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quarta-feira, 1 de junho de 2022

Junho Violeta, campanha alerta sobre ceratocone, doença que prejudica a visão

Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, 20% de todos os transplantes de córnea realizados hoje são por causa da doença.

 

Durante todo o mês de junho, acontece o “Junho Violeta”, criado para prevenção do Ceratocone, doença oftalmológica. A campanha foi criada pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), com o intuito de orientar a população sobre a doença, os avanços, diagnóstico e a importância do seu acompanhamento e tratamento. 

Dr. Hallim Feres Neto oftalmologista membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e diretor da Prisma Visão, explica que o ceratocone, é uma doença da córnea que aumenta a sua curvatura, de forma irregular, que assume o formato de cone. Por isso o nome da doença. 

Essa alteração no formato da córnea provoca a distorção de imagens e pode levar a uma forte perda de visão. “Apesar de não provocar cegueira, a condição prejudica muito a visão, que pode ficar distorcida e sombreada. Casos mais graves, que correspondem a menos de 10%, precisam de transplante de córnea. Para os demais, a prevenção é a melhor saída.” Afirma o oftalmologista. 

É uma doença congênita, ou seja, a pessoa já nasce com predisposição para desenvolvê-la, o problema acomete entre 0,5% e 3% da população mundial e pode levar a altos graus de astigmatismo e miopia, comprometendo a visão.

Alguns estudos indicam que o ceratocone pode estar relacionado a mudanças físicas e bioquímicas no tecido corneano. Entretanto, é importante destacar que o hábito de coçar os olhos está ligado a doença (o ato de coçar os olhos com frequência pode provocar o afinamento da córnea, uma das características da doença).

A doença possui quatro fases e diversos tratamentos, que dependem da gravidade. Na fase inicial, a visão pode ser corrigida com o uso de óculos. No estágio moderado, com o uso de lentes de contato específicas para ceratocone ou com o implante de anel intracorneano, no caso de intolerância às lentes. 

Outra opção de tratamento é o procedimento conhecido como crosslinking. Neste processo, o uso de colírio de vitamina B2, associado à luz UVA emitida por uma fonte, aumenta a ligação das fibras de colágeno da córnea, o que a enrijece, evitando a progressão da doença. 

Nas etapas mais avançadas, o tratamento baseia-se no transplante de córnea, que é a cura definitiva para o ceratocone. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, 20% de todos os transplantes de córnea realizados hoje são por causa da doença. 

Muitos pacientes não percebem o ceratocone em estágio inicial, quando a córnea começa a se curvar. Por este motivo, a campanha Junho Violeta é extremamente importante para disseminar o conhecimento e incentivar a consulta com oftalmologista pelo menos 1 vez ao ano.

 

Dr. Hallim Feres Neto @drhallim - CRM-SP 117.127 | RQE 60732. Oftalmologia Geral. Cirurgia Refrativa. Ceratocone. Catarata. Pterígio. Membro do CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Membro da ABCCR - Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa. Membro da ISRS - International Society of Refractive Surgery. Membro da AAO - American Academy of Ophthalmology


Onda de frio aumenta olho seco

Levantamento mostra que o frio intenso aumentou de 12% para 27% a incidência de olho seco.

 

Nem começou o inverno e o frio de gelar os ossos já causa estrago na saúde ocular. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier no mês de maio os prontuários de 270 pacientes do hospital mostram que a doença mais frequente nos consultórios é a síndrome do olho seco. Neste grupo.  27% ou 73 pacientes receberam diagnóstico de olho seco. “Isso é mais que o dobro da incidência nas estações quentes antes da pandemia de covid, quando a disfunção atingia 12% dos brasileiros”, salienta. O médico ressalta que a avaliação dos pacientes mostra que prevalece entre eles o olho seco evaporativo. “É o tipo mais frequente desencadeado pelas alterações ambientais, nas pálpebras e no número de piscadas. Normalmente piscamos cerca de vinte vezes por minuto. Na frente das telas de seis a sete vezes e toda a população ficou mais conectada durante a pandemia”, pontua. 

O oftalmologista afirma que o olho seco tem efeitos significativos na função visual, produtividade e qualidade de vida. Isso porque, os sintomas são: sensação de areia nos olhos, ardência, vermelhidão, fotofobia e visão embaçada. A disfunção, explica, é uma alteração na quantidade ou qualidade de uma das três camadas da lágrima formada por água, gordura e muco. “A falta de lubrificação na superfície dos olhos predispõe a outras complicações, como por exemplo, lesões na lente externa do olho, a córnea, e à blefarite, inflamação crônica das pálpebras”.  A chance de contrair conjuntivite viral durante o frio também é maior, principalmente se você permanecer em ambientes fechados, pontua. Isso porque, o frio espalha todo tipo de vírus no ar e a diminuição da lágrima deixa os olhos mais expostos. Uma evidência bastante clara da proliferação dos vírus neste período é o aumento dos casos de covid nos últimos dias.

 

Gatilhos

Queiroz Neto ressalta que toda síndrome do olho seco é multifatorial. Sofre influência do meio ambiente, estilo de vida, idade, sexo, hábitos alimentares, consumo de água, uso de lente de contato, doenças sistêmicas como o diabetes, ou na superfície do olho como cicatrizes na córnea, ceratocone e blefarite.  A incidência da síndrome é de e 3 mulheres para cada homem.  Pode também estar relacionada ao uso de ar-condicionado frio ou quente que diminuem a umidade do ar. Medicamentos antialérgicos, anti-hipertensivos e antidepressivos e a diminuição dos hormônios sexuais com o envelhecimento interferem nas glândulas lacrimais e causam deficiência aquosa na lágrima, mas é a evaporação a maior causa do olho seco.

