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segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

5 dicas para conciliar festas de final de ano e amamentação

Festas de final de ano chegando e mesmo com esse ano atípico, algumas tentações podem surgir. Tantas privações e a esperança de um ano novo instiga a relaxar e aproveitar ainda mais as festas.

Mulheres em aleitamento materno se veem frente a uma variedade de comidas e bebidas, muitas vezes não experimentadas durante o ano inteiro. Celebração, ceia e drinks… ser lactante no período de festas não é fácil, ainda mais em plena pandemia, onde as famílias ou não se encontrarão ou vão estar reduzidas.

Cinthia Calsinski Enfermeira Obstetra pela UNIFESP e Consultora de Amamentação lista 5 dicas de sobrevivência para o período.


DICA 1- Um pouco de álcool é aceitável.

O consumo deve ser feito esporadicamente pois ingerir a substância com frequência pode ser prejudicial uma vez que o álcool altera o estado de consciência quando consumido em doses altas, o que pode colocar em risco não somente a saúde da mulher, mas também a do bebê que necessita de cuidados da mãe.

Mulheres que amamentam podem consumir bebidas alcoólicas como vinho, champanhe e até mesmo cerveja.

Para mães de bebês menores que mamam com mais frequência a cautela deve ser maior, e o consumo associado a alimentos, já que a absorção de álcool é consideravelmente menor com o estômago mais cheio.

Para mamães com bebês maiores de 6 meses não é necessária tanta preocupação, já que crianças dessa idade costumam mamar em intervalos maioria.


DICA 2- Aproveite a comida!

Estudos mostram que bebês que não tem alergia não costumam ter mais ou menos gases por conta da dieta materna. Pelo contrário, quanto mais rica for, mais sabores e mais fácil será a introdução alimentar.


DICA 3 - Tente descansar junto com o bebê.

Dica de ouro do pós parto, ajuda muito nesse período de festas onde com certeza é normal sair da rotina e esticar um pouquinho a hora de dormir!


DICA 4- Observe o bebê

Se perceber que ele está hiperestimulado, ou irritado no colo daquela sua parente com perfume forte, saia de cena com ele, afinal, quem vai ter que aguentar um bebê extremamente irritado e choroso será você. "Tente seguir a rotina e os horários do bebê, além de trazer segurança faz os dias mais calmos". Completa Cinthia.


DICA 5- Organize-se

Antecipe tudo que vai precisar e tenha tudo em mãos, caso saiam de casa. Se planejou ficar 4 horas, leve coisas suficiente para 8 horas, as horas passam depressa, é melhor sobrar do que faltar!

"Aproveite! Ter bebês nessa época pode ser muito legal...eles representam todo amor que esse período encerra." Finaliza Cinthia Calsinski.

 

Cinthia Calsinski - Enfermeira Obstetra • Graduada pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp • Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp • Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp • Enfermeira Obstetra pelo Centro Universitário São Camilo • Consultora do Sono Materno-Infantil formada pelo International Maternity e Parenting Institute (IMPI)


A influência e o poder das cores sobre emoções e sentimentos


As cores falam muito sobre nós e exercem um poder extraordinário sobre nossas emoções e sentimentos. Chamamos essa influência de psicologia das cores. Cada uma delas possui um significado e, consequentemente, causam diferentes emoções entre as pessoas. Por exemplo, no marketing, transmitir a emoção através das cores pode ser decisivo no momento de fazer com que o cliente se sinta estimulado a comprar determinado serviço ou produto.

 

A Psicologia das Cores é um estudo que demonstra a maneira como o nosso cérebro é capaz de processar essas cores, relacionando-as de forma quase imperceptível a uma emoção ou sentimento. Daí ser tão importante que conheçamos o significado das cores, não só para percebermos quais as paletas que mais nos favorecem, como também para sabermos aplicá-las ao nosso dia-a-dia pessoal e profissional e adequá-las à mensagem visual que desejamos transmitir ao outro e ao mundo.

 

Esse estudo busca compreender o comportamento humano em relação às cores, analisa e define quais os efeitos que cada cor gera nas pessoas, como mudanças nas emoções, nos sentimentos, na criação de desejos e muito mais.

 

A grande verdade é que somos seres extremamente visuais. Nossos olhos percebem as cores bem antes de qualquer outro elemento, por isso, entender o que comunicam é essencial! E é essa é o grande segredo das cores, elas influenciam nosso humor e direcionam a energia do dia-a-dia. Visto que, geram estímulos para o que desejamos e para nosso bem-estar.

A Psicologia das Cores reconhece oito emoções primárias nos seres humanos. São elas: a raiva, o medo, a tristeza, o nojo, a surpresa, a curiosidade, a aceitação e a alegria.

 

Cada uma delas é representada por uma cor. Assim sendo, elas desempenham um papel influenciador no comportamento das pessoas e podem estimular o nosso cérebro de muitas maneiras diferentes, por serem muito mais que um fenômeno ótico.

 

Por exemplo, as cores quentes tendem a transmitir a sensação de energia e entusiasmo. Por outro lado, as cores frias estão relacionadas com a racionalidade, a calmaria e o profissionalismo.

 

Seguindo essa linha de raciocínio, pense qual a cor você mais gosta? Qual a cor menos lhe atrai? Vamos ver o que cada uma delas pode significar ou quais as sensações mentais elas podem provocar?

 

Te proponho me acompanhar nesse universo colorido de dicas para que possa perceber porque determinadas sensações se manifestam quando está em contanto com uma das cores descritas abaixo:

 

O Amarelo

Remete à luz e ao calor. Pode estimular a fome. Não é à toa que marcas como Mc Donalds e Burguer King a utilizam para estimular o consumo. Sensações: abundância, otimismo, alegria, amizade, cautela.

 

O vermelho

Representa diferentes emoções como amor e raiva. Além disso, a psicologia diz que ela ainda provoca a excitação e também a fome. Sensações: paixão, emoção, exigência, juventude, perigo, desafio, urgência.

 

 O Verde

É uma cor conectada à natureza e, por isso, traz leveza, tranquilidade e harmonia. Essa cor também possui relação com a esperança e também remete à saúde. Sensações: calma, tranquilidade, saúde, vida, cura, dinheiro, crescimento.

 

O Rosa

O rosa claro transmite a tranquilidade e a inocência. Enquanto, o rosa mais escuro remete à paixão e a sedução. Sensações: romance, fé, beleza, amor, sensibilidade.

 

O Laranja

É uma cor alegre, que transmite energia ao público e estimula a criatividade. Sensações: energia, desejo, calor, confiança, alegria.

 

O Azul

O azul é uma cor unânime. Em tons mais claros transmite sensação de leveza e tranquilidade. Enquanto o azul mais escuro é utilizado para demonstrar segurança e poder. Esta cor é muito utilizada por empresas que desejam passar credibilidade e confiança. Sensações: credibilidade, confiança, profissionalismo, paz, segurança, força, integridade.

 

O Roxo

Significa poder, sabedoria e respeito, além de transmitir uma ideia de criatividade. Sensações: cura, proteção, inteligência, imaginação, dignidade, luxo.

 

Marrom

Passa a ideia de elegância, também tem relação direta com a natureza, representa a cor da madeira e da terra.

 

Preto

É a mais elegante das cores! Remete à sofisticação, modernidade e luxo. Sensações: sofisticação, poder, formalidade, mistério.

 

Branco

O branco é a cor mais pura. Ela remete à claridade, pureza, paz e também à elegância. Utilizada para transmitir higiene. Sensações: leveza, esperança, bondade, luz, pureza, simplicidade

 

Cinza

É uma cor agradável e que passa a sensação de modernidade e profissionalismo. Sensações: equilíbrio, neutralidade, estabilidade, força, autoridade, personalidade.

 

Ou seja, quer mais equilíbrio aposte no verde. Quer vibrar na criatividade vá de laranja. Quer se conectar com sua espiritualidade, vá de lilás. Quer serenidade aposte no azul. Precisa de energia ou está triste, aposte no branco e evite o preto! 

 

Por influenciar, psicologicamente, no estado de espírito, as cores podem alterar a motivação e o humor, além de afetar a percepção da dimensão do ambiente. No entanto, um outro aspecto importante na vida do ser humano e que também pode ser influenciado pelas cores é o nosso senso de recordação.

 

A visualização das cores pode estar associada a momentos específicos da vida de alguém. Isso se assemelha ao que acontece com os cheiros. Consequentemente, uma determinada cor pode fazer com que a pessoa lembre de uma situação vivida no passado.

 

Enfim, muitos desconhecem o poder influenciador das cores na energia interior que determina nossas emoções e sensações. Mas estar atento a elas e a seus significados, é fundamental para evitar sentimentos inadequados que podem baixar nossa energia e estimular bons fluídos.

 

Portanto, o autoconhecimento é uma excelente ferramenta na busca por respostas internas que nos mostrem caminhos de crescimento pessoal, além disso, associar a psicologia das cores como aliada, agrega ainda mais valor ao nosso bem-estar físico e mental.

