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sábado, 2 de abril de 2022

A pele da mulher envelhece mais rápido que a do homem?

Alterações na produção hormonal durante o climatério e a presença de pelos interferem no envelhecimento da pele, explica a médica dermatologista Dra. Bianca Gastaldi 

Os homens envelhecem em ritmo menos acelerado em relação às mulheres. Esse fenômeno ocorre em decorrência das características específicas da pele masculina, como a presença maior de folículos pilosos e também devido às alterações na produção hormonal ao longo da vida. A mulher começa a ter decréscimo hormonal (climatério) aos 40-45 anos, enquanto eles aos 50-55 anos.

 

“A produção de colágeno e elastina decai naturalmente ao longo dos anos. Entretanto, no caso das mulheres, o climatério diminui a produção do hormônio estrogênio e provoca uma redução do colágeno mais abrupta", explica a dermatologista Dra. Bianca Gastaldi. “Outro fator decisivo é que os homens possuem pelos, estruturas que conferem proteção solar e dão suporte para a pele, diminuindo a velocidade do envelhecimento da derme”, constata. 

 

Todavia, segundo Bianca Gastaldi as terapias de reposição hormonal podem auxiliar na redução abrupta da produção de colágeno. O tratamento também pode ser vantajoso para aliviar os sintomas comuns que acompanham a menopausa, como ondas de calor, ressecamento vaginal e alterações de humor. 

 

Outra característica impactante na velocidade do envelhecimento da pele é a fisiologia: “os indivíduos de sexo masculino apresentam uma pele mais espessa, com maior quantidade de glândulas sebáceas e de colágeno, resultando em uma pele mais firme”, pontua a especialista em dermatologia Dra. Bianca Gastaldi

Para auxiliar na prevenção do envelhecimento da pele, a dermatologista Bianca Gastaldi destaca a importância de manter hábitos de autocuidado, como uma alimentação saudável, prática regular de exercícios físicos e também a proteção solar. “As técnicas de preenchimento facial permitem um cuidado preventivo contra o envelhecimento da derme, assim como podem ser aliadas para tratar casos onde as rugas e sinais de idade já são mais aparentes”, destaca a médica Dra. Bianca Gastaldi.

  

Bianca Gastaldi - médica dermatologista, graduada em medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina e membro das Sociedades Brasileira (SBD) e Americana de Dermatologia (AAD). Atua com foco em injetáveis e no gerenciamento do envelhecimento há 15 anos, sendo atualmente professora da pós graduação de cosmiatria e speaker internacional da Sinclair e da Toskani (duas grandes empresas que atuam na área de dermatologia estética com injetáveis).


Detox definitivo funciona e dispensa dietas malucas

 Pixbay
Sem milagres: conheça o PDD, uma intervenção de curto prazo e que trabalha três simples e rápidas manobras


A semana do Carnaval passou e, agora, 2022 começa pra valer! Promessas de Ano Novo, como economizar dinheiro, fazer atividade física regularmente, ficar menos estressada e cuidar mais da saúde, ganham fôlego! Neste aspecto, as dietas detox costumam entrar em cena, afinal, elas prometem limpar o organismo, eliminando toxinas e excessos, ajudando a ter uma pele mais saudável, menos irritabilidade e a tão sonhada perda de peso. Mas, será que esse tipo de dieta desintoxicante funciona mesmo? Qual é a mais apropriada? Será que pode fazer mal?

De fato, são várias as dúvidas de quem pensa em se submeter a esse tipo de tratamento. A especialista em desintoxicação e emagrecimento natural, Stefani Cezak, aconselha que, primeiramente, antes de sair fazendo o primeiro detox que aparece pela frente, as mulheres precisam compreender que a desintoxicação do organismo é algo fisiológico e, portanto, natural. Isso significa que o próprio corpo depura aquilo que não é mais necessário, fazendo uma autofaxina sincronizada através dos intestinos, rins e fígado. “E o grande problema dos detox comuns é deixar de lado esse processo orgânico, estimulando restrições alimentares, e o uso de suplementos industrializados, que intoxicam ainda mais e resultam em um estresse metabólico, trazendo, assim, mais perigos do que benefícios para a saúde a curto e longo prazo.”

"Desintoxicação do organismo é natural", afirma Stefani Cezak

Tudo acontece, segundo ela, porque, apesar de haver esse processo natural de desintoxicação do corpo, a vida moderna faz com que muitos tipos de toxinas façam parte do cotidiano das pessoas, estando presentes nos alimentos, nas bebidas, nos fármacos, nos cosméticos, na água e até mesmo no ar. “O pior é que absorvemos essa toxinas sem reconhecer que são toxinas ou sem nem mesmo saber que estão nos produtos usados e consumidos diariamente. Com isso, acabamos consumindo muito mais tóxicos do que o corpo consegue eliminar.”

Então, para resolver de vez esse problema, do qual ela própria foi vítima por muitos anos, Stefani acaba de lançar um programa de detox definitivo, que purga o corpo e auxilia na perda de peso, com a ajuda de três manobras. São elas: a anti-inflamatória, a de modulação do microbioma intestinal e a de alteração dos caminhos mentais. Em suas palavras, o termo manobra é usado porque trata-se de um método poderoso, porém gentil e suave com o corpo, “justamente como alguém que precisa estacionar um carro”. “A pessoa não vai batendo nos outros carros, atropelando quem passa atrás ou raspando as laterais nas paredes do estacionamento. Pelo contrário, o motorista tem que manobrar, ou seja, balizar o veículo com todo o cuidado, olhando nos retrovisores, para encaixá-lo, cuidadosamente, na vaga sem estragar nada”, exemplifica.

Denominado Programa Detox Definitivo (PDD), por ser 100% natural e definitivo, o método envolve uma alimentação anti-inflamatória, somada à suplementação de fontes naturais e ao uso de óleos essenciais ingeríveis: “Logo, a pessoa que faz o PDD vai ‘manobrando’ o corpo para remover toxinas, reduzir inflamação, principalmente nos intestinos e liberar os órgãos para funcionarem de forma correta”, diz Stefani, que se especializou nas Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) reconhecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), após ter estudado Medicina Tradicional Chinesa, Medicina Ayurvédica (termo em sânscrito, cujo significado é A Ciência da Vida) e Aromaterapia, a prática terapêutica que utiliza os óleos essenciais, quando, inclusive, se tornou Master Aromaterapeuta pela Federação Francesa de Aromaterapia.