 

Diagnóstico

Queiroz Neto afirma que 11% dos casos de olho seco são assintomáticos. Isso acontece porque 98% da lágrima é formada por água e a evaporação passa despercebida quando é pequena.Por isso, poucas horas no computador ou celular não afetam os olhos.

“O diagnóstico manual feito com colírio e contato com o olho pode mascarar o resultado por estimular a lacrimação. Por isso, hoje é feito com uma câmera que emite luz infravermelha e é teleguiada por um software para avaliar as 3 camadas da lágrima   sem interferir na superfície do olho. O exame também inclui a avaliação das pálpebras inferior e superior e das glândulas de meibômio. Por isso, permite flagrar logo no início a blefarite, inflamação na pálpebra que está relaciona a alterações nas glândulas de meibômio.

 

Tratamento

O oftalmologista afirma que o olho seco brando é tratado com colírios lubrificantes. Nos casos graves pode ser feita uma cirurgia em que é implantado um plug no olho para reter a lágrima no globo ocular.  Mas o melhor tratamento para 7 em cada 10 pacientes é a luz pulsada que desobstrui a glândula de Meibômio e estimula a produzir a camada lipídica do lágrima. Isso porque, um estudo da ARVO (Association for Research in Vision and Ophthalmology) mostra que 70% dos casos de olho seco estão relacionados a uma disfunção nesta glândula. “Já atendi pacientes que depois da aplicação da luz pulsada comemoravam o alívio nos olhos”, afirma. O médico conta que chegavam ao consultório com um saco cheio de colírios, mas permaneciam com o desconforto. Pior, se não for aplicado um tratamento efetivo a glândula pode sofrer lesões e causar grave redução da visão. O tratamento geralmente é feito em três sessões, sendo uma/mês, mas a reaplicação pode ser necessária depois de um tempo.  Além de preservar a produção da camada gordurosa da lágrma, observa,  a luz pulsada reduz o gasto com colírio.

 

6 passos de prevenção

As recomendações de Queiroz Neto para você manter seus olhos lubrificados são:

Nas telas pisque voluntariamente e descanse olhando par um ponto distante a cada 20 minutos.

Posicione o computador abaixo da linha dos olhos para manter a superfície ocular mais lubrificada.

Desligue os equipamentos uma hora antes de ir dormir para ter uma boa noite de sono.

Limpe a borda das pálpebras com cotonete embebido em xampu neutro para evita a obstrução das glândulas e a blefarite.

Beba água. Hidratação nunca é demais. Protege os olhos, a pele e os rins.

Inclua ômega na dieta. As melhores fontes são: abacate, castanhas e peixes gordos como a sardinha, salmão e bacalhau.


Passa de 10% número de crianças de até 5 anos acima do peso ideal

Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil
Envato
Dados do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil revelam que, destas, 7% apresentam sobrepeso e 3% já são consideradas obesas


Alerta para a comunidade médica e famílias brasileiras: o excesso de peso na infância já é uma realidade no Brasil. Em pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde em 2021, estima-se que 6,4 milhões de crianças têm excesso de peso e 3,1 milhões já evoluíram para obesidade. E a curva só tende a subir: pesquisas da Organização Mundial de Saúde mais recentes corroboram com o cenário alarmante de obesidade infantil, estimando que em 2025 o número de crianças obesas no planeta chegará a 75 milhões. 

Em homenagem ao Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil, celebrado dia 3 de junho, especialistas da Jasmine Alimentos destacam a importância da educação nutricional de crianças, desde o momento da introdução alimentar até a fase adulta. 


Alimentação saudável começa na concepção

A formação de uma saúde plena na criança começa no momento da pré-concepção. A nutrição fornecida pela placenta é um determinante fundamental para o crescimento fetal. A Associação Brasileira de Nutrologia (Asbran) confirma a importância da nutrição materna na saúde das futuras gerações, confirmando que fatores nutricionais podem afetar as células germinativas masculinas e femininas antes da concepção, modificando o desenvolvimento do embrião.

Em razão disso, a programação metabólica intrauterina é de suma importância, uma vez que os estudos epidemiológicos apontam o risco de desenvolvimento da obesidade, síndrome metabólica e diabetes tipo 2 até oito vezes maior entre os bebês expostos a um ambiente intra-útero nutricionalmente desequilibrado. Cabe lembrar, ainda, que o aleitamento materno após o nascimento é fundamental na nutrição integral da criança, sendo essencial para prevenir e reduzir o risco de obesidade.


Nutrição em diferentes fases da vida


Estágio pré-natal - concepção até nascimento

Os 1.000 dias entre a gestação e a primeira infância da criança é considerado o período crucial para crescimento e desenvolvimento infantil, no qual é possível adotar hábitos e atitudes que irão influenciar na saúde futura. No ambiente intrauterino e nos primeiros anos de vida, a criança tem grande influência no seu desenvolvimento neuropsicomotor.

A adoção de uma alimentação balanceada nos períodos de pré-concepção, gestação e amamentação, engloba alimentos ricos em fitoativos, vitaminas e minerais. Em todos os períodos de vida, o consumo de frutas, legumes, grãos integrais, leguminosas e sementes é essencial para fornecer diversas substâncias benéficas à saúde. “A aveia, a linhaça, as goji berries, o arroz integral, as frutas liofilizadas - que são aquelas sequinhas e crocantes - são ideais para incluir no cardápio, tanto na gestação como na lactação”, explica a nutricionista e consultora da Jasmine Alimentos, Dra. Adriana Zanardo. 

Ainda, a semente de chia e linhaça são duas fontes de ômega-3, nutriente indispensável na alimentação de gestantes e lactantes, já que atua no neurodesenvolvimento infantil e tem propriedades anti-inflamatórias. Desta forma, sua inclusão no cardápio é considerada fator protetor no risco de obesidade infantil.


