Em meio ao aumento
de casos de assédio moral nos últimos anos, companhias passam a avaliar as
lideranças por meio de soft skills para novas contratações
Os novos modelos de trabalho adotados nos últimos
anos representaram um grande desafio a líderes e liderados. O aumento da
pressão por resultados e produtividade, assim como a insegurança trazida pela
recente crise sanitária, acabaram acirrando as relações e resultaram
em um aumento de atitudes consideradas hostis e impróprias no mundo
corporativo. De acordo com um levantamento realizado pelo Tribunal
Superior do Trabalho (TST), as denúncias de assédio moral
aos trabalhadores triplicaram nos últimos dois anos no país. Na
região da Grande São Paulo, os registros atingiram o alarmante
percentual de aumento de 51,4%, somente em 2021.
Entretanto, este é um cenário que tende a mudar e evoluir.
Segundo uma pesquisa mundial realizada pela
empresa de serviços de consultoria, tecnologia e terceirização Capgemini,
a habilidade de reconhecer e entender as próprias emoções e das outras pessoas,
chamada de inteligência emocional, já é um dos
atributos mais valorizados em profissionais e seguirá em alta nos
próximos anos – fator determinante para a quebra dos velhos paradigmas de
liderança. Segundo 74% dos executivos seniores
entrevistados e 58% dos colaboradores não executivos
que participaram da pesquisa, em breve, será impossível contar com funcionários sem esta
competência. A estimativa é de que, nos próximos anos, a
procura por essa soft skill – fundamental para engajar e influenciar as
equipes, em termos de liderança, tornando os ambientes mais harmônicos e
equilibrados - seja pelo menos seis vezes maior do que é atualmente.
“As empresas, finalmente, estão fechando o cerco
contra os chefes raivosos, grossos ou estúpidos; isso não é mais tolerado, é
assédio moral. Para que isso aconteça, efetivamente, não apenas no ambiente de
trabalho, mas em todos os aspectos de vida dessas lideranças, precisamos de uma
mudança de cultura, alcançada com o desenvolvimento de soft skills, como a
inteligência emocional”, destaca Heloísa Capelas, escritora,
palestrante e especialista em desenvolvimento do potencial humano.
Atuando como agente promotor dessas grandes
mudanças e com o objetivo de propor um desafio de reciclagem desses
comportamentos, ainda presentes em profissionais que ocupam os altos cargos,
recentemente Heloísa Capelas lançou o livro Inovação Emocional
– leitura obrigatória aos líderes do futuro. A obra faz uma profunda viagem de
autoconhecimento que permite identificar, com honestidade, a origem dos padrões
que sabotam a plenitude, o sucesso e o bem-estar, a partir da ruptura com
crenças adquiridas ao longo da vida profissional, implementadas no
subconsciente e que levam a atitudes de repetição nada saudáveis, inspiradas no
que foi absorvido pelas situações vivenciadas.
Heloísa Capelas - especialista
em desenvolvimento humano por meio do autoconhecimento e do aumento da
competência emocional há cerca de 40 anos. Mentora de líderes, aplica cursos
com a Metodologia Hoffman, considerada por Harvard um dos trabalhos mais
eficazes na mudança de paradigmas para líderes. É autora dos best-sellers
“Inovação Emocional” (2021), O “Mapa da Felicidade” e “Perdão, a revolução que
falta”. É expert em processos transformativos e psicodinâmica aplicada aos
negócios, coach e master practitioner em Programação Neurolinguística (PNL).
CEO do Centro Hoffman, no Brasil, está também à frente da Câmara Feminina do
Instituto Êxito de Empreendedorismo.
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