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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

4 DE FEVEREIRO - DIA MUNDIAL DO CÂNCER

O Dia Mundial do Câncer foi criado pela União Internacional contra o Câncer - UICC - para conscientização sobre a doença, redução de mortes e diminuição do seu estigma.


"Antes da pandemia do COVID-19, câncer era a doença com o maior número de estudos publicados no mundo. Agora devemos alertar a população sobre a importância dos exames, cuidados e tratamentos. Isso porque quanto maior o estadiamento do câncer, menores são as chances de cura", diz Prof. Dr. José Carlos Sadalla, cirurgião especializado em câncer ginecológico.


Esse dia, que possui centenas de eventos ao redor do mundo, precisa ser lembrado no Brasil, devido ao aumento de pacientes com a nova variante da pandemia. "Os consultórios, hospitais e laboratórios seguem os protocolos de segurança. Não atrasem seus exames e consultas. Prestar atenção na sua saúde é fundamental!", finaliza o médico.

 

Clínica Sadalla

Av. Ibirapuera, 2907, Cj 720, tel. 11 9.4241.4896.  


Os 5 maiores mitos sobre amamentação

O processo e a experiência da amamentação é um mistério para muitos. Com mensagens confusas na Internet e na mídia, há muita informação disponível e muitas das informações podem ser confusas para as novas mamães. 

Por isso, seguir fontes confiáveis de informação, conversar com um ginecologista, obstetra ou pediatra, é sempre a melhor forma de fazer a amamentação de forma correta e benéfica para o bebê. 

Dra. Erica Mantelli, separou os 5 dos maiores mitos sobre a amamentação. Confira e tire suas dúvidas!

 

1. O leite é fraco em algumas mulheres.

Mito. Após o parto, a mulher começa a produzir um leite adequado para beneficiar o bebê. No primeiro momento, o leite é mais claro porque tem a função de hidratar e saciar a sede. 

Em seguida, torna-se mais encorpado, por conta da quantidade de gordura, que serve para alimentar o bebê. 

Para oferecer um leite nutritivo, basta se alimentar e se hidratar adequadamente, seguindo as orientações do médico.

 

2. Amamentação é um processo doloroso

Mito. Podem acontecer problemas como rachadura no mamilo e dor, porém, eles não aparecem se a pega for ideal. 

Ou seja, nos casos em que exista desconforto na hora da mamada, é importante procurar o ginecologista e verificar se não há sinais de mastite (infecção).

 

3. Silicone interfere no leite materno

Mito. O implante não atrapalha a produção de leite. É fundamental procurar um cirurgião plástico de confiança para que a cirurgia não afete a glândula mamária.

Mas quando a cirurgia é bem realizada, não há qualquer interferência na produção de leite e inclusive a amamentação pode ser feita de forma tranquila e natural.

 

4. O leite materno não pode ser congelado

Mito. Aliás, o leite pode ser conservado por até 12 horas na geladeira e congelado por 15 dias em recipiente esterilizado. 

Para isso, ele deve ser retirado e guardado imediatamente no congelador ou freezer.

 

5. Receitas para aumentar a produção de leite

Mito! Tomar chá de folha de alface para engrossar o leite, comer canjica, tomar canja de galinha, beber leite de vaca e cerveja preta aumenta a produção de leite. 

Então, tudo isso é mito, o que realmente aumenta a produção do leite é o ato de amamentar.

Agora o emocional da mãe e a dieta restritiva, podem atrapalhar a produção do leite materno. 

Então a mulher deve se atentar a esses problemas para não causar problemas maiores na amamentação. 

A saber, ao longo do processo das mamadas o leite mais rico em gorduras, proteínas e sais minerais vai chegar.

De acordo com a Dra. Erica Mantelli, beber água, manter atividades físicas regulares e uma boa alimentação também são hábitos favoráveis à produção de leite. Chás de erva-doce e funcho podem auxiliar nesse processo, enquanto bebidas ricas em cafeína e chás diuréticos afetam negativamente.

"Mas se as dúvidas persistirem, converse com seu médico. Assim, ele pode te passar a orientação necessária para seguir a amamentação o seu bebê com mais tranquilidade" finaliza a ginecologista e obstetra. 

 

Dra. Erica Mantelli - ginecologista, obstetra e especialista em saúde sexual - Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. Pós-graduada em disciplinas como Medicina Legal e Perícias Médicas pela Universidade de São Paulo (USP), e Sexologia/Sexualidade Humana. É formada também em Programação Elsever Institute).


Associação promove ação sobre educação menstrual em SP

O Projeto T.P.M! – Transformando o Período Menstrual! vai promover neste sábado (5), a partir das 9h, a ação “Conversa sem Tabu”, no “Autonomia em Foco”, um programa de assistência e desenvolvimento social da Prefeitura de São Paulo, localizado no bairro da Liberdade, região central da cidade, que atende 150 pessoas, entre famílias, crianças e solteiros.

 
Serão distribuídos kits de higiene básica e menstrual em ecobags personalizadas, contendo absorventes, sabonetes, lenços umedecidos, rolos de papel higiênico, creme dental, escovas de dente, camisinha feminina, camisinha masculina, bloco de anotações, caneta, batom e bombom.

Gabriela Aguiar, uma das fundadoras do TPM!, explica que o objetivo da iniciativa é levar educação menstrual e sexual para mulheres em idade fértil. “A ‘Conversa sem Tabu’ é uma ação desenvolvida dentro do projeto T.P.M! que tem como objetivo levar informação e educação menstrual e sexual através de rodas de conversas com profissionais da área da saúde (estudantes de medicina, médicas e psicóloga). Atenderemos nesta ação em torno de 50 pessoas que menstruam em idade reprodutiva”, diz.