 


Dra. Andréa Ladislau

Psicanalista


Ansiedade, estresse e depressão: como sobreviver ao fim do ano sem comprometer a saúde mental

Depois de muita espera, finalmente as confraternizações de fim de ano estão liberadas. Se para muitos este era um momento tão aguardado, para outros, um misto de emoções nem sempre positivas tem feito parte deste cenário.

A verdade é que os dias de descanso entre o Natal e Ano Novo podem ser repletos de alegrias e reencontros, mas também podem ser eventos estressantes e especialmente desafiadores, cheios de ansiedade e até mesmo depressão.

Sim, apesar de poucos darem voz a este sentimento, este é um tema importante, que precisa ser discutido e está aqui, mais presente do que nunca.

É difícil quantificar o aumento nos casos de depressão e ansiedade devido à falta de dados específicos. Entretanto, este fenômeno já é conhecido como “Síndrome do Fim de Ano”, um termo associado a estes problemas que, comprovadamente, já acontecem com maior frequência durante o fim de novembro até o último dia de dezembro.

Para sobreviver ao fim do ano sem comprometer a saúde mental, um dos principais movimentos é conseguir olhar pra dentro, se observar, entender os sinais de que algo não está bem. Nem sempre é fácil. Infelizmente, ainda há estigma grande e muito preconceito, além da própria culpa, que muitas vezes insistimos em carregar.

Levante a mão quem nunca se perguntou por que está se sentindo triste, mesmo com tantos convites para confraternizar no Natal. Quem preferiu inventar uma desculpa para não estar presente em algum evento. Ou ainda quem teve insônia no fim do ano, pensando na longa lista de tarefas necessárias para atender a tantas demandas típicas desta época do ano. Acredite: a maioria das pessoas passa por tudo isso e quase sempre em silêncio.

As consequências são pessoas mais nervosas, cansadas, ansiosas e até mesmo com dores que insistem em não ir embora. Pareceu familiar? Por isso, é preciso aprender a respeitar os próprios limites. Sem medos, inseguranças ou culpa.

O segredo para conseguir é ser mais realista com a sua necessidade. Saiba que dizer não também faz parte da vida. Não se sente bem em ir a determinado evento? Então explique que não será possível. Organize um calendário viável para suas ações, abrindo espaços na programação para promover o seu autocuidado. Certifique-se de priorizar rotinas regulares de alimentação saudável, exercícios, meditação, hidratação e descanso. Planeje de acordo com suas prioridades e não as dos outros.

Por fim, busque ajuda profissional quando as coisas ficarem pesadas demais. Quem sabe fazer de você a sua própria prioridade não seja a primeira mudança importante e necessária em 2022?



Glenda Kozlowski - Diretora de Comunicação da HSPW, uma plataforma de saúde preventiva voltada para o meio corporativo.


O que o ano de 2021 nos ensinou?

 O ano de 2021 está chegando ao fim e durante esse período refletimos sobre uma série de coisas, como a importância da resiliência para a adaptação e a aceitação da nova realidade diante da maior crise sanitária do século, além da mudança de mindset. Mas mudar a forma de pensar e agir exige cuidados e só é possível a partir do momento em que decidimos abraçar os desafios que aparecem em nosso caminho, ao mesmo tempo em que assumimos riscos e aprendemos com os nossos erros. Um desafio e tanto, e que nos faz perceber que é preciso, primeiramente, estar aberto às pequenas transformações em nosso dia a dia, muitas delas tão necessárias para a reflexão e o exercício da tomada de consciência.

Não há dúvida de que os próximos anos serão de muitas transformações para a humanidade, que já busca se conectar com o nível de consciência como nunca visto antes. O futuro exigirá recriar soluções e reinventar caminhos para fazermos o que for melhor para a maioria das pessoas, sempre com base no diálogo e em condições que priorizem os aspectos humanitários e a igualdade. Mas é a partir de pequenos atos e detalhes que poderemos ampliar nossa sensibilidade para o que se faz proeminente nos nossos dias e atingir a tão sonhada felicidade.

Em meu dia a dia, venho percebendo algumas transformações que começam a causar impacto na maneira como venho conduzindo o meu estilo de vida. Pequenas mudanças, mas gigantes se pensarmos que podem surtir efeito em meu bem-estar a longo prazo. O fortalecimento do corpo e da alma, os cuidados demandados com o ambiente onde vivo, são capazes de influir de maneira positiva não só na minha existência, mas também reflete nas pessoas com quem convivo diretamente. Por isso, a alimentação, a utilização de óleos essenciais e o consumo digital equilibrado passaram a demandar cuidados de minha parte. E posso dizer que o resultado tem sido muito gratificante.


