O
voluntariado, ideal justamente para quem é ocupado, pode ser feito
presencialmente ou à distância. Pesquisa indica que a atividade voluntária alivia
a depressão e auxilia em outras questões físicas e emocionais
A
atividade do voluntariado é gratificante, prazerosa e alivia sintomas de
estresse. Por tudo isso, ela é indicada para quem trabalha demais
Há alguns anos, uma
pesquisa divulgada pela American Medical Association mostrou que pessoas que
desenvolvem trabalho voluntário podem amenizar ou prevenir a depressão leve e
moderada, estão menos sujeitas à dependência química e também a doenças
crônicas. O voluntariado é tão gratificante que a American Medical Association,
na época da pesquisa (2012), recomendou aos médicos que indicassem aos seus
pacientes o trabalho voluntário como um tratamento alternativo. Isso porque,
segundo a pesquisa, ajudar os outros, além de socializar, leva o corpo e a
mente à felicidade, promove a boa saúde física e mental e ajuda a firmar
objetivos na vida e reduzir os níveis de estresse, solidão e ansiedade. É por
tudo isso, portanto, que o voluntariado é excelente justamente para aqueles que
trabalham demais e acreditam que não têm tempo. Veja a pesquisa em: http://www.amednews.com/article/20120117/health/301179996/8/.
“Numa cidade como
São Paulo, na qual o trânsito nos impede de comparecer a muitos compromissos, é
importante encontrar um trabalho voluntário perto de casa ou do seu trabalho
tradicional ou realizar o voluntariado à distância. No Instituto Gabi, temos
tanto voluntários que vêm à nossa sede realizar atividades variadas quanto
aqueles que dão o melhor de si à distância”, comenta Francisco Sogari,
presidente do Instituto Gabi, ele mesmo voluntário que fundou a ong em 2001.
O Instituto Gabi é
uma entidade sem fins lucrativos que presta atendimento a crianças e
adolescentes com deficiência. Fundado e administrado voluntariamente pelo casal
Francisco e Iracema Sogari – ele, jornalista; ela, pedagoga – , o Gabi conta
com seus voluntários na manutenção da sede e no contato com as crianças; nas
festas; no bazar permanente de roupas e objetos novos e seminovos (que ajuda a
manter financeiramente a casa) e em diversas outras atividades cotidianas. Já
os voluntários à distância fazem serviços de Marketing, Conteúdo para as Redes
Sociais, Contabilidade, Gestão e Planejamento; Assessoria de Imprensa e até
Digitação de Notas Fiscais, um serviço muito importante para a entidade porque
gera créditos anuais que são revertidos em benfeitorias para a casa. Sem os
voluntários, o Instituto Gabi não existiria. “Existem aqueles que ficam
realmente só à distância, outros vêm aqui com frequência. Todos têm sua
importância e são fundamentais para a manutenção da entidade. Gostaríamos de
contar cada vez mais com profissionais variados, que se comprometam com o
desenvolvimento de nossas crianças e em outras atividades, como a captação de
recursos”, diz Sogari.
Sobre
o Instituto Gabi
Transformar a dor
em caridade não é fácil. Após perder, em fevereiro de 2001, sua pequena filha
Gabriele, de apenas seis anos, em um atropelamento, o jornalista Francisco
Sogari, que estava com Gabi no momento do acidente, viu-se na situação de dor
de tantos pais que perdem seus amados filhos, vítimas da violência. Porém,
juntamente com a esposa, a pedagoga Iracema Sogari, ele decidiu transformar sua
dor em um gesto de amor: o casal fundou o Instituto Gabriele Barreto Sogari,
conhecido como Instituto Gabi.
Instalado no bairro
de Vila Santa Catarina, na zona Sul de São Paulo, o Instituto Gabi em poucos
anos tornou-se referência no atendimento dos portadores de deficiência. Com o
trabalho social, o casal Sogari encontrou um novo sentido para sua vida.
"Hoje minha vida mudou completamente. A dor continua, mas vejo que a
Gabriele está presente no semblante dos deficientes que são atendidos na casa a
ela dedicada", revela Sogari.
O jornalista divide
seu tempo como professor universitário em duas universidades e na gestão deste
projeto social. "Ainda encontro tempo para me dedicar à família, sobretudo
ao João Filipe, filho de 15 anos, com quem jogo futebol e torço fanaticamente
para o Internacional" declara. A esposa Iracema, que é pedagoga
pós-graduada, com experiência de mais de 20 anos em educação especial, conhece
bem a realidade destas pessoas. "O atendimento do serviço público é
deficitário. Uma escola especial é muito cara, passa de R$ 1 mil. As
instituições que deveriam acolhê-las acabam encaminhando para nós",
declara Iracema Sogari.
O casal busca a
auto-sustentabilidade do projeto. "Conseguimos atender gratuitamente 63
crianças e adolescentes com deficiência. A Prefeitura cobre apenas parte dos
gastos. A receita restante provém de trabalho e generosidade, muito empenho na
captação de recursos e a resposta de pessoas e empresas que são sensíveis e
apostam em nosso trabalho. Queremos que o projeto seja viável, auto-sustentável
e gere mais divisas para atender as famílias que batem às portas do Instituto
em busca de uma vaga", conclui Iracema.
Para doar objetos,
brinquedos e roupas, ou oferecer trabalho voluntário, deve-se estabelecer
contato com o Instituto Gabi, pelo telefone (11) 5564-7709, pelo email institutogabi@terra.com.br ou
consultando o site www.institutogabi.org.br.
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