Primeira infância - nascimento até 3 anos

Após o nascimento, o aleitamento materno exclusivo é o tipo de alimentação mais recomendado até os 6 meses da criança, sem necessidade de nenhum alimento complementar. Após esse período, recomenda-se o processo de introdução alimentar, importante marco fisiológico na vida do bebê, capaz de fornecer quantidade e qualidade nutricional suficientes para garantir o crescimento e o desenvolvimento saudável.

A Organização Mundial de Saúde indica iniciar o processo de introdução alimentar com purês à base de verduras, legumes e frutas e aumentar gradualmente a consistência até o menor completar 12 meses de idade. Desta forma, respeitam-se os movimentos mastigatórios e a habilidade de deglutição. “Após esse período, recomenda-se a inclusão de outros alimentos com consistência mais firme, como cereais integrais, aveia, em forma de mingaus e smoothies, até a criança estar apta a mastigar alimentos mais sólidos. O ideal é evitar até os 2 anos de idade o contato da criança com alimentos ricos em açúcares e farinhas brancas”, complementa a nutricionista.


Próximos anos: segunda infância (3 a 6 anos), terceira infância (6 a 12 anos) e adolescência (12 a 20 anos)

A alimentação composta por alimentos naturais, integrais, ricos em fibras, vitaminas, minerais, fitoativos, carboidratos complexos, proteínas e gorduras saudáveis (mono e poli-insaturadas) deve ser a base da rotina infantil diária, sendo essencial esse controle por parte dos pais, uma vez que esses hábitos são seguidos com o estímulo da família.


Como aumentar o repertório alimentar da criança

Uma das principais orientações da comunidade médica é ofertar todos os alimentos durante a introdução alimentar garantindo, assim, o estímulo do paladar para diversos sabores e texturas. Uma dica interessante é decorar os pratos das crianças com as cores dos alimentos, fazendo com que aumente a atenção do menor pela comida. 

A influência familiar na construção do hábito alimentar é imprescindível. “Tudo que a criança for comer, a adesão dela será ainda maior se os pais acompanharem e consumirem os mesmos alimentos na refeição. É uma forma de mostrar para a criança que aquilo é saudável e fará bem para sua saúde”, explica Adriana. 

“Além da variedade alimentar para estimular o paladar, é importante lembrar que os alimentos precisam ser saborosos e convidativos, especialmente para a criança. Saúde e sabor precisam andar lado a lado. É muito prático incluir snacks integrais, smothies prontos, frutinhas desidratadas crocantes no dia a dia, fazendo com que a criança adquira o gosto de comer bem. Não precisa abrir mão do docinho nem do biscoito salgado, basta saber escolher aquele que é gostoso e fornece nutrição com qualidade”, finaliza a gerente de P&D da Jasmine Alimentos, Melissa Carpi. 

 

Jasmine Alimentos

www.jasminealimentos.com


Uso excessivo de eletrônicos pode prejudicar a visão de crianças

Prof. Me. Paulo Henrique Oliveira de Lima, coordenador do curso de Óptica e Optometria da Braz Cubas, explica os impactos das telas no desenvolvimento visual das crianças e como identificar os sintomas

 

Com os avanços tecnológicos, o comportamento da sociedade vem mudando nos últimos 20 anos. Entre essas mudanças está o uso excessivo de eletrônicos como celular, tablet, computador e TVs.  

As crianças que antigamente tinham uma rotina de brincadeiras na rua, parques e escola. Hoje passam mais tempo conectadas em dispositivos eletrônicos jogando, estudando ou conversando com seus amiguinhos de forma remota ao invés do contato presencial, especialmente no período da pandemia. Mas o que muitos não imaginam é que esse uso em excesso pode fazer mal à saúde visual dessas crianças. E fica um questionamento aos responsáveis vocês já repararam quanto tempo seu filho(a) passam no celular, tablets ou assistindo TV?  

De acordo com o Prof. Me. Paulo Henrique Oliveira de Lima, coordenador do curso de Óptica e Optometria do Centro Universitário Braz Cubas, a substituição de brincadeiras tradicionais pelo uso de eletrônicos ocorreu com expansão da civilização urbana, que diminuiu os espaços públicos e, consequentemente, deixou as crianças mais tempo dentro de casa. “Podemos somar a pandemia nessa mudança de hábitos também, que tornou o afastamento social ainda maior, fazendo com que brincadeiras coletivas acabassem diminuindo. Os millenials, muito antes dos celulares e tablets, já tinham uma propensão à tecnologia, uma vez que os televisores eram mais acessíveis do que a geração anterior, fora o acesso a jogos eletrônicos. O que antes as crianças se juntavam para jogar videogame na casa de um amigo, hoje não é mais necessário, devido a rede social em torno”, explica.  

Paula ressalta: outro fator fundamental para o aumento do uso de telas na atualidade é o poder aquisitivo e a popularização de smartphones. Eles apresentam conteúdos dinâmicos e variados e, assim, dão mais opções de entretenimento à criança, “facilitando” o trabalho dos responsáveis. 

E, com isso, os maiores prejuízos visuais para as crianças estão diretamente ligados ao desenvolvimento de um problema de vista. “Com o uso contínuo desses dispositivos muito próximos dos olhos, a musculatura interna do olho tende a fazer mais força do que deveria, causando muito cansaço visual ao longo do dia e podendo até fazer com que a criança passe a enxergar mal, principalmente para longe. Há pesquisadores que acreditam que o uso excessivo das telas irá causar uma ‘epidemia de miopia’ até 2050”, relata o professor de Óptica e Optometria da Braz Cubas. 


Como identificar os sintomas do uso excessivo de telas em crianças? 

Paulo explica que os sintomas que são gerados afetam não somente as crianças, mas também os adultos. “Eles podem sentir dores de cabeça na região da testa e em torno dos olhos, ardência ocular, coceira e lacrimejamento. Se os pais, responsáveis ou educadores notarem que a criança costuma coçar muito os olhos ou reclamar de dor de cabeça, podemos ter um quadro de alteração visual causado pelo uso das telas. Um outro sinal é a falta de concentração, especialmente quando tenta ler. Isso também pode acometer os adultos, então vale prestar atenção”. 

Apesar de grandes impactos é possível tratar esses prejuízos visuais. E o primeiro passo é identificar o problema. Depois de analisar o comportamento visual, testes específicos são feitos a fim de medir a função visual, como o modo que ela lê, o quanto enxerga, movimentação ocular, força muscular, entre outros. 

“Após a identificação, é montado um plano terapêutico baseado em resolver o problema e aumentar a performance visual, seja pelo uso de óculos, prismas, exercícios, ou a combinação deles. Assim, o ideal seria os pais levarem seus filhos em idade pré-escolar e escolar para uma avaliação optométrica, de forma que o profissional consiga analisar e identificar alguma alteração de ordem visual que no futuro pode gerar algum prejuízo não somente escolar, mas para a vida cotidiana do cidadão”. 

Um grande aliado: os tradicionais óculos de grau, que auxiliam a reduzir os prejuízos causados pelas telas e a enxergar melhor uma determinada distância. O docente acrescenta: há ainda as lentes específicas que ajudam no relaxamento ou estimulação da musculatura dos olhos, melhorando conforto e performance. No mercado também existem lentes que controlam o avanço da miopia infantil. Para adultos, quando não conseguem fazer pausas periódicas, é recomendado uso de óculos para relaxamento da musculatura, evitando, assim, os sintomas. 

O professor de optometria alerta também para as crianças com idade mais baixa, até de 2 anos, que também estão utilizando as telas em excesso. “Isso pode fazer com que o sistema visual tenha seu desenvolvimento comprometido. Fazer pausas periódicas durante o uso de telas, como smartphones e computadores, é essencial para um bom desempenho visual e prevenção de alterações visuais e oculares. Um bom exercício é o denominado ‘20-20’, em que a pessoa utiliza a tela por 20 minutos, e por 20 segundos olha o mais distante que conseguir pela janela. A repetição durante o dia, a semana e o mês auxiliam na harmonia do sistema visual e pode prevenir os sintomas do uso excessivo de telas”. 

Ainda, Paulo indica uma alternativa para reduzir a dependência do uso de telas por crianças: estimular brincadeiras lúdicas sociais, como jogos de tabuleiro, o interesse por esportes coletivos ou individuais, ou aprender algum instrumento musical, incluindo o papel da escola na vida da criança. 

Por fim, o docente da Braz Cubas ressalta que a optometria, ciência da visão, pode contribuir para identificar as alterações visuais. “Analisamos o sistema visual e não somente os erros refrativos, como miopia, hipermetropia e astigmatismo. O optometrista pode realizar testes específicos para localizar onde o uso de telas está afetando o desempenho da criança, podendo tomar uma decisão assertiva na resolução do problema, seja por uso de óculos, outros auxílios ópticos, ou até exercícios visuais”. 


Clínica de Optometria do Centro Universitário Braz Cubas: 

Para quem é de Mogi das Cruzes e região, a clínica de Optometria do Centro Universitário Braz Cubas oferece atendimento para as crianças e adultos de forma gratuita. Saiba mais nos contatos 4791-8240 (Dayane).

 

 

Centro Universitário Braz Cubas

www.brazcubas.br e conheça o Nosso Jeito de Ensinar


Mito ou verdade? Veja quatro fatos sobre a cirurgia robótica de quadril e joelho

Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o procedimento que é realizado no Brasil há cerca de um ano

 

No Brasil, estima-se que sejam realizadas cerca de 15.000 artroplastias de quadril e joelho, cirurgia para implantação de próteses que substituem as articulações naturais que apresentam desgastes. Esse é o dado das intervenções realizadas pelo pelo SUS (Sistema Único de Saúde), fora os procedimentos que acontecem nas redes particulares. 

 

Com a evolução da cirurgia robótica, a ortopedia também evoluiu, e há pouco mais de um ano, é possível realizar a artroplastia de quadril e joelho com a ajuda de um robô. Entre as opções de máquinas, está o robô Mako SmartRobotics™, modelo mais moderno encontrado no mercado. Médicos certificados no procedimento explicam mitos e verdades sobre a cirurgia robótica realizada com o robô Mako.

 

A recuperação da artroplastia demora meses?


“O procedimento realizado com o robô Mako tem um menor corte ósseo para colocação do implante, por isso, o tempo de recuperação é bem menor, as próteses ficam melhor posicionadas, o que garante a amplitude dos movimentos e melhor resultado funcional que pode melhorar a qualidade de vida. Além disso, a cirurgia robótica garante a preservação do osso saudável, evitando danos a outras partes do corpo”, ressalta o Dr. Claudio Kawano, certificado em cirurgia do joelho e artroscopia pela Unifesp.

 

Quem realiza o procedimento é o robô?


“Isso é um mito. A cirurgia robótica de prótese de quadril e joelho une a tecnologia do robô aos conhecimentos de um médico, isto é, a máquina é somente uma ferramenta que é utilizada para suporte do cirurgião, que obtém muito mais precisão com movimentos milimétricos. Um procedimento com menor corte e resultados muito melhores”, explica o Dr. Lucas Leite Ribeiro, especialista em joelho e quadril e certificado em cirurgia robótica.

 

A cirurgia é personalizada para cada paciente?


