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segunda-feira, 12 de julho de 2021

Você fala tão rápido que ninguém te entende? Pode ser sinal de taquifemia. Saiba o que é


Segundo a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa), mais de 15 milhões de brasileiros apresentam problemas vocais, capazes de atrapalhar a comunicação pessoal e profissional. Previsões apontam que no triênio 2020–2022, as doenças relacionadas à voz no Brasil atinjam 6.470 homens e 1.180 mulheres. 

Uma delas, mais comum do que se imagina, é a taquifemia, um distúrbio de fluência que compromete a velocidade da fala e, consequentemente, o entendimento. A articulação é tão rápida que a pessoa atropela as palavras e prejudica a inteligibilidade da mensagem. Presente na Classificação Internacional de Doenças (CID-10), com os caracteres F98.6, a taquifemia é considerada um distúrbio/transtorno de fluência. 

“Portadores de taquifemia têm pouca consciência do distúrbio. Costumam apresentar aumento de hesitações e disfluências, troca de letra na fala e escrita, dificuldade para encontrar palavras, dificuldades sintáticas, discurso confuso, dificuldade de leitura e escrita, desatenção, hiperatividade, impulsividade, retardo no desenvolvimento de linguagem e no desenvolvimento motor”, descreve a Dra. Cristiane Romano, fonoaudióloga, mestre e doutora em Ciências e Expressividade pela USP.

 

Como é feita a avaliação

A avaliação consiste na coleta de amostras de fala em situação de repetição de palavras, repetição de frases, fala semi-espontânea e leitura em voz alta. As amostras são analisadas em termos de velocidade de fala, pausas silenciosas, frequência e tipologia de hesitações/disfluências, coordenação entre respiração e fala, articulação dos sons de fala. A fala semi-espontânea também é analisada em relação à estruturação textual (habilidade para descrever, narrar e argumentar). Quando necessário, também é incluída avaliação específica de compreensão de fala, vocabulário, leitura, escrita e audição. 


Tratamento

Após o diagnóstico, o tratamento acontece por meio de exercícios de relaxamento e alongamento para os lábios, língua, pescoço e ombros, pois diminuem a sensação de urgência para falar; exercícios de velocidade, que fazem o paciente perceber as diferenças entre a fala lenta, normal e rápida; e exercícios de pausa silenciosa, que ensina a frequência adequada da fala ao paciente. O tratamento engloba as seguintes metas: 


Diminuição da velocidade de fala e aumento de pausas silenciosas

O paciente treina a redução de sua velocidade de fala, articulando com clareza todas as sílabas das palavras e fazendo pausas em locais adequados. São utilizados materiais como repetição de frases, leitura em voz alta e narrativa de cartoons.  


Melhora da articulação dos sons de fala

Quando as alterações articulatórias acontecem pelo aumento da velocidade de fala, estas melhoram automaticamente com a diminuição do ritmo acelerado. Quando este não for o caso (por exemplo, quando ocorrem trocas de sons), é necessário focar na produção dos sons propriamente ditos. 


Encontrar palavras durante a fala (acesso lexical)

A diminuição da velocidade de fala e o aumento de pausas silenciosas geralmente melhoram o acesso lexical durante a fala espontânea. Quando isso não é suficiente, são aplicadas estratégias para reforçar as conexões entre palavras no dicionário mental, envolvendo atividades que trabalham palavras do mesmo campo semântico e com vários significados (polissemia), sinônimos, antônimos.


Aprimoramento das habilidades textual-discursivas

São utilizadas histórias em quadrinhos sem texto (cartoons) para aprimorar as habilidades de descrição, narrativa e argumentação. 


Hesitações/disfluências comuns e reformulações

A diminuição da velocidade de fala, o aumento no número de pausas silenciosas e o aprimoramento do vocabulário, do acesso lexical e das habilidades discursivas promovem a diminuição no número de hesitações e de reformulações na fala espontânea. 


Leitura

Em diversos casos, a diminuição da velocidade de fala auxilia na compreensão do texto lido. “Entretanto, alguns pacientes apresentam dificuldades maiores de leitura. Se o comprometimento for na rota fonológica, haverá maior dificuldade para ler palavras novas ou não-palavras. Neste caso, o paciente será encaminhado para fonoaudiólogo especializado em leitura e escrita”, finaliza Cristiane Romano.


