A Internet das Coisas (IoT
em inglês) é um ponto de virada histórico para as empresas e a respeito de como
as interações com os consumidores na Era Digital serão transformadas. A IoT já
provou criar mudanças sísmicas em como as empresas operam, da mesma forma que a
Internet e a computação móvel influenciaram o mundo em que vivemos hoje.
As empresas já estão aplicando as análises dos dados gerados pelos
sensores habilitados para a IoT a fim de otimizar suas próprias operações, e os
primeiros a adotarem colherão as recompensas dessa abordagem de dados, usando-a
para guiar o desenvolvimento da próxima geração de dispositivos de consumo e
até mesmo, para abrir segmentos de mercado inteiramente novos.
Bilhões de dispositivos conectados – dispositivos móveis, rastreadores
vestíveis de atividades físicas e sensores em veículos, por exemplo –
atualmente geram imensas e inimagináveis quantidades de dados, que continuarão
a crescer a taxas exponenciais nos próximos anos. Se os dados puderem ser
usados para liberar um maior impacto econômico, eles precisarão ser analisados
na busca de padrões e conclusões por meio das análises apropriadas. Felizmente,
a ciência dos dados amadureceu ao ponto onde temos hoje ferramentas de análises
avançadas necessárias para responder a diversas questões que guiam as
organizações para fazer melhor uso de seus dados. As empresas podem então
delegar algumas das suas tomadas de decisões para as máquinas.
O que é fundamental compreender sobre a IoT é a noção de que tudo
acontece em algum lugar. Você não pode desfrutar da Internet das Coisas ou da
Internet das Coisas Industriais sem o reconhecimento da localização precisa e
em tempo real. Isso não é possível sem ferramentas e softwares de GIS (Sistema
de Informação Geográfica). Essa é uma peça crítica que falta para catalisar o
crescimento das aplicações de IoT. No entanto, os consumidores não se
voluntariarão para este tipo de coleta de dados se as empresas não conseguirem
obter o retorno de valor para elas. É por isso que os dados baseados em
localização, alinhados com a análise de dados, são fundamentais quando se trata
das empresas aproveitarem melhor a onda da IoT.
Ao mesmo tempo em que a IoT ainda não está madura e muitas empresas
adotarão uma abordagem de “aguardar para ver” por alguns anos, as empresas que
não começarem a planejar – especialmente aquelas com recursos físicos -
estarão perdendo uma oportunidade e ficarão à mercê de ameaças competitivas e
´por que não, disruptivas talvez.
Ao coletar e analisar os dados de equipamentos e máquinas, as empresas
podem aumentar a produtividade, minimizar ou eliminar o tempo de inatividade e
gerenciar melhor o tempo de atividade. Mas para isso, as análises avançadas de
dados da IoT precisam possibilitar casos de uso que gerem receita adicionais e
reduzam os custos de operação. Simplificando, automatizar e delegar tomadas de
decisões são possíveis, os casos de sucesso vão começarão a aparecer em curto
prazo.
Isso tudo será possível num tempo mais curto na medida em que os líderes
das empresas começarem a aderir a IoT como parte crucial dos seus negócios.
Para entender como as ameaças e oportunidades afetam sua indústria e seus
negócios, os líderes devem pensar em longo prazo. Eles devem pensar à frente,
vislumbrando oportunidades potenciais de diferenciação e transformação, e não
parar no caso de negócio imediato visando apenas uma mera redução de custos.
Silvio Maemura -
Gerente Geral da Pitney Bowes Brasil.
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