O propósito das manobras é reduzir significativamente os níveis de inflamação intestinal, sendo o sobrepeso, um dos sinais disso, e trabalhar a modulação do microbioma intestinal, por meio de um conjunto de intervenções, em termos quantitativos e qualitativos, aplicadas à flora intestinal. O resultado é o reequilíbrio rápido, mas eficiente, das proporções de bactérias presentes nos intestinos, diminuindo a incidência de bactérias patogênicas, responsáveis por desequilíbrios como aumento de peso, inchaço, flatulência e todos os sintomas gastrointestinais, bem como a compulsão por doces, falta de disposição e concentração, enfraquecimento do sistema imunológico, entre outros.

Por fim, destaque para a “alteração dos caminhos mentais”, se valendo de uma das mais notávies propriedades do cérebro humano, a plasticidade neural, essa etapa é considerada o retrovisor na hora da manobra do carro, uma vez que, na avaliação da especialista, é com o pensamento que temos a capacidade de compreender, formar conceitos e organizá-los na mente. “Diga-me o que pensas que eu te direis quem és e quais rumos a tua vida irá tomar”, sorri Stefani, que, antes de se aprimorar no assunto e chegar à conclusão da importância da mente para mudar as coisas que estão nos prejudicando, teve que percorrer uma longa e difícil peregrinação para se livrar dos quilos a mais aliados à falta de energia e disposição, cansaço, falta de concentração e várias doenças, que vinham com facilidade. “A nossa mente é um manancial vivo de energias criadoras e tudo que fazemos ou deixamos de fazer é resultado dos nossos pensamentos. Por isso, aprender a reeducá-los é tão importante”. Com isso o programa consolida o termo definitivo, tratando de aspectos fisiológicos, biológicos e neuropiscológicos de forma integrada, desintoxicando e respeitando a conexão entre o corpo e a mente.


MENOPAUSA E QUEDA DE CABELOS

Mudança hormonal preocupa saúde e beleza dos fios femininos

 

Os 50 são os novos 30, isso o século XXI já provou. Mas, apesar de ativa e plena, a mulher de meia idade ainda precisa batalhar contra o fantasma da menopausa, que, dentre outras coisas, por conta da queda brusca da produção de estrogênio pelos ovários, causa a consequente baixa dos níveis de colágeno e, nesta bola de neve, provoca a temida queda de cabelos. Para que essas mudanças hormonais não causem prejuízo à beleza e saúde de seus fios, é importante que, ao entrar na menopausa, a mulher procure o acompanhamento de um médico especialista.

Segundo Dra. Alessandra Anzai, dermatologista e tricologista com grande atuação na área de estudos das doenças dos cabelos, os hormônios femininos de regra são um estímulo natural do corpo aos cabelos. “Com eles, os fios da mulher têm maior velocidade de crescimento, mais brilho, são mais encorpados e grossos. Já os hormônios masculinos têm efeito contrário, afinam e fazem cair, diminuindo o ciclo do cabelo. A parada na produção de hormônios femininos consequentemente expõe a mulher aos masculinos, o que causa a queda dos fios”, explica a dermatologista de São Paulo.

Para identificar se a queda está mais acentuada que o normal, é importante a observação da própria mulher. “Não existe um número padrão de queda tolerável para todas as pessoas. Cada paciente conhece seu corpo e tem seu próprio padrão. Mas, ao identificar um aumento, maior que de costume, é importante procurar um dermatologista especializado, que vai ajudar a diagnosticar e iniciar o tratamento”, diz Dra. Alessandra.

A melhor maneira de tratar é confirmar o diagnóstico. “Existem diversas causas para queda de cabelo, por isso é muito importante que o dermatologista consiga investigar, examinar e tentar determinar quais são os verdadeiros motivos. Se realmente é a menopausa ou se há uma outra razão”, comenta a médica, que esclarece ainda que, ao contrário do que se imagina, a reposição hormonal, nestes casos, não só não é obrigatória como pode até ser uma inimiga dos fios. “Existem alguns tipos de reposições que causam um estímulo maior dos hormônios masculinos, o que pode causar piora na queda e no aspecto dos fios. A reposição serve para aliviar uma série de sintomas da menopausa e deve ser uma decisão conjunta entre paciente e médico ginecologista. Ela não é mandatória para o tratamento da queda de cabelos”, esclarece.

Para o tratamento da queda, Dra. Alessandra diz que os mais comuns são os tópicos, orais e procedimentos em consultório. “Eles se baseiam principalmente no uso do Minoxidil, que é a substância com maior evidência e eficácia comprovada. Mas é importante combinar outras coisas como o uso de nutracêuticos e procedimentos em laser ou microagulhamento, que tem a intenção de rejuvenescer o couro cabeludo.”

A dermatologista esclarece ainda que uma boa alimentação é sempre fundamental, pois o cabelo também precisa de calorias, proteínas e micronutrientes adequados. “Mas, sozinha, ela não é capaz de mudar muito a estrutura dos fios, a não ser em casos extremos de desnutrição”, explica.

Para finalizar, Dra. Alessandra esclarece que não é mito a informação de que os fios novos que nascem após a menopausa podem ser diferentes dos fios jovens. “Como eles são estimulados pelas mudanças hormonais, eles podem vir mais finos, mais quebradiços, menos brilhantes. Com a mudança da quantidade de glândulas sebáceas e a chegada dos fios brancos, a mulher na menopausa também pode ter um fio mais seco e com diferentes estruturas.”


Melasma: como cuidar? Veja cinco passos que te auxiliarão no tratamento dessas manchas

Luzia Costa, separou dicas para cuidar da pele

 

Vamos tratar o melasma? Não é de hoje que o melasma é um dos distúbios de pele que mais incomodam homens e mulheres. Essas manchas mais escuras na pele, que são mais comuns na face, podem se agravar se não tiver um tratamento adequado e um cuidado diário. 

“É muito importante ter o hábito de dedicar um tempinho do nosso dia para trata-las, clareá-las ou até mesmo faze-las desaparecerem”, diz Luzia Costa, especialista em estética e CEO da Reduci e Sóbrancelhas.

Veja os passos que a Luzia separou para você inserir no seu dia a dia para te auxiliar no tratamento dessas manchinhas:
 

1. Cuide diariamente da sua pele.

Nós podemos prevenir estes efeitos com hábitos simples no dia a dia. Sempre que houver exposição ao sol, proteja seu rosto com o uso do protetor facial.
Já sabemos o quando o uso diário deste produto é essencial. Mas na hora de escolher o protetor solar, opte sempre que tenha fator de proteção alta (como o FPS 50), que seja próprio para o rosto, e que ainda além de proteger dos raios solares, também possua barreira à luz branca, como LED, lâmpadas, celulares, computadores, etc. A exposição a essa luz também pode escurecer a pele e causar manchar e até agravar as existentes.
 

2. Hidrate diariamente seu rosto.

Também estamos cientes que a hidratação da nossa pele precisa acontecer todos os dias, mas esquecemos muitas vezes que a nossa face também precisa desse cuidado especial, além do protetor solar. A pele hidratada além de ficar mais saudável, auxilia na proteção contra o calor, por exemplo.
 

3. Opte por produtos regenerativos

Em sua lista de produtos para skin care, inclua um produto antioxidante, com vitamina C. Irá aliviar os processos inflamatórios da pele causados pela exposição a luz, sol e até mesmo poluição.
 

4. Abuse de algumas frutas e legumes.

Isso mesmo, cuidar de dentro para fora também é muito importante. Então opte sempre por comer frutas e vegetais que tenham betacaroteno, licopeno e vitamina A. Irão auxiliar as células a combaterem os radicais livres.
 

5. Na exposição ao sol, não esqueça das barreiras físicas.

Além de incrementar o look, os chapéus, bonés e viseiras são ótimos aliados na hora da exposição ao sol na praia, piscina e até mesmo ao praticar qualquer atividade a céu aberto.
 

Então arrasa na escolha! 

Lembre-se que no tratamento do melasma é importante ter paciência e muita disciplina. E claro, a visita frequente ao dermatologista e outros especialistas são essenciais na hora de optar pelo melhor caminho que te dará mais resultados além da sua rotina diária de hábitos citados acima! Procure um dermatologista!


Mitos e verdades sobre a toxina botulínica

A aplicação da toxina botulínica é um dos procedimentos mais procurados hoje em dia por muitas pessoas que desejam melhorar sua autoestima e dar aquela repaginada na aparência. E com a popularização da técnica, muitas pessoas ainda tem dúvidas do que é verdadeiro ou não sobre o procedimento.

Por isso, Luzia Costa, CEO da Reduci e especialista em estética separou alguns mitos e verdades sobre a toxina botulínica.

Vamos lá?

 

Deixa as marcas de expressão mais suaves.

Verdade. O procedimento retarda alguns efeitos da idade e também do envelhecimento. Além disso, a toxina botulínica também é muito útil para tratar alguns problemas de saúde como sudorese, dores de cabeça, entre outros.

 

Diminui os efeitos das rugas, deixando o rosto sem expressão

Mito. Quando aplicado de forma correta, a toxina botulínica relaxa apenas os músculos da região injetada.
Outra coisa que pode interferir no relaxamento do músculo é a dosagem da toxina, que pode dar essa impressão.

Mas no geral, ela não afeta a expressão do nosso rosto.

Para evitar intercorrências, procure uma clínica de qualidade para realizar o procedimento.

 

Não auxilia no processo de prevenção de rugas.

Mito. Muitas pessoas acham que o procedimento é realizado apenas quando já temos algumas ruguinhas que nos incomodam, até mesmo as marcas de expressões. Mas o que vem ganhando espaço neste mercado é a prevenção do envelhecimento, onde optamos em realizar a técnica para prevenir o surgimento das rugas.

 

A testa e região próxima aos olhos são os locais mais recomendados para aplicação.

Verdade. Essas áreas específicas do rosto auxiliam a manter uma aparência mais jovem por um tempo maior evitando a contração muscular, por isso são as mais recomendadas para ajudar na prevenção do envelhecimento.

 

Botox é a mesma coisa que preenchimento.

Mito. Mesmo que os dois procedimentos tenham o objetivo de combater o envelhecimento, são diferentes técnicas e tem finalidades distintas.

A aplicação de toxina botulínica suaviza as marcas de expressões e rugas com o relaxamento do músculo, já o preenchimento é realizado com injeções de ácidos para preencher as rugas.


Rinoplastia além da estética: quais são as indicações para operar o nariz

Em 2022, procedimento liderou, pela primeira vez, ranking da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps)

 

Ter o nariz “perfeito” é um dos motivos que levam pacientes a buscar atendimento médico para realizar a rinoplastia, procedimento cirúrgico que remodela a estrutura nasal, tanto a parte óssea quanto a cartilaginosa. Mas segundo um estudo publicado na revista científica Plastic Reconstructive Surgery, que avaliou os efeitos do procedimento na função olfatória pós-operatória, os pacientes que realizaram cirurgias nasais apresentaram melhorias significativas no olfato, fluxo de ar nasal e qualidade de vida. 

Otorrinolaringologista do Hospital IPO, referência em ouvido, nariz e garganta, Gislaine Patricia Coelho comenta que a rinoplastia é feita com o objetivo de melhorar a estrutura nasal. Para além da questão estética, portanto, a cirurgia pode ser indicada para casos em que o paciente apresenta má-formação congênita, pós-trauma nasal e obstrução nasal por insuficiência de válvula nasal, entre outras condições. 

Gislaine ressalta que ainda que a rinoplastia seja o procedimento mais conhecido popularmente quando o assunto são cirurgias do nariz, pacientes também podem realizar a septoplastia, indicada para pessoas com desvio de septo. Apesar de serem cirurgias diferentes, podem ser realizadas de forma conjunta a depender do caso. A operação se chama septorrinoplastia.

“Um paciente que apresenta queixas estéticas e também possui desvio de septo pode realizar uma septorrinoplastia e corrigir os dois problemas. Mas se a pessoa não deseja modificar a aparência do nariz e também não possui nenhuma alteração estrutural nasal que traga dificuldade para a respiração, não há a necessidade de se submeter a uma rinoplastia, apenas à septoplastia”, explica a médica otorrinolaringologista.

A especialista pontua que, após passar pela septoplastia, é importante que o paciente fique atento aos sinais relacionados à qualidade respiratória. Caso não haja melhora mesmo após o procedimento, pode ser necessário realizar uma rinoplastia.     

“Recomendamos que os pacientes que já fizeram a cirurgia de desvio septal mas ainda mantêm obstrução nasal procurem um médico para serem reavaliados, para que seja feita uma análise da estrutura nasal como um todo. É possível que haja algo na estrutura que possa ser mudado com cirurgia estética e vá ser muito significativo para melhorar a respiração”, destaca Gislaine.

Outro critério que deve ser levado em conta para considerar uma cirurgia no nariz é a dificuldade para respirar mesmo em situações de normalidade – sem ser após a realização de exercícios físicos, por exemplo – e até a presença do ronco durante o sono.


Perda de peso: saiba quais são as 10 estratégicas para alcançar seu objetiv

Estima-se que mundialmente, 604 milhões de adultos e 108 milhões de crianças apresentam diagnóstico de obesidade

 

A obesidade é reconhecida como uma epidemia. É uma doença com amplas implicações metabólicas, psicológicas e sociais, e considerada um dos mais importantes problemas de saúde pública que o mundo enfrenta atualmente. Uma fórmula para a conquista do emagrecimento de maneira fácil e rápida — não existe. A busca desenfreada por atalhos, como as diversas opções de chás, shakes, dietas da moda ou remédios disponíveis na internet, podem prejudicar o processo e até levar à morte.

 

Uma pesquisa recente realizada e publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) aponta que a obesidade atinge cerca de 6,7% dos adolescentes. Já entre os adultos, cerca de 96 milhões de pessoas, ou seja, 60,3% apresentam excesso de peso e 26,8% obesidade, com maior prevalência entre as mulheres.

 

“O ganho de peso acontece gradualmente. A perda de peso também será assim. Não existe uma pílula ou solução mágica para mudar o quadro de um dia para o outro. Para ter sucesso no processo de emagrecimento é essencial ter o acompanhado de uma equipe multidisciplinar, e o mais importante é ter consciência do problema, ter foco, disciplina e muita força de vontade. Lembre-se: sem comprometimento é impossível conquistar os objetivos”, alerta Priscilla Martins, Mestre em Endocrinologia pela UFRJ.

 

A perda de peso não pode ser vista por meio de intervenções isoladas, mas sim como o resultado de uma atitude multifatorial. O caráter isolado de uma ação, seja um tipo de treinamento, de dieta ou de medicamento, pode até gerar efeitos em curto prazo, mas a continuidade dos resultados requer readequação para um novo estilo de vida.

 

“Emagrecer não é apenas mudar a composição corporal, mas transformar gradativamente hábitos e comportamentos que definem o perfil de vida saudável. Esta análise única de “perder gordura” é uma visão limitada de todo o processo que envolve vários fatores. A perda de peso é um processo de mudança de atitudes, não apenas físico, mas também de práticas, comportamentos e, consequentemente, da estrutura física”, orienta Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech e membro do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF).

 

Os especialistas pontuaram 10 estratégias para ajudar a perder peso. Confira:

 

1.     Consuma menos calorias: o ideal é ficar entre 1200 e 1500 kcal/dia, a dieta deve ser adaptada ao paladar e estilo de vida de cada um, beba água - evite sucos e refrigerante, 50% do prato deve ser de legumes e verduras.

 

2.     Faça substituições inteligentes e tenha atenção aos rótulos de cada produto. Saber utilizá-los faz parte da busca de um estilo de vida saudável, para fazer boas escolhas e ter conhecimento do que realmente está consumindo. Os ingredientes que aparecem primeiro no rótulo estão presentes em maior quantidade.

 

3.     Pratique exercícios: comece aos poucos e vá aumentando a intensidade e tempo de treino. Encontre uma atividade para chamar de sua. Não tenha medo de se jogar nessa busca.

 

4.     Tenha metas objetivas de exercícios e dieta: avance passo a passo, seja persistente, mantenha seus objetivos e retorne sempre que houver deslizes.

 

5.     Diário alimentar: faça anotações dos alimentos e quantidades consumidas, data, horário e local das refeições, motivo da alimentação. Essa estratégia ajuda a definir quais são as preferências de cada um e a realizar as adequações e ajustes necessários na rotina alimentar balanceada.

 

6.     O combo dieta (déficit calórico) e atividade física (ganho de massa muscular e aumento do gasto calórico) caminham juntos na jornada da perda de peso. Estudos comprovam que a combinação é mais eficiente no processo de emagrecimento e reforçam que essa é a melhor opção.

 

7.     Controle do apetite: evite comprar besteiras para a casa, faça as refeições na mesa (isso diminui a chance de repetir várias vezes), fique longe de distrações (tenha atenção plena na comida essa atitude ajuda a ter maior consciência dos sabores e da quantidade que está sendo consumida) e mastigue lentamente (hormônios liberados pelo trato gastrointestinal estão intimamente relacionados a sensação de saciedade).

 

8.     Autocuidado: a alimentação saudável também é uma manifestação de amor próprio.

 

9.     A recompensa: é gratificante constatar que as escolhas que acompanham o novo estilo de vida se tornaram automáticas e prazerosas.

 

10. Autoestima: aprenda com os seus erros, não tenha receio de dizer não (é algo libertador), tenha pensamentos positivos, valorize suas qualidades, fique longe de pessoas tóxicas e ame-se.


10 tratamentos para melhorar a qualidade e a aparência da pele do rosto após mais de dois anos escondida pelas máscaras

Dra. Maria Paula, dermatologista, enumera tratamentos que estão em alta com o novo momento sem máscaras em ambientes públicos


Com a possibilidade de não usar mais máscaras, as pessoas têm demostrado mais interesse em cuidar da pele do rosto. Dra. Maria Paula Del Nero, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, percebeu um aumento considerável de pacientes no consultório em busca de procedimentos que possam melhorar a qualidade e a aparência da pele dessa região.


Segundo a médica alguns problemas de pele se intensificaram com o uso das máscaras por um período tão prolongado, foram: acne e as cicatrizes que ela deixa na pele; danos solares; manchas no rosto que se acumularam por estarem escondidas na máscara; melasmas etc.

Tratamentos acessíveis
“As pessoas estão voltando a se mostrar e, com isso, surge um ânimo para se cuidar. Então, irão começar a procurar ajuda para melhorar a qualidade da pele”, acredita a dermatologista que cita 10 formas de reparar os danos no terço inferior da face, ao redor da boca:


- Limpeza de pele com Soft Peel, para eliminar cravos e acúmulos de sebo nos poros;


- Laser Lavieen com PRP, para tratar manchas, poros abertos e queixas quanto à qualidade da pele;


- Laser Black Peel, para limpar e rejuvenescer a pele sem usar produtos químicos, reduzindo oleosidade e brilho excessivo;


- Skinboosters, para hidratar a área labial e ao redor dos lábios, e também dar firmeza, brilho, vigor e aspecto natural à pele em geral;


- Laser de CO2 fracionado, para tratamento de flacidez corporal, rejuvenescimento facial, olheiras, estrias, manchas, cicatrizes de acnes e hipertróficas;


- Microagulhamento, para combater sinais e tratar imperfeições;


- Bioestimulares, para melhoras as rugas finas e a flacidez da pele;

- Laser Fotona 4D, para tratar a pele de dentro para fora;

- Toxina botulínica, para melhorar as rugas finas;

- Micropigmentação, para melhorar a coloração dos lábios.

“Para a região labial e a peri-labial -- onde surgem o chamado “código de barra”; os sulcos nasogenianos, que é o “bigode chinês”; as rugas de marionete; toda a parte do queixo; o contorno facial, que pode ter se perdido com o envelhecimento -- podemos usar não só o preenchimento nos lábios, por exemplo, mas também fazer sessões de raio laser, para melhorar a qualidade da pele e hidratação; o Lavieen para a região labial, para melhorar e devolver a coloração vermelha aos lábios; ou a micropigmentação labial. Podemos fazer os skinboosters, para melhorar a hidratação da região dos lábios e a hidratação da parte peri-labial que fica ao redor dos lábios”, exemplifica Dra﹒Maria Paula.


Há, portanto, muitos procedimentos para exib
ir o rosto sem receio e com a pele.

 

Dra. Maria Paula Del Nero - CRM-SP: 74.594 / RQE: 103.535. Formada em 1991 pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto-UNESP; Estágio em Dermatologia no Hospital Darcy Vargas; Título de especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia; International Fellow da Academia Americana de Dermatologia; Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica; Diretora da Clínica Healthy Dermatologia desde 2001.


Médico referência em cirurgia plástica tira dúvidas a respeito do implante de prótese masculina muscular

Dr. Wandemberg Barbosa explica que o formato e a consistência da prótese fazem com que ela seja praticamente imperceptível ao toque e não consiga ser distinguida de um músculo natural


Há não muito tempo a cirurgia plástica estética era vista como um assunto ligado em sua totalidade ao universo feminino. Nos últimos anos, vimos como este cenário se modificou bastante, o que podemos constatar não apenas através de notícias ou por conhecidos, mas também por meio de levantamentos realizados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Segundo a entidade, em 2019, um homem fazia um procedimento estético a cada dois minutos no Brasil. A SBPC constatou também, em pesquisa apresentada em 2020, que a porcentagem de pacientes do gênero masculino que se submeteram a alguma cirurgia estética havia subido de 5% para 30% em cinco anos.

Entre os procedimentos mais procurados pelos homens estão as cirurgias das pálpebras, do nariz e a lipoaspiração. Mas também cresce a procura pelas cirurgias de próteses musculares, mais especificamente de próteses peitorais, de bíceps e tríceps e de panturrilhas.  Médico referência em cirurgia plástica no Brasil, Dr. Wandemberg Barbosa, explica a seguir para quem este tipo de procedimento é indicado, como é realizada a cirurgia, quais os cuidados que o paciente precisa ter no pós-operatório, se há impeditivos com relação à prática de exercícios físicos, entre outros detalhes.

Dr. Wandemberg informa que todas as próteses masculinas são colocadas por baixo dos músculos, por meio de uma pequena incisão na pele. Por serem feitas dessa forma, acabam deixando cicatrizes discretas, quase imperceptíveis. “O implante da prótese peitoral, por exemplo, é colocado na axila, através de uma pequena incisão em forma de “s”, que se disfarça entre o sulco natural da região axilar”, relata.

Além disso, conforme Dr. Wandemberg, o formato e consistência da prótese fazem com que ela seja praticamente imperceptível ao toque e não consiga ser distinguida de um músculo natural.  “Por exemplo, a prótese de silicone para peitoral masculino tem a forma retangular com as bordas arredondadas, é mais fina e diferentemente da prótese feminina, sua consistência de gel se aproxima a de um músculo malhado”, diz.

O bom resultado estético faz com que a prótese muscular seja bastante procurada pelos homens. De acordo com o Dr. Wandemberg, as cirurgias mais buscadas pelo público masculino são as de peitoral, bíceps e tríceps e panturrilha. O médico referência em cirurgia plástica no Brasil explica que o procedimento na região do peito é indicado para homens que por razões genéticas não conseguem um ganho muscular esperado através de exercícios e também para casos em que há defeitos congênitos, como um peitoral pouco desenvolvido ou mesmo a ausência do músculo uni ou bilateral.

No que se refere às cirurgias de bíceps e tríceps, a procura maior, segundo Dr. Wandemberg é de pacientes que tiveram uma doença que levou à perda de muita massa muscular, de pacientes jovens que não conseguem desenvolver esses músculos por uma série de motivos e de pacientes idosos. O médico ressalta ainda a procura por cirurgias de panturrilhas mesmo em homens que se submetem uma grande quantidade de exercícios físicos em academias. “As atividades físicas não são suficientes para que o músculo dessa região se desenvolva. Esse grupo de pessoas acaba optando, então, por próteses de silicone para reduzir a desproporção em relação aos músculos que ficam hipertrofiados”, diz.

Não obstante a cirurgia de prótese ser indicada também para jovens, Dr. Wandemberg informa que há um limite de idade para quem deseja se submeter ao procedimento. “É preciso que o homem já tenha completado 18 anos para que a estrutura óssea já apresente desenvolvimento completo”, diz. Além disso, segundo o médico, há restrições para quem sofre de doenças sistêmicas não controladas, diabetes e hipertensão. “Essas pessoas precisam falar com o médico para que seja avaliada se a cirurgia pode ser feita ou não”, destaca.