Coluna lombar dos idosos: dor melhora com técnica de descompressão por vídeo

Procedimento minimamente invasivo, feito em nível ambulatorial, traz melhora das dores e da qualidade de vida em apenas um dia, na maioria dos casos, e tem atraído idosos

 

 Um senhor de 84 anos, que andava curvado de tanta dor nas costas, viajou de Teresina, Piauí, até São Paulo, para fazer uma cirurgia. Por que ele viajou tanto? Porque ele foi atrás da técnica de descompressão por vídeo, uma cirurgia minimamente invasiva, realizada pelo médico neurocirurgião Dr. Marcelo Amato desde 2013 na capital paulista. “Ele melhorou 100% da dor já no dia seguinte e, em uma semana, já conseguia andar sem precisar curvar a coluna como antes”, relata Dr. Amato. A descompressão por vídeo evita que o paciente precise de uma cirurgia aberta como a laminectomia e, em alguns casos, pode substituir as artrodeses, que são aquelas fixações da coluna feitas com parafusos.

 

A técnica de descompressão por vídeo, ou cirurgia endoscópica da coluna, não é apenas uma cirurgia para um problema específico, e sim uma técnica de magnificação, que envolve a introdução de uma câmera lá onde está o problema e, portanto, a visualização em alta definição da doença a ser tratada e das estruturas a serem preservadas. Dessa forma, qualquer tipo de descompressão de estrutura nervosa pode ser realizada por vídeo. Além da cirurgia endoscópica para hérnia de disco, outra doença bem frequente é a estenose da coluna, que pode acontecer na lombar, torácica ou cervical.

 

O Dr. Amato explica que as estenoses são causadas pelo desgaste e envelhecimento da coluna. O aumento anormal de ossos (bicos de papagaio) e ligamentos, assim como o surgimento de cistos na coluna, levam à compressão das estruturas nervosas, que são responsáveis por causar os sintomas dos pacientes. A estenose da coluna lombar, por exemplo, causa dor, formigamento, dormência ou perda de força nas pernas. É muito comum o paciente andar curvado para frente ou, então, precisar fazer pausas após alguns minutos andando, para que volte a sentir e ter força nas pernas. Existem outras causas de estenose da coluna como a ossificação de ligamento amarelo, que também apresentam ótima indicação para a descompressão por vídeo.

 

A técnica de descompressão por vídeo é uma excelente opção para pessoas que convivem com a dor e que têm medo de cirurgias, já que é menos invasiva e realizada sem necessidade de internação. Inclusive, Dr. Amato explica que está cada vez mais frequente a realização deste procedimento para pacientes acima dos 80 ou 90 anos de idade e, por ser minimamente invasiva, realizada com incisão de apenas 7-8mm, sem risco de perda sanguínea, ou seja, pouco agressiva para o corpo, é muito bem aceita por esses pacientes e com ótimos resultados.

 

Já as hérnias de disco são mais frequentes em adultos entre 30 e 50 anos, as outras causas de estenose são mais frequentes após os 50 ou 60 anos de idade. Ou seja, pacientes de todas as faixas etárias beneficiam-se da técnica de descompressão por vídeo. Até mesmo porque a recuperação é muito rápida: “Depende de cada caso, mas geralmente no mesmo dia o paciente já percebe melhora significativa dos sintomas e da qualidade de vida”, afirma Dr. Amato.

 

 


Dr. Marcelo Amato – Graduado e doutor pela USP Ribeirão Preto, o médico neurocirurgião Marcelo Amato é especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva de crânio e coluna. Doutor em neurocirurgia pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Especialista em neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB), e em cirurgia de coluna pela Sociedade Brasileira de Coluna (SBC). Diretor do Hospital Dia Amato, centro especializado em cirurgias minimamente invasivas da coluna. Possui publicações nacionais e internacionais sobre endoscopia de coluna, neurocirurgia pediátrica, tumores cerebrais, cavernomas, cistos cerebrais, técnicas minimamente invasivas, entre outros.

www.neurocirurgia.com, www.amato.com.br

https://www.instagram.com/dr.marceloamato/

http://bit.ly/MarceloAmato


Infartos são mais comuns nas segundas-feiras, indica estudo


Brasil registra uma morte a cada 90 segundos por doenças cardiovascularesCréditos: Envato

Má alimentação, consumo de bebidas alcoólicas e falta de sono estão entre os agravantes para as doenças cardiovasculares

O Brasil registra uma morte a cada 90 segundos por doenças cardiovasculares, afecções do coração e da circulação, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Só em 2021, mais de 209 mil brasileiros já perderam a vida por problemas cardíacos. E há momentos mais preocupantes para isso, como vêm mostrando algumas evidências ao longo dos anos. Um estudo da Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, analisou mais de 173 mil internações motivadas por distúrbios cardiovasculares e mostrou que a segunda-feira é o dia mais propício para se infartar, com 17% dos casos.

“Isso se deve principalmente aos abusos cometidos aos fins de semana, seja na alimentação, consumo de bebida alcoólica e qualidade do sono”, explica o cardiologista e gerente médico do Hospital Universitário Cajuru, José Augusto Ribas Fortes. “Muitas pessoas ficam com a pressão mais alta no início da semana como resultado dos excessos cometidos durante a folga e isso representa uma ameaça ao coração. O controle da pressão arterial reduz em 42% o risco de derrame e 15% o risco de infarto, por isso o seu controle é tão importante”, complementa.