Além de Aguiar, a equipe T.P.M! também é formada por: Beatriz Garcia (co-fundadora), Victória Franco, Rafaella Almeida, Ellen Araujo, Claudia Garcia e Soraia Damião. A ação deste sábado também contará com a presença da médica convidada Larissa Bonvicini.



Sobre o Projeto TPM!

O Projeto T.P.M! – Transformando o Período Menstrual! é uma associação sem fins lucrativos, de natureza social e assistencial. Seu objetivo é levar dignidade, educação, carinho e saúde para quem menstrua e encontra-se em situação de vulnerabilidade. As ações consistem na entrega de produtos de higiene básica e menstrual, com o cuidado e atenção a cada necessidade apresentada.

Além das doações, o projeto também visa conscientizar sobre o tema aqueles que menstruam. Hoje, o projeto entende o perfil dos atendimentos e pensa especificamente no kit entregue. De modo geral, são distribuídos absorventes, sabonetes e papel higiênico – pensando em todas as necessidades que uma pessoa possui em seu período menstrual.


Câncer intraocular infantil: a importância do diagnóstico precoce

Conheça os principais sintomas do câncer em crianças e adolescentes

 

Raros, assintomáticos e perigosos são características dos quatro tipos de cânceres intraoculares mais frequentes em adultos e crianças. Nesta semana, o Brasil se solidarizou o caso de uma bebê de 1 anos e 3 meses, filha do apresentador Tiago Leifert e Diana Garbin, diagnosticada com retinoblastoma, um tipo de tumor raro nos olhos. Mas você sabe quais são os cânceres mais comuns na infância? A oncologista pediátrica Dra, Carmem Fiori, membro da Comissão Médica do Instituto Ronald McDonald, listou os cânceres mais comuns e destaca a importância do diagnóstico precoce para o aumento das chances de cura da doença.

 “A cura do câncer infantojuvenil tem aumentado nos últimos 30 anos, e um dos fatores é o diagnóstico precoce. Vemos que o diagnóstico tem muito impacto no tratamento, basta pensar se a criança chega com uma fase avançada da doença ou inicial. Por isso o diagnóstico precoce é fundamental para o aumento das chances de cura”, alerta a Dra. Carmem Fiori, oncologista pediátrica e membro da Comissão Científica do Instituto Ronald McDonald.

Atualmente, no Brasil, segundo pesquisa do Instituto Nacional de Câncer, o Inca, a chance média de cura de crianças e jovens com câncer é de 64%. Mas as chances de sobrevida variam de acordo com cada região. Os índices mais elevados, por exemplo, estão no sul e sudeste, com 75% e 70% respectivamente. Já no centro-oeste, nordeste e norte, as taxas são de 65%, 60% e 50%. Ainda segundo dados do Inca, o câncer é a doença que mais mata na faixa etária de 1 a 19 anos no país.


O impacto no cenário da oncologia pediátrica

O câncer é uma doença que não espera e o tratamento não pode parar. Dra. Carmem Fiori reforça a importância da atenção e contato pediátrico para análise e direcionamento para a avaliação especializada. “Esse é o fluxo, não precisa fugir. O medo do diagnóstico do câncer é muito sério, mas não podemos ter medo! Temos que ter o desejo pelo diagnóstico precoce. Precisamos divulgar as informações importantes para que esse reconhecimento seja feito de forma mais preventiva e que as chances de cura sejam maiores. ”, afirma a Dra. Carmem.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que anualmente surjam cerca de 403 mil novos casos de câncer em crianças e adolescentes, e que a cada três minutos uma criança morre vitimada pela doença.

“No Brasil, o tempo entre a percepção de sintomas e a confirmação diagnóstica do câncer infantojuvenil é longo e por isso muitos pacientes chegam ao tratamento em fase avançada da doença. Por isso, atuamos fortemente para levar conhecimentos sobre os sinais e sintomas da doença nos quatro cantos do país”, reforça Francisco Neves, Superintendente Institucional do Instituto Ronald McDonald, instituição sem fins lucrativos presente há mais de 22 anos no Brasil.

A organização, eleita pelo 5º ano consecutivo como uma das 100 Melhores ONGs do Brasil (Instituto Doar), investe em programas e projetos para promover a saúde e qualidade de vida de crianças e jovens e aumentar as chances de cura do câncer infantojuvenil, como o Programa Diagnóstico Precoce, de forma a ampliar a identificação precoce da doença em todo o país.


Diagnóstico precoce salva vidas

O Programa Diagnóstico Precoce do Câncer Infantojuvenil busca promover a identificação precoce da doença por meio de capacitações de profissionais, além de estudantes de medicina e enfermagem, disseminando conhecimento sobre os sinais e sintomas da doença. Em 14 anos de programa, mais de 27 mil profissionais de saúde e estudantes já foram capacitados, impactando mais de 10 milhões de crianças e adolescentes. Desde 2020, o Programa também conta com uma metodologia em um formato totalmente digital.

“Além de propiciar saúde e qualidade de vida para crianças e jovens, trabalhamos diariamente com foco em aumentar as chances de cura do câncer infantojuvenil aos mesmos patamares dos países com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que podem chegar a 80% de chances de cura”, explica Francisco Neves. Para saber mais sobre o Programa Diagnóstico Precoce do Instituto, clique aqui!


