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terça-feira, 4 de janeiro de 2022

PECADORA DE MERA VONTADE

– Espantar? Espanto é medo, mas também é admiração, rsrs. Gosto. Estou seguro de que nossas conversas te afetam, te causam emoções... Não conversamos com indiferença.


– Emoções!? São provocações que me assustam.


– Hum... Eu diria: te emocionas, e tuas emoções te assustam.


– Ah! boa sorte minha, sou sensata.


– Ou te perderias?


– Perder-me? Não... Não me perderia.


– Não mesmo? Precisaste do socorro da tua sensatez... Isso talvez te tenha assustado, ou espantado, como preferes.


– Jamais! Se não o quero, podes ter certeza, não me perco...


– Bem... Quem tem certeza sobre seus quereres não levanta a hipótese do perder-se.


– Fui eu? Bem, é uma proposição, e eu já a trago negativa.


– Argumentos inteligentes, claro. Mas uma hipótese já pressuposta negativa é uma proibição a priori, é uma recusa antecipada da possibilidade. Não vês? Se recusas a possibilidade, então a possibilidade te ocorreu. Essa possibilidade, antes mesmo de admiti-la, tu a proibiste a ti mesma.


– Manobras argumentativas... Não vou cair nisso.


– Cair? Te sentes à beira de uma queda? Talvez na tentação de uma queda...


– Modo de dizer, rsrs.


– Modo de dizer, rs... Não sentes e saboreias a possibilidade da queda? Não tens vertigens à beira dos teus desejos contidos de queda?


– Eu sou tranquila, tenho uma vida tranquila... E dela não desejo me jogar em nada.


– Sim... Suponho que sim. Mas... Olha, vidas tranquilas são aliadas da proibição de nossos desejos. E quem falou em se jogar?


– É... Tomarei mais atenção às palavras, já que as pegas... Bem, sim, eu disse. Mas, olha, quero significar: estou na vida que levo por vontade de levá-la.


– Vontade! Vontade é um imperativo nosso sobre nós mesmos. Pessoas inteligentes... Seus superegos fortes constroem argumentos fortes para conter desejos fortes. Conter nunca é suprimir, contudo, rsrs.


– Desejos! Há um tanto de desculpa nisso. Acabam usados como licença para atender egoísmos. Já que apelos intelectuais te sensibilizam, me faço acompanhar de Kant, falo em egoísmo como submissão unicamente ao meu interesse, em desconsideração aos meus compromissos morais. Há outros valores em questão; não quero magoar pessoas.


– Sei! A dedicada servidão à moral, aos compromissos. Compromissos que nem contrataste. Olha, defesa de normas morais ou de compromissos sociais é sempre uma ética de interesses. Manter posições é manter interesses.


– Assim seja... Não vejo problemas em que interesses sejam defendidos. Só não quero viver um puro e simples egoísmo. Há interesses outros na minha situação de vida... Há outras vontades além das minhas.


– Acredito nisso de jeito nenhum. O que chamas de tua situação de vida eu chamo de teus interesses. Os outros interesses que referes são pretextos para sustentar os teus interesses. E te digo: reprimir desejos por conveniências; haverá custos.


– Isso é medíocre. Seres rasos é que se entregam a caprichos.


– Apelo a Nietzsche, tão do teu gosto: o egoísmo é sentimento de pessoa superior, daquela capaz de compreender o mundo do ponto de vista exclusivo de seu próprio interesse.


– Não nego Nietzsche... Até posso compreender o mundo a partir dos meus exclusivos interesses, mas não posso vivê-lo. Ninguém poderia fazê-lo.


– Lá isso é verdade. Tenho mesmo que negociar com o mundo; mas não com esse mundinho para o qual muita gente dá a vida em troca de mediocridade. Esse mundinho confortavelzinho oferece convenienciazinhas e consegue reprimir desejos enormes. Esse mundinho...


– Se não nos cuidamos, nos corrompe a grandeza possível da existência? Bem sei disso... Entretanto, existência é relação. Não quero uma liberdade egoísta e desrespeitosa, que atropele o próximo.


