O mercado de wearables (ou dispositivos vestíveis)
como smartwatches e outros sensores é um dos setores que mais cresce na
indústria de tecnologia. Pesquisas recentes mostram que o mercado global de
wearables voltados à saúde deve atingir US$ 30,1 bilhões até 2026, de US$ 16,2
bilhões em 2021. De acordo com a Deloitte, 320 milhões de wearables de saúde
serão vendidos globalmente em 2022.
Com o avanço das inovações tecnológicas, a
possibilidade de resolver alguns dos maiores desafios de saúde e bem-estar que
enfrentamos em nossa sociedade se torna cada vez mais empolgante. Sejam
monitores de frequência cardíaca que poderiam ser usados para detectar
tendências preocupantes ou pulseiras que ajudam na
previsão e concepção da ovulação, os benefícios potenciais das tecnologias
wearable se tornam cada vez maiores.
Do ponto de vista dos fornecedores, as
oportunidades para conquistar uma fatia deste enorme mercado são imensas, tanto
para os players já estabelecidos quanto para a infinidade de novas startups que
estão surgindo em todas as áreas da saúde digital.
A Cisco AppDynamics realizou uma pesquisa
sobre as atitudes e comportamentos do consumidor em relação às tecnologias
wearable e os resultados mostraram alta demanda e expectativa dos
consumidores nesta área – 88% acreditam que a tecnologia wearable agora tem o
potencial de transformar positivamente tanto a saúde pessoal quanto os serviços
de saúde pública como um todo.
A pesquisa descobriu que as pessoas estão abertas
ao uso de dispositivos e aplicativos de saúde digital relacionados à sua saúde
e bem-estar para rastrear e gerenciar desde sua aptidão física geral,
gerenciamento da saúde sexual e fertilidade até a identificar e reduzir a
propagação de doenças infecciosas. De fato, o estudo aponta que descobrimos que
89% dos consumidores brasileiros desejam usar tecnologias de saúde, incluindo
wearables, para gerenciar condições crônicas ou contínuas de saúde e 92%
gostariam de ser capazes de identificar os primeiros sinais de alerta de
doenças.
Ainda, 90% dos entrevistados no Brasil estão
entusiasmados com o potencial dessa tecnologia para ajudá-los a rastrear e
melhorar a saúde e o bem-estar de seus entes queridos.
Os aplicativos – e não os dispositivos - são
a chave para impulsionar a tecnologia wearable
Ao pensar em tecnologia wearable, é natural
imaginar um relógio ou pulseira. Também pode-se pensar em um monitor de ECG ou
uma peça de roupa conectada. A realidade é que a grande maioria funciona apenas
como dispositivos de coleta de dados que alimentam aplicativos de saúde digital
utilizados pelos consumidores para monitorar e gerenciar um número crescente de
diferentes aspectos de sua saúde, condicionamento físico e bem-estar.
Os consumidores já têm acesso a mais de 350.000
aplicativos de saúde digital e espera-se que este número aumente ainda mais.
Com tanto entusiasmo, é vital que as marcas não negligenciem o papel crítico
que estes aplicativos precisam desempenhar.
O sucesso da tecnologia médica wearable vai
depender do desempenho dos aplicativos
Os fornecedores de aplicativos de tecnologia
wearable precisam reconhecer que as expectativas do consumidor em relação às
experiências digitais dispararam nos últimos dois anos. Com as pessoas
dependendo quase exclusivamente de serviços e aplicativos digitais em tantas
áreas de suas vidas durante a pandemia, elas se tornaram muito mais exigentes e
menos tolerantes quando os aplicativos não funcionam como deveriam.
De fato, um
relatório recente da Cisco AppDynamics descobriu que 58% dos consumidores
ao redor do mundo afirmam que as marcas têm apenas “uma chance de impressionar”
e, se não oferecerem uma boa experiência digital, mudarão para um concorrente -
possivelmente para sempre. Essa é a realidade que todas as marcas agora têm que
enfrentar.
E quando se trata de saúde digital, onde a confiança
é de suma importância, as apostas em torno da experiência digital são ainda
maiores. Ao usar um dispositivo como um smartwatch ou pulseira para monitorar
os dados de saúde, os consumidores estão compartilhando dados extremamente
pessoais e confidenciais e eles precisam saber que esses dados estão sendo
tratados adequadamente.
De fato, 92% dos brasileiros relataram que a
confiança é um fator crítico ao escolherem um dispositivo wearable ou
aplicativo médico. Contudo, não é apenas em relação à privacidade e segurança
de dados que as pessoas têm tolerância zero para experiências ruins. Desde
aplicativos lentos ou que travam até dificuldades com download e instalação, os
consumidores não perdoam quando encontram experiências ruins de fornecedores de
tecnologia médica desse tipo. É por isso que 83% dos entrevistados brasileiros
afirmam que deixariam de usar um dispositivo ou aplicativo wearable específico
se tivessem uma experiência digital ruim.
A mensagem é clara. As marcas precisam garantir que
estão sempre oferecendo experiências digitais excelentes, caso contrário,
correm o risco de ver uma grande parte de seus clientes indo embora. E em um
momento em que a adoção dessa tecnologia (com todos os seus benefícios
potenciais para a saúde global) está prestes a explodir, isso não pode sequer
ser uma possibilidade.
Com isso em mente, os profissionais de tecnologia
precisam garantir que tenham as ferramentas e os insights certos para monitorar
e gerenciar o desempenho e a disponibilidade da infraestrutura de TI e aplicações
o tempo todo. Isso significa gerar visibilidade em tempo real do desempenho em
toda a domínio de TI para que possam identificar problemas em potencial e
resolvê-los antes que eles afetem a experiência do usuário final.
Ao garantir isso, os aplicativos de saúde digital
podem atender a novos níveis de expectativas dos consumidores e cumprir
totalmente a promessa da tecnologia wearable.
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