Alguns sintomas de alerta:

A doença que mais atinge a criança é a leucemia (25%), o câncer do sangue -- então o alerta principal deve ser a palidez da criança. Muitas vezes a palidez vem acompanhada da fraqueza (sem energia para brincar, dores nas pernas, manchas roxas, entre outras). Além disso, a febre deve ser sempre um sintoma de alerta, sendo ela aquela que continue durante 3 ou 4 dias. O hemograma, exame presente em qualquer posto de saúde, deve ser sempre lembrado e pedido. O diagnóstico precoce nas leucemias vem através das alterações das crianças e do hemograma. O mais importante é tentar descobrir com essas pequenas alterações.

A segunda doença mais frequente é o tumor da cabeça, do sistema nervoso central (13%). Ele pode existir em qualquer faixa etária. A médica chama atenção para o acompanhamento do perímetro cefálico -- a medida da cabeça, o peso, entre outros -- para crianças pequenas. Crianças maiores devem sempre olhar as dores de cabeça, com atenção para as que pioram a noite. Outro ponto é que esses tumores acabam afetando o olhar da criança, como ficando vesgas, viradas de olhar - muitas vezes o diagnóstico vem como torcicolo.

Outro tumor são os linfomas -- as ínguas (13%) -- muito comum na criança. A íngua é considerada anormal quando continua crescendo acima de 2,5 cm, considerado um caroço. Essas ínguas se espalham muito rápido - metástase-, então o tumor, quanto mais cedo localizado, melhor.

Tumor ósseo (6%) -- mais frequente no adolescente (grupo infantojuvenil) -- o tumor pode surgir em qualquer osso, mas os mais frequentes são os do braço, perna e coxa - ossos longos. O início é uma dor leve, muito sutil, mas que começa a preocupar o adolescente. Dor localizada em qualquer parte do osso deve ser motivo de atenção -- a forma de detectar é o raio-x.

Existem tumores mais raros (renal, germinativo, retinoblastoma - caso filha do Tiago) -- cada um tem suas características para identificar. Aumento de bolinhas, por exemplo, precisam ser levados a sério e ao médico -- ecografia ajuda nesses casos.

Tumor renal -- aparecimento de caroço na barriga, xixi vermelho com sangue.

Neuroblastoma -- tumor é muito caracterizado por mancha roxa ao redor do olho.

De uma maneira geral, são essas as características simples dos principais tumores das crianças e adolescentes. Mas atenção, os sinais descritos não significam que a criança ou o adolescente tem câncer, mas que precisa ser consultado por um oncologista pediatra para análise e monitoramento.

 

Instituto Ronald McDonald

https://institutoronald.org.br/


COMO A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL PODE AJUDAR NO TRATAMENTO CONTRA O CÂNCER.

Alguns especialistas e médicos costumam denominar o câncer como a doença da alma. O corpo é um reflexo das emoções, pensamentos e crenças de cada um. Quando algo não vai bem, o organismo encontra um meio de sinalizar que há um problema. As enfermidades são manifestações do inconsciente, que utiliza as doenças para indicar a existência de questões internas mal resolvidas. 

Do ponto de vista da Inteligência Emocional, o câncer se manifesta em regiões do corpo que guardam mágoas. Emoções em deficiência ou excesso, resistência às mudanças e padrões limitantes são alguns fatores que levam ao desequilíbrio emocional e podem estar associados a doenças. Madalena Feliciano acostumada a trabalhar com o ser humano como um todo ressalta que é muito importante que o paciente em tratamento entenda que, além de possíveis cirurgias e tratamentos com quimioterapia e radioterapia, é fundamental cuidar das emoções para lidar com a situação da melhor maneira possível.

O diagnóstico de câncer sempre impacta. Medos, incertezas e desconfortos físicos passam a ocupar lugar central na vida da pessoa. O sofrimento pode ir desde a percepção da própria vulnerabilidade, tristeza, fantasias e medo ante o desconhecido, sendo considerado uma resposta natural da pessoa que vivencia a doença e seu tratamento, até reações mais intensas levando a um doenças psicológicas. 

Primeiro passo, segundo Madalena Feliciano, é conectar consigo mesmo: “ pessoas que conseguem acessar suas reações emocionais e aprender a lidar com o estresse, o medo e ansiedade que aparecem ao longo do processo de tratamento geralmente apresentam uma capacidade maior de resiliência, pois sabem olhar para esse momento da vida como uma oportunidade de rever valores e comportamentos.” ressalta Madalena.

Vale lembrar que esta doença se desenvolve devido a diversos fatores, sendo que um deles é o desequilíbrio emocional. Por esse motivo é importante investir no desenvolvimento da Inteligência Emocional para estabilizar todos os sentimentos que são aflorados durante o tratamento e obter uma melhor qualidade de vida. Usando a inteligência emocional o paciente vai desenvolver (se já não tem) a autoconsciência que se perceber. Depois de perceber o que a pessoa sente ela vai gerenciar e aprender a se adaptar a realidade, seja ela qual for. Outro ponto muito importante e que pouca gente sabe é aprender a perceber as pessoas.

perceber pelo verbal, pelo não verbal. “Tem pessoas que têm baixa percepção. Tem gente que não percebe se é hora ou não de falar, não consegue sentir se há feedback, falta tato.” isso é falta de inteligência emocional, segundo Madalena. Por último é gerenciar relacionamentos, a pessoa saber transitar bem em diferentes perfis, conseguir influenciar, ser agradável, se adaptar, é a chamada inteligência social. Conseguir usar todos os pilares da inteligência emocional, num momento difícil como enfrentar o câncer, ajuda muito o paciente.
 

FATORES EMOCIONAIS PODEM CONTRIBUIR PARA SURGIMENTO DO CÂNCER

Estresse e ansiedade, por exemplo, geram reações fisiológicas do corpo, e podem afetar diversos órgãos. No caso das mamas, os seios proporcionam troca de energia e, por isso, precisam de equilíbrio psicológico.

O dia 4 de fevereiro, dia mundial do câncer, é um momento perfeito para refletirmos sobre o quanto as emoções e sentimentos, podem prejudicar o enfrentamento dessa doença, e até a possibilidade de nos prevenirmos.

Por mais que seja uma doença assustadora, o câncer tem deixado de ser visto como um problema incurável que leva à morte. Existe uma série de tratamentos eficazes que apresentam resultados bastante satisfatórios. Foco na saúde mental e no uso da inteligência emocional.



Madalena Feliciano - Empresária, CEO de duas empresas, Outliers Careers e IPCoaching, consultora executiva de carreira e master coach internacional. Atua como coach de líderes e de equipes e com orientação profissional há mais de 20 anos, sendo especialista em gestão de carreira e desenvolvimento humano. Estudou administração com ênfase em Recursos Humanos. Já concedeu entrevistas para diversos programas de televisão abordando os temas de carreira, empregabilidade, coaching, perfil comportamental, postura profissional e outros temas relacionados com o mundo corporativo. Mater Coach - Master em PNL e Hipnoterapeuta, Madalena realiza atendimentos personalizados para: Fobias, depressão, ansiedade, medos, gagueira, pânico, anorexia, entre muitos outros.


Dia Mundial Do Combate Ao Câncer: Saiba Mais Sobre Câncer Na Boca.

O câncer bucal pode se desenvolver em qualquer parte da boca. Os fatores de risco incluem uso de tabaco, consumo excessivo de álcool e infecção por papilomavírus humano (HPV).

Os sintomas incluem uma ferida não cicatrizada, um nódulo ou uma mancha branca ou vermelha na parte interna da boca. 

A cirurgiã dentista Dra. Bruna Conde explica que o câncer da boca é um tumor maligno que pode se desenvover nos lábios, amígdala,glândulas salivares, gengivas, bochechas, céu da boca, partes da garganta, língua (principalmente as bordas) e a região em baixo da língua. 

“O câncer de boca pode se manifestar sob a forma de feridas que não cicatrizam, caroços, inchaços, áreas de dormência, sangramentos sem causa conhecida, dor na garganta que não melhora e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na parte interna da boca ou do lábio. Nas fases mais evoluídas, o câncer de boca provoca mau hálito, dificuldade em falar e engolir, caroço no pescoço e perda de peso.” ressalta a Dentista Antenada. 

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de boca, segundo a Dra. Bruna Conde, são o fumo e o álcool. Pessoas que fumam e consomem bebidas alcoólicas em excesso têm maiores riscos de desenvolver o problema e o risco aumenta quanto maior for o consumo de cigarros e bebidas consumidos. 

A Dentista Antenada aponta também, que a falta de higiene bucal e a alimentação fraca em vitaminas e minerais, principalmente a vitamina C. “A exposição excessiva ao sol também aumenta o risco de desenvolver câncer de lábio” completa a Dra. Bruna Conde. 

É possível descobrir o câncer de boca logo no início, explica a Dentista Antenada, consultas regulares feitas por um profissional da saúde pode diagnosticar lesões no início, antes de evoluirem para um quadro de câncer. “Pessoas com mais de 40 anos que fumam e bebem precisam ficar ainda mais antenadas em regularizar suas consultas a um especialista odontológico para examinarem sua saúde bucal” completa a Dra. Bruna Conde. 

A Dentista Antenada traz algumas dicas para diminuir os riscos de desenvolver o câncer de boca, algumas delas incluem: Reduzir o consumo de fumo e de álcool, manter uma boa higiene bucal, mantenha uma alimentação contínua rica em frutas, verduras e legumes. Qualquer sinal ou sintoma que desconfie procure imediatamente o dentista. O check up odontológico pelo menos 2x ao ano é fundamental para prevenção de diversas doenças.

 

 Dra Bruna Conde - Cirurgiã Dentista.

CRO SP 102038


Dia Mundial do Câncer: Como a biotecnologia tem permitido identificar pré-disposições e metástases da doença que acomete milhões no mundo

Testes genéticos e exames específicos por PCR ajudam a encontrar as principais mutações em genes responsáveis pelo surgimento dos tumores

Exames permitem que pessoas com histórico familiar de câncer detectem mutações que poderão levar ao surgimento de novos tumores

                                                                 Divulgação

 

O Dia Mundial de Combate ao Câncer, instituído em 4 de fevereiro, é uma iniciativa global estabelecida pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), com o propósito de conscientizar e discutir ações contra o avanço da doença, que atualmente mata mais de sete milhões de pessoas por ano em todo planeta. Embora represente um número alarmante de pacientes acometidos e, consequentemente, casos fatais, o avanço da biotecnologia tem contribuído cada vez mais para a reversão deste cenário, tanto para a população, quanto para a comunidade médica e científica, nessa escalada para a descoberta de tratamentos assertivos.


