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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

28 de agosto, Dia Nacional do Voluntariado




O voluntariado, ideal justamente para quem é ocupado, pode ser feito presencialmente ou à distância. Pesquisa indica que a atividade voluntária alivia a depressão e auxilia em outras questões físicas e emocionais

A atividade do voluntariado é gratificante, prazerosa e alivia sintomas de estresse. Por tudo isso, ela é indicada para quem trabalha demais

Há alguns anos, uma pesquisa divulgada pela American Medical Association mostrou que pessoas que desenvolvem trabalho voluntário podem amenizar ou prevenir a depressão leve e moderada, estão menos sujeitas à dependência química e também a doenças crônicas. O voluntariado é tão gratificante que a American Medical Association, na época da pesquisa (2012), recomendou aos médicos que indicassem aos seus pacientes o trabalho voluntário como um tratamento alternativo. Isso porque, segundo a pesquisa, ajudar os outros, além de socializar, leva o corpo e a mente à felicidade, promove a boa saúde física e mental e ajuda a firmar objetivos na vida e reduzir os níveis de estresse, solidão e ansiedade. É por tudo isso, portanto, que o voluntariado é excelente justamente para aqueles que trabalham demais e acreditam que não têm tempo. Veja a pesquisa em: http://www.amednews.com/article/20120117/health/301179996/8/.
“Numa cidade como São Paulo, na qual o trânsito nos impede de comparecer a muitos compromissos, é importante encontrar um trabalho voluntário perto de casa ou do seu trabalho tradicional ou realizar o voluntariado à distância. No Instituto Gabi, temos tanto voluntários que vêm à nossa sede realizar atividades variadas quanto aqueles que dão o melhor de si à distância”, comenta Francisco Sogari, presidente do Instituto Gabi, ele mesmo voluntário que fundou a ong em 2001.
O Instituto Gabi é uma entidade sem fins lucrativos que presta atendimento a crianças e adolescentes com deficiência. Fundado e administrado voluntariamente pelo casal Francisco e Iracema Sogari – ele, jornalista; ela, pedagoga – , o Gabi conta com seus voluntários na manutenção da sede e no contato com as crianças; nas festas; no bazar permanente de roupas e objetos novos e seminovos (que ajuda a manter financeiramente a casa) e em diversas outras atividades cotidianas. Já os voluntários à distância fazem serviços de Marketing, Conteúdo para as Redes Sociais, Contabilidade, Gestão e Planejamento; Assessoria de Imprensa e até Digitação de Notas Fiscais, um serviço muito importante para a entidade porque gera créditos anuais que são revertidos em benfeitorias para a casa. Sem os voluntários, o Instituto Gabi não existiria. “Existem aqueles que ficam realmente só à distância, outros vêm aqui com frequência. Todos têm sua importância e são fundamentais para a manutenção da entidade. Gostaríamos de contar cada vez mais com profissionais variados, que se comprometam com o desenvolvimento de nossas crianças e em outras atividades, como a captação de recursos”, diz Sogari.


Sobre o Instituto Gabi
Transformar a dor em caridade não é fácil. Após perder, em fevereiro de 2001, sua pequena filha Gabriele, de apenas seis anos, em um atropelamento, o jornalista Francisco Sogari, que estava com Gabi no momento do acidente, viu-se na situação de dor de tantos pais que perdem seus amados filhos, vítimas da violência. Porém, juntamente com a esposa, a pedagoga Iracema Sogari, ele decidiu transformar sua dor em um gesto de amor: o casal fundou o Instituto Gabriele Barreto Sogari, conhecido como Instituto Gabi.
Instalado no bairro de Vila Santa Catarina, na zona Sul de São Paulo, o Instituto Gabi em poucos anos tornou-se referência no atendimento dos portadores de deficiência. Com o trabalho social, o casal Sogari encontrou um novo sentido para sua vida. "Hoje minha vida mudou completamente. A dor continua, mas vejo que a Gabriele está presente no semblante dos deficientes que são atendidos na casa a ela dedicada", revela Sogari.
O jornalista divide seu tempo como professor universitário em duas universidades e na gestão deste projeto social. "Ainda encontro tempo para me dedicar à família, sobretudo ao João Filipe, filho de 15 anos, com quem jogo futebol e torço fanaticamente para o Internacional" declara. A esposa Iracema, que é pedagoga pós-graduada, com experiência de mais de 20 anos em educação especial, conhece bem a realidade destas pessoas. "O atendimento do serviço público é deficitário. Uma escola especial é muito cara, passa de R$ 1 mil. As instituições que deveriam acolhê-las acabam encaminhando para nós", declara Iracema Sogari.
O casal busca a auto-sustentabilidade do projeto. "Conseguimos atender gratuitamente 63 crianças e adolescentes com deficiência. A Prefeitura cobre apenas parte dos gastos. A receita restante provém de trabalho e generosidade, muito empenho na captação de recursos e a resposta de pessoas e empresas que são sensíveis e apostam em nosso trabalho. Queremos que o projeto seja viável, auto-sustentável e gere mais divisas para atender as famílias que batem às portas do Instituto em busca de uma vaga", conclui Iracema.
Para doar objetos, brinquedos e roupas, ou oferecer trabalho voluntário, deve-se estabelecer contato com o Instituto Gabi, pelo telefone (11) 5564-7709, pelo email institutogabi@terra.com.br ou consultando o site www.institutogabi.org.br.

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