A
variedade de rótulos de cervejas reflete a diversidade de sabores do Brasil e
do mundo. De A a Z, conheça diferentes ingredientes utilizados na produção da bebida
que permitem que os mestres-cervejeiros exercitem toda sua criatividade. Porque
o que importa é que ela seja de qualidade. E ela pode conter trigo, milho,
gengibre, rapadura e até formiga e orégano.
Água: sem exagero, é o ingrediente mais importante na
produção da cerveja, seja por causa da quantidade, seja pela qualidade.
Responde por, aproximadamente, 90% da bebida. E graças às tecnologias de
tratamento da água utilizadas na indústria cervejeira atualmente, é possível
obter a água ideal para a produção dos diferentes estilos.
Banana: fabricada pela cervejaria inglesa Charles Wells,
a Banana Bread Beer é uma cerveja Ale com teor alcoólico de 5,2%. Com a adição
de banana durante a fermentação, a bebida ganha notas intensas da fruta nos
aromas e no paladar.
Cevada: seus grãos são a alma da cerveja e serão
transformados em malte, que contribuirá para algumas características da bebida.
Por exemplo, a cor, o corpo e os aromas. Quando uma cerveja se diz “puro
malte”, quer dizer que é feita com “puro malte de cevada”.
Damasco: As cervejas do tipo Saison são um verdadeiro
parque de diversões para os mestres-cervejeiros. Leves, frutadas e
refrescantes, essas Ale surgidas na Bélgica podem possuir frutas entre os
ingredientes. A Dádiva Saison Printemps, uma cerveja de edição limitada feita
no interior de São Paulo, por exemplo, recebe a adição de damasco na produção.
Especiarias: A “escola belga” de produção de cervejas se
caracteriza há vários séculos pela criatividade e a diversidade no uso de ingredientes.
Por sua diminuta área territorial e localização estratégica – no meio da rota
entre Holanda, França e Reino Unido - o país se beneficiou historicamente de
produtos comercializados ali, como frutas e especiarias. É por isso que em
vários tipos de cerveja belga estão presentes sementes de cominho, cravo e de
coentro, que conferem aromas e sabores à bebida.
Formiga: Acredite, até formiga
já foi parar na receita de uma cerveja brasileira. Em 2013, foi lançada em São
Paulo a Saúva, uma Saison caseira e de produção limitada, em cuja receita foram
utilizados figo, tucupi e formigas saúvas.
Gengibre: Lançada em 2015 em uma edição limitada de 2.000
litros, a Wäls Saison D´Alliance foi
produzida em Belo Horizonte, para celebrar a parceria entre a Wäls e a cervejaria Ambev. Em sua composição
foram usados gengibre, sálvia e hortelã.
Hortelã: Assim como a Wäls Saison D´Alliance, outra
cerveja brasileira feita com essa erva é a Profeta Weiss, elaborada com trigo e
hortelã.
Iogurte: Uma microcervejaria da
Nova Zelândia e duas americanas testaram o uso de iogurte, no lugar de outras
leveduras, na produção de suas “sour beers” (cervejas azedas) com o objetivo de
reduzir o tempo de fermentação que, nesses estilo, é longo.
Jasmim: A microcervejaria Elysian,
de Washington (EUA), elabora a IPA Avatar Jasmine,
uma cerveja de corpo médio e 6,3% de álcool, em que flores secas de jasmim são
adicionadas na produção.
Lúpulo: Essa flor da família das canabidáceas – a mesma
da maconha, mas que não tem efeito entorpecente – é responsável pelo aroma e
amargor da cerveja. Sua maior ou menor quantidade na produção irá definir se
uma cerveja é mais ou menos amarga.
Milho: É um cereal amplamente utilizado na produção de
cerveja há centenas de anos, no mundo todo. Ele deixa a cerveja mais leve e
refrescante, e está presente nas marcas mais vendidas no mundo, entre elas Skol
e Brahma (Brasil), e Corona (México).
Noz-moscada:
Os monges que fabricam as cervejas do tipo Trapista (nos monastérios da
Bélgica) utilizam em suas cervejas
supercultuadas ingredientes alternativos como coentro, pimenta e até mesmo
pitadas de noz-moscada.
Orégano: Produzida nos EUA, a Mamma Mia Pizza Beer se apresenta
como uma “cerveja de pizza”. A receita inclui farinha, molho de tomate, alho,
manjericão e orégano.
Priprioca: A
microcervejaria Amazon Beer, de Belém (PA), produz cervejas com ingredientes
típicos da Amazônia. Uma delas é a Red Ale feita com priprioca, uma erva
aromática muito usada na indústria de cosméticos. Na composição da cerveja é
utilizada a raiz, da qual é extraído um óleo.
Quinoa: Cereal típico do Peru e da Bolívia, e conhecido
pelos Incas, é usado pela
comunidade indígena Aymara na produção de cervejas locais.
Rapadura: A cervejaria Colorado, de Ribeirão Preto, produz
a Colorado Indica, ganhadora de vários prêmios – uma IPA inspirada na escola
inglesa, lupulada e alcoólica –, em que lança mão de rapadura entre os
ingredientes.
Sorgo: Pouco conhecido no Brasil, o sorgo é um grão
largamente utilizado na África, tanto para a alimentação humana como para ração
animal, devido à sua resistência às condições severas de clima – no caso, calor
e escassez hídrica. Para a produção de cerveja, é utilizado in natura ou
malteado.
Trigo: O trigo é a base das
cervejas do tipo Weiss, da escola alemã. São leves, refrescantes e têm aroma de
cravo e de frutas Entre as marcas mais conhecidas está a tradicional
Franziskaner (desde o século 14).
Uva: Na Serra Gaúcha, principal região produtora de vinhos no Brasil, a cervejaria Petronius Beverage lançou em 2015 a Schatz Muskat, uma cerveja elaborado com uvas moscato.
Viagra: Em 2011, a cervejaria
escocesa BrewDog apresentou a Royal Virility
Performance, uma cerveja de edição limitada, produzida com o que chamou de
“viagra herbáceo”, entre outros supostos afrodisíacos.
Xarope: Produzida no estado do
Oregon (EUA), a Rogue Voodoo Doughnut Bacon
Maple Ale mistura bacon e xarope de bordo (o tradicional maple syrup, usado nas
panquecas doces americanas).
Zimbro: Original da Finlândia,
o Sathi é um estilo de cerveja que mescla cereais malteados e não-malteados,
entre eles cevada, centeio, trigo e aveia. Para
incrementar o aroma, costuma-se acrescentar bagas de zimbro na receita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário