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quinta-feira, 7 de março de 2024

Ações em SP reforçam comprometimento com a saúde das mulheres

Programa CEJAM Mulher proporciona a pacientes acesso a consultas e inserção de métodos anticoncepcionais de forma gratuita


No Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, o Instituto CEJAM, responsável pelas ações socioambientais do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim", reforça sua dedicação em promover a saúde e o bem-estar femininos por meio do CEJAM Mulher, uma iniciativa focada na saúde sexual e reprodutiva. 

O programa integra a área de responsabilidade social e surgiu em 2011 em resposta à necessidade de oferecer atendimento especializado e acessível para as mulheres, reconhecendo os desafios que elas enfrentam em relação à sua saúde e prevenção da gravidez não planejada. 

Em 2021, por exemplo, duas em cada três mulheres gestantes não haviam planejado sua gravidez, de acordo com a Pesquisa Nacional de Aborto. Neste início de 2024, essa estatística continua evidenciando a importância do acesso à contracepção e à informação entre as brasileiras. 

"Aqui, nós oferecemos atendimentos altamente qualificados, com consultas médicas e de enfermagem, inserção e retirada de LARCs, que são os contraceptivos de longa duração, além de exames ginecológicos e biópsias, realizados em ambulatórios próprios”, afirma Marceli Fradeschi, gerente de Responsabilidade Socioambiental do Instituto CEJAM. 

Dentre os contraceptivos, são oferecidas diferentes opções para as pacientes, todos com o objetivo de contribuir com seu protagonismo, planejamento e autonomia. Um deles é o DIU de cobre, um método reversível que permite à mulher manter o controle sobre sua fertilidade sem interferir nos hormônios naturais do corpo. 

Para essa modalidade, o Ambulatório Saúde da Mulher é responsável pelo treinamento de todos os profissionais médicos da Atenção Primária de São Paulo quanto à sua inserção, sendo um importante parceiro na ampliação do acesso aos LARCs pelas paulistas. 

“O DIU de cobre é um pequeno dispositivo em forma de T, revestido de cobre. O dispositivo atua provocando mudanças bioquímicas e morfológicas no endométrio, causando uma reação inflamatória. Também provoca alterações no muco cervical, tornando-o mais espesso e, dessa forma, interferindo na mobilidade e qualidade dos espermatozoides, o que dificulta ou impede sua movimentação até as tubas uterinas”, explica Ligiane Dos Santos, enfermeira e supervisora do programa. 

Além dele, o CEJAM Mulher também oferece outras duas opções de contraceptivos de longa duração: o Implanon e o DIU Mirena. O primeiro é um implante colocado no braço da mulher, que libera hormônios que inibem a ovulação. Já o Mirena, diferentemente do de cobre, conta com a liberação de hormônio no organismo. 

"Para complementar esse serviço, também oferecemos ações de educação em saúde, oficinas e palestras para promover a saúde sexual. Todas são entregues com muito carinho, respeito e acolhimento. Em 2023, realizamos mais de 340 atividades com o CEJAM Mulher, impactando mais de 4.800 mulheres", enfatiza Marceli.
 

Como e onde conseguir auxílio?

Atualmente, esses atendimentos são realizados no ambulatório do CEJAM, situado em São Paulo, na rua Doutor Lund, 41, no bairro da Liberdade. O mesmo serviço é disponibilizado para a população de São Roque, na Ladeira Alfredo Salveti, 129, no Centro. 

As consultas e a implementação dos métodos anticoncepcionais são totalmente gratuitas, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em São Paulo, as mulheres podem agendar a inserção do DIU de cobre por meio do aplicativo E-Saúde. Quanto à inserção do Implanon e Mirena, o agendamento é realizado via WhatsApp, por meio do número (11) 98454-0061. 

Já em São Roque, o atendimento é exclusivo para as mulheres residentes no município, e o agendamento também é possível via WhatsApp, pelo número (11) 95875-0740. 

Contudo, é crucial ressaltar que existem critérios específicos estabelecidos pela Secretaria Municipal de São Paulo, os quais são informados pela equipe previamente, para que o agendamento seja efetivado.



Protagonismo feminino

O Instituto CEJAM não se limita apenas à implementação de métodos contraceptivos, ele também promove diversas outras iniciativas que visam ao empoderamento das mulheres na sociedade. 

Nesse sentido, são oferecidos cursos de capacitação profissional por meio do programa CEJAM Conecta, que abrange áreas como Design de Cílios e Sobrancelhas, Cuidador de Idosos, Marketing Digital, entre outros. Além disso, o programa CEJAM Vitalidade promove oficinas de qualidade de vida, arte e cultura, proporcionando oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional para elas. 

Destaca-se ainda o programa de Voluntariado CEJAM, que desempenha um papel fundamental de humanização nos serviços de saúde, além das ações voluntárias desenvolvidas especialmente para a comunidade. Nessa iniciativa, as mulheres constituem 81% da base de voluntários da organização.


Sobre o Instituto CEJAM

O Instituto CEJAM, idealizado pelo Dr. Fernando Proença de Gouvêa (in memoriam) em fevereiro de 2010, é responsável por desenvolver, coordenar e orientar ações, projetos e campanhas socioambientais e de promoção à saúde nas unidades de saúde gerenciadas pelo CEJAM e nas comunidades em torno dos serviços.

Alinhadas aos ODS da ONU, as ações do Instituto fortalecem a visão, missão e valores do CEJAM.


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial


Mulheres são as que mais sofrem risco de ter osteoporose e artrite após menopausa

divulgação
Ortopedista alerta que alterações hormonais comuns ao sexo feminino podem comprometer a absorção de cálcio e fortalecimento da musculatura

 

Desde a primeira menstruação, a menarca, as mulheres passam por alterações hormonais que causam efeitos diversos no corpo. Do ponto de vista ortopédico, a partir do climatério - período que sucede a menopausa (última menstruação) - a mulher sofre alterações ósseas relacionadas à absorção de cálcio, às alterações de vitamina D, de estrógeno e progesterona.

Essas alterações hormonais, que levam à diminuição do cálcio nos ossos, provocam uma primeira incidência de osteoporose, já em torno dos quarenta e cinquenta anos. De acordo com o médico ortopedista Cleber Furlan, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), há um segundo pico de incidência, por volta dos 70 anos, que está relacionada ao envelhecimento e aos efeitos de diminuição da absorção de cálcio e alterações gastrointestinais. 

Por influência hormonal e em razão de fatores genéticos, a cartilagem das articulações das mulheres tende a sofrer um desgaste mais precoce do que o observado no corpo masculino. O médico especialista ainda alerta que indivíduos de descendência europeia estão mais suscetíveis à baixa absorção de cálcio e de vitamina D, e na mulher essa condição predispõe a uma maior incidência das alterações hormonais. 

Nessa direção, a massa muscular determina uma tração nos ossos e estimula seu fortalecimento. O corpo feminino, por sua vez, detém uma quantidade menor de massa muscular, o que agrava a perda óssea e desencadeia alterações nas cartilagens, motivadas pelo impacto e sobrecarga dessas estruturas. Nesses casos, os riscos variam de fraturas leves a uma maior vulnerabilidade a quedas, o que pode acarretar fraturas do fêmur, dos ombros e da coluna - gerando também problemas de abaulamento, protusões e hérnias, resultando no desgaste das estruturas da coluna (discos vertebrais, articulações). 

“Pensando no século passado, os homens exerciam mais trabalhos braçais do que a mulher. Hoje, reconheço que há uma diminuição constante da força laboral, porém essas alterações vão acarretar um impacto maior a pessoas que são sedentárias. E para mulheres com hábitos modernos de sedentarismo e tabagismo, as alterações são maiores e mais graves”, notifica o ortopedista. 

Outro fator importante a ser considerado são as mamas, que a depender do tamanho podem desequilibrar a musculatura e desencadear problemas da coluna. Aliás, a colocação de próteses de silicone provoca alterações posturais e, devido a processos inflamatórios, desgastes e alterações biomecânicas que são pertinentes ao envelhecimento da coluna e mais proeminentes no corpo feminino, influencia em uma maior incidência de hérnia de disco, principalmente na chegada aos 60 anos.

Em idades mais avançadas, a prática de exercícios de impacto sem qualquer orientação ou controle pode gerar lesões crônicas no tendão, resultando em inflamações, bem como problemas nas articulações dos ombros ou nos cotovelos gerando artrites, que podem deformar os dedos e as mãos. Em alguns casos, inclusive, a condição pode se agravar em desgastes prematuros dessas articulações que, junto às alterações hormonais, desencadeiam quadros de osteoporose e osteopenia. 



Cleber Furlan - Médico ortopedista há mais de 20 anos, o Dr. Cleber Furlan é também Mestre em Ciências da Saúde pela FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e Doutorando em Cirurgia pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Furlan é especialista em Cirurgia do Quadril, bem como membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Quadril.
https://www.cleberfurlanmedicina.com.br/

 

Em comemoração ao Dia da Mulher, Prefeitura oferece 1.200 vagas de emprego, shows e atendimento odontológico na Praça das Artes nesta sexta-feira (8)

O público feminino terá acesso a orientações e serviços de saúde, emprego, assistência social, cultura e esportes das 9h às 17h

 

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, a Prefeitura de São Paulo leva à Praça das Artes, no Centro, nesta sexta-feira (8), das 9h às 17h, uma série de ações exclusivas para esse público, como a abertura de 1.200 vagas de trabalho pelo programa Contrata SP Mulheres, shows, cursos e ações de cuidados pessoais, beleza e bem-estar. Além disso, haverá programação especial em vários equipamentos municipais em todas as regiões da cidade durante o todo o mês de março.   

Na Praça das Artes, além de palestras, cursos e atividades de cuidados pessoais, bem-estar e autoestima, haverá atendimento ao público feminino com painel com informações sobre 1.200 vagas trabalho e processo seletivo com empresas parceiras do Cate, orientações às micro e pequenas empresárias e informações sobre o programa Sampa + Rural. Elas também poderão participar de oficinas como a de confecção de roupinhas e adereços para cães e gatos. Ou ainda cortar os cabelos, pintar as unhas e fazer design de sobrancelhas e maquiagem. 

Diversos órgãos e serviços da administração municipal estarão disponíveis para dar orientação sobre a rede de atendimento especializado às mulheres em situação de violência doméstica e familiar, cursos de qualificação profissional, formalização e orientação sobre o MEI – Microempreendedor Individual, credenciamento no programa de fomento ao artesanato e manualidades Mãos e Mentes Paulistanas, orientação sobre programas para pessoas em vulnerabilidade social, como o cadastro para o CadÚnico, Guardiã Maria da Penha, entre outros. As atividades são gratuitas e reúnem diversas secretarias para facilitar o acesso da mulher aos serviços da Prefeitura de São Paulo.   

Dez tendas estarão distribuídas por toda a praça, que terá também um palco onde haverá os shows de Fátima Santos, às 11h, e de Izzy Gordon cantando “as Rainhas que inspiraram a mulher”, às 15h. As tendas terão serviços especializados de saúde, educação e empregabilidade, além de vans que vão oferecer atendimentos da Paraoficina e avaliação odontológica e distribuição de kits de higiene bucal. O “Ônibus Lilás”, uma unidade móvel do município que atende a mulheres vítimas de violência doméstica, estará estacionado no local para orientações e acolhimento.   

Para apresentar o mercado de trabalho no sistema de transporte público por ônibus, um setor tradicionalmente dominado por homens, a SPTrans fará uma série de atividades, mostrando a visão geral das oportunidades, suas diferentes áreas de atuação e os requisitos para cada cargo. Haverá também o compartilhamento de histórias inspiradoras e desafios enfrentados no dia a dia da profissão.   

Além do cargo de motorista de ônibus, as garagens precisam de mão de obra em várias outras áreas, como manutenção, mecânica, funilaria e elétrica, e estão abertas para receber currículos de mulheres interessadas nessas profissões.   

Na tenda reservada para os atendimentos de Saúde, as mulheres terão à disposição vários serviços, como tirar dúvidas sobre dengue e covid, fazer testagem de HIV, sífilis e hepatites e obter informações sobre questões de violência contra a mulher, racismo e transfobias e Registro Geral Animal (RGA) e posse responsável.   

Na tenda “Mulheres na Educação”, profissionais da Secretaria Municipal de Educação vão dar orientações sobre os serviços e atividades oferecidos às mulheres nas unidades educacionais, incluindo os Centros Educacionais Unificados (CEUs).  

A Secretaria Municipal da Habitação trará relatos de mulheres beneficiadas com ações habitacionais da Prefeitura, com ênfase para os benefícios alcançados com iniciativas como  urbanização, regularização fundiária e o tão desejado recebimento de unidades habitacionais. Haverá ainda apresentação de vídeos com relatos e testemunhos de histórias inspiradoras.   

Durante o evento, haverá também a assinatura do termo de cooperação entre diversas entidades governamentais e organizações da sociedade civil para a Comunicação de Acolhimento Institucional Sigiloso de Mulheres em Situação de Violência, com o objetivo de fortalecer a rede de proteção e atendimento a mulheres vítimas de violência, garantindo que o acolhimento seja realizado de forma sigilosa e eficaz.   

A programação especial em homenagem às mulheres vai durar todo o mês com atividades que serão realizadas em toda a cidade.


 

Confira algumas das atividades:

 

Educação 

A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo desenvolveu uma vasta programação de atividades culturais nos Centros Educacionais Unificados (CEUs) e nos Centros de Educação e Cultura Indígena (CECIs), além de uma série de bate-papos formativos dedicados às mulheres. Nas quintas-feiras, serão realizadas lives com foco no direito ao acesso à prática esportiva e atividade física.  

 

Verde e Meio Ambiente 

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) organizou diversos eventos exclusivos para mulheres nos parques de São Paulo: de aula de dança, pilates, yoga e caminhadas até aulas de artesanato, palestras e sessões de cuidados pessoais, com corte de cabelo, sobrancelha, manicure, maquiagem e limpeza de pele. 

 

Esportes 

Os Centros Esportivos, administrados pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SEME), prepararam uma grade intensa de atividades para o público feminino para esta quinta-feira (7) e sexta-feira (8) em todas as regiões da capital, para celebrar o Dia Internacional da Mulher.  

O destaque da programação é a Caminhada das Mulheres, que será realizada nesta sexta-feira (8), das 9h às 11h, no Parque das Bicicletas (Alameda Iraé, 35) em Moema, na Zona Sul. 

 

Inovação e Tecnologia 

O FAB LAB LIVRE SP, da Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (SMIT), tem vários cursos utilizando a tecnologia como forma de renda, como o corte a laser de bijuterias em acrílico com Inkscape, eletrônica para mulheres e marcenaria. 

 

Cultura

Ao longo de todo o mês de março, os equipamentos culturais da pasta trazem programação liderada por mulheres, com shows de Negra Li, Filipe Catto, Heloá, Brisa Flow, atrações de dança e comédia stand up, entre outras. 


Dia Internacional da Mulher: quais os tipos de violência contra a mulher e como se proteger deles?

Imagem de TréVoy Kelly por Pixabay
Em média, quatro mulheres morrem diariamente no país vítimas de feminicídio

 

Uma mulher é vítima de violência a cada quatro horas no país, segundo a Rede de Observatórios da Segurança, que aponta maior concentração em estados como São Paulo e Rio de Janeiro. Na maior parte dos casos, quem impõe a violência está perto: os companheiros ou ex-companheiros tendem a ser os autores em 75% dos casos. As agressões possuem diversas motivações, desde meras discussões até o fim do relacionamento. No Dia Internacional da Mulher, o advogado Aldo Nunes, com escritório em Santa Catarina, reforça que a violência contra as mulheres não ocorre apenas na forma física, mas também de outras formas. Destaca, com firmeza, que elas têm direito à plena proteção; ou seja, a toda e qualquer forma de violência. 

As estatísticas demonstram a importância de monitorar a situação logo cedo. Somente no ano passado, a Central de Atendimento à Mulher, do governo federal, recebeu em torno de 75 mil denúncias de violência por meio do contato 180. Além das estatísticas, a situação é ainda pior. O Mapa Nacional da Violência de Gênero indica que a cada dez mulheres que sofreram violência doméstica, seis não registraram o ocorrido na polícia. 

O número de mortes recuou, mas continua elevado, de acordo com dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que indicam que de janeiro a outubro de 2023, foram registrados 1.158 feminicídios, queda de quase 2,5% na base anual. 

“Em casos de violência, é importante que a vítima faça um Boletim de Ocorrência e denuncie o autor. É comum que elas subestimem o risco, o que pode levar a fatalidades”, destaca o advogado. Mulheres que sofrem violência doméstica devem solicitar, através da Delegacia da Mulher ou por meio de um advogado de sua confiança, uma medida protetiva de urgência, para que o agressor seja afastado e a segurança da mulher seja preservada. 

A percepção das mulheres é de que a violência contra elas aumentou, segundo Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, realizada pelo Instituto DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV). Três quartos das entrevistadas apontam para uma piora no quadro, mencionando como as mais frequentes as violências na forma física, psicológica e moral. Entenda:
 

Violência física

A violência física é aquela que fere a integridade física ou a saúde corporal da mulher. Empurrões, pisões, tapas, socos, chutes, espancamentos, golpes com facas ou itens domésticos, ferimentos por queimaduras ou armas de fogo podem ser configurados como violência física e devem ser denunciados pelas mulheres mediante a Lei Maria da Penha. 

Após a denúncia, a Justiça ou a polícia podem conceder medidas protetivas de urgência de imediato ou em até 48 horas. “A lei prevê o afastamento do agressor do lar e proíbe qualquer tipo de contato. A vítima e seus dependentes podem ser transferidos para um abrigo especializado e, em alguns casos, o agressor pode ficar preso”, destaca o advogado. 

Mulheres podem procurar uma série de instituições nestes casos, incluindo delegacias especializadas, juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, promotorias e núcleos especializadas do Ministério Público e Defensoria Pública além de Centros de Referência de Atendimento à Mulher, Patrulhas/Rondas Maria da Penha, casas-abrigo e as casas da mulher brasileira.
 

Violência psicológica

Controle e ciúmes excessivos, além de ameaças e xingamentos podem ser considerados como sinais de violência psicológica que podem resultar futuramente em feminicídio. A mulher deve procurar a delegacia e estar atenta logo aos primeiros sinais, incluindo ridicularização e perseguições de companheiros e ex-companheiros. A prática de gaslighting também é comum, em que o homem distorce e omite fatos para que a mulher tenha dúvidas sobre sua memória e sanidade. 

“Chantagens, gritos, bater na mesa, intimidações, humilhações, vigilância constante, obrigar a mulher a fazer algo que ela não quer, essas ações configuram violência psicológica, uma maneira de ditar ordens numa relação de forma negativa, cerceando as liberdades da mulher”, destaca o advogado, que aponta que a violência psicológica causa dano emocional e diminuição da autoestima da vítima.
 

Outros tipos de violência

Além da violência física e psicológica, a Lei Maria da Penha prevê outros três tipos, a moral, a sexual e a patrimonial. A prática de manter ou presenciar relação sexual não desejada configura a violência sexual, assim como o impedimento de uso de método contraceptivo e forçar uma gravidez ou aborto por meio de chantagem, coerção, ou até pela força. Já a violência moral tem como exemplos casos de injúria, difamação e calúnia. Além disso, menos nítida é a violência patrimonial. Destruição de bens ou objetos, instrumentos de trabalho, documentos podem ser considerados violência patrimonial. Controlar o acesso ao dinheiro, deixar de pagar a pensão, furtos, extorsão e estelionato também entram na lista. 

“A mulher tem direito à sua parte do patrimônio, conforme o regime escolhido na sua união. No entanto, infelizmente é comum que homens escondam parte do patrimônio, inclusive destinando valores para terceiros, para que ela não tenha acesso. Nestes casos, com auxílio de um advogado especializado, a mulher poderá, mediante estratégias jurídicas, conquistar provas e reverter a sua situação na Justiça”.

 

Cinco desafios das mulheres em inovação e como superá-los

 Empresas diversas e inclusivas são mais criativas, dinâmicas, inovadoras e prósperas. Essa relação já foi comprovada em muitos estudos, mas, até hoje, são poucos os negócios que compreendem estas vantagens e buscam aplicá-las estrategicamente em prol de seu crescimento.

Ainda há um desequilíbrio de gênero nítido que dificulta o acesso das mulheres às mesmas oportunidades que os homens na área de inovação, evidenciando uma série de desafios que precisam ser imediatamente combatidos para abrir portas para que cada vez mais profissionais possam conquistar seus objetivos e contribuir para as empresas.

Compreender a fundo as pedras que estão no caminho é um passo importante para evitar que nós sejamos desvalorizadas, que fiquemos desmotivadas e, consequentemente, infelizes por não atingirmos nossos sonhos profissionais. Por isso, veja cinco desafios cruciais que devem ser superados:

#1 Formação: Nos últimos anos, foi observado um aumento esperançoso da quantidade de mulheres que se formam nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Entre 2010 e 2021, como exemplo, dados do Inep comprovam uma elevação de 96% no número de alunas que concluíram cursos superiores nessas áreas. Porém, ao ingressarem no mundo profissional, as barreiras começam a se erguer – limitadas por uma série de visões equivocadas que associam à figura masculina uma maior capacidade e preparo para inovarem nas empresas.

#2 Pré-conceito: mesmo com uma formação cada vez melhor, não é incomum observar a associação deste mercado como uma área majoritariamente masculina, o que, por si só, já dificulta que as mulheres tenham as mesmas oportunidades. Por mais que já estejamos vendo uma mudança significativa nesse ingresso, essa ainda é uma visão prejudicial a elas – agravado, ainda, pelo papel que muitas recebem como sendo responsáveis pelo cuidado do lar e com a família. Essa divisão de responsabilidades desigual faz com que, muitas vezes, eles sejam os comandantes da inovação no mercado, e não elas.

#3 Cargos de liderança: fora a dificuldade em ingressar na área, há ainda uma barreira para aquelas que tentam alcançar cargos de liderança. Parte disso se justifica pela presença massiva de gerações mais antigas nesse posto, as quais ainda privilegiam os homens nos cargos mais elevados. Ao analisar a participação das mulheres em cargos de liderança, vimos que elas conseguem alcançar cargos gerenciais, mas ainda são minoria nas diretorias. Em dados divulgados no Panorama Mulheres 2023, como prova disso, hoje elas representam 21% dos membros dos conselhos administrativos e 17% das CEO das empresas brasileiras. A chegada das novas gerações no mercado pode contribuir para que essa realidade seja revertida, renovando o clico dos times empresariais.

#4 Maternidade: infelizmente, esse ainda é um tabu. Muitas empresas acreditam que mulheres que são mães não terão o mesmo rendimento e qualidade nas entregas. Esse é um pensamento completamente equivocado, mas que ainda é visto em muitas empresas. Não à toa, muitas costumam ser desligadas logo após seu retorno da licença-maternidade ou, ainda, nem chegam a avançar no processo seletivo quando questionadas sobre o tema pelos recrutadores. Assim, muitas chegam a repensar o sonho da maternidade por medo de esse ser um empecilho para seu sucesso profissional.

#5 Empreendedorismo por necessidade: diante destas dificuldades, muitas mulheres buscam abrir seus próprios negócios ou, ainda, migrarem para o setor informal, como forma de prosperarem em suas carreiras. Contudo, esse movimento é, muitas vezes, desencadeado por uma necessidade, ao invés de algo opcional ou uma oportunidade adquirida, e não necessariamente este empreendedorismo está voltado ao mercado de ciência e inovação. O resultado pode ser visto pelos números. Segundo dados do Mapeamento do Ecossistema Brasileiro de Startups de 2023, apenas 19,7% das startups são fundadas por mulheres.

Ao longo da história, as mulheres têm lutado cada vez mais por espaço, buscando eliminar barreiras e preconceitos que impeçam uma jornada profissional de sucesso, e no mercado de ciência e inovação não é diferente. Apesar de existirem muitos desafios, nós viemos demonstrando uma incrível persistência e resiliência, superando obstáculos para fazer descobertas significativas e avançar em seus campos de atuação.

A própria Agenda 2023 da ONU reforça a importância da igualdade de gênero como uma peça fundamental para o progresso dos países – afinal, é a partir da pesquisa científica que nascem soluções que mudam a vida de muita gente.

Existem muitos caminhos a serem percorridos para trazer mais mulheres à inovação e, quanto mais representantes tivermos, mais profissionais inspiradoras poderão fazer história, trazendo uma ampla diversidade de visões e pensamentos que contribuam para o desenvolvimento de inovações revolucionárias para nossa sociedade.

 

Renata Menezes - diretora de negócios do FI Group, consultoria especializada na gestão de incentivos fiscais e financeiros destinados à PD&I.

FI Group
https://br.fi-group.com/


A Energia Eólica e o impacto dinâmico na Economia brasileira


Desde a primeira instalação de uma turbina eólica no arquipélago Fernando de Noronha em 1992 até o momento, no ano de 2024, o Brasil mostra um desenvolvimento histórico impressionante do uso de energia eólica como energia renovável.  São 30 GW, de energia instalada atualmente. O Brasil é o terceiro país no mundo a desenvolver energia renovável eólica nos últimos anos, atras apenas da China e EUA.

Dados publicados pela ABEEÓLICA mostram o impacto dinâmico que o desenvolvimento da energia eólica ONSHORE já exerce sobre a economia brasileira. São 1016 parques eólicos existentes com mais de 10.941 turbinas eólicas instaladas. 

É a existência real de uma infraestrutura importante de energia eólica sustentável, que deve ser continuada considerando que um sistema de geração eólica, equivalente a 5,0 GW, fomenta a existência de 67.700 empregos na cadeia produtiva e de 15.000 empregos em tarefas O&M. A expectativa é enorme ao prever um crescimento considerável da geração de energia eólica, que demanda uma produção nacional de equipamentos.   

A demanda de expansão da capacidade de geração de energia eólica no Brasil passa pela continuidade do desenvolvimento da cadeia de fabricantes deste setor. Essa expansão com base local traz maior dinamismo para a economia brasileira com impactos positivos no PIB do país.

Por outro lado, no que concerne à manutenção de equipamentos, a quantidade de 10.000 turbinas instaladas no Brasil com 10 a 15 anos de existência, aguardam prestação de serviços de manutenção, muitas vezes urgentíssimo, o que demanda a presença de instituições, de logística e de pessoal qualificado. A produção local de equipamentos e serviços de manutenção impactam significativamente no crescimento do PIB nacional.

Faz-se necessário então, que a cadeia produtiva e os membros envolvidos com energia eólica tenham conhecimento suficiente e entendam a estrutura tecnológica de uma turbina eólica, como componente importantíssimo na produção de energia renovável. 

Milhares de colaboradores e profissionais precisam ter uma visão, conhecimento geral, da estrutura mecânica dos equipamentos que produzem nas fábricas e que prestam serviços nos parques de geração eólica. A educação técnica é necessária, facilita a compreensão, eficiência e inovação gerando produtividade.

  

Mario Larco - Coordenador de normalização ABNT/ABEEÓLICA / CEE da ABIMAQ     


Dia Internacional da Mulher: mulheres ainda enfrentam dificuldades para empreender. Veja benefícios de fazer uma mentoria

 

A mentora de negócios Gisele Hedler explica que o acompanhamento auxilia na assertividade das escolhas, ajudando no crescimento e sucesso de empreendedoras 

 

O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, surgiu em 1917, em plena Primeira Guerra Mundial, com a manifestação de um grupo de operárias russas, que reivindicavam melhores condições de trabalho e de vida. No entanto, hoje, mais de um século depois, ainda é possível perceber que, quando se trata de mercado de trabalho, as mulheres ainda estão em desvantagens, principalmente as que decidem empreender. É o que concluiu um recente levantamento realizado pelo Sebrae: apesar de mulheres abrirem negócios na mesma proporção que homens, elas faturam menos, possuem baixa potencialidade de internacionalização, seus empreendimentos são menos inovadores e elas pagam taxas de juros mais altas, mesmo sendo mais adimplentes.

Frente a essas adversidades, fazer uma mentoria com um profissional antes de começar a empreender pode ser um diferencial que ditará o sucesso nos seus negócios, principalmente para mulheres. Para a mentora e especialista em desenvolvimento humano e pessoal, Gisele Hedler, a mentoria de negócios desempenha um papel fundamental no crescimento e sucesso dos empreendedores, proporcionando orientação, desenvolvimento de habilidades, acesso a recursos, motivação e prestação de contas. Ela explica ainda cinco motivos para não tomar esse primeiro passo sozinha.


Como funciona a mentoria

“Na jornada empreendedora, a mentoria é como uma bússola, orientando os iniciantes a navegar pelos caminhos desconhecidos do mundo dos negócios. É o elo entre a experiência e a busca pelo sucesso, onde um guia experiente compartilha seu conhecimento para evitar que seus aprendizes se percam em tempestades de desafios e dificuldades”, explica Gisele.

Assim, o mentor, qual capitão de um navio, é alguém que já navegou pelos mesmos mares que seu aprendiz, conhecendo os recifes ocultos e as correntes traiçoeiras. Com sua sabedoria, ele antecipa os perigos iminentes e oferece rotas alternativas, permitindo que o aprendiz alcance seu destino com mais segurança e eficiência.


Qual a contribuição da mentoria para os negócios?

A mentoria é como uma caixa de ferramentas multifacetada, repleta de instrumentos essenciais para impulsionar o sucesso dos empreendedores. Entre suas diversas funções-chave, Gisele destaca:


Inspirar e motivar os empresários

Gisele diz que a mentoria pode desempenhar um papel importante no aumento da motivação e confiança dos empreendedores. Ter alguém que acredita neles, lhes ofereça apoio e os encoraje durante os momentos difíceis pode ser extremamente empoderador e inspirador.


Orientação e conselhos

“Os mentores experientes podem oferecer orientações valiosas com base em suas próprias experiências. Eles podem ajudar os empreendedores a evitar erros comuns, oferecer insights sobre desafios específicos do setor e fornecer conselhos práticos sobre como superar obstáculos”, diz a especialista.


Ajudar a entender as políticas de negócios e das exigências do mercado

Um mentor pode ajudar os empreendedores a definir metas claras e acompanhá-los em seu progresso. Isso cria um senso de responsabilidade e prestação de contas, incentivando os empreendedores a se manterem focados e comprometidos com seus objetivos.


Networking e Acesso a Recursos

Mentores muitas vezes têm uma ampla rede de contatos na indústria, o que pode ser extremamente valioso para os empreendedores. “Os mentores podem conectar os empreendedores a potenciais clientes, parceiros, investidores e outras oportunidades de negócios. Além disso, eles podem fornecer acesso a recursos, como financiamento, espaço de trabalho compartilhado e programas de capacitação” afirma, Gisele.


Desenvolvimento de habilidades em várias áreas

“A mentoria de negócios pode ajudar os empreendedores a desenvolver habilidades essenciais, como liderança, gestão, finanças, comunicação e tomada de decisão, além de ajudá-los a compreender assuntos burocráticos. Os mentores podem compartilhar conhecimentos técnicos e práticos que são fundamentais para o sucesso nos negócios”, diz Gisele.


Responsabilidade e prestação de contas

Um mentor pode ajudar os empreendedores a definir metas claras e acompanhá-los em seu progresso. Isso cria um senso de responsabilidade e prestação de contas, incentivando os empreendedores a se manterem focados e comprometidos com seus objetivos.  



Gisele Hedler - Moradora de Porto Alegre (RS), Gisele Hedler é empresária e uma entusiasta em Nutrição Funcional. Especialista em saúde emocional, física e espiritual, Gisele está à frente da Faculdade de Saúde Avançada, que conta com mais de 30 mil alunos pelo mundo. A instituição se destaca por desenvolver e acompanhar profissionais de saúde com formações em Nutrição Funcional. Além disso, ela conta com um colágeno de desenvolvimento próprio com uma fórmula premium que oferece saúde em estética.
@giselehedler


Cenário, desafios e perspectivas para as mulheres na área de Tecnologia: onde estamos e para onde vamos?

 

Mulheres são 51,5% da população brasileira, mas representam apenas 25% da força de trabalho na área de tecnologia, o menor número na América Latina 

 

Apesar de as mulheres representarem 51,5% da população brasileira (IBGE 2022), este número ainda não reflete o setor e mercado de trabalho de Tecnologia. Segundo a pesquisa Women in Technology, elas são apenas 25% da força de trabalho na área, sendo que o Brasil leva o menor percentual de mulheres na composição laboral entre os países da América Latina. Além disso, a maioria das mulheres também está fora dos cargos de liderança no geral: 60% das empresas no Brasil não possuem mulheres em cargos decisivos como esse. 

Sabendo da necessidade de transformação social, da relevância da autonomia das mulheres e da independência econômica, algumas empresas têm trabalhado para transformar esse cenário, seja a partir de programas de visibilidade, mentorias específicas, programas de liderança ou apoios educativos de formação. Ainda segundo o estudo, 51% das empresas têm tentado empregar mais mulheres por meio de processos de recrutamento sem preconceitos inconscientes, 40% busca garantir maiores oportunidades de promoção e 38% têm oferecido trabalho flexível para as mulheres, assim como um incentivo a trabalharem na área de Tecnologia. 

Carol Franco, 38 anos, é a atual Diretora de Marketing e Comercial da RPE, empresa focada em soluções de meios de pagamento, e é um dos exemplos de mulheres que conquistaram cargos de liderança. Há seis meses, ela aceitou o convite para gerenciar a área de Marketing da empresa, mas em menos de um mês já foi promovida para o cargo que ocupa hoje. “Divido a diretoria da empresa com mais oito diretores, sendo que sete deles são homens e uma é mulher. Meu time tem seis pessoas: quatro delas são homens e também trabalhamos com algumas agências e fornecedores. Esse é um desafio que se torna ainda mais difícil devido ao mercado que atendemos, de tecnologia e varejo, que é majoritariamente masculino”, diz. 

Dentre os desafios que Carol consegue elencar por estar dentro deste mercado, de modo geral, está a necessidade de ser ouvida e respeitada. “Existe aquela desconfiança e insegurança que precisamos enfrentar diversas vezes em ambientes dominados por homens. É necessário estar sempre lutando por um espaço e defendendo ideias e opiniões. Por conta disso, mais do que reclamar ou me vitimizar, adotei a postura de buscar conhecimento e dividir bem o espaço com os homens, sempre deixando minha opinião e ações bem evidentes”, conta. 

Segundo ela, o que a destacou foi a habilidade em fazer gestão de projetos, gestão de pessoas e resolver problemas de forma rápida e estratégica. Ela diz que a oportunidade de ser promovida em tão pouco tempo trouxe mais conforto e segurança, pois ser reconhecida é um grande estímulo profissional e pessoal. 

Para a especialista, um dos segredos para construir uma carreira sólida na área de Tecnologia é acreditar no próprio potencial e seguir em frente. “Não desista, escreva sua própria história, deixe um legado e não tenha medo do novo e desconhecido. Seja um exemplo no que faz de melhor, estude e fale sempre mais alto, quando necessário, para ser ouvida com respeito. Sinto que, nos últimos anos, o mercado vem abrindo mais espaço para nós, principalmente nos cargos de liderança. Mais do que conhecimento técnico, nós, mulheres, podemos agregar muito valor em cargos de gestão e estratégicos”, aponta.

Nessa linha de pensamento também vai Camila de Lima Leal, 32 anos, que atua como Diretora de Customer Success na RPE. Para se destacar, ela apostou em uma jornada interna, pela qual se fortaleceu primeiro por dentro. “Por muitos anos, tive a sensação de que eu precisava me arrumar de forma mais masculina, mais discreta e que não podia chamar atenção ou não ser tão calorosa como eu gostaria, como sou naturalmente, e falar de forma mais parecida com um homem. Mas, notei que quando eu me desapeguei de parecer algo, me tornei uma pessoa que trazia muito mais respeito. Então, o processo foi muito menos sobre como eu conseguiria mudar o mundo à minha volta e mais sobre eu me enxergar pertencente a ele, não importando o que o outro falasse ou achasse. Quando tive essa clareza mental de que eu confiava na minha capacidade técnica, emocional, gerencial e estratégica, percebi que, na verdade, a minha maior vilã era eu mesma. Então, não precisei ser um homem para aparecer e ser aceita. Precisei apenas estar confortável na minha própria pele, na minha posição”, comenta

De acordo com Camila, no mercado de Tecnologia “estão pessoas de uma geração que está mais para frente, então de certa forma são mais tolerantes, mais compreensivas. Sinto que é uma área muito mais avançada para entrar, muito mais aberta, de pensamentos frescos e opiniões novas”. Com ela, concorda Priscilla Arruda, 37, CEO da Base, uma empresa parceira da RPE, dizendo que “o ambiente dentro de uma empresa de Tecnologia é mais leve, pois as pessoas normalmente possuem mente mais flexível. E aqui na empresa, especialmente, as mulheres possuem espaço de igual para igual e isso é muito satisfatório”.

Priscilla conta que sempre trabalhou em segmentos de público majoritariamente masculino, como fábricas e os setores de telecomunicações, energia e tecnologia. “Durante a minha carreira, principalmente no início, quando eu ainda não ocupava cargo de liderança, era muito difícil ser levada a sério. Eu precisava me impor de forma que homens nunca precisavam. Tinha que ter um esforço maior para mostrar valor e aí sim ser respeitada. E quando você ainda não ocupa uma posição de liderança, fica muito difícil ter esse espaço”. 

Ela conta que uma situação marcante foi quando trabalhava com consultoria de hunting e o supervisor direcionou um cliente para outro colega de trabalho que era homem alegando que, por conta de o cliente ser engenheiro, ele preferia lidar com homens, que são mais práticos e racionais. “Eu era nova na época, estava começando minha carreira e não tinha noção da gravidade daquilo, então apenas aceitei”.

Um estudo da Aliança Mundial de Informação sobre Tecnologia e Serviços de (WITSA) revelou que a maior participação das mulheres na indústria de tecnologia representaria um aumento anual de 9 trilhões de euros no PIB global. Ainda, de acordo com o relatório Woman in Technology, existe um reconhecimento geral por parte das empresas de que devem ser feitos esforços para a criação e permanência de programas de talentos femininos, tanto de atração quanto de retenção, pois a representação de gênero de forma equitativa garante diversidade de percepções, capacidades e habilidades. Dessa forma, homens e mulheres podem contribuir com o máximo potencial para criar soluções inovadoras e melhorar processos. O relatório também conclui que, ao levar em consideração que a tecnologia é parte fundamental da sociedade, é importante que as mulheres tenham tanto peso quanto os homens na evolução, manutenção e criação dela. 

“Lugar de mulher é onde ela quiser, então trabalhe a auto confiança. Procure sempre entender e estudar o mercado em que você atua, seja ele o de tecnologia ou não. Lembre-se de que não existe nada que diferencie a capacidade feminina da masculina e que tudo é uma questão de oportunidade, então saiba abraçar as suas”, finaliza Priscilla. 


Dados: O Farol no Nevoeiro do Mercado das Pequenas e Médias Empresas

Com o foco em levar as empresas a tomarem decisões com mais segurança e assertividade, os dados de mercado se tornam decisivos para as pequenas e médias empresas (PMEs), afinal, é por meio das pesquisas e dos dados obtidos com elas que o empreendedor pode ver claramente as oportunidades e ameaças dentro do seu mercado de atuação.

Para tornar o tema mais compreensível, o exemplo a seguir de um estabelecimento pode explicar bem essa necessidade indispensável que os dados de mercado têm para as PMEs: A ‘Doces Delícias’, uma confeitaria de pequeno porte, enfrentou um desafio comum no mundo empresarial: a expansão sem uma análise aprofundada de dados. Ao abrir uma nova filial baseada em intuição, em vez de dados concretos, a empresa sofreu prejuízos significativos.

Só com o parágrafo acima, compreende-se a importância crítica de basear decisões em dados sólidos. No universo das PMEs, cada escolha pode ter um grande impacto. Ferramentas de inovação digital, como softwares de análise de dados, são essenciais para revelar tendências de consumo e preferências do cliente.

Após esse contratempo, a ‘Doces Delícias’, guiada por seu empresário, colaborou estritamente com seu contador. Juntos, eles analisaram a situação, usando os números para iluminar o caminho a trilhar. A análise mostrou que, apesar do revés inicial, a empresa ainda possuía um grande potencial de recuperação e crescimento. Essa parceria estratégica entre o empresário e o contador foi crucial para redefinir a estratégia da confeitaria, mantendo o empresário no centro do palco com o contador atuando como um conselheiro confiável e essencial.

A história da ‘Doces Delícias’ é um lembrete poderoso de que, no mundo dos negócios, andar às cegas é arriscado. Dados e análises não são apenas ferramentas; são faróis que iluminam o caminho para decisões sábias e lucrativas. Neste cenário, a relação sinérgica entre o empresário e o contador emerge não apenas como um elemento de suporte, mas como uma parceria estratégica para o sucesso.

É indispensável a colaboração entre empresário e contador, mantendo o empresário como figura central na tomada de decisões e o contador se destacando como um parceiro estratégico, principalmente através das inovações digitais que o profissional pode agregar à empresa, com o uso de ferramentas inclusivas, desburocratizadas e eficazes que geram dados de fácil compreensão e análise. Lembre-se: nos negócios, decisões fundamentadas em dados é determinante. 

 

Camilla Natividade - bacharel em Gestão Financeira pela Universidade Paulista, possuindo quase 20 anos de experiência na área contábil e fundadora/CRO (Diretora de Finanças) da ContábilHUB, assessoria especializada em serviços contábeis e de gestão financeira desburocratizados e digitais para pequenas e médias empresas.

 

Ademicon patrocina projeto "Em Busca de Uma Estrela", voltado para mulheres que sonham jogar futebol profissional

 

 


No Mês da Mulher, companhia anuncia investimento no futebol feminino brasileiro


 No Mês da Mulher, a Ademicon, maior administradora independente de consórcio do Brasil em créditos ativos, anuncia seu patrocínio ao projeto "Em Busca de Uma Estrela", iniciativa dedicada ao crescimento e fortalecimento do futebol feminino no Brasil. A ação reafirma o compromisso da empresa com o esporte, que tem relação direta com o produto, e envolve planejamento, conquistas e qualidade de vida. 

"Temos muito orgulho em apoiar iniciativas como esta que, não só impulsionam o esporte, mas promovem valores essenciais como igualdade e inclusão. Acreditamos que investir neste tipo de ação, especialmente no futebol feminino, é uma estratégia para contribuir com a transformação da sociedade, permitindo que muitas meninas realizem seus sonhos", destaca Tatiana Schuchovsky Reichmann, CEO da Ademicon.

 

O projeto 

O “Em Busca de Uma Estrela” leva desenvolvimento, crescimento e sucesso para jovens que desejam ser atletas profissionais. Em conjunto com a Federação Paulista de Futebol e sediada em São Paulo, a iniciativa tem a missão de proporcionar igualdade de oportunidades para meninas, usando o esporte como instrumento de transformação educacional e social. 

Camila Estefano, gerente geral do projeto, celebra a parceria realizada: “É motivo de grande alegria ter a Ademicon como nossa nova patrocinadora. É uma parceira que chega fortalecendo ainda mais o projeto e que traz para as meninas um tema super-relevante e fundamental, que são as aulas de educação financeira. Além disso, celebramos juntos o início desse acordo em um mês representativo, que é o mês das mulheres e que simboliza a luta de todas nós pela igualdade”. 

Tendo a artilheira da seleção brasileira Cristiane Rozeira como embaixadora, o ingresso no projeto é realizado em oito sessões de peneira, que filtram 120 atletas durante dois meses. As jovens que se destacam passam por um treinamento intensivo de nove meses, com o apoio de uma equipe técnica e infraestrutura completa. Ao término das etapas as participantes têm a possibilidade de ingressar em clubes parceiros e universidades. 

Além do "Em Busca de Uma Estrela", a Ademicon mantém seu compromisso social através de investimentos em diversos outros patrocínios e apoios, incluindo a Sociedade Hípica do Paraná, a surfista Luara Mandelli, a amazona Manoela Michaelis, o Hospital Pequeno Príncipe, o Complexo de Saúde Pequeno Cotolengo e outros.

 

Sobre o “Em Busca de Uma Estrela” 

O projeto busca promover o empoderamento das mulheres no esporte, nivelando as oportunidades e oferecendo melhores condições para o desenvolvimento das atletas. Além de igualar as oportunidades disponíveis nas categorias masculinas, ele também visa prepará-las para ingressar nos times profissionais. Fundado em julho de 2022, o “Em Busca de Uma Estrela” leva acompanhamento médico, odontológico, nutricional, psicológico, entre outras especialidades, para que as meninas tenham todo o suporte necessário e alcancem seus objetivos dentro e fora de campo.

  

Ademicon - maior administradora independente de consórcio do Brasil em créditos ativos.