“Isso é totalmente verdade. Com o robô Mako, nós temos acesso a uma avaliação prévia do paciente antes do procedimento. Ele nos dá um panorama da situação das articulações que serão substituídas, o que permite planejar cada etapa do procedimento, e mais do que isso, durante a cirurgia, se necessário, podemos reavaliar e fazer modificações de acordo com o que cada paciente demanda”, pontua o Dr. Clauber Tieppo, traumatologista credenciado a operar com a tecnologia Mako.

 

Eu consigo levar uma vida normal após a cirurgia?


“A artroplastia de joelho e quadril feita com a ajuda do robô tem diversos benefícios para o paciente. A precisão no corte, o procedimento com menor corte ósseo e as próteses bem colocadas resultam em uma recuperação bem mais rápida. Ao contrário do que se pensa, as pessoas conseguem voltar a andar em pouco tempo, e, além disso, as próteses podem durar mais tempo, o que evitaria novas cirurgias”, finaliza Kawano.

 

 

Prime Regen

https://primeregen.com.br/


Dr Lucas Leite Ribeiro - Graduado em Medicina pela Universidade de Marília, em 2001, fez Residência em Ortopedia e Traumatologia no Hospital IFOR e se especializou em Cirurgia de Quadril Adulto na UNIFESP/EPM. Atualmente é membro efetivo da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Sociedade Brasileira de Quadril (SBQ), membro do Grupo de Patologias do Quadril Adulto da UNIFESP/EPM e realiza MBA Executivo em Gestão de Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein – INSPER.


Dr Claudio Kawano - Graduado em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), se especializou em Ortopedia, Traumatologia e Cirurgia do Joelho e em Artroscopia pela UNIFESP e é membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho, da International Society of Arthroscopy, Knee Surgery and Orthopaedic Sports Medicine e da Internacional da Orthopaedic Trauma Association.


Dr Clauber Tieppo - Realizou sua graduação e residência na Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP), possui título de Especialista em Ortopedia e Traumatologia, concedido pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). É membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Joelho, da American Academy of Orthopaedic Surgeons, da International Society of Arthroscopy, Knee Surgery and Orthopaedic Sports Medicine e da Sociedad Latino-Americana de Artroscopia Rodilla y Traumatología Deportiva.


No Brasil, 107 mães morreram a cada 100 mil nascimentos registrados em 2021

Os dados são do Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna; Instituto Opy de Saúde alerta que uma grande parte das mortes maternas poderia ser evitada. 


Nos últimos anos, são notórios os diferentes avanços alcançados na investigação da saúde durante o período da gravidez que levam ao conhecimento das causas da mortalidade materna. Contudo, os números ainda preocupam. De acordo com o Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna, o Brasil teve uma média de 107 mortes a cada 100 mil nascimentos. Os dados, referentes ao ano de 2021, revelam o aumento no número de mulheres que morreram durante a gravidez ou nos 42 dias seguintes ao parto devido a causas relacionadas à gravidez ou por ela agravadas.  

O Brasil apresenta números bem distantes dos fixados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Até 2015, a meta era ter menos de 35 mortes por 100 mil nascimentos e o Brasil estava na faixa de 70 a 75 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos. Com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), a ONU indicou, até 2030, reduzir a taxa de mortalidade materna global para menos de 70 mortes por 100 mil nascidos vivos. De acordo com a adaptação das metas para a realidade brasileira, realizada pelo IPEA, o Brasil tem como meta reduzir a razão de mortalidade materna para, no máximo, 30 mortes por 100.000 nascidos vivos, até 2030. 

A mortalidade materna é causada por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a esse período. "A prevenção tem um papel fundamental. Os cuidados tomados durante a gestação, durante o pré-natal e, especialmente, nos momentos próximos ao nascimento são importantes para reduzir a incidência da mortalidade materna ", explica Heloisa Oliveira, Diretora-Presidente do Instituto Opy de Saúde. A má alimentação e o sedentarismo antes e durante a gravidez, podem contribuir para o aumento da mortalidade materna, uma vez que são fatores de risco para doenças como hipertensão, obesidade e doenças cardiovasculares, esclarece Heloisa.  

Outro ponto importante ligado à saúde materna são os cuidados durante os primeiros 1000 dias de vida da criança. Este é o período de transformações físicas, cognitivas e emocionais que vão impactar no seu crescimento e desenvolvimento. É uma etapa importante não só para a prevenção de doenças, mas também para a criação de hábitos saudáveis e para seu desenvolvimento integral . "Por isso a adequada nutrição da mãe, incluindo o estilo de vida saudável, além de prevenir a mortalidade materna é também um excelente investimento para a saúde da criança”, ressalta a Diretora-Presidente.  

Quando o assunto é mortalidade materna, é impossível não remeter a uma pauta importantíssima que é a necessidade do cuidado com a saúde da mulher. "As mulheres são, figuras centrais na construção da sociedade e por isso precisam de políticas públicas de saúde que incluam atenção primária, acesso a serviços de saúde de qualidade, em especial no período da gestação, no parto e no puerpério”, defende Heloisa Oliveira.

 

Preconceito é a principal dificuldade para quem quer trabalhar com cannabis no Brasil

Segundo pesquisa da Kaya Mind, fator é considerado um entrave para mais de 34% das pessoas que participaram da Medical Cannabis Fair 2022, seguido da falta de informações (27%)

 

O preconceito e a falta de informações são as maiores dificuldades para mais de 61,6% das pessoas que trabalham ou querem trabalhar com cannabis no Brasil. É o que aponta pesquisa da Kaya Mind, primeira empresa brasileira especializada em dados e inteligência de mercado no segmento da cannabis, do cânhamo e de seus periféricos.  

