Alunos do Colégio Santo Anjo, em Curitiba, durante apresentação de teatro: a prática desenvolve a expressão oral e corporal. CRÉDITO: José Estevam |
Criatividade, desenvoltura e socialização são algumas das habilidades desenvolvidas na prática teatral
Curitiba se transforma, até 7 de abril, na capital nacional do teatro. Com o início do Festival de Curitiba, a arte está em toda parte - em pequenos e grandes teatros, nas ruas e até nos colégios. Muito além do entretenimento, para quem sobe ao palco, o teatro pode ser uma boa ferramenta para desenvolver a expressão oral e corporal. Nas escolas, ele vem ganhando espaço como recurso pedagógico para o desenvolvimento das crianças e adolescentes.
As aulas de teatro contribuem para melhorar a autoestima, habilidades de expressão e socialização, despertam a criatividade e o gosto pelas artes nos alunos. E ainda podem gerar futuros artistas para os palcos brasileiros!
Por isso, a prática vem sendo incluída cada vez mais no currículo complementar das escolas. “O teatro trabalha tanto o autoconhecimento do indivíduo quanto a sua inserção no coletivo. Ele promove a redescoberta do nosso corpo e como ele pode se movimentar e se expressar”, explica a professora de teatro do Colégio Santo Anjo, Eliza Jung, que também é atriz e diretora. Para ela, a prática é uma ótima opção de formação complementar para crianças a partir dos 4 anos. “Mas nunca é tarde para começar e não tem idade para parar. Já tive aluna com 80 anos.”
Eliza explica que as aulas trazem jogos teatrais, criações de cenas e improvisações. E, nessas atividades, desenvolvem conceitos como concentração, criatividade e imaginação, agilidade de pensamento, percepção dos sentidos e expressão corporal.
A aluna Isabella Pacanhan tem 10 anos e começou a participar das aulas complementares de teatro no Colégio Santo Anjo ano passado. A mãe, Margarete Pacanhan, conta que escolheu a atividade porque achava a filha um pouco tímida. “Ela já brincava de encenar em casa e demonstrou interesse. Com as aulas, eu sinto que ela já se soltou um pouco e aprendeu a liderar”, conta.
Mãe das
gêmeas Julia e Olivia, de 7 anos, a designer de interiores Emily Bosch também
escolheu o teatro para as filhas pensando em ajudá-las a ter mais desenvoltura
com os amigos e, no futuro, no ambiente de trabalho. “A Julia, em especial, era
mais tímida. Então, pensei que era uma atividade boa para o desenvolvimento
delas, para aprenderem a falar em público, por exemplo”, diz. “Eu já noto
diferença no comportamento delas. Hoje, além da funcionalidade, é algo que elas
adoram. Elas se divertem muito. Curtem os colegas e as apresentações.”
Sociabilidade
A prática do teatro, explica a professora, traz ensinamentos sobre sociabilidade e formas de expressão, melhorando a comunicação verbal e corporal. Além de promover o trabalho em equipe. “O teatro é uma arte que não se faz sozinho. Esse trabalho em equipe está presente sempre nas nossas dinâmicas. É um aprendizado sobre expor suas ideias e ouvir a dos colegas”.
Segundo a professora Eliza, as aulas são abertas para todas as crianças e pode, inclusive, promover a inclusão daquelas com diagnósticos de síndromes ou transtornos neurológicos. “Nas aulas, respeitamos o tempo e o limite de cada ano, sempre incentivando-os a superar as dificuldades ou limitações.”
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