A minha relação com a alimentação passou a ser mais saudável. A partir do conceito de Soberania Alimentar, definido em 2001 durante o Fórum Mundial sobre Soberania Alimentar realizado em Cuba, e que coloca como direito de todos o acesso a alimentos saudáveis, de forma regular e sustentável, e que valoriza a produção e o mercado locais das comunidades, comecei a entender a importância de cultivar os nossos próprios alimentos. Passei a optar por alimentos naturais e integrais, de preferência orgânicos, e não processados.

Essa tomada de consciência me fez ver o quanto somos dependentes de uma indústria alimentícia que nem sempre oferece alimentos nutritivos. Comecei a perceber os efeitos nocivos que alimentos processados e ultra processados podem provocar no organismo já que a maioria dos conservantes, corantes e sabores artificiais utilizados pela indústria alimentícia podem resultar em efeitos colaterais graves, principalmente em crianças, de acordo com inúmeros estudos publicados.

O que comemos afeta diretamente o nosso bem-estar físico, mental e espiritual. Assim, sempre que for possível, o melhor é optar pelos alimentos orgânicos, e de preferência comprados na comunidade local. Uma alternativa também é plantar parte dos alimentos que consumimos. Se você tem espaço em sua casa poderia iniciar pelo plantio de ervas e temperos. Aqui em casa comecei a cultivar um pequeno jardim de ervas comestíveis. Essa atividade já fez diferença no meu dia a dia.


Para ampliar o bem-estar comecei a utilizar os óleos essenciais. Hoje, posso dizer que eles se tornaram aliados para uma série de situações cotidianas, inclusive na substituição do difusor de ambiente, que eu costumava utilizar especialmente no quarto dos meus filhos na hora de dormir. Essa pequena mudança, para um produto mais natural, como o óleo essencial, aconteceu a partir do momento em que percebi uma sintonia maior com meu corpo. Hoje, eu sinto o efeito de tudo o que passo na pele, inspiro ou me alimento. Esse aumento de sensibilidade é natural durante o processo de ascensão, de elevação da consciência. Por isso, além de usar os óleos essenciais para meditar e para dormir, também utilizo na limpeza da casa e nos primeiros socorros, em cortes ou dor de cabeça, por exemplo.

Para a limpeza, os óleos mais indicados são melaleuca e capim limão, que eu também utilizo nas bolas de lã na máquina de secar. Já para primeiros socorros, os mais indicados são os antibacterianos à base de melaleuca, alfazema e copaíba. Já o peppermint pode ser utilizado nas têmporas para aliviar dores de cabeça. Sempre uso nos meus filhos quando eles ficam doentinhos. E para a meditação, para auxiliar no relaxamento e na conexão com o divino, gosto muito do frankincense.


Mas nada disso teria sentido sem a redução do número de horas nos meios digitais e do cuidado no consumo de informações. Sabemos que ficar por muito tempo em frente à tela do computador e utilizar o celular constantemente pode fazer mal à saúde. Mas não apenas à saúde física. Por conta de todas as situações delicadas que estamos vivendo nos dias de hoje, a inundação de informações é capaz de drenar a nossa mente.

Lembro bem quando o Luigi, meu cãozinho Lagotto Romagnolo, chegou nas nossas vidas. Sempre que eu o levava para caminhar, colocava algo para escutar no celular - podcast, entrevistas, música. Tempos depois, percebi que não estava dando a atenção devida ao Luigi durante nossas caminhadas e decidi que não ouviria mais nada naqueles momentos. Hoje, além de estar mais conectada ao cãozinho, o passeio se tornou um momento de descanso para a minha mente. Resolvi estender esse hábito e não durmo mais com o telefone ao lado. Agora acordo com alarme à moda antiga e tento olhar o celular após a minha sadhana (prática de yoga). Só o fato de diminuir o uso do aparelho nessas duas oportunidades já me fez sentir os benefícios.

Não há como negar a presença da tecnologia nos nossos dias. Mas, como eu já mencionei, me sinto muito melhor após reduzir o uso do celular. É evidente o impacto disso na minha mente. Isso vale para todos nós, principalmente para quem tem filhos pequenos, pois a tecnologia está mudando todos os dias. E agora com o Meta - plataforma de realidade virtual do Facebook - será importante reforçar para os pequenos que este mundo em que vivemos é onde devemos focar. O Meta terá impactos que ainda desconhecemos, mas assim como as mídias sociais precisamos fortalecer o elo dos pequenos com o mundo real pois será difícil para eles diferenciarem os dois mundos (virtual e real).

Então, aqui vai a minha dica: escolha algumas pequenas atividades do seu dia-a-dia e experimente fazê-las sem o telefone. Você vai notar que depois de uns 15-20 minutos (no meu caso) a mente começa a ficar mais tranquila e mais focada no momento presente. Neste final de ano, faça um balanço de tudo o que você aprendeu. Observe como você cresceu e lembre-se que para cada desafio que você passou existe uma lição. Espero que essas lições inspirem você! Se ficou com alguma dúvida, é só comentar!