– Relação nenhuma pode me pedir a minha anulação. Nem sei se algum próximo se te declarou atropelado. A coisa és tu contigo mesma. Convertes moral e conveniências em egoísmo excludente. Não, não é verdade que magnanimamente recusas as vontades de teu ego. Desculpa, mas estás é a te curvar à segurança dos usos e costumes.


– Deixa eu ficar calma, tranquila, na minha... Tenho os prazeres da rotina, porém os tenho.


– Rotina, gosto dela... A rotina nos acalma... Previsibilidade... Sem rotina a vida seria caótica. Certo. Mas duvido de que alguém satisfaça desejo na mesmice. E sim, claro, te deixo na tua calma, afinal, é coisa tua. Um dia, porém, terás que te dar explicações.


– É... Tens gosto em me provocar.


– Gostas de ser provocada, para provares o gosto de não cair em tentação? Soberba elevação controladora sobre si própria, não? Sabes qual o prazer do pecador no teu modo de ver o egoísmo?


– Aposto que me vais dizê-lo.


– Rsrs, só se me pedires...


– Um homem vítima de todos e cada um dos seus desejos... Um homem capturado por si mesmo.


– Tenho vontade de dizê-lo. E tu? Tu a tens de sabê-lo?


– Fica pela tua vontade.


– Mas somos dois.


– Não me curvo à minha vontade...


– Ah!, rsrs, com isso a declaras. Digo, pois: tu, pecadora egoísta, aprecias, sem degustá-las, as tuas vontades. Desejas, conversas sobre desejos, mas, egoísta de ti para contigo, não pecas. Mas, olha, não pecar é grave pecado.


– Rsrs, talvez... Se acontecer, vou, dou-me. Mas, sabes? Eu peco. Peco saboreando o desejo desejado.



 

Léo Rosa de Andrade

Doutor em Direito pela UFSC.

Psicanalista e Jornalista.

 

3 passos para ter um ano inesquecível

Ao olharmos o nascer do sol sentimos a sensação gostosa de receber a permissão para poder recomeçar. Reconheço essa mesma sensação com o início de um novo ano, quando nossa energia e força são renovadas com a visão do que queremos criar em um futuro próximo.

Mas nem sempre aquilo que nos programamos para fazer evolui como gostaríamos e o ano vai passando e vamos percebendo que alguns dos nossos planos não estão sendo concretizados, o que nos traz grande frustração.

O que acontece é que muitas vezes temos expectativas que vão além do que é possível atingir neste espaço de tempo, por isso, temos que nos planejar dentro do que é factível e não a partir de sonhos irreais.

Afinal, você está preparado para começar uma nova jornada com entusiasmo e focado nos objetivos que quer alcançar?

Tudo na vida que queremos materializar temos que em primeiro lugar visualizar e planejar para que possa ser realizado, senão é impossível que isso aconteça. Na transição para um ano novo sugiro esses 3 passos que lhe ajudarão a posicionar suas ideias de uma forma mais efetiva.

 

1 - AGRADEÇA

Comece a vibrar no agradecimento que é a maior energia que você pode vibrar. Volte para trás e celebre as suas conquistas. Veja no ano que passou tudo o que você conquistou. Não fique na vitimização pensando no que deu errado e no que você não conseguiu conquistar. Até ter superado suas perdas já é uma conquista! Faça uma lista de tudo aquilo em que você colocou sua energia e conquistou e celebre.

 

2- DEFINA OBJETIVOS

Coloque no papel todos os objetivos que você quer conquistar neste ano. Evite o “e se”, “onde” e “com quem”. Não tenha dúvida, e pense: “como vou fazer?”

Por exemplo, seu eu quero subir de cargo na empresa, o que posso fazer? Eu tenho que fazer uma pós-graduação, melhorar minha formação, ter mais certificados.

Agora, se você quer um novo amor, precisa sair mais de casa, conhecer outras pessoas e até entrar em um aplicativo de relacionamento que antes tinha resistência em fazer.

O importante é definir seus objetivos e o que irá fazer para alcançá-los. Lembre-se que ninguém vai fazer nada por você a não ser você mesmo. Se você quer mudanças, faça as mudanças que precisa para alcançar o que você quer.

 

3- COLOQUE EM PRÁTICA

Quais as praticas que vou adquirir esse ano para me ajudar e dar forças nesse meu projeto? Meditação? Procurar uma academia? Fazer terapia em EFT? Enfim, defina o que fazer para cuidar mais da sua mente e corpo para que consiga alcançar tudo o que quer.

O mais importante é você se reinventar, planejar e buscar ferramentas que possam lhe ajudar a conquistar seus desejos. Foque sua energia na direção dos seus maiores objetivos, se orgulhe quando forem concretizados, e lembre-se sempre que só podemos realizar aquilo que colocamos nossa energia e dedicação.

Coloque essas orientações em prática e transforme seu 2022 em um ano inesquecível!

                


MARGARETH SIGNORELLI - Profissional com formação internacional, é fundadora do ILE - Instituto de  Liberação Emocional tem como missão auxiliar, apoiar, encorajar e guiar pessoas no processo de transformação, buscando o autoconhecimento profundo e quebra de obstáculos internos que impedem que o bem-estar e o amor fluam livremente em suas vidas, para isso possui a seguinte formação:

Instagram: @margareth.signorelli 

 

Criatividade e imaginação: como incentivar atividades que estimulam as crianças

O período de férias é ideal para promover brincadeiras que auxiliam no desenvolvimento das habilidades criativas 

  


Período de celebrações, festividades e férias, o final do ano também é tempo de estar junto com as crianças. Com vontade de descobrir e explorar o mundo à sua volta, o momento do recesso também pode proporcionar uma maior interação familiar. Como os pais e responsáveis podem aproveitar esse período e incentivar atividades que estimulem as crianças? 

 

Para o coordenador pedagógico Josué Artigas Machado Junior, do Marista Escola Social Curitiba, é natural que as crianças busquem atividades divertidas, mas também é possível que os pais e responsáveis participem e mobilizem outros adultos a participarem também. “Essa possibilidade de mediação colabora com a socialização, e a criança também vê no adulto a possibilidade de expandir ainda mais sua forma de brincar”, reforça. 

 

O educador revela que o momento de socialização durante as festividades do final do ano contribui para que as crianças criem ainda mais repertório cultural. “A imaginação e a criatividade são inerentes nas crianças, na forma como elas buscam utilizar brinquedos, objetos e recursos, mas algumas atividades estimulam ainda mais, e os adultos podem ser esse canal de incentivo”, reforça. 

 

O especialista dá algumas dicas de atividades divertidas que incentivam o uso da criatividade e imaginação:

 

  1. Explore a natureza

Nada melhor do que incentivar as crianças a conhecerem e protegerem a natureza. O contato com o verde proporciona inúmeras vantagens no desenvolvimento e crescimento dos pequenos. Brincar com folhas, árvores, areia e grama é uma maneira de abrir a mente e estimular a criatividade. 

 

  1. Jogos e desafios

Os jogos e desafios são importantes para compartilhar o espírito de equipe, incentivar a busca de soluções, e incentivar o uso da criatividade para sair da situação criada pela brincadeira. “Uma das maneiras que contribui também para esse momento é criar seus próprios jogos e desafios, vale utilizar os materiais de casa, assim como a imaginação, na hora de um passeio de carro, por exemplo”, reforça Josué. 

 

  1. Criar é a palavra de ordem

Brincar também é incentivo para criar e as crianças adoram inventar novas brincadeiras. Utilizar meios e ferramentas para criar novas histórias, para contar, desenhar ou escrever, assim como brinquedos com materiais recicláveis, cabanas com lençóis, teatro de fantoche e muito mais. Permitir a liberdade na hora da invenção é o que estimula as crianças.

 


Marista Escolas Sociais

https://maristaescolassociais.org.br/


2021 - A ironia de mais um ano que ficará marcado na história


Existe um elemento no ano de 2021 que imputou e promoveu uma verdadeira aposta de cancelamentos e desejos para que ele seja mais um ano apagado da memória de milhares de pessoas: A pandemia, que promoveu o desaparecimento definitivo de milhares de pessoas. Sim, mais 365 dias indescritíveis.

 

Para muitos, antes de seu fim ele já havia terminado, terminou praticamente logo após ter iniciado. Terminou diante de tantas dores e insegurança que assolaram o mundo.

 

Neste cenário é natural sentirmos um misto de sensações como: a ideia de finitude, emoções afloradas, a esperança pelo que o novo pode nos trazer de bom, com a entrada em uma nova fase da vida, além de angústias pinceladas de melancolia, saudosismos e depressão.

 

A famosa depressão de fim de ano que é decorrente de uma sensação de tristeza por revivermos na mente traumas passados ou um grande estresse ao longo dos últimos 365 dias.

 

Mas especialistas de saúde mental acreditam que essa depressão poderá ser ainda mais devastadora. O estresse pós-traumático provocado pela pandemia, associado a perdas de milhares de pessoas, certamente, irá proporcionar transtornos psíquicos jamais vistos em anos anteriores.

 

É na reta final de um ano que, naturalmente, paramos para pensar e fazer levantamentos sobre as nossas conquistas e perdas ao longo dos meses. Nos enchemos de alegria com as transformações vivenciadas, mas também colecionamos expectativas frustradas e muita indignação e dor por lembrar daqueles que se foram. 

 

Além disso, aumentamos nossa culpa interna para justificar projetos ou idealizações em que não obtivemos o resultado esperado. Por isso, para muitos, o fim do ano assume muito mais um aspecto depressivo e triste do que festivo.

 

Desde 2020, quando teve início a pandemia, vivenciamos a limitação dos afetos paralisando o planeta. O decreto do distanciamento social e do isolamento, que fizeram com que o mundo vivesse algo inexplicável e sem precedentes. A saúde psicológica da maioria das pessoas foi devastada, pois está diretamente ligada aos seus direitos de posse e às suas liberdades.

 

Ao tirar uma, ou as duas, as pessoas se desintegram emocionalmente. E é o que temos visto, já que estatísticas mostram um aumento considerável dos casos de transtornos mentais. Em poucos meses, o vírus matou milhões de pessoas. Milhares infectados.

 

Cientistas trabalhando incessantemente na conscientização das pessoas para que entendam que as vacinas podem ser a nossa salvação no êxito de contenção do vírus e de suas variantes. A verdade é que, tanto 2020 quanto 2021, foram anos do mundo às avessas. Anos extremamente difíceis de descrever. Onde o seu fim tem sido intensamente desejado por muitos.

 

Claro que, devemos nos manter esperançosos e resilientes para 2022. Mas para aqueles que perderam integrantes da família, e alguns perderam até mais de um membro em um curto espaço de tempo, inevitavelmente, acabam alimentando sentimentos mais pessimistas. Querem apenas o término de 2021. Querem deletar da memória todo um ano, mesmo que isso seja impossível de ser feito.

 

Mas é muito radical dizer foram anos perdidos. Anos que devem ser cancelados ou que não deveriam ter existido. Tivemos sim atrasos e retrocessos. Muitos projetos ficaram estacionados. Mas também nos

apresentaram transformações e adaptações em todos os campos da vida. O que vamos fazer com as lições que aprendemos de forma tão inusitada?

 

Apagamos e fingimos nunca ter ocorrido? Não podemos negar que foram anos de grandes aprendizados. Aprendemos a incluir em nossos dias um novo modo de viver. Apesar das graves consequências sociais e emocionais da pandemia, vivenciamos gestos mais solidários. Pessoas que antes não olhavam para o lado, resolveram se mexer e ajudar, de alguma maneira, seu próximo.

 

O caos mostrou um novo jeito de viver que, através das redes sociais e do online, nos aproximou mais das pessoas que amamos e que, por vezes estávamos distantes. Idosos estão mais inclusivos nas tecnologias e o contato foi facilitado por um mundo virtual que tomou novas proporções.

 

Artistas se reinventaram para levar sua arte para a população, assim como médicos e profissionais de saúde mental também aderiram à telemedicina, proporcionando mais conforto e segurança aos seus

pacientes. A colaboração com o próximo nunca foi tão intensificada. 

 

Exemplos empáticos se espalham pelo mundo.

 

Ações louváveis, afinal cuidar é um ato glorioso que tende a tornar o mundo muito melhor. A mudança na relação de higiene e cuidado, para se evitar doenças e promover uma melhor qualidade de vida, também se destaca dentro das novas rotinas.

 

Portanto, um dos pontos fortes foram as soluções encontradas para suportar o isolamento social estimulando a criatividade, o que demonstra que podemos adaptar a nossa capacidade de enfrentamento conforme o desafio proposto. Percebemos, a duras penas, que o decreto das prioridades e o modo operandis da comunicação global, sofreram alterações drásticas, mas, ao mesmo tempo, muito favoráveis.

 

Estamos aprendendo a planejar horários e a descontruir a necessidade de aceleração, com os quais os conceitos de autodisciplina e autocontrole estão sendo melhor canalizados. Parâmetros de uma nova realidade trazida pela pandemia.

 

Além disso, um outro ponto super positivo foi a conscientização e entendimento em relação à importância da saúde mental. O número de pessoas em busca de atendimento psicoterápico foi ampliado de forma

considerável. A valorização do autoconhecimento e equilíbrio emocional, proporcionados pela terapia, ficou evidente.

 

Porém, nossa capacidade em ser resiliente está sendo colocada à prova a todo momento. Estamos sendo desafiados a fortalecer nossa percepção de mundo, para que assim possamos lidar melhor com o invisível e com nós mesmos.

 

 Visto que, tudo aquilo que foge ao nosso controle, certamente, poderá desencadear inseguranças, além de transtornos, neuroses psíquicas e desajustes em nosso organismo. Mas constatamos, da pior maneira, que não temos o controle sobre nada. Descobrimos um novo universo que exige do indivíduo muito mais sanidade e equilíbrio, sem fugir da realidade. Gerando a necessidade de conciliar mundo interno com mundo externo de uma forma cada vez mais saudável.

 

Olhados por outro viés, muitos hábitos adquiridos em tempos de Covid-19, trouxeram a consciência do senso de urgência, o decreto das prioridades e a potencialização do senso de coletividade, como estratégias de contribuição para a evolução humana.

 

Tempos difíceis que contribuíram também para a aceitação e o reconhecimento dos nossos próprios limites, fortalecendo assim, as relações interpessoais. Trazendo ao consciente as aplicações do senso

de pertencimento, da comunicação e da união; excelentes aliados na proteção de nossa sobrevivência física e mental.

 

Enfim, não podemos negar que o ano de 2021 também mostrou um mundo diferente. Estamos num momento histórico, desafiador, inimaginável e, portanto, inesquecível, que marcará para sempre a todos que por ele passaram. É fato que, o ser humano se transformou, se não todos, a sua grande maioria.

 

A percepção de ruptura tem promovido a valorização dos detalhes e a busca por escolhas mais conscientes. Podemos administrar melhor essa sensação de impotência, que faz parte da condição humana, e fortalecer nossas esperanças em relação ao amanhã. Que possamos juntar todos os

aprendizados dos últimos meses e transformar em lições, entendendo que apesar de tudo, podemos gerenciar nossas emoções e promover o nosso bem-estar.

 

Levando para o próximo ano, as mudanças de hábitos e os novos posicionamentos, que nos faz ser mais fortes, mais empáticos, mais cooperativos e menos imediatistas.

 

Que possamos assim, valorizar mais os pequenos detalhes, os afetos e, entro da evolução humana, acrescentar ingredientes apimentados de harmonia, leveza e, principalmente,  esponsabilidades. Resgatando a esperança da chegada de um novo ano cheio de oportunidades e conquistas, com a chancela da plena certeza do nosso papel e de nossos valores, através de uma saúde mental equilibrada e saudável.

 

  

Andrea Ladislau - graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Possui especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. É palestrante, membro da Academia Fluminense de Letras e escreve para diversos veículos. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas para apoio emocional de pessoas do Brasil inteiro.


Comportamento hater: a depreciação é um pedido de ajuda, diz neurocientista

O neurocientista, Fabiano de Abreu, explica o que há por trás do comportamento dos conhecidos ‘haters’ na internet

 

Desde que houve uma popularização massiva das redes sociais e do uso da internet, as pessoas ficaram cada vez mais familiarizadas com o termo ‘hater’, que designa pessoas que ficam online tecendo comentários maldosos sobre famosos ou outras pessoas comuns sem ter nenhum interesse aparente por trás disso. Esse comportamento já foi avaliado por diversos especialistas e personalidades importantes do mundo digital como Rafa Kaliman, Vivi Wanderley e Camila Monteiro já se pronunciaram publicamente sobre prejuízos físicos e emocionais desenvolvidos pelas constantes críticas, tendo o caso de Kaliman sido, inclusive, tema de reportagem exibida no Fantástico.

 

Para o neurocientista, PhD e biólogo Fabiano de Abreu, o ato de depreciar alguém esconde necessidades do próprio hater de chamar atenção. “Você pode depreciar aquele YouTuber ruim, pelo conteúdo inútil ou errado, ou seja, a maioria. Mas alguém com conhecimento vai perder tempo depreciando este YouTuber? Essas pessoas nem ao menos vão ter paciência para se fixar no canal. Pessoas inteligentes tendem a ser impacientes com conteúdos inúteis”, exemplifica.

 

De acordo com ele, mesmo que as pessoas justifiquem tais atitudes depreciativas como uma forma de manifestação para ‘mudar o mundo', não desconfigura a necessidade e a busca por atenção. “Pessoas auto suficientes ignoram o que não soma. Isso ocorre pela economia de energia do cérebro que opta por gastar em coisas mais eficientes e úteis. Quanto mais inteligente a pessoa, maior o gasto de energia no cérebro. Desvendar, aprender, raciocinar, prever, criar metas; tudo isso exige um alto gasto de energia. Essa condição também exige otimização do tempo, aproveitando-o ao máximo em todas as circunstâncias”, detalha.

 

O especialista afirma que ao acreditar ‘ter razão em algo’ o cérebro do hater pode liberar neurotransmissores relacionados ao comportamento instintivo, aceitação, narcisismo instintivo. “Isso tem vínculo com a sobrevivência  já que, quando aceito, não se está só e, não estar só, aumenta as chances de segurança. O medo da solidão tem relação com a evolução do cérebro. Quanto mais desenvolvido o lobo frontal, menor o medo e maior a procura pela solidão”, pontua.

 

Para Fabiano de Abreu, a sensibilidade para a empatia de quem não julga, está relacionada não apenas à vontade, mas ao pensamento sobre as nuances da ação, principalmente de como será visto o julgamento, assim como o quanto que afetará o atingido. “No fim, toda ação tem uma reação e pessoas ocupadas, satisfeitas, que precisam otimizar o tempo, sabem os riscos de um comentário depreciativo e suas consequências”.

 

 

Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues - PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa e Intertel, associação de pessoas de alto QI e especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.

 

De olho nas férias?

 Mantenha seu cartão de vacinas em dia e viaje sem preocupação

 

Com a chegada do período das férias escolares as famílias já começam a organizar a viagem. Mas, para que os momentos de lazer sejam prazerosos é preciso estar atento a todos os detalhes. Uma das prioridades é colocar o cartão de vacinação em dia. Alguns estados brasileiros, assim como países do exterior, exigem a apresentação do cartão de vacinação atualizado para algumas doenças imunopreveníveis. O objetivo é evitar a transmissão de doenças que ainda não foram erradicadas.
 

Segundo Carlos Eduardo Pereira, Diretor Executivo da Bancorbrás Turismo, "além de proteger o turista, a vacina resguarda a população local. A imunização é um meio do país se precaver de visitantes estrangeiros que possam levar doenças para o seu território", explica. Por isso, sem as devidas vacinas o viajante corre o risco de não embarcar para o seu destino. Há países na América do Sul e em outros continentes que solicitam também o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP)”, comenta.
 

A Índia, por exemplo, exige a vacina contra o sarampo; já a África do Sul e a Colômbia contra a febre amarela. Outras vacinas, como para COVID, poderão ser exigidas e/ou recomendadas, como medida preventiva aos que se deslocam para áreas de risco em qualquer parte do mundo.
 

