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quinta-feira, 1 de março de 2018

DESMISTIFICANDO A AMAMENTAÇÃO



Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a amamentação deve ser exclusiva até o sexto mês de vida dos bebês e recomenda que as mamães amamentem seus filhos por até dois anos ou mais. No entanto, o ato de amamentar ainda gera muitas dúvidas entre as mamães. Por isso, a pediatra e consultora internacional de amamentação Dra. Kelly Oliveira esclarece os principais mitos e verdades da amamentação.

 

                 Amamentar Dói – NEM MITO. NEM VERDADE.

Nos primeiros dias as mamas podem ficar inchadas e doloridas, mas se os sintomas permanecerem ou piorarem, um especialista deve ser consultado para indicar o melhor tratamento.

 

                 Se não amamentar o primeiro bebê, não conseguirá amamentar o segundo – MITO.
Mesmo que não amamente o primeiro filho por alguma razão, é possível amamentar sim o segundo. 

 

                 Existe uma posição ideal para amamentar – VERDADE.
É importante que o bebê faça a pega correta da mamada. A boca do bebê deve estar bem aberta, com os lábios virados para fora e abocanhando a aréola, e não só o bico do seio, o que ajuda a extrair a quantidade de leite adequada e evita machucados no seio da mãe.

                 Meu peito rachou. Devo parar de amamentar – MITO.
A indicação da interrupção deve ser avaliada em conjunto com um especialista, uma vez que pode trazer outro problema, como o empedramento da mama. Corrigir a causa do aparecimento do machucado é sempre indicado, muitas vezes uma simples correção de pega já é suficiente. A lanolina 100% natural poderá ajudar na reparação mais rápida da lesão.

                 Não tenho bico para amamentar – MITO.
Não importa como é o bico da mãe (plano, invertido etc), o bebê conseguirá ser amamentado se fizer a pega correta. Mas o uso do corretor de mamilos pode ajudar.

                 Acho que não tenho leite suficiente – MITO.
A quantidade de leite produzida pela mãe é a ideal para satisfazer o bebê. Porém, algumas mulheres podem produzir uma quantidade maior. Esse excedente pode ser extraído através de bombas e armazenado ou doado a bancos de doação de leite humano. 

                 Meu leite é fraco – MITO.
Não existe leite mais fraco ou mais forte, já que cada mãe produz o leite adequado para seu bebê. O importante é procurar esvaziar a mama e o bebê mamar regularmente.

                 Tive mastite por causa do excesso de leite – VERDADE.
Como a mastite é a inflamação das glândulas mamárias, o ideal é não permitir o acúmulo do leite através de massagens e extração.

                 Água quente desempedra o leite – MITO.
Para desempedrar o leite é indicado realizar massagens e retirar o excesso através de bombas para o armazenamento. Compressas de água fria são bem vindas quando há dor e inflamação.

                 O leite materno pode ser congelado – VERDADE.
O saco de armazenamento de leite, feito especialmente para este fim, deve ser imediatamente guardado na geladeira, no congelador ou no freezer.

                 Machucados nos seios podem ser prevenidos com o sol – VERDADE.
Tomar sol nos seios ajuda na prevenção de rachaduras.

                 Prótese de silicone atrapalha a amamentação – MITO.
Nem implante de sili­co­­ne, nem mamoplastia compro­metem a produção de leite ou interferem na ama­mentação. A prótese de silicone precisa ser colocada atrás da glândula mamária ou atrás do músculo peitoral.

                 Amamentar deixa o peito caído? - MITO
Não há relação entre amamentação e flacidez.







Dra. Kelly Marques Oliveira - Formada em Medicina na Unicamp, Pediatra pela Universidade de São Paulo, e com Especialização em Cardiologia Pediátrica no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Especialização em Alergia e Imunologia na Unifesp (em andamento). É consultora internacional de Amamentação (IBCLC). Dedica-se atualmente às áreas de amamentação e alimentação infantil pelo método Baby-Led-Weaning (BLW). Conquistou o Título de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Idealizadora do cuidado humanizado e integral das crianças. Autora do blog www.pediatriadescomplicada.comcom várias dicas sobre saúde da criança. Atua também como pediatra em dois hospitais do SUS em parceria com Hospital Israelita Albert Einstein. Atende também em consultório particular.


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