Daniel Toledo,
especialista em Direito Internacional, conta como esse problema é constante nas
fronteiras do México e aconselha que brasileiros desistam dessa tática
A ida de brasileiros aos Estados Unidos através de
métodos ilegais tem se tornando intensa nos últimos anos. Além de representar
um forte perigo, dessa vez esse método causou mais uma vítima desse tipo de
travessia.
A brasileira Jessiane Gonçalves, de 24 anos,
arriscava há meses atravessar a fronteira do México com a ajuda de coiotes, mas
foi deportada todas as vezes. Entretanto, na última semana, a imigrante foi
sequestrada, amordaçada, amarrada e posteriormente violentada pelos próprios
coiotes. Ela foi encontrada por um fazendeiro da região, que a levou para um
hospital em Ciudad Juarez.
Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador
da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia
internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, frequentemente
alerta em seus vídeos no YouTube o quanto esse tipo de travessia é extremamente
perigosa, e pontua que a intenção da brasileira era realmente viver no país de
maneira ilegal. “Jessiane queria entrar nos Estados Unidos para ficar. Se ela
teve o visto de turismo ou de estudante negados, é porque o agente identificou
durante a entrevista a real intenção. Com 24 anos, sem faculdade ou trabalho,
dificilmente teria o visto concedido, porque é justamente nessa idade que
muitos jovens querem tentar algo diferente ou buscar oportunidades em outro
país. E os agentes sabem disso”, destaca.
O advogado relata alguns fatos que aconteceram após
o sequestro da brasileira, mostrando que os coiotes querem apenas dinheiro.
“Ela foi chantageada, pediram 14 mil dólares para família e, ao perceberem que
não conseguiriam mais qualquer outra quantia, a espancaram, e acreditando que
ela tinha morrido simplesmente a largaram na região do deserto”, lamenta
Toledo.
Daniel pontua ainda que Jessiane poderia ter
sofrido consequências ainda piores, tendo em vista o ambiente que a jovem
estava. “É óbvio que ela não imaginava que poderia ser espancada, estuprada,
sequestrada, que poderia morrer. Cobras, aranhas e escorpiões são extremamente
comuns naquela região, ela provavelmente não colocou nada disso em
consideração. Os coiotes na maioria dos casos são traficantes, seja de drogas,
pessoas e até mesmo órgãos, então ela teve uma sorte imensa de não ser morta e
ter seus órgãos extraídos”, revela.
Para o advogado, o futuro do Brasil pode ser
nebuloso, mas ainda assim é importante que jovens brasileiros não busquem sair
do país através da ilegalidade, e sim tentem mudar o atual cenário através do
voto, pressionando governos para políticas públicas que realmente beneficiem o
povo. “Colocar a vida em risco é inadmissível. As pessoas têm outros caminhos.
Talvez votar de forma consciente seja o ideal, lutar para que o país realmente
comece a se conscientizar politicamente”, finaliza Toledo.
Daniel
Toledo - advogado da Toledo e
Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de
negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais
informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br.
Toledo também possui um canal no YouTube com quase 150 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados
com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente.
Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São
Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB Santos.
Toledo e Advogados Associados
http://www.toledoeassociados.com.br
Lee Toledo Law
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