Daniela Mattos - escritora e instrutora de yoga e meditação em português e inglês para adultos e crianças. Especializada em Kundalini Yoga, ela compartilha com as pessoas técnicas de meditação e yoga para que também elas possam melhorar suas próprias vidas. É autora de "Sat Nam - Você é seu próprio guru" e produz conteúdo para seu canal no YouTube, o Daniela Mattos - Kundalini Yoga.


Especialista dá dicas de como colocar em prática as metas do ano novo

Psicólogo explica que o primeiro passo é deixar a zona de conforto


Todo final de ano sempre ouvimos algumas frases clichês como: "ano que vem eu vou emagrecer", "prometo que no próximo ano vou mudar de vida", porém as vezes não conseguimos colocar em prática as metas que tínhamos definido. Mas por qual motivo isso acontece?

O coordenador do curso de psicologia da Anhanguera, José Franco, explica que muitas pessoas não sabem desempenhar essas metas, mas existem muitas maneiras de trabalhar no autodesenvolvimento e no aprimoramento pessoal que auxiliam nesse processo.

"É necessário ter em mente que pequenas metas são mais eficazes para colocar em prática do que as mais complexas. Por isso, reveja os seus objetivos e trace o que é mais fácil de realizar neste momento. Esse processo dá mais ânimo para que você possa seguir em frente e atingir as metas mais complexas que, na maioria das vezes, estão ligadas a questões da carreira, finanças e educação.", destaca Franco.

Para auxiliar nesse processo, o docente elencou algumas dicas:


- Menos promessa, mais ação

Tenha foco no que realmente tem importância. Existe sempre um desejo no início do ano de renovar tudo, porém é necessário saber que realizar tudo de uma única vez é impossível. Portanto, priorize as metas que realmente importam para você. Não prometa algo simplesmente por prometer e se realmente deseja aquilo corra atrás para realizar.


- Compartilhe as metas

Torna-las públicas ajuda no processo, pois aumenta a sua responsabilidade na realização do que foi planejado, exigindo mais força e ação, aumentando a autocobrança.


- Fatie-as para a realização completa

Para atingir uma meta é preciso fatiar até o cumprimento do objetivo. Isso irá te ajudar a chegar lá, dando uma sensação de conquista e contribuindo com mais energia para os próximos passos. Exemplo: Se a meta é ler, comece por livro menor. Se for um triátlon comece com uma corrida de 100 metros, o importante é começar.

 


Anhanguera

https://www.anhanguera.com/

 

Kroton

 https://www.kroton.com.br/


Depressão entre alunos: Saiba como a escola pode lidar com esta situação

Sinais de depressão como tristeza, dificuldade de socialização com os colegas de classe e queda de notas devem ser observados pela escola


A depressão em idade escolar não costuma ser muito discutida, visto que a infância e adolescência são conhecidas como fases de plena alegria, sem preocupações ou motivos para infelicidade. Entretanto, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um em cada cinco adolescentes sofrem com problemas de saúde mental e a maioria dos casos não são diagnosticados, nem tratados.

Na escola, alguns sinais podem ajudar a identificar alunos com depressão e a iniciar o tratamento o quanto antes. Segundo Fabiano Fonseca, coordenador do curso de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), os principais sintomas são perda ou excesso de sono, descontrole na alimentação, falta de energia e vitalidade, dificuldade de estar com as pessoas, tristeza profunda e contínua.

"Há também um desengajamento geral do curso, dificuldade em estudar, queda nas notas, falta de disponibilidade e interesse nos colegas e em atividades paralelas à formação", explica o psicólogo. Nos casos de alunos com bom desempenho escolar, além das notas baixas, surge a dificuldade de socialização e comunicação com alunos e professores, e o aumento de faltas às aulas.

As causas para a depressão nos estudantes podem ser inúmeras, desde histórico familiar, relacionamento ruim com os familiares, traumas psicológicos, violência sexual ou física, bullying ou ainda estresse desenvolvido pela cobrança em fase de provas e vestibulares.

Para Fonseca, o professor deve estar atento a estes sinais, isolados ou combinados, aproximar-se do aluno e de colegas, oferecendo apoio. Já o estudante pode procurar dentro da instituição recursos como acompanhamento psicológico, psiquiátrico ou, no caso do Mackenzie, buscar auxílio no PROATO e no Serviço-escola do curso de Psicologia.

