Ao
conquistar uma posição na área desejada é natural que o profissional se sinta
ansioso para demonstrar todas as suas qualidades e seu potencial o mais rápido
possível. No entanto, a autonomia nem sempre caminha ao lado da proatividade.
“O iniciante na carreira precisa adquirir experiência e confiança do gestor
para conseguir mais espaço dentro da empresa e é preciso respeitar este tempo,
que varia de gestor para gestor”, afirma Rodrigo Vianna, CEO da Mappit,
consultoria de recrutamento especializada em vagas de início de carreira. No
entanto, de acordo com o especialista, existem meios de agilizar o ganho de
autonomia e a consequente responsabilidade que este passo traz.
Para
Vianna, a autonomia está totalmente ligada à confiança do gestor em sua equipe.
“Demonstrar dedicação e comprometimento nas atividades e envolver-se em ações
que não fazem parte especificamente da função para a qual o profissional foi
contratado, mas que sejam possíveis de contribuir, são atitudes bem-vistas e
que favorecem o aumento da confiança”, aponta.
A
execução das tarefas, entretanto, deve atender as exigências da empresa e do
gestor no que diz respeito à qualidade. “De nada adianta ser ágil e fazer
entregas que precisam ser refeitas. Quanto menos trabalho o profissional der ao
gestor, mais autonomia ele pode receber em troca e isso pode ser dificultado se
a agilidade não estiver acompanhada da qualidade”, aponta.
O
especialista explica que, ao longo do tempo, o profissional vai notando sinais
enviados pelo gestor, pela empresa, e pelos colegas de trabalho que mostram que
o momento de ter mais autonomia, e talvez uma promoção, esteja próximo. Nestes
casos, Vianna explica ser importante fazer uma autoavaliação e ter um feedback
da liderança antes de partir para um movimento proativo de pedir mais trabalho
ou responsabilidades.
“Um
erro comum é acreditar que está preparado para ter mais autonomia somente
porque um colega de trabalho, no mesmo patamar, está caminhando neste sentido e
passará a gerir novas atividades”, afirma. Ele completa comentando que pode ser
inevitável fazer uma comparação, mas o ideal é que o profissional volte para si
mesmo e avalie suas qualidades e pontos que podem ser melhorados.
Por
fim, o especialista destaca ser essencial saber que ter mais autonomia nem
sempre significa ser um profissional melhor e é fundamental aproveitar o início
da carreira e o tempo em que a autonomia ainda não faz parte da rotina, para
aprender ao máximo observando profissionais mais experientes e preparando uma
base sólida de conhecimento para alcançar o próximo desafio.
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