Detecção precoce

Quanto antes diagnosticado, maiores são as chances de tratamento e cura. Sabe-se, há alguns anos, que esta é uma das premissas básicas na luta contra o câncer. Por isso, a importância da medicina preventiva, dos exames anuais de rotina para homens e mulheres, iniciativas sempre reforçadas nas ações de campanhas específicas como o Outubro Rosa, para o câncer de mama, e o Novembro Azul, para o câncer de próstata. Porém, com a evolução da biotecnologia nas últimas décadas, mais do que encontrar um tumor em fase inicial, é possível descobrir, por meio de testes genéticos, a pré-disposição para desenvolvê-lo futuramente.

“Os exames genômicos tumorais, devido à sua alta precisão, permitem que pessoas com histórico familiar de câncer ou que já tenham tido câncer anteriormente, detectem mutações genéticas que poderão levar ao surgimento de novos tumores. Com isso, é possível que os médicos adotem medidas profiláticas, como a retirada das mamas em mulheres que têm propensão a este tipo de câncer, ou ainda, dependendo do tipo de câncer, fazer um acompanhamento com exames de sangue, de imagem e avaliações constantes desses pacientes”, destaca Allan Richard Gomes Munford, Gerente Regional LATAM de Marketing para Diagnósticos de Oncologia e Precisão da QIAGEN, multinacional alemã, especialista em tecnologia para diagnósticos moleculares que apresenta, entre suas soluções, o QIAseq Targeted DNA Panels, um kit de reagentes utilizados para a preparação das amostras a serem sequenciadas.

Para realizar esse rastreamento, são feitas análises dos genes BRCA1 e BRCA2, que estão relacionados a alguns tipos de câncer como o de mama, de ovário e de próstata hereditários. O teste genético permite verificar mutações nesses genes, que poderão causar o desenvolvimento da doença. Com uma simples amostra de sangue ou saliva, é possível realizá-lo e, sob orientação médica, direcionar as medidas que mais se aplicam para o paciente que apresentar um diagnóstico positivo. Esses testes já estão disponíveis e são cobertos pelos planos de saúde para pacientes que apresentem histórico familiar do câncer.


Longevidade para casos avançados

A expectativa de vida dos pacientes em estágio avançado de câncer, quando não há mais chances de cura, depende de diversos fatores, além de seu estado geral de saúde. Um deles é a detecção, acompanhamento e controle das metástases, ou surgimento de novos tumores. Nesse sentido, a tecnologia aplicada aos diagnósticos moleculares tem permitido identificar mutações genéticas, especialmente as do gene PIK3CA, que estão diretamente associadas ao crescimento dos tumores, à resistência ao tratamento endócrino e a um mau prognóstico geral. Uma vez detectada a mutação, é possível iniciar um tratamento com medicamentos combinados, sob os princípios ativos capazes de inibir as proteínas relacionadas à rápida progressão da doença.

Entre os testes genéticos disponíveis para encontrar essas mutações, os que apresentam metodologia RT-PCR são mais rápidos, sensíveis e precisos, o que tem favorecido tratamentos cada vez mais precoces. De acordo com Munford, soluções como o therascreen PIK3CA RGQ PCR Kit, da QIAGEN, são capazes de detectar 11 mutações do gene PIK3CA, por PCR, em tempo real, contribuindo para o aumento da longevidade em casos irreversíveis.

“O trabalho contínuo da ciência tem auxiliado em descobertas cada vez mais inovadoras, pensando no bem-estar e na expectativa de vida dos seres humanos. Para as pessoas que enfrentam quadros avançados de câncer, cada dia de vida, cada instante a mais que podem ficar com seus entes, importa. Por isso, seguimos trabalhando em inovações que permitam isso e além, nosso objetivo é chegar à cura, independentemente do estágio em que o paciente se encontra. Foram mais de 20 anos de pesquisa até aqui, para que pudéssemos relacionar o papel desse gene com as mutações metastáticas”, conclui o executivo.   

 


QIAGEN

https://www.qiagen.com/us/


Dia Mundial do Câncer: Para evitar diagnóstico e tratamento tardios, pacientes devem ficar atentos aos seus direitos

Entidade alerta que legislação prevê medidas para evitar atrasos no agendamento de consultas e exames, que podem reduzir as chances de melhores resultados
 

No dia 4 de fevereiro é celebrado o Dia Mundial do Câncer, conforme o calendário da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com dados da organização internacional, a doença é a segunda principal causa de morte no mundo, sendo que cerca de 70% das mortes ocorrem em países de baixa e média renda, como o Brasil. 

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou que seriam registrados 625 mil novos casos de câncer ao ano no triênio (2020-2022). Enquanto isso, a ONG Oncoguia destaca que houve uma queda de 22% nas cirurgias de câncer desde 2020 e alerta que o tratamento está sendo deixado de lado pelos pacientes. 

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Raul Canal, a queda no número de cirurgias e diagnósticos pode acarretar uma nova epidemia, a de câncer em estágio avançado: “O temor é de que haja um aumento significativo de casos não tratados, o que resultará num crescimento da mortalidade por câncer no Brasil”. 

“Há inúmeros pacientes que deixaram de buscar atendimento. No entanto, há aqueles que tentaram, mas não conseguiram marcar exames, biópsias, e, com isso, terão reduzidas as suas chances de cura. Aqueles que fizeram sua parte, mas ainda assim foram prejudicados, devem lutar por seus direitos”, pontua. 

Nestes casos, explica o presidente da Anadem, a falta de informação é um dos principais motivos para as pessoas desistirem de buscar o cumprimento de normas constitucionais. Os pacientes que dependem do sistema público devem buscar ajuda da Defensoria Pública. Já os usuários dos planos de saúde podem fazer uso do Código de Defesa do Consumidor. 

Canal lembra que em 2019 foi sancionada a Lei dos 30 dias, que visa assegurar a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) com suspeita de câncer o direito à realização de exames no prazo máximo de um mês. No entanto, não há esforços específicos para a Lei efetivamente fazer efeito e pacientes continuam aguardando por meses por seu diagnóstico.  

“A legislação que garante essas medidas em benefício do paciente existe, mas é muitas vezes ignorada. O conhecimento é um aliado do cidadão. Temos que motivar as pessoas a conhecerem seus direitos e fazerem valer cada um deles, especialmente neste período de tanta desinformação”, afirma o especialista em Direito Médico.


Diagnóstico precoce permite remoção completa de tumor por técnica avançada durante cirurgia

Pesquisa científica avança com microscopia de ponta e exames periódicos ajudam a detectar doença a tempo de ser curável; radioterapia intraoperatória, tratável pelo SUS, é opção menos invasiva contra o câncer de mama, ainda o que mais mata mulheres no Brasil

Radioterapia intraoperatória - menos invasiva que procedimento tradicional_Foto: Divulgação ZEISS

 

Em 4 de fevereiro é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer, data que estimula a prevenção da doença por meio da realização de exames de rotina, que impactam positivamente no diagnóstico precoce e consequente tratamento para possível cura da enfermidade. Como desenvolvedora de microscópios ultramodernos utilizados para pesquisas e diagnósticos e também de equipamento de radioterapia intraoperatória, procedimento menos invasivo na remoção de tumores cancerígenos em estágio inicial, a alemã ZEISS, referência mundial em tecnologia médica, chama a atenção para a campanha global de conscientização e prevenção do câncer e discute os avanços tecnológicos no combate à doença. 

Por algum tempo, inovações e saltos no desenvolvimento de medicamentos e métodos diagnósticos resultaram em melhorias na detecção e terapia precoce do câncer, doença que faz mais de 18 milhões de novos pacientes por ano no mundo, sendo de 30% a 50% dos casos evitáveis, segundo pesquisa de 2018, da Organização Mundial da Saúde. Além disso, a eficácia e a tolerabilidade de tratamentos contra a enfermidade foram aprimoradas, em grande parte graças a estudos em microscopia avançada --que ajudam a entender como as células saudáveis são diferentes das células cancerosas, monitorando processos dinâmicos no ciclo celular. 

A pesquisa mais inovadora usando microscópios para desvendar o ciclo celular, de Sir Paul M. Nurse, Leland H. Hartwell e Timothy Hunt, recebeu o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 2001 e rende ainda hoje novas vertentes de estudos sobre alterações cromossômicas identificadas em células cancerosas, caminho para o desenvolvimento de novas soluções para o tratamento de cânceres. 

Exemplo de inovação neste sentido é o trabalho realizado pela universidade Johns Hopkins Medicine, nos EUA, com foco no câncer de mama. Liderado pela doutora Saraswati Sukumar, a equipe desenvolve pesquisa laboratorial para obter o perfil molecular do câncer de mama e aplicar esse conhecimento à detecção precoce, ao diagnóstico e à terapia da doença.

“Minha pesquisa levou à maior compreensão sobre a função do gene HOX no desenvolvimento e na progressão do câncer de mama, e a microscopia detalhada específica desempenha um grande papel no estudo. Juntamente com minha equipe, identifiquei e apliquei marcadores genéticos metilados no sangue e tecido para detecção precoce da doença. O objetivo é criar clínicas de rastreamento para diagnóstico e tratamento de mulheres usando tecnologia automatizada para detectar e testar a lesão no local”, declara Saraswati.

 

CÂNCER DE MAMA NO BRASIL

No Brasil, o câncer de mama permanece sendo o câncer que mais leva mulheres a óbito --foram 18.068 mortes em 2019--, último levantamento divulgado pelo Inca, que estima ainda a existência de 66.280 novos casos em 2021. Soluções inovadoras, portanto, abrem caminho para transformações quando somadas às demais iniciativas viáveis para o controle da doença. 

Ao mesmo tempo, a adoção de hábitos preventivos continua sendo um caminho que pode fazer diferença nos desdobramentos de exames e diagnósticos: ainda em território nacional, em 2020, o Inca aponta que cerca de 8.000 casos da doença tiveram relação direta com fatores comportamentais. É o equivalente a 13,1% dos 64 mil novos casos registrados, no período, em mulheres a partir de 30 anos de idade. A maior fração deste índice foi atribuída à inatividade física (4,6%); na sequência, aparecem o não aleitamento materno (4,4%), o excesso de peso (2,5%) e a ingestão de bebidas alcoólicas (1,8%). 

“Pacientes mais obesos, por exemplo, tendem a ter uma retenção maior de hormônios, e muitos dos tumores da mama têm receptores hormonais. Esse acúmulo de hormônios (estrógeno e progesterona) em células gordurosas, portanto, podem vir a tornar um câncer mais agressivo. Por outro lado, a amamentação produz hormônios internos, a partir da endorfina, que levam a uma maior proteção mamária”, diz o radioncologista Antônio Cassio Assis Pellizzon, head de radioterapia do Hospital AC Camargo Câncer Center, de São Paulo. 

Desta forma, um estilo de vida mais saudável tanto em alimentação quanto em atividade física é recomendável pelos especialistas como forma de evitar o desenvolvimento da doença. Outra orientação é manter os exames de toque, mas também mamografias e ressonâncias em dia, visto que são diversos os fatores que podem originar o tumor.


