Dermatologista do CEJAM alerta para os
principais sintomas da doença
Sensibilizar a população sobre a importância do
diagnóstico precoce da hanseníase é o foco da campanha Janeiro Roxo, que promove,
durante todo o mês, uma série de ações voltadas à doença, lembrada anualmente,
no último domingo de janeiro, pelo Dia Mundial Contra a Hanseníase. O CEJAM -
Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” participa da campanha para
auxiliar na conscientização dos usuários das unidades de saúde gerenciadas pela
Instituição.
A dermatologista Patrícia Vieira Maluly, que atende
na AMA 24h Capão Redondo e nos hospitais
Dia M' Boi Mirim I e II, ambos sob gestão do CEJAM, tira as principais dúvidas
sobre a doença e como ela age no organismo.
A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, é uma
doença infecciosa e contagiosa, causada por uma bactéria chamada Mycobacterium
leprae ou bacilo de Hansen. Ela tem transmissão interpessoal, ou seja, de
pessoa para pessoa, principalmente por meio do convívio com doentes de formas
multibacilares (MB), sem tratamento e de evolução crônica.
A doença pode levar à formação de uma
grande variedade de lesões cutâneas, entre elas manchas, pápulas, placas,
nódulos e até infiltração difusa -- quando a doença disseminada é de maior
gravidade, muito característica na hanseníase virchowiana --, dependendo da
resposta imunológica do indivíduo.
“Essa infecção ainda se configura como
um grave problema de saúde pública em muitos países, inclusive no Brasil. Mesmo
com todos os avanços obtidos pela ciência e tecnologia, não houve interrupção
da transmissão em escala mundial”, destaca.
Sintomas
A infecção por hanseníase acomete
pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. Entretanto, a especialista
explica que é necessário um longo período de exposição à bactéria. De acordo
com a Dra. Patrícia, os primeiros sintomas são lesões na epiderme e derme.
“A maioria dos casos de hanseníase é
definida pela análise clínica dermatoneurológica. Para esclarecimento
diagnóstico, podemos associar exames complementares como anatomopatológico e
baciloscopia, entre outros.”
Confira a lista de sinais e sintomas a
serem considerados:
Manchas (brancas, avermelhadas, acastanhadas
ou amarronzadas);
Áreas com alteração da sensibilidade
térmica (ao calor e frio) e dores;
Comprometimento de nervos;
Diminuição dos pelos e do suor;
Sensação de formigamento e/ou fisgadas,
principalmente nas mãos e pés;
Diminuição ou ausência da sensibilidade
e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés;
Nódulos no corpo, em alguns casos
avermelhados e dolorosos.
Tratamento
Graças aos avanços da ciência, a hanseníase tem cura
e o tratamento completo da doença é oferecido pelo Sistema Único de Saúde
(SUS).
“São utilizados esquemas terapêuticos
padronizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de acordo com a
classificação operacional. Os medicamentos de primeira linha no tratamento
padrão da hanseníase são rifampicina, dapsona e clofazimina”, explica a Dra.
Patrícia.
Além do tratamento, o Ministério da
Saúde também disponibiliza a Caderneta de Saúde da Pessoa Acometida pela
Hanseníase, um instrumento para que o paciente acompanhe, registre seu
tratamento e tenha em mãos orientações sobre a doença.
Segundo a especialista, a caderneta é
uma importante ferramenta para a gestão, dando suporte às equipes
de saúde e ao paciente. Ela deve ser entregue no momento do diagnóstico.
CEJAM - Centro de
Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade
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