"Quanto às escolas, elas devem oferecer espaço e apoio para os alunos, entender que a depressão pode manifestar-se mesmo naquele aluno que tem desempenho excelente, discutir sem medo esta temática, favorecer apoio e estimular que os estudantes criem redes de suporte, além de oferecer espaço para pais e responsáveis, que devem estar atentos a esta situação", explica o coordenador.
 

Sequestros mentais: Você sabe o que é?

 

 A entrega e gerenciamento nas relações são fatores essenciais para a manutenção do equilíbrio e confiança do amor (Crédito: Unsplash)

 

O termo remete ao "sequestro" da mente por pensamentos que não são do momento presente, como problemas no trabalho, e que acaba prejudicando as relações amorosas e sociais


Viver com um constante equilíbrio mental, ponderando todos os comportamentos, decisões, sem tomar nenhuma atitude que venha se arrepender depois, é um pensamento quase que utópico. Seres humanos falham, cometem injustiças e jamais serão perfeitos, apesar da existência de caminhos que ajudam a manter uma certa constância na lucidez, através de consultas com psicólogos, Limpeza Espiritual, dentre outras

 formas.
De acordo com o Google Trends, a busca pelo termo “equilíbrio mental”, em agosto deste ano, cresceu 45% em comparação com o mesmo período do ano passado, 2020. Isso só evidencia que pessoas estão saindo do cenário pandêmico e estão querendo se reconectar consigo e se preparar para o advento do novo normal.


Quando se perde a racionalidade e, às vezes, até a própria lucidez, dá início ao que é conhecido como
Sequestro Mental, que é também quando a emoção toma conta de todos os pensamentos e o risco de agir de forma agressiva e totalmente imprudente se potencializa. É o momento em que a nossa mente não está no momento presente, e traz problemas do passado, e/ou a ansiedade do futuro. Neste momento tendemos a descontar no parceiro(a) e as brigas acontecem.


No dia a dia, e dentro de um relacionamento amoroso não é diferente, esse comportamento acontece em frações de segundos, e quando você percebe, já disse ou fez algo que não deveria ou gostaria. Normalmente, acontece quando a pessoa enfrenta uma situação de injustiça, agressão, falta de respeito, traição, medo, raiva, dentre outras, e funciona como uma espécie de ato impulsivo.


“O Sequestro Mental pode acontecer também de forma sutil, como quando conversamos com alguém e, do nada, começamos a pensar em situações que fogem do contexto da conversa, totalmente diferentes. Essa desconexão atrapalha qualquer tipo de relação, sobretudo as amorosas, porque você nunca vai estar inteiramente para a outra pessoa”, explica Maicon Paiva, espiritualista do Espaço Recomeçar e que já atendeu mais de 35 mil pessoas.


Pensando nisso, Maicon Paiva, do
Espaço recomeçar, preparou algumas dicas que vão te ajudar a fugir dos Sequestros Mentais para vivenciar a importante entrega nas relações.


1. Perceba seus gatilhos mentais


Para quem deseja se livrar dessa situação, o primeiro passo é analisar todo e qualquer sentimento que te faça sair do controle da situação. Esses gatilhos podem ser oriundos de experiências negativas do passado e é importante observá-los. Quando já souber apontá-los, será mais fácil frear as impulsividades dos sequestros mentais. Se o que te faz perder a lucidez mental for algo do presente, tente resolver ou criar novas formas para lidar com a problemática. O ideal é que se comporte exatamente como queira e não venha se arrepender posteriormente.


2. Analise o que é desproporcional


Sempre quando acontecer uma situação que te coloque numa zona de desconforto, analise se seus comportamentos se excederam e se poderia ter resolvido de uma forma menos bélica. Dentro de um relacionamento, assim como em qualquer outro ambiente, podemos interpretar errado, ou podemos descontar frustrações e sentimentos ruins em outras pessoas, o que não é interessante. Busque manter o equilíbrio e a racionalidade diante de qualquer desafio.


3. Tenha uma válvula de escape


Quando você perceber que está quase perdendo o controle, se afaste da situação por alguns instantes, mesmo que apenas em pensamento. Respire fundo, lembre de alguma situação que te traga lembranças agradáveis, ouça uma música ou pratique algum esporte. Essas ações são excelentes estratégias para se acalmar e tirar o estresse.


4. Estabeleça um equilíbrio espiritual


Nada melhor do que procurar ajuda de um profissional, de alguém que vai te ajudar a entender o momento em que está passando e o que precisa fazer para desembaraçar os novelos da vida e das relações. Através de uma
Limpeza Espiritual, você vai conseguir se livrar de vibrações negativas e vai se sentir mais leve para resolver os problemas de uma forma mais amistosa.


 

5. Seja honesta(o) nas suas relações


Quando estiver conversando, tente se entregar somente para aquela situação, assim como deve se entregar para qualquer outra atividade que esteja fazendo. A ansiedade pode fazer você não focar no que está fazendo, mas tente mentalizar o quanto a outra pessoa está se entregando pra você. Se não conseguir, seja honesto(a) com a outra pessoa e comunique-a sobre o que está pensando para que ela não se frustre também. Se entregar para os momentos na medida em que eles vão acontecendo é a melhor forma de começar a gerenciar as relações.



Espaço Recomeçar

https://espacorecomecar.com.br/


ASSI Pesquisa mostra ligação entre pobreza na infância e desenvolvimento de transtornos mentais na fase adulta

Crianças e jovens com problemas externalizantes podem ter mais chance de impacto negativo no aprendizado, no desenvolvimento social, no mercado de trabalho (foto: Pixabay)

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Pesquisa publicada em dezembro na revista científica European Child & Adolescent Psychiatry mostra uma associação entre pobreza infantil e maior propensão para desenvolver transtornos externalizantes, como déficit de atenção e hiperatividade, na juventude, especialmente entre mulheres.

Os pesquisadores concluíram que a pobreza multidimensional e a exposição a situações estressantes, entre elas mortes e conflitos familiares, são fatores de risco evitáveis que precisam ser enfrentados na infância para reduzir o impacto de transtornos mentais na fase adulta. Foram levados em consideração o nível educacional dos pais, as condições de moradia e infraestrutura das famílias, acesso a serviços básicos, entre outros.

O trabalho acompanhou, durante cerca de sete anos, 1.590 alunos de escolas públicas de Porto Alegre (RS) e de São Paulo, que participaram de três etapas de avaliação, sendo a última delas entre 2018 e 2019. Esses estudantes fazem parte de uma grande pesquisa de base comunitária, que, desde 2010, segue 2.511 famílias com crianças e jovens, à época com idades entre 6 e 10 anos, dentro do Estudo Brasileiro de Coorte de Alto Risco para Transtornos Psiquiátricos na Infância (BHRC).

Também conhecido como Projeto Conexão - Mentes do Futuro, o BHRC é considerado um dos principais acompanhamentos sobre riscos de transtornos mentais em crianças e adolescentes já desenvolvidos na psiquiatria brasileira. É realizado pelo Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento para a Infância e Adolescência (INPD), apoiado pela FAPESP e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O instituto tem como coordenador-geral o professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) Eurípedes Constantino Miguel Filho. Conta com mais de 80 professores e cientistas de 22 universidades brasileiras e internacionais.

“Parece senso comum dizer que a pobreza pode ter impacto futuro no desenvolvimento de problemas de saúde mental. Porém ainda não havia no Brasil uma pesquisa que permitisse analisar o desenvolvimento da criança até o começo da vida adulta baseado em avaliações psiquiátricas feitas em mais de um momento. Da forma como realizamos o trabalho, foi possível observar a tendência tanto na adolescência como no início da idade adulta”, explica a pesquisadora Carolina Ziebold, do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e primeira autora do artigo.

Os diagnósticos psiquiátricos foram obtidos por meio da Avaliação de Desenvolvimento e Bem-estar (DAWBA, na sigla em inglês), aplicada na infância, depois na adolescência (quando os alunos tinham idade média de 13 anos e 5 meses) e na faixa etária dos 18 anos. O estudo levou em consideração distúrbios externalizantes e também os internalizantes, como depressão e ansiedade. No entanto, no caso desses últimos não houve registro significativo no resultado geral.

Para analisar as carências das famílias, os cientistas aplicaram questionários socioeconômicos. No total, 11,4% da amostra estava enquadrada em níveis de pobreza.

“Essa avaliação psiquiátrica em três momentos permitiu obter um resultado consistente. Isso porque houve variação ao longo do tempo. Crianças de famílias pobres chegaram a ter níveis de transtornos externalizantes menores do que as de não pobres no início do acompanhamento. Mas, depois de alguns anos, a curva se inverteu, com um crescimento constante dos distúrbios entre crianças de famílias pobres. A probabilidade de apresentar problemas entre elas foi de 63%, enquanto entre as de não pobres diminuiu no período”, afirma Ziebold.

Desigualdade de gênero

Os autores do artigo destacaram que, nas análises estratificadas por gênero, a pobreza infantil teve consequências prejudiciais especialmente para as mulheres.

