A nutricionista Angela Federau ressalta que uma alimentação saudável e equilibrada faz bem para corpo e para mente
De
acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), transtornos mentais
como a depressão e ansiedade atingem, respectivamente, 5,8% e 9,3%. Estima-se
que, no mundo, mais de 300 milhões de pessoas de todos os gêneros e idades
sofram de depressão. Atualmente, a depressão é a principal causa de
incapacitação em todo o mundo e, no pior dos casos, pode levar ao
suicídio.
A
depressão é resultado de uma complexa interação entre fatores sociais,
psicológicos e biológicos. Por exemplo, pessoas que passaram por adversidades
como luto, desemprego, trauma psicológico, durante a vida podem ser mais
propensas a desenvolver um quadro depressivo. Além disso, especialistas alertam
que há relação entre a depressão e a saúde física. Por isso, cuidar da
alimentação, fazer exercícios físicos regularmente, desenvolver a
espiritualidade e relaxar são práticas fundamentais para manter a saúde física
e mental em dia.
Mente sã, corpo são e vice-versa
Segundo
a nutricionista, a dieta ocidental caracterizada por elevado consumo de
alimentos industrializados, doces e refrigerantes está relacionada com o
desenvolvimento de depressão e ansiedade. “A alimentação é o combustível da
vida. Se você abastece seu corpo com um bom combustível, a chance de você ter
um bom resultado de performance é maior e o contrário também é verdadeiro”,
afirma a nutricionista Angela Federau.
Diversos
nutrientes estão diretamente envolvidos na forma como esses transtornos se
comportam no organismo. Por exemplo a carência de vitamina D, zinco,
triptofano, magnésio, ácidos graxos ômega-3 e as vitaminas do complexo B,
estão intimamente ligados à prevalência da depressão e da ansiedade. Dessa
forma, estar atento à qualidade nutricional dos alimentos é muito importante na
prevenção e controle da depressão e ansiedade.
Alimentos que melhoram o quadro de
depressão e ansiedade
Alimentos ricos em
Vitamina D
Peixes
de águas frias (como salmão, atum, sardinha e cavala), gema de ovo, óleo de
fígado de peixes são alguns alimentos que melhoram a sínteses da vitamina,
portanto, é importante que a vitamina D seja ativada, para isto, fique ao sol
15 minutos por dia, expondo pelo menos 25% do corpo aos raios solares (pele),
sem protetor solar, em horários do sol seguro (evitando a exposição das 10h às
15h).
Alimentos ricos em
Zinco
Carne
vermelha, frutos do mar, leite e derivados, amendoim, amêndoas, etc.
Alimentos ricos em
Tripofano
Queijos,
ovos, arroz integral, feijão, carne vermelha (carne de panela), peixe, aves,
cacau e banana.
Alimentos ricos em
Magnésio
Castanhas,
nozes, amendoim, aveia, cacau, vegetais de folhas escuras e abacate.
Alimentos ricos em
ácidos graxos
Ômega-3:
peixes de água fria (como salmão, arenque, cavala, sardinha e atum), além de
grãos como chia e linhaça.
Alimentos ricos em
vitaminas do complexo B
Vitamina
B6: carne vermelha, fígado, leite e iogurte, ovo e germe de trigo.
Vitamina
B9: vegetais verdes escuros, leguminosas (como feijões, lentilhas e
ervilhas),
frutas, nozes.
Vitamina
B12: peixes, carnes, vísceras, ovo, leite e derivados.
Alimentos que devem
ser evitados
Alimentos
industrializados;
Carboidratos
refinados (como farinha de trigo, açúcar branco e arroz branco);
Bebidas alcóolicas;
Café e alimentos que
contêm cafeína (como chás verde, mate e preto,
energéticos, refrigerantes à base de cola, etc.);
Gorduras saturadas
(alimentos de origem animal como bacon, banha de
porco, alimentos industrializados como salgadinhos de pacote e bolacha
recheada);
Embutidos (como
salsicha, salames, linguiça, presunto, entre outros).
O
principal malefício da dieta ocidental, segundo Angela Federau é que ela
intensifica o estado inflamatório do organismo. “O processo de selecionar
ingredientes saudáveis, buscar receitas e preparar os próprios alimentos é um
ato de autocuidado muito importante e que deve ser estimulado em pacientes que
apresentam quadros de depressão e ansiedade. Assim, buscar uma
alimentação mais natural possível, com comida de verdade e na quantidade certa
pode ajudar na construção de hábitos que levam a uma vida plena e feliz”
finaliza a nutricionista.
Angela
Federau - nutricionista clínica (CRN-8: 5047), pós-graduada em fitoterapia
aplicada à nutrição, especializada em nutrição funcional, pediátrica e escolar.
Atua como professora de nutripediatria na pós-graduação de medicina da
Faculdade Inspirar, participa como convidada de pesquisas científicas e
genéticas da UFPR como o mapeamento e estudo genético da comunidade Menonita e
é revisora de artigos científicos e textos para sites médicos. É palestrante,
escritora de livros, artigos e colunas em jornais e revistas. Nutricionista
responsável pela APSAM - Associação Paranaense Superando a
Mielomeningocele. Além disso, a nutricionista é empresária do segmento
alimentício e atua como parceira da Polícia Militar do Paraná e de clínicas de
fertilidade.
www.instagram.com/angelafederau.nutri
https://www.facebook.com/AngelaFederau.Nutricionista/
Contatos para atendimento: https://bit.ly/33boYmF
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