A Renda Fixa voltou a brilhar os olhos dos investidores em 2021, após passar por uma montanha-russa de retornos e retomar o status de investimento com boa rentabilidade e segurança.
E
para 2022 as perspectivas não são diferentes!
Para
entender quais fatores colaboraram para esse cenário, continue lendo o artigo!
Cenário
econômico
Com
a chegada das eleições, a volatilidade deve crescer e, consequentemente, a
busca por segurança também. Além disso, o movimento de subida da taxa básica de
juros pode provocar uma busca por papéis de menor risco que tenham rendimentos
próximos da Selic.
Esse
movimento deve começar já na primeira reunião do Copom (Comitê de Política
Monetária) do Banco Central, em fevereiro, visto o discurso da autoridade monetária
na ata da última reunião de 2021 - onde a expectativa da taxa básica de juros
é de 10,75% ao ano.
E
os ajustes não param por aí. Segundo as projeções do Relatório Focus,
os juros devem subir ainda mais, encerrando 2022 em 11,50% ao ano. Além do
mais, as preocupações com a pandemia continuam no radar.
Já
nos Estados Unidos, a inflação de novembro foi de 6,8% e a criação de empregos
líquida de 210 mil postos, o que aponta uma economia ainda com desequilíbrios
de oferta.
No
Brasil, o risco fiscal, a alta de juros e a desaceleração da China apontam um
cenário desafiador em 2022. Com a Selic elevada, forte volatilidade e eleições,
muita cautela deve ser tomada.
A
inflação em alta impactou fortemente o ano de 2021 e como forma de frear o
avanço, o Governo Federal aumentou os juros internos no ano, saindo de 2% para
9,25%.
Com
isso, aumenta o interesse pelos títulos de Renda Fixa, uma vez que seus
rendimentos são atrelados à taxa Selic, ou seja, se ela sobe o retorno das
aplicações faz o mesmo.
Sendo
assim, espera-se que a Renda Fixa brasileira continue atraindo investidores
durante todo o ano de 2022.
Onde
investir em 2022
Para
os investidores mais conservadores, a tendência é de boas rentabilidades
ligadas à Selic e ao CDI, além de segurança para a carteira e reserva de
emergência.
Já
os ativos de Renda Fixa menos conservadores - crédito privado, títulos
prefixados e indexados à inflação - poderão ser alternativas atraentes, uma vez
que o investidor não precisa correr tanto risco.
O
momento também é interessante para quem busca rentabilidade superior à dos
títulos públicos. Com prêmios acima do CDI ou da remuneração das NTN-B, os
títulos emitidos por bancos são uma boa alternativa.
Tipos
de Renda Fixa
Existem
vários tipos de aplicações na Renda Fixa e funcionam, basicamente, da seguinte
forma: você empresta dinheiro a um determinado emissor e em troca recebe uma
taxa de rentabilidade, na qual pode ser fixa ou acompanhar algum índice como a
taxa Selic, IPCA, CDI entre outros.
Título
prefixado. A taxa de rendimento e o prazo de
vencimento são definidos no momento da aplicação, ou seja, na data de resgate
você sabe exatamente quando terá de volta naquele investimento.
Título
pós fixado. É vinculado a um indexador, podendo
ser taxas e índices. Qualquer variação que tiver neste indexador irá variar no
rendimento deste investimento. Esse é um título que se beneficia com o aumento
da taxa de juros, então quanto mais a Selic subir, mais o título renderá.
Pré
fixado ou juro real. Se trata da taxa paga pelo título.
Se a inflação subir muito e o mercado sentir a necessidade de reprecificar os
juros pra cima, o juro real sobe e acaba gerando uma marcação negativa.
Investimentos
mais comuns
Fundos
de Renda fixa
Esses
fundos podem aplicar exclusivamente em títulos prefixados ou pós-fixados,
podendo ser do tipo referenciado -que focam em títulos mais seguros e de alta
liquidez ou fundos de crédito, que abrem mão de parte da segurança e liquidez
para aplicar em títulos mais arriscados com maior rentabilidade.
Títulos Públicos
São
emitidos pelo governo para captar recursos e financiar investimentos e
operações variadas. O Tesouro Direto permite que qualquer pessoa física aplique
em títulos públicos,
oferecendo diversas opções prefixadas, pós-fixadas indexadas à Selic e
pós-fixadas IPCA.
CDB
O
Certificado de Depósito Interbancário (CDB) é um dos tipos de renda fixa mais
comuns do mercado. São emitidos por bancos para levantar capital e financiar
operações. Os CDBs podem variar amplamente em rendimento, prazo e liquidez.
LCI e LCA
A
Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)
funcionam como os CDBs, mas são emitidos pelos bancos com o fim específico de
captar recursos para investir no setor imobiliário ou no agronegócio.
CRI e CRA
Os
Certificados de Recebíveis Imobiliários/do Agronegócio, assim como LCIs e LCAs,
são títulos isentos de Imposto de Renda e seus recursos são destinados a estes
dois setores. Entretando, ao contrário das Letras de Crédito, os CRIs e CRAs
não possuem garantia do FGC e são quase sempre pós-fixados.
Debêntures
Assim como títulos
públicos e CDBs, as debêntures são títulos de dívida de empresas. Podem ser
prefixadas, pós-fixadas ou híbridas, não são cobertas pelo FGC e costumam ter
prazo de vencimento bem longo, variando de cinco a dez anos ou mais.
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