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quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Microfisioterapia para crianças


 Segundo a fisioterapeuta Frésia Sá, especializada em Saúde Integrativa, existem muitas dúvidas sobre a utilização da Microfisioterapia em crianças. Ela confirma que é possível usar a técnica para melhorar a qualidade de vida dos pequenos.


Conforme explica a fisioterapeuta Frésia Sá, que atua com Saúde Integrativa na Biointegral Saúde, em São Paulo, a Microfisioterapia é uma técnica para encontrar, e tratar, memórias traumáticas que ficaram gravadas em determinadas partes do corpo. “Imagine que todos os traumas vividos, desde o momento da concepção, e que não foram digeridos, digamos, estão ali, em algum lugar, enviando mensagens para nossa mente e emoção. Ou seja, de alguma forma, somos dirigidos pelos nossos traumas”, explica ela.

Frésia lembra que uma criança terá muito menos propensão a ter memórias traumáticas do que um adulto, simplesmente por uma questão de tempo. Entretanto, se os traumas podem surgir desde a concepção, é correto dizer que crianças também podem ter memórias já gravadas no corpo, e por isso é, sim, possível e indicado usar a Microfisioterapia, até porque o tratamento não tem contraindicações.

“Até os sete anos de idade, as emoções da criança estão muito conectadas com as da mãe. Por isso, a melhor indicação é que os dois façam o tratamento em conjunto – muitas vezes, quando conseguimos dissolver memórias de traumas que estão na mãe, o comportamento da criança, como medos, ansiedade e outros, diminuem consideravelmente, muitas vezes somem de imediato”, lembra a fisioterapeuta.

Segundo ela, existem algumas situações que mostram a necessidade de pesquisar a saúde emocional das crianças: “agressividade exagerada pode ser uma delas. Dificuldade para dormir, para aprender, no caso de crianças já em idade escolar, falta de foco e demonstrações de tristeza e apatia podem também ser indício de traumas. A Microfisioterapia pode melhorar a concentração, o foco, e pode ser usado para tratamento de alergias respiratórias e de pele, por exemplo”, confirma. E sem restrição de idade.

As crianças têm menos consciência ainda de situações que podem ter sido traumáticas, nem por isso tem menor propensão a reter memórias que podem atrapalhar seus processos de aprendizagem, as relações pessoais e a interação com o meio. “Descobrir se há essas causas primárias e tratá-las é uma boa forma de oferecer mais saúde emocional aos pequenos”, lembra Frésia.

Ela lembra, entretanto, que é importante ressaltar que existem quadros que precisam de tratamento médico e inclusive de medicamentos: “não estamos dizendo que é preciso substituir um pelo outro. Entretanto, se descobrimos causas emocionais para comportamentos e atitudes que podem ser prejudiciais desde cedo, é possível usar a Microfisioterapia como um coadjuvante, para atenuar efeitos e agilizar os processos”.





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