O estudo da startup contou com 1.022 entrevistados e foi realizado na Medical Cannabis Fair 2022, que aconteceu em São Paulo, nos dias 3, 4, 5 e 6 de maio. O objetivo da análise era estudar o cenário do mercado de cannabis no país e entender o comportamento de consumo dos participantes do evento.  

Segundo a Kaya Mind, de acordo com os resultados de sua pesquisa, o preconceito foi considerado a principal dificuldade ao trabalhar com cannabis no Brasil para 34,3% dos respondentes, seguido da falta de informações, que foi apontada como o maior entrave para cerca de 27,2% dos entrevistados que estavam no evento.  

Em terceiro lugar no ranking, está a falta de infraestrutura, que foi o fator mais levado em consideração por 16,2% das pessoas. Na sequência estão também a questão da falta de divulgação e marketing, apontada como empecilho para 12,4% dos participantes, a dificuldade de achar vagas, com 7,3% das respostas e outros motivos, com 2,3%.  

Apesar de ter tido 1.022 respostas no total, a Kaya Mind ressalta que nem todas as pessoas trabalham com cannabis ou chegaram a essa parte da pesquisa, por isso os números são menores do que o volume de respostas.

Para Maria Eugenia Riscala, cofundadora e CEO da Kaya Mind, “o disparo de respostas apontando o preconceito e a falta de informações como maiores entraves do setor ressalta ainda mais a importância da elaboração de pesquisas e estudos científicos na área para quebrar esses paradigmas na sociedade, além da promoção de eventos, cursos e de pessoas qualificadas falando sobre o assunto”.  

A executiva ainda afirma que além dos inúmeros benefícios comprovados da terapia canabinoide para o tratamento de patologias, o relatório Impacto Econômico da Cannabis, elaborado pela Kaya Mind, estima que o mercado da planta no geral poderia movimentar R 26,1 bilhões no Brasil no seu quarto ano de regulamentação, sendo R 4,9 bilhões do mercado de cânhamo no âmbito industrial, R 9,5 bilhões com o uso da cannabis medicinal e R 11,7 Bilhões com o uso adulto da planta.


Dia Livre de Imposto é oportunidade para consumidores ganharem desconto


Neste dia 2 de junho as empresas podem deixar de repassar a carga tributária ao preço de venda aplicado no mercado ao cliente final; carga tributária no Brasil é 70% superior que a média mundial

 

O Dia Livre de Imposto é promovido no Brasil no dia 2 de junho. Nesta data, consumidores brasileiros poderão encontrar produtos mais baratos sem a cobrança da tributação padrão. A data promove uma reflexão nos brasileiros sobre a importância de uma mobilização de toda a sociedade para que a reforma tributária saia do papel.

Essa também é uma forma de chamar a atenção do poder público, especialmente num ano eleitoral, para que o assunto seja debatido nas campanhas para o governo estadual e federal. 

Para se ter uma ideia, 50% do preço de produtos comercializados no varejo do Brasil é composto por impostos. O país possui uma alta carga tributária que chega a ultrapassar os 40% em alguns produtos. 

Um levantamento realizado pelo Cupom Válido, baseado em dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, mostra que, no Brasil, os empreendimentos pagam uma alíquota de imposto de 34%, em média. Este patamar é 70% superior que a média mundial. O mesmo levantamento aponta que, entre os 111 países consultados, a taxa média de tributação das empresas é de 20% e apenas 18 países cobram alíquota acima de 30%.

 

O que acontece no Dia Livre de Imposto 

Elisabete Ranciaro, diretora da Consultoria Fiscal e Comércio Exterior da empresa Econet Editora, explica que, hoje, as empresas podem deixar de repassar a carga tributária ao preço de venda aplicado no mercado ao cliente final. 

“O “Dia livre de imposto - DLI” foi criado com o intuito de demonstrar toda essa carga tributária suportada pelos consumidores e essa é uma forma para que eles entendam quais são os elementos que formam o preço de venda. São eles: custos de aquisição, custos de produção, custos de transporte e seguro, custo da prestação dos serviços, despesas diversas e tributos indiretos como PIS/COFINS/ICMS/IPI/ISS. Todos esses elementos são considerados no momento de definir o preço de venda que será ofertado no mercado, de forma que toda essa carga é repassada para os consumidores”, detalha Elisabete Ranciaro. 

Ela acrescenta ainda que no “Dia Livre de Impostos”, além das aquisições de mercadorias desoneradas de sua carga tributária, o público também poderá contratar serviços neste mesmo sistema.

 

Como funciona, na prática, o Dia Livre Sem Imposto 


1)      Para os comerciantes 

Ao contrário do que muitos pensam, os comerciantes não deixam de pagar os tributos incidentes sobre as vendas realizadas nesse dia. A ação serve para deixar claro quanto do valor pago pelos produtos, representam a carga tributária suportada pelo consumidor. 

“Para deixar isso evidente, a carga tributária deixa de ser repassada ao consumidor na forma de “desconto incondicional” aplicado na venda. São tratados como descontos incondicionais, aqueles que são ofertados sem qualquer condição vinculada a evento futuro, como por exemplo o pagamento que seja realizado até uma data específica, implica em um desconto de x%. Esses descontos do “Dia livre de imposto” são concedidos, automaticamente, no ato da venda. A concessão desse tipo de desconto é favorável aos lojistas, pois pode ser excluído da base de cálculo dos tributos”, esclarece a diretora da Consultoria Fiscal e Comércio Exterior da empresa da Econet Editora.

 

2)     Para os consumidores

 Por meio dessa ação adotada pelos comerciantes, os consumidores conseguem avaliar a proporção da carga tributária suportada nos preços pagos pelos itens de consumos adquiridos no mercado. 

