Chocolate, pode? Pode sim. Então aproveite a Páscoa,
mas fique atento. A nutricionista Tamara Hamnle diz que o segredo do sucesso no
emagrecimento é o equilíbrio entre o que o organismo precisa e o que se está
fornecendo a ele. No caso, existem muitos benefícios no consumo de chocolate,
mas sempre em porções moderadas, pois também é alto o valor de calorias e
gorduras. Bom senso e moderação, essas são as palavras-chave para esta época do
ano que consumimos muito mais chocolate.
“Dentro do consultório aconselho o consumo da versão
amarga e meio amargo, pois contém maiores quantidades de cacau, ou seja, possui
mais propriedade de nutrientes do que a versão ao leite”, explica Tamara. A
nutricionista desaconselha o consumo do chocolate branco, pois não possui as
mesmas propriedades benéficas e tem um teor maior de gorduras.
História
do chocolate
A origem do consumo de chocolate é bastante antiga.
Civilizações maias e astecas já usavam o cacau (chamado xocoalt) como matéria
prima de bebidas para rituais religiosos e somente a elite poderia fazer o uso.
Temperavam com especiarias,
geralmente pimenta, baunilha e anis, e acreditava-se
que combatia o cansaço (além de ser afrodisíaco). Além disso, as sementes de
cacau eram usadas como dinheiro e moeda de troca muito valiosa.
Com a conquista dos espanhóis sobre o império Asteca,
Cortés levou a bebida para a Europa, que considerou o paladar muito amargo.
Diferentemente da população indígena, que consumia a bebida fria, sem nenhum
adoçante e naturalmente sem leite,
os europeus decidiram “temperar” o cacau com canela e
açúcar de cana, além de fazer a bebida quente. Foi bastante utilizada pela
tripulação espanhola de Cortés, pois acreditavam que uma taça da preciosa
bebida permitia aos homens caminhar um dia inteiro sem necessidade de outros
alimentos.
Na primeira metade do século XIX, os portugueses já
haviam trazido o cacau para o Brasil, que se tornou o maior produtor na época,
e hoje essa atividade ainda é bastante significativa.
Hoje, nosso país, além de ser um grande produtor, é
também um voraz consumidor do chocolate, que nada tem de parecido com a bebida
que se fazia séculos atrás. Mas ele não é um vilão, só evitar o consumo
exagerado que se acaba o problema.
Tamara Hamnle- possui cursos de extensão em Nutrição Materno
Infantil e Psicologia Clínica também e MBA em Gestão de Pessoas pela Fundação
Getúlio Vargas, além de fazer parte do grupo de estudos sobre Metabolismo e
Obesidade da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Autora do
livro Por que Emagrecemos, Por que engordamos, que foi orientado pelo médico
Alfredo Halpern, entre 2013 e 2014 (in memoriam).
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