Nesse sentido, Dr. Wandemberg ressalta a importância de o paciente procurar um profissional gabaritado. “É essencial que o cirurgião plástico seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), e nunca faça a operação em um consultório ou clínica sem condições de receber esse tipo de cirurgia”, afirma.

Após a cirurgia, o paciente deve tomar alguns cuidados para o pronto restabelecimento. Segundo Dr. Wandemberg, na cirurgia de bíceps e tríceps, após 24 horas do procedimento, o paciente já pode voltar para a casa e cinco dias depois, está apto a retomar as atividades habituais. Para a realização de exercício físicos, a recomendação é que se espere cerca de 45 dias, a fim de evitar que as próteses, que ainda não estão fixas, saiam do lugar e deformem o corpo. Em relação à cirurgia de implante peitoral, o médico recomenda repouso relativo na primeira semana, com a liberação de atividades sociais cerca de 14 dias depois da intervenção, quando os pontos são retirados. Já a prática de exercício leves é autorizada após 30 dias e a de exercícios com os braços a partir de 60 dias.

Sobre a prática de exercícios físicos após o implante. Dr. Wandemberg afirma que é recomendável. “De um a dois meses após a cirurgia, o paciente não só pode como deve malhar, até por uma questão de manutenção de um corpo saudável e da estética trazida pela prótese”, diz. Conforme o médico, o fato de o silicone ser implantado em uma região onde o nível de contratura dos músculos é quase zero faz com que as próteses não impeçam ou prejudiquem qualquer atividade física. Contudo, aconselha parcimônia. “É preciso que haja bom senso. O aumento dos músculos causado pela malhação, em uma região onde já existe um volume maior devido ao silicone, pode deixar as formas desproporcionais”, explica.

 


Dr. Wandemberg - cirurgião formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e cirurgião oncológico formado pelo Hospital A.C Camargo – Fundação Antônio Prudente. Inclusive foi médico residente dessa instituição, terminando sua residência em 1981. Algum tempo depois, montou o Serviço de Cirurgia Oncológica do antigo Hospital Matarazzo (atual Hospital Humberto I), na capital paulista, onde atendia milhares de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo um alto padrão de cirurgias, junto com assistentes e residentes. Nessa ocasião, foi responsável por criar uma residência médica neste hospital. Em 1989, começou a trabalhar no Hospital 9 de Julho, também em São Paulo, onde instituiu um grupo de cirurgia oncológica, no qual atuou até 2005. Em 1998, concluiu mestrado em Cirurgia Plástica Reparadora pela Faculdade Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e, em 1999, titulou-se especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.


sexta-feira, 1 de abril de 2022

ViaQuatro e ViaMobilidade promovem ações de conscientização sobre o autismo

 

Abril Azul é o mês em que o tema ganha mais visibilidade; estações das linhas 4, 5, 8 e 9 recebem campanha do Instituto PENSI para reduzir estigma e orientar público sobre essa condição, que conta com mais de 70 milhões de pessoas diagnosticadas no mundo

 

O jovem Lucas Moura Quaresma, autista, é escritor e ilustrador de histórias em quadrinhos. Ele é o protagonista de uma mostra na Estação Paulista e Largo Treze e integra uma campanha de conscientização sobre o autismo, com cartazes e cartilhas disponíveis para o público em todas as estações das linhas 4-Amarela, 5-Lilás de metrô e 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos. Graduado em design de produtos, Lucas, que desenha desde a infância, produz seus quadrinhos, marcados por humor e clima de aventura, inspirado em situações de seu cotidiano. 

A campanha surge pela parceria com as concessionárias ViaQuatro e a ViaMobilidade e Instituto PENSI, e celebra o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, em 2 de abril. A data foi criada em dezembro de 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para dar visibilidade a essa condição, esclarecer dúvidas e combater estigmas e preconceitos. 

Nas estações São Paulo-Morumbi, linha 4-Amarela, Largo Treze, linha 5-Lilás, Carapicuíba, linha 8-Diamante e Villa-Lobos-Jaguaré na linha 9-Esmeralda, haverá um jogo de amarelinha com mensagens de respeito, amor e inclusão, para dialogar e interagir diretamente com o público. Nos nichos de leitura de todas as estações em abril serão distribuídas cartilhas informativas sobre o tema. 

Estima-se que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) atinja cerca de 70 milhões de pessoas no mundo. Ou seja, cada vez mais é necessário entender esse distúrbio de neurodesenvolvimento, que afeta a capacidade de relacionamento da pessoa com outras pessoas e o ambiente. 

“Em nossas estações incentivamos o respeito às diferenças e a inclusão de todos na sociedade. Por isso, a importância de tratar o tema do autismo com respeito e conhecimento, esclarecendo nossos clientes sobre essa condição”, afirma Juliana Alcides, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da ViaQuatro e ViaMobilidade. 

 

2 de abril -- Dia Mundial de Conscientização do Autismo 

De 2 a 30 de abril: campanha com cartazes e oferta de cartilhas nos nichos de leitura de todas as estações das linhas 4 e 5 de metrô e 8 e 9 de trens metropolitanos.

Estação Paulista: mostra sobre autismo de 2 de abril a 2 de maio.

Jogo da amarelinha: estações São Paulo-Morumbi, linha 4-Amarela; Largo Treze, linha 5-Lilás; Carapicuíba, linha 8-Diamante e Villa-Lobos-Jaguaré, linha 9-Esmeralda. 

 

Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo alerta sobre a importância do acompanhamento profissional

Conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o TEA afeta uma em cada 160 crianças no mundo


Dificuldade de comunicação, deficiência no domínio dos códigos de linguagem convencionais para uso social, dificuldade de socialização, repetição e restrição no padrão comportamental. Essas são algumas características do Transtorno do Espectro Autista (TEA), mais conhecido com autismo, que, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), afeta uma em cada 160 crianças no mundo. Em 02 de abril é celebrado o Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo, data estabelecida no ano de 2007 com o objetivo de difundir informações para a população sobre o autismo, diminuindo o preconceito que cercam as pessoas afetadas pelo transtorno.