Elisabete Ranciaro destaca ainda que, de acordo com estudos realizados por instituições especializadas em pesquisas tributárias, foi identificado que o preço de alguns produtos chega a ter em sua composição, de 70% a 80% do valor praticado pelos lojistas, destinados a tributação incidente sobre o artigo. 

“Temos a exemplo a compra do Diesel no Paraná, estado em que se estima uma carga tributária de 34,25%. Ou seja: se você comprar R$100,00 de diesel, R$34,25 são destinados aos impostos incidentes nessa compra, que poderiam ser convertidos em alguns litros a mais no abastecimento”, destaca Elisabete Ranciaro.

 

Entenda como funciona na prática a formação do preço de venda:

 

Considere o caso abaixo, onde um produto com custo de produção corresponde a R$1.000,00

 

Carga tributária total:

PIS/COFINS - 3,65%

ICMS - 18%

IPI - 5%

 

Levando em conta as bases legais de cada um dos tributos, no que diz respeito a composição das bases de cálculo correspondentes, no exemplo acima, o preço que seria ofertado no mercado seria de R $1.343,75. Ou seja, R $343,75 do total pago nessa compra, serão destinados aos cofres públicos. 

Ao final de toda essa explanação, a pergunta que fica para os consumidores é: como você se sente com essa realidade tributária no Brasil? As coisas estão caras, ou a carga tributária é que está difícil de suportar?

 

Avaliação para Seguro dos bens patrimoniais de uma empresa: Como definir com segurança o valor correto da Apólice?

Ouvindo um conceituado contabilista sobre assuntos diversos de sua área, sendo alguns de interesses comuns, foi surpreendente sua afirmação de que continuam ocorrendo, e de forma até predominante, a contratação de seguros dos ativos patrimoniais de uma empresa sem nenhuma precisão em relação aos corretos valores para tal finalidade. Isto porque, predomina a adoção de valores irreais para os itens que deveriam estar protegidos na eventualidade de ocorrência de um sinistro.

Segundo ele, a premissa básica para proteger os bens conquistados ao longo da vida profissional de um empresário e que estão permanentemente expostos a riscos externos - como incêndios, raios, inundações, acidentes e furtos - é através do seguro patrimonial, que é considerado a solução ideal para se ter tranquilidade e segurança em relação a esse patrimônio, garantindo a sua reparação em caso de danos.

Deve-se considerar também que, os complexos industriais, de agroindústria, de mineração /processamento, infraestrutura, etc. estão em constante alteração de sua estrutura operacional. Quer seja em função de novos investimentos ou desinvestimentos provocados por mudanças no panorama do mercado, inovações tecnológicas ou novas configurações nas estratégias de produção globalizada. Desta maneira, é fácil perceber a importância do constante monitoramento dos valores em risco visando evitar o pagamento de prêmios super ou subestimados. No primeiro caso o segurado estaria desperdiçando dinheiro e no segundo. correria o risco de entrar em cláusula de rateio no caso de um sinistro e com issso não recuperar, como esperava, o valor total dos danos sofridos.

No passado era comum que a determinação do montante segurado tivesse como base o valor contábil dos ativos.

Naturalmente, essa prática hoje indica valores distorcidos. Isto porque, até 1995 o valor residual contábil era depreciado e corrigido monetariamente e a partir dessa data, o valor residual contábil passou a ser somente depreciado, deixando de existir a correção monetária.  

Assim, fica claro que, o valor residual contábil apresenta uma curva de valorização inversa daquela do custo de reposição de um ativo novo ou mesmo depreciado. Ou seja, atribui-lhe um valor inferior, visto que não foi corrigido monetariamente.

Dessa forma temos que, a avaliação técnica dos ativos efetuada por empresa especializada em Engenharia de Avaliações, estando, portanto, de acordo com as determinações normativas da NBR 14653 da ABNT, é a única maneira segura para a real apuração do valor em risco.

Assim, uma avaliação técnica para fins de seguro deve contemplar os seguintes procedimentos: vistoria detalhada de cada ativo, cotações ou orçamentos de fornecedores para determinação do valor de reposição novo e, finalmente, o cálculo da depreciação técnica, necessária para o estabelecimento do valor máximo para seguro e, também, seu valor atual.

Outra vantagem da contratação de avaliação técnica para fins de seguro, é que as informações contidas nos laudos, complementadas pelos investimentos e desinvestimentos ocorridos a cada ano e devidamente informados pelo segurado, permitem a segura atualização técnica do Valor de Reposição no período entre as avaliações periódicas.

Portanto, o relatório de avaliação deve espelhar a realidade do imobilizado técnico operacional e fornecer para os Gerentes de Risco importantes ferramentas para formatar as apólices e negociar com as seguradoras condições diferenciadas no que diz respeito a custos, franquias e cláusulas especiais.

 

José Carlos Almeida - engenheiro, empresário e diretor presidente da JC Engenharia de Avaliações.

cliente@jcengenharia.com.br


Estudantes de FATECs e ETECs podem aprender Dynamics 365 gratuitamente

Inscrições terminam no dia 8 de junho e podem ser feitas no site da Fundação FAT. Curso será ministrado pela equipe da Smart Consulting, parceira Microsoft, com duração de 64 horas

 

Está disponível no site da Fundação de Apoio à Tecnologia - Fundação FAT a ficha de inscrição para o curso Microsoft – Dynamics 365 – CRM (gerenciamento de relacionamento com o cliente), do Programa Minha Chance. A oportunidade é oferecida para estudantes das Faculdades de Tecnologia (FATECs) e das Escolas Técnicas (ETECs) do Estado de São Paulo interessados em aprender como os recursos e as funcionalidades dos aplicativos do Dynamics 365 podem ser utilizados. 