Empresas apostam na nostalgia para atrair consumidores

A estratégia tem se disseminado cada vez mais e contribui para o sucesso nas vendas 

 

Atualmente, a publicidade tem acertado em algumas campanhas que foram sucesso de público ao usar a nostalgia como mote. Mamonas Assassinas, Volkswagen e Elis Regina, Oreo com Castelo Rá-Tim-Bum, Boticário com Bubbaloo e o filme da Barbie são exemplos de casos usando a conexão emocional para conversar com uma audiência específica.  

“De acordo com Samuel Pereira, CEO e fundador da SDA Holding, responsável e apresentador do Segredos da Audiência, maior espetáculo de tráfego digital e audiência do País”, a nostalgia é uma ferramenta poderosa no arsenal de qualquer estrategista de marketing. “A ideia não apenas evoca lembranças positivas, mas também cria uma ponte emocional entre a marca e seu público-alvo, levando a uma fidelidade mais profunda e duradoura”, explica. 

Essa sensação de “lembrar dos bons tempos” é o ponto-chave do marketing de nostalgia e, segundo o especialista, a estratégia está ganhando cada vez mais espaço, especialmente com a volta da era 2000. “Empresas estão trazendo de volta produtos que marcaram época, conectando gerações como os millennials. É incrível como ela cria uma conexão forte entre marcas e consumidores”, revela. Ele ressalta que não funciona apenas com quem cresceu nos anos 80 ou 90, mas é uma estratégia que transcende gerações. 

Levando esses pontos em consideração, é fundamental que as empresas compreendam seu público-alvo antes de atuar. Descobrir o que traz aquela saudade positiva para os consumidores e trazer isso de volta de maneira genuína é o que determina o sucesso. Seja resgatando um produto icônico ou fazendo referências culturais, a autenticidade é crucial para criar uma conexão emocional verdadeira.

“As marcas mais astutas usam essa abordagem para despertar emoções positivas, fortalecendo assim a fidelidade dos clientes. Ao trazer de volta elementos clássicos que cativaram gerações passadas, elas mostram um entendimento profundo de seu público e uma habilidade de se adaptar às demandas emocionais em constante mudança”, acrescenta.

A nostalgia é mais do que uma simples ferramenta de marketing - é uma maneira de estabelecer uma conexão real e duradoura com o público. Ao utilizar essa estratégia de forma criativa e inteligente, as empresas podem abrir as portas para um relacionamento mais profundo e significativo com seus consumidores. 



Samuel Pereira - empresário, investidor e fundador da SDA Holding. Entre alguns dos seus marcos está a criação do evento “Segredos da Audiência Ao Vivo” (SDA Ao Vivo), maior espetáculo de tráfego e audiência do Brasil. Samuel também empreende no universo digital há 13 anos, onde já desenvolveu dezenas de sites e blogs, sendo que, algumas dessas páginas, já receberam mais de 16 milhões de visitantes únicos. Nas redes sociais que gerencia são quase 5 milhões de seguidores, e em suas redes pessoais são mais de 1 milhão de seguidores. Também é coautor do livro “Negócios Digitais” e autor de Best-Seller na Revista Veja com o livro “Atenção! O Maior Ativo do Mundo”, com prefácio de Luiza Helena Trajano.
Para mais informações, acesse o site, Instagram, Youtube ou Facebook.


A interoperabilidade como elemento-chave para promover maior eficiência nas instituições de saúde


Não é de hoje que a interoperabilidade se tornou pauta importante em instituições de saúde renomadas. Isto porque, o conceito, que se origina do setor de Tecnologia da Informação (TI), representa a capacidade de diferentes sistemas, dispositivos ou entidades de diferentes mercados, se comunicarem e compartilharem informações de maneira eficiente e padronizada, sem a necessidade de intervenção manual.

No contexto corporativo, a interoperabilidade é vital para promover integração, colaboração e inovação entre partes interessadas, uma vez que permite a otimização dos processos, a redução de custos operacionais e o aprimoramento da tomada de decisão com base em dados integrados e transparentes.

Neste sentido, a aplicação da interoperabilidade, traz benefícios significativos como aumento da eficiência, otimização na qualidade dos serviços, segurança aprimorada e inovação. No setor de saúde, ela facilita o acesso a dados de pacientes, a coordenação entre profissionais e a agilização de tratamentos, utilizando padrões como o HL7 para a integração de informações demográficas que aprimoram, ainda mais, o atendimento e a qualidade do atendimento ao paciente na ponta.

 

Os desafios da Interoperabilidade na saúde

Para instituições de saúde no Brasil, a interoperabilidade representa um desafio em constante evolução, exigindo investimentos em tecnologia e a adoção de padrões de interoperabilidade regulamentados.

No entanto, a implementação efetiva de sistemas interoperáveis, requer a escolha de fornecedores que aderem a padrões estabelecidos e que ofereçam soluções compatíveis com as plataformas existentes, visando a integração de dados e a melhoria contínua dos processos, tanto no âmbito das operadoras de saúde como em toda a rede de prestadores, como hospitais, laboratórios e etc.

É importante salientar que existem diferentes níveis de interoperabilidade. Entre eles destacam-se os níveis sintático, semântico e pragmático, os quais abordam, respectivamente, a estruturação e codificação de dados, a interpretação do significado das informações e o contexto de uso desses dados.

Além disso, é importante ressaltar que a interoperabilidade pode ser classificada em técnica, semântica, humana, legal e organizacional, cada uma abordando aspectos distintos da integração e comunicação entre sistemas.


Benefícios além do operacional

Investir em interoperabilidade no setor de saúde não apenas moderniza a gestão, mas também proporciona a padronização dos dados dos pacientes, redução de custos operacionais, comunicação eficiente entre setores e a humanização do atendimento médico, inclusive com a possibilidade de tomadas de decisão e ações no campo da medicina preventiva junto aos pacientes.

Contudo, enfrentar os desafios associados à interoperabilidade, como a padronização de vocabulários e a adequação de equipes a novas tecnologias, é essencial para alcançar esses benefícios e promover um atendimento de saúde mais eficaz e personalizado.

Desta forma, a interoperabilidade é fundamental para garantir a eficiência das instituições de saúde, seja pública ou privada, permitindo uma integração eficaz entre diferentes sistemas e plataformas, com o objetivo de melhorar a qualidade do atendimento ao paciente e promover uma gestão de saúde mais integrada e inovadora.

 

Rodrigo Garcia - Head de Mercado e Produtos do Grupo Benner, empresa que oferece softwares de gestão empresarial e serviços tecnológicos para revolucionar e simplificar os negócios.


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