No entanto, mesmo após 15 anos de existência da data anual, Natália Costa, psicóloga e diretora do CENSA Betim, instituição referência nacional nos cuidados a indivíduos com a condição, lembra que é preciso reforçar a importância do acompanhamento profissional. Para ela, o primeiro passo é entender essa situação. “Acredito que muitas pessoas não sabem, mas o autismo é uma condição do neurodesenvolvimento que pode ser identificado logo na primeira infância para iniciar a estimulação precoce que vai ajudar o desenvolvimento do indivíduo. A situação afeta a comunicação e pode comprometer até mesmo a capacidade de aprendizado da criança, além da sua adaptação a ambientes e situações diferentes das habituadas”, explica.

Segundo a especialista, as causas são variadas, por isso o diagnóstico é importante para a família até o encaminhamento profissional. “O fato é que existiam alguns estudos que consideravam o transtorno como resultado de dinâmica familiar problemática e de condições de ordem psicológica alteradas. Todavia, isso foi uma hipótese que se mostrou totalmente errônea. A tendência atual é admitir que existem múltiplas causas para o autismo, entre elas cito os fatores genéticos, biológicos e os ambientais. Lembro que o diagnóstico pode trazer sofrimento para a família, principalmente se ele não vier acompanhado de um apoio, informações e orientações acerca do que é o TEA e quais características a criança apresenta em maior ou menor grau”, salienta.

A especialista do CENSA Betim adiciona que para ser mais preciso na intervenção, é necessário entender o grau de autismo. Para tanto, é necessário um diagnóstico apurado do modo de funcionamento do indivíduo. “O TEA é dividido em três graus distintos: Grau 1 (leve), no qual as pessoas se mostram mais autônomas nos diversos contextos do dia a dia, alcançando independência e desenvoltura social com pouca intervenção profissional. Geralmente compreendem e cumprem regras e rotinas de casa com autonomia, vão driblando as dificuldades, estudam, trabalham e podem constituir família. Já os indivíduos com autismo moderado (grau 2), demandam mais apoio para se socializar, pois tendem a apresentar pouca iniciativa para interagir. Já no autismo severo (grau 3), os indivíduos apresentam dificuldades mais acentuadas e maiores comprometimentos, tendo iniciativa muito limitada e grande dificuldade para conversar e expressar o que desejam. Nesses casos, a comunicação é mínima e pode haver comprometimento da fala, precisando da ajuda de um mediador. É comum que o autismo venha acompanhado de deficiência intelectual e epilepsia. Nessas situações, o quadro clínico é ainda mais difícil”, aponta.

A psicóloga destaca que  o autismo não é uma doença, mas uma condição que pode evoluir satisfatoriamente mediante intervenção correta . “O autismo não é uma condição inalterável, sendo totalmente possível que uma pessoa avance em relação ao estágio inicial, aumentando e incrementando seu repertório comportamental. Óbvio que esse avanço vai depender da intervenção e dos estímulos que a pessoa receber e ele só se dará se a frequência, a intensidade e qualidade desses estímulos forem adequadas, além da faixa etária em que começarem a ser introduzidos e quanto mais cedo, mais possibilidades de desenvolver”, salienta.

Suporte profissional
A intervenção para a busca de melhores resultados se torna indispensável para quaisquer níveis, mas Natália Costa lembra que as pessoas que estão no grau 3, associado a deficiência mental e intelectual, precisam mais ainda. “Estes indivíduos necessitam de suporte profissional, porque geralmente são dependentes, principalmente para realizar as atividades da vida diária, como ir sozinho ao banheiro, alimentar-se e higienizar-se. Eles precisam de apoio para a maior parte das tarefas, até porque, costumam se isolar. Claro que além do acompanhamento profissional, como o que fazemos, é importante a participação dos pais nos cuidados e na interação cotidiana”, conclui.



CENSA - Centro Especializado Nossa Senhora D’ Assumpção
Endereço: BR-381, 494 - Jardim Petrópolis, Betim – MG
Telefone: (31) 3529-3500
E-mail: contato@censabetim.com.br


No Brasil, a cada milhão de pessoas, menos de 20 são doadoras de órgãos

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Em países como a Espanha, referência em transplantes, existem duas vezes mais doadores. Pandemia fez o Brasil reduzir ainda mais o índice de doadores e ocupar o lugar de nação com uma das piores performances no assunto. Desmistificar o tema é fundamental para mudança de cenário

 

A doação de órgãos e tecidos no Brasil ainda é cercada de tabus, resultantes da desinformação. Hoje no país, a cada milhão de pessoas, menos de 20 são doadoras de órgãos. O dado é da Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos (ADOTE). Em nações como a Espanha, por exemplo, referência mundial em transplantes, cerca de 40 pessoas a cada milhão são doadoras de órgãos. 

Mais de 50 mil pessoas esperam na fila para serem transplantadas no país. E desde que a pandemia causada pela Covid-19 chegou ao Brasil com mais expressão, em março de 2020, a situação ficou ainda mais grave. Um estudo publicado em setembro de 2021 na revista científica The Lancet Public Health, mostra que o total de transplantados no mundo caiu 16% no ano que passou em consequência da pandemia. O Brasil teve redução de 29%; um dos países com pior performance entre as nações consideradas. De acordo com o Ministério da Saúde, a maioria das pessoas esperam pelo transplante de córnea e, principalmente, rins. 

De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o principal motivo do declínio no período mencionado tem relação com o aumento de 44% na taxa de contraindicação, em virtude do risco de transmissão do coronavírus ou pela dificuldade encontrada para realizar a testagem em alguns momentos durante a pandemia. As doações também sofreram queda devido à lotação e ao  excesso de trabalho nos Centros de Terapia Intensiva (CTIs). O fato de as pessoas que morrem em decorrência da Covid-19 não poderem ser doadoras quando estão infectadas também piorou o cenário. 

No entanto, a desinformação e os tabus que ainda envolvem a doação de órgãos também são fatores que impedem que, a cada ano, vidas possam ser salvas ou melhoradas. A doação de órgãos é de fundamental importância para a manutenção da vida de pessoas que precisam de um transplante, nos casos em que não há mais outras formas de tratamentos. Em vida, é possível, com as compatibilidades necessárias, doar rim, parcialmente o pâncreas, parte do fígado e do pulmão, em situações excepcionais. Já de doadores não vivos podem ser obtidos rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino. 