As inscrições terminam às 20h do dia 8 de junho. Como serão ofertadas apenas 200 vagas será necessário fazer um teste de seleção. As aulas começam no dia 13 de junho e terminam no dia 24 de julho com carga horária total de 64 horas, sendo 48 horas de aulas técnicas, oito horas de aulas sobre Soft Skills e oito horas de preparatório para certificação. Serão formadas duas turmas, uma com aulas toda segunda, quarta e sexta-feira, das 8h às 12h, e outra com aulas às terças e quintas das 18h30 às 22h30. 

O curso é gratuito. Os únicos requisitos exigidos são conhecimentos básicos de informática (sistemas operacionais) e conhecimento básico sobre gestão empresarial, além, claro, de ser aprovado no teste de seleção. O treinamento será ministrado pela equipe da Smart Consulting, parceira Microsoft especializada em Dynamics 365, e visa criar a oportunidade de interação com profissionais com ampla experiência e aprendizado baseado em práticas reais.

As aulas acontecerão remotamente através do Microsoft Teams e as inscrições para o processo seletivo podem ser feitas por meio do site https://ensino.fundacaofat.org.br/eventos/curso-microsoft-dynamics-365-crm.


Mobilidade urbana sustentável: por uma política pública integrada


A mobilidade urbana sustentável é um direito essencial da população e se traduz no aproveitamento equitativo dos diversos modos de transporte, motorizados e não motorizados, norteado por princípios de democracia, solidariedade e justiça social. 

Desde meados do século XX, o modelo de urbanização das cidades brasileiras se apoia no transporte motorizado individual, especialmente no automóvel. O aumento exponencial de infraestrutura viária das cidades contribui para o espraiamento urbano, para a segregação socioespacial, para os longos deslocamentos casa-trabalho e, em um círculo vicioso, para a multiplicação de automóveis particulares, problemas de saúde pública, impactos no clima e, consequentemente, deterioração da qualidade de vida da população. 

Dentre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) formulados pelas Nações Unidas, destacam-se o ODS 3 -- Saúde e bem-estar -- e o ODS 11 -- Cidades e comunidades sustentáveis --, que se alinham aos preceitos da mobilidade urbana sustentável, com ênfase na mobilidade ativa. Ou seja, são objetivos que pressupõem o incentivo aos deslocamentos não motorizados, entre eles o andar a pé e de bicicleta. 

No Brasil, o conceito de mobilidade urbana sustentável vem sendo construído desde 2004 com a publicação do “Caderno Política Nacional de Mobilidade Urbana Sustentável” pelo Ministério das Cidades. No entanto, somente em 2012, com a instituição da Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei federal 12.587), é que o tema passa a ser incorporado na política de desenvolvimento urbano e incluído no sistema de planejamento urbano municipal, por meio da elaboração de planos municipais de mobilidade apoiados nos planos diretores. 

O Plano Diretor Estratégico de São Paulo (PDE, Lei Municipal 16.050/2014), principal instrumento de planejamento urbano da maior cidade do Brasil, propõe uma visão sistêmica entre transporte, uso do solo e desenvolvimento urbano. Apesar de sua importância, as diretrizes do PDE ainda vêm surtindo poucos efeitos no alcance da mobilidade urbana sustentável. 

Dados da última Pesquisa Origem -- Destino 2017, realizada a cada dez anos pela Companhia do Metrô de São Paulo, indicam que cerca de 67% das 42 milhões de viagens diárias produzidas na região metropolitana de São Paulo são realizadas por modos motorizados (coletivo + individual) e 33 % por modos não motorizados (a pé + bicicleta). Observa-se que, no período de dez anos (2007-2017), a taxa de motorização cresceu 15%; um aumento de 10,3% no total de viagens diárias; os deslocamentos por meios motorizados cresceram 12,4% e por não motorizados, 6,2%. O principal crescimento de viagens motorizadas ocorreu no modo individual (15%). Entre os modos não motorizados, as bicicletas cresceram 24%, mas representam apenas 1% do total das viagens, e os percursos a pé 6%, atingiram 32% de todos os deslocamentos, segundo o Metrô. 

É evidente que o uso dos modos não motorizados -- especialmente “a pé” e “bicicleta” -- vem, ainda que vagarosamente, se ampliando. No entanto, o espaço público da maioria das cidades brasileiras não se encontra preparado para ampliar a predisposição e a segurança dos pedestres e ciclistas, carecendo de atributos fundamentais à mobilidade ativa, entre eles: acessibilidade, conforto ambiental com arborização, mobiliários e equipamentos, pavimentação e dimensão adequadas, iluminação etc. Corrobora com esse cenário, a ausência de um planejamento integrado entre sistema de transporte e uso do solo, em interface com projeto e desenho urbano do espaço público, a descontinuidade das políticas públicas, para além das diversas gestões e a pouca conscientização dos motoristas em relação aos direitos do pedestre e do ciclista, e vice-versa. 

A mobilidade urbana sustentável requer uma visão sistêmica envolvendo o planejamento do uso do solo, com atividades e densidades diversificadas, o desenho do espaço urbano com implantação de infraestrutura completa para pedestres e ciclistas e outros modos não motorizados, e a integração dos diversos modos de transporte motorizados. Todos esses aspectos, em constante transformação na cidade contemporânea, dependem do contexto e das especificidades de cada lugar e de uma boa governança que integre agentes públicos, privados e a sociedade civil. Enfim, é preciso preparar as cidades para as pessoas com vistas à uma vida mais saudável, pressuposto básico da mobilidade ativa.
 

Angélica Tanus Benatti Alvim - Arquiteta e Urbanista, Mestre e Doutora em Arquitetura e Urbanismo, Professora e Diretora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).
 

Viviane Manzione Rubio - Arquiteta e Urbanista, Mestre e Doutora em Arquitetura e Urbanismo, Professora e Coordenadora Adjunta da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).

 

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