A Associação dos Oficiais Militares do Estado de São Paulo em Defesa da Polícia Militar (DEFENDA PM) vem a público repudiar o tratamento desrespeitoso, para dizer o mínimo, que o governador João Doria dispensou aos policiais militares da reserva durante um evento em Taubaté, nesta terça-feira (15).
Ao perceber a presença dos manifestantes,
o governador passou a disparar impropérios
e chamou os veteranos da Polícia Militar de “vagabundos”,
além de voltar sua ira contra policiais da reserva que se tornaram,
respectivamente, deputado e senador por São Paulo.
É de causar espanto que um chefe de Estado se
refira de forma tão vulgar aos policiais militares que durante décadas
arriscaram suas vidas para garantir a segurança da população do estado que ele agora
governa. O governador poderia ver como os governadores de países democráticos
tratam os seus policiais.
Causa estranhamento, também, o seu
destempero. Os manifestantes estavam no local para
reivindicar as promessas feitas durante a sua campanha. O protesto
ocorria de forma pacífica, sem agressões por parte
dos veteranos, quando o governador passou a disparar xingamentos e
impropérios.
Há muitos anos a Polícia Militar vem sofrendo com a
falta de valorização, por parte do governo estadual. Os salários são
baixíssimos e não são revisados ou reajustados há décadas. Valorizar as forças
de segurança é também demonstrar cuidado com a segurança pública da população,
e isso não tem sido feito da forma como deveria.
A DEFENDA PM, como entidade
representativa, esclarece que tem se posicionado de forma firme, mas ordeira,
desde o primeiro dia do mandato de Doria, para apresentar suas reivindicações.
Nunca faltamos ao respeito, mas, não pela primeira vez, ouvimos palavras
desrespeitosas.
Não seguiremos pelo caminho da ofensa, mas não
aceitaremos que sobreviventes de uma guerra urbana sejam tratados como
“vagabundos” depois de mais de 30 anos servindo e protegendo a
população.
ELIAS MILER DA SILVA - presidente da DEFENDA PM
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