Marcelo Mion, gerente de laboratório da Biometrix Diagnóstica, lembra que, para mudar esse cenário, é fundamental continuar reforçando as campanhas de conscientização sobre a importância da doação para o salvamento de vidas. A empresa fornece soluções voltadas ao diagnóstico molecular e comercializa reagentes e equipamentos essenciais para que os laboratórios de imunogenética do Brasil possam avaliar os pacientes e doadores que serão submetidos ao transplante de medula óssea e órgãos sólidos. "Temos trabalhado todos os dias para oferecer as melhores soluções em tecnologia para que todo o processo de doação seja feito com agilidade e segurança. Para garantir que tudo dê certo para os doadores e, principalmente, para os receptores, a Biometrix oferece regentes e equipamentos para a realização dos testes para verificar a compatibilidade entre o organismo que vai doar e o que vai receber o órgão. É uma forma de cuidar, ainda mais, da vida de todos os pacientes”, explica.

A Biometrix é uma empresa brasileira que tem mais de 25 anos de atuação no mercado e, nos últimos dois anos, foi responsável por fornecer e comercializar reagentes para a maioria dos transplantes que foram realizados no Brasil. "Cada transplante pode gerar inúmeros testes dependendo da necessidade” explica Marcelo. 


Como ser doador de órgãos?  

Para ser doador de órgãos no Brasil, é preciso comunicar a família, pois somente parentes podem autorizar a doação. A doação de órgãos e tecidos pode ocorrer após a constatação de morte encefálica, que é a interrupção irreversível das funções cerebrais, ou em vida. Um único doador pode salvar mais de dez pessoas doando órgãos e tecidos, como córneas, coração, fígado, pulmão, rins, pâncreas, ossos, vasos sanguíneos, pele, tendões e cartilagem. Além de avisar a família, o interessado na doação de órgãos pode fazer o cadastro no site www.adote.org.br/register.

De acordo com a ADOTE, o doador em vida deve ter mais de 21 anos e boas condições de saúde. A doação ocorre somente se o transplante não comprometer suas aptidões vitais. Rim, medula óssea e parte do fígado ou pulmão podem ser doados entre cônjuges ou parentes de até quarto grau com compatibilidade sanguínea. No caso de não familiares, a doação só ocorre mediante autorização judicial.


E de medula óssea? 

Em se tratando da doação de medula óssea, o interessado precisa ter entre 18 e 35 anos e pode ir a um Hemocentro (existem 137 em vários estados do Brasil, segundo o Ministério da Saúde), coletar  uma amostra de sangue (apenas 10 ml), preencher os dados cadastrais e se colocar à disposição para ser chamado no caso de surgir um receptor compatível. Carmen Vergueiro, médica hematologista e fundadora da AMEO - Associação da Medula Óssea do Estado de São Paulo, defende que "é preciso falar cada vez mais sobre o tema e desmistificá-lo para que mais pessoas se disponham a salvar vidas". 

O Instituto TMO é outra entidade que trabalha para estimular doação de medula óssea por meio de campanhas realizadas nas redes sociais. Cristiane Canet Mocellin, presidente do Instituto TMO, lembra que a amostra de sangue que o doador tira quando se apresenta a um hemocentro possibilita a análise no laboratório, chamada "tipagem HLA" - feita a partir de soluções fornecidas por empresas como a Biometrix -, que determina as características genéticas do possível doador. 

Outro importante trabalho que a instituição  desenvolve é a manutenção da Casa Malice, uma casa de apoio, cuja estrutura foi pensada para dar acolhimento institucional provisório a pessoas em situação de vulnerabilidade social e seus acompanhantes que estejam em trânsito, e sem condições de autossustento, durante o tratamento de doenças graves. "Na casa, recebemos pessoas de todo o Brasil, com idade a partir de 16 anos, que venham devidamente encaminhadas pelas redes socioassistenciais. Em média, a Casa Malice acolhe cerca de 30 pessoas por mês. Desde a sua fundação em 2016, já foram acolhidas mais de 517 pessoas, gerando um total de quase 11.720 diárias” conta Cristiane. 

O Unidos pela Vida - Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística é referência no tema da fibrose cística, uma doença genética crônica que afeta, principalmente, os pulmões, pâncreas e sistema digestivo. Desde 1985, o transplante pulmonar, principalmente, tem sido uma opção para os pacientes. De acordo com Cristiano Silveira, diretor de Políticas Públicas e advocacy do Instituto, mais da metade das doações de órgãos para pessoas acometidas pela doença deixam de acontecer por falta de autorização da família. "Precisamos melhorar a cultura da doação de órgãos no Brasil para aumentar o número de transplantes no país”, defende.  

Cristiano também destaca que, na fibrose cística, o transplante de órgãos pode ser feito entre pessoas vivas - também chamado de "modalidade intervivos”. "Além dos rins e partes do fígado, parte dos pulmões dos pais, por exemplo, também podem ser transplantados para um filho”, explica. 

Ele ainda acrescenta que, quando feito com antecedência, sem esperar que o quadro da doença evolua e se agrave, as chances de sucesso e conquista de uma qualidade de vida melhor dos pacientes da fibrose cística aumentam exponencialmente. "É um grande equívoco acreditar que fazer ou se submeter a um transplante é trocar uma doença pela outra”, esclarece. 


Entendendo o HLA - o sistema imunológico tem a função de identificar e reagir a organismos estranhos. Este processo é baseado na identificação dos antígenos, a “marca biológica” de cada célula. Quando o organismo reconhece um antígeno estranho, desencadeia uma resposta com o objetivo de destruí-lo. Este corpo estranho detectado pode ser tanto uma bactéria ou vírus, como um tecido, órgão ou medula transplantados. Assim, o HLA é o responsável pela histocompatibilidade. 

É importante saber que o HLA é herdado, uma parte da mãe e a outra do pai. A identidade HLA é composta por vários genes agrupados na mesma região no cromossomo 6. Cada gene possui uma diversidade muito grande de alelos. Sabe-se que mais de 11 mil alelos já foram identificados em todo o mundo. Por isso, é muito raro que dois indivíduos tenham o mesmo grupo de genes. A grande complexidade dos transplantes é encontrar esta compatibilidade entre doador e receptor.

 

 Biometrix

 www.biometrix.com.br


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