“Identificado na fase mais precoce, o câncer de mama tem mais chance de ser tratado com novas tecnologias. Em especial, a radioterapia intraoperatória, que elimina a necessidade, na quase totalidade dos casos, de pacientes voltarem ao hospital após a cirurgia para fazer irradiação externa”, diz Pellizzon.

 

TRATAMENTO EM ESTÁGIOS INICIAIS

Regulamentada por portaria do Ministério da Saúde (n° 1.354, de 4 de outubro de 2016), a radioterapia intraoperatória já autoriza tratamento pelo SUS¹, sendo ainda oferecida em hospitais e operadoras de saúde privados. A liberação de seu uso é justamente para casos em que o câncer se encontra em estágio inicial, para ser aplicada durante a cirurgia de retirada do tumor. Sua função é tratar o chamado leito tumoral para evitar a volta da anormalidade naquele ponto, com o cuidado de não danificar as células saudáveis ao seu redor.


“É uma das técnicas mais avançadas que temos para estes casos, hoje, e sem dúvida é a que gera mais conforto a pacientes. Porque no momento da cirurgia a radioterapia já é realizada localmente, poupando todos os tecidos que estão entre o campo de radiação e o local de que foi retirado o tumor. De 85% a 90% dos casos, esta única aplicação com tempo médio de 30 minutos basta. Em comparação com os moldes tradicionais, de feixe externo (EBRT), que pedem até 30 sessões após a cirurgia, é uma vantagem muito grande”, esclarece Pellizzon.
 

Aplicada com o moderno equipamento da ZEISS, o INTRABEAM® --desde que a paciente atenda aos critérios estabelecidos pelo cirurgião (considerando itens como idade e avanço do tumor)--, esta radioterapia intraoperatória também agrega a vantagem de não exigir deslocamentos do centro cirúrgico a outro setor, como o de radiologia.


“O INTRABEAM permite irradiar, de uma só vez, toda a área onde o tumor se encontra, sem comprometer o tecido saudável e ainda garantindo que a paciente não precise se submeter a diversas sessões de radioterapia. É uma verdadeira revolução, sobretudo no cenário atual, em que muitas pessoas têm medo de sair de casa. Os benefícios clínicos, sociais, financeiros e psicológicos são enormes”, explica Luciana Lima, Business Development Manager da ZEISS. 

Disponível no Brasil desde 2013, a tecnologia possui um aplicador em formato esférico e pode ser usada em diversos tipos de tumor, promovendo a melhoria na qualidade de vida dos pacientes, que retornam ao convívio social e às atividades cotidianas mais rapidamente.
 

O INTRABEAM® é utilizado no tratamento do câncer em diversos hospitais do país, como AC Camargo Câncer Center (SP), Hospital Oswaldo Cruz (SP), rede Prevent Senior (SP) e Instituto de Mastologia e Oncologia (GO). Além disso, pacientes da rede pública podem usufruir da tecnologia por meio de parcerias entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e os hospitais que contam com o equipamento, em conformidade com a Portaria n° 1.354/SAS/MS. Ao todo, mais de 50.000 mulheres em todo o mundo receberam tratamento IORT por meio do INTRABEAM®, com excelentes resultados.
 

¹ conforme determinação e normas dispostos na PORTARIA Nº 1.354, DE 4 DE OUTUBRO DE 2016 do Ministério da Saúde



ZEISS

Zeiss.com.br 


Dia Nacional da Mamografia reforça importância do exame para mulheres

 Detecção precoce da doença evita avanço dos sintomas e aumenta as chances de recuperação

 

No próximo sábado (05) é comemorado o Dia Nacional da Mamografia. Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por aproximadamente 23% dos casos novos a cada ano. Dados do Inca ( Instituto Nacional de Câncer) apontam que a sobrevida para pacientes diagnosticadas é de cinco anos nos países desenvolvidos, cerca de 85% das mulheres, enquanto nos subdesenvolvidos permanece entre 50-60%. 

Segundo o mastologista e professor do curso de medicina na FEMPAR (Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná), Jan Pawel Andrade, as diferenças de sobrevida podem ser explicadas pelos estágios mais avançados ao diagnóstico nos países desenvolvidos e também por outros fatores, como a falta de acesso aos serviços de saúde, o atraso na investigação de lesões mamárias suspeitas e na realização do tratamento.  

“ A mamografia entra como uma arma que pode auxiliar na detecção precoce da doença, quando realizada em mulheres assintomáticas, numa faixa etária em que haja um balanço favorável entre benefícios e riscos dessa prática, reduzindo a mortalidade pela doença, diminuindo os traumas físicos, aumentando a sobrevida e arrefecendo os traumas familiares”, explica.  

No Brasil, órgãos de saúde como a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam a mamografia anual para as mulheres a partir dos 40 anos de idade. Tal medida difere das recomendações atuais do Ministério da Saúde, programa de rastreamento populacional do Inca, que sugere o rastreamento bianual, a partir dos 50 anos.  

Atualmente não é recomendado o autoexame das mamas como técnica a ser ensinada às mulheres para rastreamento do câncer de mama. Estudos sobre o tema demonstraram baixa efetividade e possíveis danos associados a essa prática. Entretanto, segundo Pawel, o autoconhecimento das mulheres sobre seus corpos continua sendo importante para detecção precoce da doença. “ A mulher deve ser estimulada a conhecer o que é normal em suas mamas e a perceber alterações suspeitas de câncer, por meio da observação e palpação ocasionais de suas mamas, em situações do cotidiano, sem periodicidade e técnica padronizadas”, afirma.  

