O Dia Internacional do Idoso é
comemorado anualmente em 1 de outubro. A data,
instituída em 1991 pela ONU - Organização das Nações Unidas - quer sensibilizar
a sociedade para as questões do envelhecimento e da necessidade de maiores
cuidados com a população mais idosa.
Mas será que estamos preparados para Revolução da Longevidade?
É a provocação feita pelo pesquisador Alexandre Correa Lima. Ele chama a atenção para o que denomina como Revolução Prateada.
“Trata-se de um fenômeno global e que vai impactar profundamente o modo como vivemos e pensamos o futuro. Empresas, governo e sociedade devem se atentar para os desafios deste novo momento”, explica.
No Brasil, segundo o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população com 65 anos de idade ou mais cresceu 26% entre 2012 e 2018. Os dados foram divulgados no último mês de maio, e ainda apontam que em comparação com o ano de 2012, o grupo das pessoas de 60 anos ou mais de idade representava 12,8% da população residente total, passando para 15,4% em 2018.
Alexandre comenta que o mercado de trabalho, entre outros setores, precisa estar preparado para receber uma mão de obra cada vez mais madura. Ele reflete a importância de considerar o inevitável relacionamento entre diferentes gerações dentro das empresas.
No marketing também há um caminho a se seguir. Nada de apelos e placas que tentem reproduzir os maduros com bengalas, ou outros aparatos de apoio à mobilidade. Esse novo perfil de maduro busca qualidade de vida.
“Eles buscam mais qualidade de vida, seja na alimentação ou em seus relacionamentos. Casam-se mais tarde, empreendem, fazem faculdade, viajam, se reinventam. Em um panorama geral, é necessário considerar-se que 25% dos brasileiros possuem 50 anos ou mais, sendo a expectativa média de vida no Brasil de 76 anos. Até 2042, se considerarmos que o número de idosos no Brasil deve dobrar, veremos que sim, temos muitos desafios pela frente, Em pouco tempo seremos uma população quase tão envelhecida quanto o Japão”, disse.
Quanto aos impactos sociais e econômicos, Alexandre explica que a diferença entre Brasil e Japão é o desenvolvimento do país antes do envelhecimento, e cujas políticas públicas não garantem qualidade de vida àqueles acima de 60 anos.
“O Brasil corre o risco de ser a primeira cobaia de um fenômeno bastante arriscado: será o primeiro país que irá envelhecer antes de enriquecer. Outros países já passaram pelo processo de envelhecimento, como Japão, Alemanha ou Espanha, mas eles possuem uma outra realidade econômica e social”.
Para o caminho que já se delineia na atualidade, ele reforça o que suas pesquisas pelo mundo têm apontado: mais do que nunca é necessário buscar informação sobre o assunto e se atentar às mudanças e à relevância sobre o tema.
No site www.revolucaoprateada.com.br é possível conferir outros conteúdos sobre o assunto, fruto das pesquisas e estudos de Alexandre Correa Lima.
ALEXANDRE CORREA LIMA - Palestrante corporativo e CEO da MIND PESQUISAS. Pós-graduado em Administração de Marketing, possui um Master em Comunicação Empresarial (MBC) e cursou a Escola Avançada de Pesquisa de Mercado na University of Georgia (Atlanta/EUA). Um dos palestrantes destacados pela revista T&D, referência em RH, que apresentou os destaques do mercado de palestras. É Professor da FGV e palestrante dos temas de inovação, criatividade, futuro e tendências, atuando ainda em palestras inspiracionais e transformacionais para empresas que querem e merecem mais.
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