Autonomia, responsabilidade, comprometimento ou flexibilidade. Por que a discussão entre duas grandes fortunas mundiais, sobre trabalhar remoto ou não interessa para a gente?
Após exigir que os
colaboradores voltassem ao trabalho presencial, Elon Musk anunciou que
desligaria 10% dos seus colaboradores. O motivo seria evitar uma grande crise
econômica, gerando uma redução de custos para sua empresa. Na contramão do
bilionário está o CEO Scott Farquhar da empresa Atlassian, que dá autonomia
para seus colaboradores escolherem todos os dias onde e como querem trabalhar.
O Terceiro homem mais rico da Austrália criticou a opinião do CEO da Tesla.
Quem está certo? Quem
realmente consegue uma maior contribuição, rendimento e dedicação por parte dos
liderados? A postura dos CEOs gerou discussão no mundo todo.
Para a psicóloga, e CEO da Eleve consulting, Shana Wajntraub, o ideal é ouvir os colaboradores, e negociar, “Nada que é imposto pode dar resultados 100% positivo, é preciso ver o que é ideal e o que é adequado para cada área, porque existem áreas que é necessário estar no presencial o tempo todo, e outras que não necessariamente” explica Shana.
No caso da Atlassian, o CEO garante que os resultados dessa postura são bem
claros e que tem gerado um crescimento contínuo.
Em todo o mundo, 57% dos
trabalhadores remotos estão considerando migrar para o híbrido; e o mesmo
ocorre com os trabalhadores híbridos, com 51% tendo vontade de mudar para o
regime totalmente remoto.
No Brasil cerca de 58%
dos brasileiros preferem o trabalho remoto, segundo pesquisa da Global da
Microsoft.
A situação da empresa Atlassian, segundo o CEO Scott Farquhar, deve se manter nesse sistema no futuro, mas ele mesmo concorda que isso não quer dizer que seja perfeito.
No mercado corporativo, algumas grandes empresas adotaram políticas voluntárias de trabalho remoto permanentemente, e estão pedindo aos funcionários que retornem aos escritórios gradualmente. Além disso, as empresas têm observado que em alguns casos os próprios colaboradores têm mostrado interesse em voltar para o trabalho presencial, devido a queda na produtividade. “Segundo os próprios colaboradores, trabalhar em remoto pode dificultar o foco e facilitar a dispersão. Em contrapartida, existem pessoas que afirmam que trabalham melhor remotamente e rendem muito mais, porque gostam do silêncio e o fato de não ter distrações ao redor como colegas pedindo informações ou fazendo questionamentos. E ainda com algumas vantagens como conforto, flexibilidade e privacidade. ” explica Shana Wajntraub.
De qualquer forma,
segundo a psicóloga, e CEO da Eleve Consulting, Shana Wajntraub, impor nunca é
uma boa decisão. “Tanto um quanto o outro tem benefícios para as empresas e
para os colaboradores, não ter regras, mas diálogo dentro daquilo que cada um
se identifica e da natureza da empresa/atividade.
As palavras de ordem
são: flexibilidade e negociação entre colaboradores e empresas.
Shana Wajntraub -
psicóloga com MBA em Gestão de Pessoas pela Universidade Federal Fluminense,
pós- graduada em neurociências pelo Mackenzie. Mestranda em comunicação e
análise de comportamento pela Manchester Metropolitan University- UK (Paul
Ekman). Tedx speaker, speaker coach e curadora dos palestrantes do TEDx Campo
Grande, professora da HSM, palestrante da HSM expo em 2021.
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