Como parte das orientações de preparo para a mamografia, o mastologista cita que, antes da realização do exame, recomenda-se que a mulher lave bem as axilas e não utilize produtos como desodorante e talco na região para não interferir na captura da imagem. Além disso, se possível, programar o agendamento fora do período menstrual, pois o exame pode ser incômodo devido a compressão das mamas.  

Mulheres com prótese de silicone, gestantes e lactantes (as duas últimas, em caso de lesões suspeitas) devem realizar a mamografia com recomendação de seu médico. Já mulheres com parentes de primeiro grau com câncer de mama antes dos 50 anos, devem iniciar o rastreio 10 anos antes do recomendado. O mastologista explica:  

“ A superação das barreiras para redução da mortalidade por câncer de mama no Brasil envolve também o controle de fatores de risco conhecidos e, sobretudo, a estruturação da rede assistencial para rápida e oportuna investigação diagnóstica e acesso ao tratamento de qualidade. Neste sentido, deve-se lembrar da importância da consulta médica regular, onde a anamnese irá buscar fatores de risco individuais de cada paciente”.



 
Faculdade Presbiteriana Mackenzie


Oncologista alerta para risco de confiar em dietas da internet contra o câncer

Especialista explica que pode existir relação entre dietas e crescimento de tumores, mas reforça que evidências mostram que simplesmente incluir ou banir alimentos está longe de ser solução 

 

A internet está repleta de recomendações sobre o que adicionar ou remover de sua dieta para prevenir o câncer. Na medida em que mudam as estações, surgem recomendações de alimentos que podem curar ou causar doenças. Volta e meia alguns são tratados como vilões e heróis dos hábitos alimentares, mas com que frequência essas afirmações são válidas?

Para o oncologista Eliseu Fleury, membro da Singulari Medical Team, é importante ter cuidado com essas promessas e se questionar se realmente existem superalimentos que podem prevenir o câncer ou mesmo produtos ruins que podem causar ou agravar a doença. Mais do que isso, enquanto o relatório mais recente da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PenSSAN) aponta que 55,2% da população não necessariamente come três refeições ao dia. Com mais de 19 milhões de brasileiros vivendo em privação extrema de alimentos, é fundamental entender a relação entre os hábitos alimentares e a progressão de tumores.

 

Alimentos que curam

De fato, a nutrição desempenha um papel importante na saúde em geral e uma dieta pobre pode influenciar as chances de desenvolver câncer. De acordo com a American Cancer Society, cerca de 1 em 5 cânceres nos EUA e cerca de 1 em 6 mortes por câncer podem estar ligados à má nutrição, excesso de peso, não praticar exercícios ou álcool.

Não por acaso, a entidade recomenda hábitos alimentares saudáveis, que incluem muitos vegetais, frutas e grãos inteiros, bem como a limitação de carnes vermelhas, bebidas açucaradas, alimentos altamente processados ​​e grãos refinados.

 

Mito e as evidências

A dúvida que persiste é como um alimento específico pode afetar o risco de câncer de uma pessoa. Para o oncologista é fundamental tentar encontrar e entender quais são as evidências - ou a falta delas - por trás de algumas das alegações de dieta mais populares, em especial quando relacionadas ao câncer.

Segundo ele, um exemplo que demanda atenção é a alegação de que o “açúcar alimenta o crescimento do tumor”. “De fato, todas as células do nosso corpo usam moléculas de açúcar - também conhecidas como carboidratos - como sua principal fonte de energia, incluindo as cancerosas. Porém, essa não é a única fonte de combustível. As células podem usar outros nutrientes para crescer, como proteínas e gorduras”, esclarece.

Além disso, o especialista ressalta que não existem evidências de que simplesmente cortar o açúcar da dieta pode impedir que as células cancerosas se espalhem. Ele cita a epidemiologista nutricional Carrie Daniel-MacDougall, do MD Anderson Cancer Center em Houston, que afirma que se as células cancerosas não receberem açúcar, elas começarão a quebrar componentes de outros estoques de energia dentro do corpo.

Para todos os efeitos, os cientistas estão investigando se certas dietas podem ajudar a desacelerar o crescimento de tumores. Por exemplo, testes em roedores e humanos apresentaram evidências preliminares mostrando que a dieta cetogênica, que é pobre em carboidratos e rica em gordura, pode ajudar a retardar o crescimento de alguns tipos de tumores.

Dentre eles, estaria o do reto, mas para isso é necessário combinar o modelo alimentar com o padrão de tratamentos de câncer, como radiação e quimioterapia. Atualmente, ainda não há uma conclusão sobre como isso pode funcionar, mas os especialistas têm algumas hipóteses.

Como o oncologista argumenta, as dietas cetogênicas são boas para reduzir os níveis de insulina, um hormônio que ajuda as células a absorver açúcar. Ao mesmo tempo, pesquisas em camundongos mostram que altos níveis de insulina podem enfraquecer a capacidade de certas terapias para retardar o crescimento do tumor. 

O especialista ressalta que o médico oncologista Neil Iyengar, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center de Nova York, tem estudado o efeito desse tipo de dieta para alguns tumores em testes clínicos junto de outros pesquisadores. Contudo, ele lembra que o próprio pesquisador frisa que os efeitos da dieta só são notados quando combinados à biologia do tumor e não se aplicam para a redução geral do risco de câncer. Assim, Eliseu reforça a importância de recorrer a profissionais especializados antes de assumir dietas ou condutas baseadas em fontes que muitas vezes não partem de evidências científicas consolidadas.


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