortisol, que, em excesso, pode suprimir a produção de testosterona”, evidencia
o especialista. Estratégias de redução de estresse, como meditação e práticas
de mindfulness, têm mostrado eficácia na melhoria da saúde sexual, reduzindo a
ansiedade e melhorando a qualidade das ereções.
Qualidade do sono, o pilar esquecido da saúde sexual
O sono desempenha um papel crucial na regulação hormonal,
incluindo os hormônios sexuais. “A privação do sono pode levar a uma diminuição
nos níveis de testosterona, afetando negativamente a libido e a função erétil”,
diz Vitor. Estudos indicam que homens que dormem menos de 5 horas por noite
apresentam níveis significativamente reduzidos de testosterona em comparação
com aqueles que têm uma noite completa de descanso.
Testosterona, a monitorização é chave
“A testosterona, sendo o principal hormônio sexual masculino, tem
um papel indiscutível na saúde sexual. Sinais de baixa testosterona incluem,
mas não se limitam a, baixa libido, dificuldade em manter ereções e fadiga”,
afirma o especialista. Ele ainda alerta para o acompanhamento médico, enfatizando
a necessidade de avaliação dos níveis de testosterona através de exames de
sangue chegados aos 40 anos.
Reposição Hormonal, uma abordagem personalizada faz a diferença
Para indivíduos com hipogonadismo ou baixos níveis de testosterona confirmados clinicamente, a terapia de reposição hormonal (TRH) pode ser considerada. “As modalidades de TRH variam desde injeções intramusculares, adesivos transdérmicos, géis, até implantes subcutâneos”, elucida. “Cada método tem suas vantagens e limitações, e a escolha deve ser personalizada com base nas preferências do paciente, perfil de efeitos colaterais, e objetivos de tratamento”, reforça o especialista.
“Abordar a saúde sexual masculina requer uma compreensão holística
que integre conhecimento técnico com uma visão compreensiva das necessidades
individuais. Ao implementar estas estratégias, fundamentadas na ciência e na
prática clínica, homens de todas as idades podem alcançar não apenas uma
melhoria em seu desempenho sexual, mas também um aumento significativo em sua
qualidade de vida”, finaliza Vitor.
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