Mais
da metade de crianças brasileiras com até 5 anos são fumantes passivas
O cigarro sempre foi motivo de muitas
discussões devido aos danos que causa à saúde. E hoje, ganhou a atenção e
preocupação dos pediatras. Apesar da Lei Antifumo (Lei 13.541) instaurada no
dia 07 de maio de 2009, a qual proíbe o ato de fumar em ambientes fechados, o
número de crianças fumantes passivas ainda é alarmante.
De acordo com o pediatra Dr. Jorge Huberman, filhos asmáticos de pais fumantes estão mais suscetíveis a serem readmitidos em hospitais. "Essas crianças tem mais chances de desenvolver otites, bronquites e rinites. Além disso, a propensão à morte súbita também é dobrada", declara o especialista.
Estudos recentes, desenvolvidos por pesquisadores do Hospital Penn State Milton S. Hershey Infantil na Pensilvânia, analisaram mais de 600 crianças e adolescentes de idade entre 1 e 16 anos, todos ingressados por asma ou chiado receptivo à broncodilatação. Por meio de exames de sangue e saliva, os resultados mostraram que essas crianças haviam sido expostas ao tabaco.
No Brasil, uma pesquisa realizada
pelo Ambulatório de Drogas do Hospital Universitário da USP (Universidade de
São Paulo) revelou que 51% das crianças brasileiras de até 5 anos são
consideradas fumantes passivas. "O problema é que mesmo não fumando no
mesmo ambiente que as crianças, os pais fumantes prejudicam a saúde dos
pequenos por meio do cheiro do cigarro que fica no corpo e nas roupas",
explica Dr. Huberman. "Não fumar perto das crianças ajuda, mas o
ideal seria que os pais deixassem os cigarros, o que reduziria
significativamente as chances de inflamação nas crianças", ressalta o
pediatra.
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