“Esse resultado chamou muito a atenção e deve ser um dos mais relevantes. Geralmente os transtornos externalizantes são mais comuns em homens. Nossa hipótese é que as meninas pobres têm menos chance de diagnóstico precoce de problemas, seja na família ou na escola. Além disso, elas assumem mais tarefas desde cedo em casa, como cuidar de irmãos mais novos e de pessoas doentes. Essa sobrecarga expõe a mais eventos estressantes, que aumentam as chances de apresentar problemas mentais quando adultas”, diz a pesquisadora.

Os transtornos externalizantes também foram particularmente prejudiciais para as mulheres nos resultados educacionais, principalmente em relação ao atraso escolar, como mostrou um outro trabalho do grupo, recém-publicado na revista Epidemiology and Psychiatric Sciences.

Essa pesquisa, realizada com a mesma base do BHRC, concluiu que pelo menos dez a cada cem meninas que estavam fora da série escolar adequada para sua idade poderiam ter acompanhado a turma se transtornos mentais, principalmente os externalizantes, fossem prevenidos ou tratados. No caso da repetência, cinco em cada cem alunas não teriam reprovado (leia mais em https://agencia.fapesp.br/37419/).

"Crianças e jovens com problemas externalizantes podem ter mais chance de impacto negativo no aprendizado, no desenvolvimento social, no mercado de trabalho, aumentando assim a possibilidade de se manterem na pobreza quando adultos”, completa Ziebold.

No Brasil, a chance de um filho repetir a baixa escolaridade dos pais é o dobro da probabilidade de que isso ocorra nos Estados Unidos, por exemplo, e bem acima da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo de 38 países ricos e emergentes. Quase seis a cada dez brasileiros (58,3%) cujos pais não tinham o ensino médio completo também pararam de estudar antes de concluir essa etapa. Entre os americanos, o percentual cai para 29,2% e na OCDE fica em 33,4%, de acordo com estudo (https://imdsbrasil.org/indicadores) do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), que analisou as transformações educacionais entre gerações.

Por outro lado, no mercado de trabalho, as chances de os filhos alcançarem o estrato de ocupações mais sofisticadas e com melhores rendimentos aumentam à medida que os pais são mais escolarizados. Filhos cujos pais têm nível superior apresentam 3,3 vezes mais possibilidade de estar no estrato mais sofisticado do mercado se comparados à média da população e quase nove vezes mais chances do que os filhos de pais sem instrução (Mais informações em https://imdsbrasil.org/doc/Imds_Sinopse%20de%20Indicadores01_Ago2021.pdf).


Pandemia

Ziebold destaca que, como os transtornos externalizantes podem ter impactos de longo prazo na saúde e nos resultados sociais durante a vida adulta, as descobertas do estudo reforçam a importância das intervenções antipobreza logo no início da vida.

“Quando falamos que é preciso reduzir a pobreza para diminuir as chances de transtorno mental, estamos pensando na questão de uma forma multidimensional. Não é uma solução rápida. Ações imediatas, como conceder bolsa e auxílio para que as famílias tenham renda, são importantes, mas também é necessário pensar em medidas mais amplas, que envolvam a promoção de habilidades socioemocionais, a redução do estresse, o acesso a serviços de educação e saúde, incluindo a mental.”

A pesquisadora lembra que a pandemia de COVID-19 acabou aumentando o percentual de pessoas vivendo na pobreza a níveis alarmantes. Relatório divulgado pelo Unicef, órgão das Organizações Unidas (ONU) para questões da infância, estimou que 100 milhões de crianças a mais estejam vivendo em pobreza multidimensional no mundo, um aumento de 10% desde 2019.

Segundo o documento, em outubro de 2020, 93% dos países chegaram a interromper ou suspender serviços essenciais de atendimento a transtornos mentais, problemas que afetam mais de 13% das meninas e meninos de 10 a 19 anos em todo o mundo (Mais informações em https://www.unicef.org/media/112841/file/UNICEF%2075%20report.pdf). O relatório projetou que, mesmo com os melhores cenários, serão necessários de sete a oito anos para recuperar e retornar aos níveis da pobreza infantil de antes da pandemia.

O artigo Childhood poverty and mental health disorders in early adulthood: evidence from a Brazilian cohort study, dos pesquisadores Carolina Ziebold, Sara Evans-Lacko, Mário César Rezende Andrade, Maurício Hoffmann, Laís Fonseca, Matheus Barbosa, Pedro Mario Pan, Euripedes Constantino Miguel Filho, Rodrigo Bressan, Luis Augusto Rohde, Giovanni Salum, Julia Schafer, Jair de Jesus Mari e Ary Gadelha, pode ser lido em https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00787-021-01923-2.

 

 

Luciana Constantino

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/pesquisa-mostra-ligacao-entre-pobreza-na-infancia-e-desenvolvimento-de-transtornos-mentais-na-fase-adulta/37588/

 

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