Aqueles que planejam viajar pelo Brasil também precisam estar atentos. Devido a extensão do território nacional, o Ministério da Saúde orienta que a imunização seja realizada para evitar doenças infecto-contagiosas. De acordo com o Claudilson Bastos, médico infectologista e responsável técnico do serviço de imunização do Sabin Medicina Diagnóstica, a melhor opção é a prevenção. Ela reforça que o ideal é tomar as vacinas com antecedência mínima de duas semanas antes da viagem, tempo necessário para que o organismo esteja protegido, além das precauções básicas do dia a dia”.
 

É importante salientar que cada imunizante possui seu próprio esquema vacinal. Também, devemos checar se a vacina possui a necessidade de uma segunda dose e qual o intervalo necessário. Caso a viagem inclua gestantes, crianças e/ou idosos, os cuidados devem ser redobrados. Doenças como poliomielite (paralisia infantil), cólera, diarreia do viajante e caxumba atingem a população com frequência. O Sabin Medicina Diagnóstica oferece imunização a todas as idades em atendimento domiciliar ou no trabalho, facilitando a vida das pessoas que sofrem com a falta de tempo ou com problemas de mobilidade reduzida, como é o caso de alguns idosos e pessoas com necessidades especiais.

 

Veja as principais vacinas para quem vai viajar:
 

Vacina

O que previne?

Esquema vacinal

Meningo B e ACWY

Contra meningites e infecções generalizadas causadas pela bactéria meningococo do tipo b

·  Para crianças, as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso rotineiro de duas doses e um reforço da vacina meningocócica B: aos 3 e 5 meses de vida e entre os 12 e 15 meses. O esquema, no entanto, pode variar de acordo com a idade de aplicação da primeira dose

·  Para adolescentes não vacinados antes, a SBP e a SBIm recomendam duas doses com intervalo de um mês.

·  Para adultos com até 50 anos, em situações que justifiquem: duas doses com intervalo de um mês.

Sarampo, caxumba e rubéola

A vacina Tríplice Viral previne contra Sarampo, Caxumba, Rubéola

·  A SBIm considera protegido todo indivíduo que tomou duas doses na vida, com intervalo mínimo de um mês, aplicadas a partir dos 12 meses de idade.

·  Como rotina para crianças, as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses: uma aos 12 meses e a outra aos 15 meses, podendo ser usadas a vacina SCR ou a combinada SCR-V (tetraviral).

·  Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados ou sem comprovação de doses aplicadas, a SBIm recomenda duas doses, com intervalo de um a dois meses.

DTpa (Tríplice Bacteriana Adulto Acelular)

Confere proteção contra difteria, tétano e coqueluche

·  Pode ser usada para a dose de reforço prevista para os 4-5 anos de idade.

·  Recomendada para o reforço na adolescência.

·  Recomendada para os reforços em adultos e idosos.

·  Para crianças com mais de 7 anos, adolescentes e adultos que não tomaram ou sem registro de três doses de vacina contendo o toxoide tetânico anteriormente, recomenda-se uma dose de dTpa seguida de duas ou três doses da dT.

Febre Amarela

Febre Amarela

·  Crianças até 4 anos: duas doses, aos 9 meses e aos 4 anos.

·  Acima de 4 anos: Não há consenso sobre a duração da proteção conferida pela vacina. De acordo com o risco epidemiológico, uma segunda dose pode ser considerada pela possibilidade de falha vacinal

Gripe (influenza H1N1 e sazonal)

Vacina que previne Infecção pelo vírus Influenza, que causa a gripe.

·  Para crianças entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses na primeira vez em que forem vacinadas (primovacinação), com intervalo de um mês e revacinação anual.

·  A partir de 9 anos: dose única anual

Hepatite A e B

Infecções do fígado (hepatites) causadas pelos vírus da Hepatite A e Hepatite B

·  Para crianças e adolescentes a partir de 1 ano e menores de 16: duas doses com intervalo de seis meses.

·  Para adolescentes a partir dos 16 anos, adultos e idosos: três doses, sendo a segunda aplicada um mês após a primeira, e a terceira, cinco meses após a segunda.

·  Pessoas com indicação de dose dobrada da vacina hepatite B ou esquema de quatro doses devem receber complementação com a vacina hepatite B.

Fonte: Sociedade Brasileira de Imunização - SBIm

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