O infarto é a interrupção do fluxo sanguíneo para o coração, devido ao aparecimento de placas de gordura ou coágulo, que acabam provocando a morte das células do coração. Embora possa acontecer com qualquer pessoa, acaba atingindo com maior frequência pessoas com mais de 45 anos, fumantes, que estão acima do peso, têm pressão alta, diabetes e colesterol alto, por exemplo. 

Entre os sintomas mais comuns estão a dor no lado esquerdo do peito, que pode irradiar para o pescoço, axila, costas, braço esquerdo ou direito, dormência ou formigamento no braço, dor de estômago, nas costas, mal estar, enjoos, tonturas, palidez, dificuldade para respirar, tosse seca e dificuldade para dormir. 


Inverno e falta de acompanhamento

O período mais frio do ano também se mostra um risco para problemas do coração. Segundo o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), durante o inverno, o número de infartos cresce em torno de 30%. O cardiologista do Hospital Marcelino Champagnat, Romulo Torres, ressalta que um mal estar persistente sempre deve ser olhado com atenção. “A covid-19 também contribuiu para que alguns pacientes que deveriam procurar atendimento médico relutassem a buscar um hospital para avaliação. Outros, não foram às consultas de rotina e interromperam as medicações e exames. Tudo isso acabou sendo mais um agravante para doenças do coração”, complementa.


O coronavírus e a doença periodontal


Na literatura e na experiência, todos sabemos que o acúmulo de tártaro nas gengivas e a falta de uma higienização rotineira dos dentes abrem espaço para infecções. Bactérias se proliferam na região bucal rapidamente e há casos não raros de pessoas que morreram por complicações cardíacas, por exemplo, cuja origem deu-se em focos de infecção bucal. Por que seria diferente, em relação ao coronavírus?

 

Os estudos são preliminares, mas é recorrente entre os pacientes internados com quadros mais graves de infecção pela covid-19, a existência de doença periodontal regular ou acentuada. Claro que o quadro se acentua, se o paciente ficar internado por longo período, o que favorece ainda mais, o agravamento da periodontia.


 

Culpa das máscaras?


Ninguém duvida da eficácia e da necessidade do uso das máscaras de proteção facial, enquanto a humanidade trava a dura batalha contra a pandemia da covid-19. Porém, depois de mais de um ano escondendo o rosto atrás das máscaras, uma das evidências que salta aos olhos no consultório é a de um certo descaso das pessoas em relação à higiene bucal. Isso mesmo! As pessoas estão deixando de lado os cuidados clássicos que elas tinham antes da pandemia, como usar o fio dental após as refeições, o enxague regular para zelar pelo bom hálito e a regularidade na escovação. Por trás das máscaras, fatores psicológicos como o desânimo, o estresse derivado das pressões decorrentes da pandemia e de conjunturas, por vezes, difíceis, podem ser os ‘aliados’ de uma certa indolência, em relação à higiene bucal.

 

O problema aí é o tempo que estamos nessa situação e convivendo com essas exigências de proteção. A gente ainda não sabe por quanto tempo teremos de conviver com esses cuidados, mas há um fato inquestionável. Uma hora tudo passa e seus dentes não podem ‘sofrer’ as consequências desses fatores externos por falta daqueles cuidados clássicos, como escovação regular, fio dental e enxaguante.

 


Alerta

A periodontia, a especialidade odontológica que cuida da saúde gengival, é uma das áreas que será mais demandada, caso você deixe de cuidar de seus dentes como antigamente. Placas de bactérias se acumulam na base da gengiva e ali estará um foco de mau hálito e uma porta aberta para infecções. Sim, é pela boca que muitos vírus e bactérias encontram acesso ao nosso organismo.

 


Ricardo Denser - coordenador Técnico da R D Odontologia, desde 1985 na área de Odontologia Clinica. Formado pela Universidade Paulista, é professor de Estética dental do Sindicato dos Odontologista de São Paulo (SOESP). Tem especialização em implantes odontológicos e em Ortodontia e Ortopedia dento-facial.


Saúde 4.0: Tecnologia coloca fim na dificuldade da punção venosa e melhora a experiência dos pacientes

O aparelho de realidade aumentada, conhecido como VeinViewer, tem como principal intuito facilitar a punção das veias nos pacientes, já que proporciona um mapa completo das veias em tempo real e pode ajudar em três áreas: hospitalar, laboratorial e no tratamento de varizes

 

 

Quem nunca sentiu aquele medo de tirar sangue? Mas, mais do que medo, muitas pessoas sentem fraqueza e pressão baixa na hora de ter que enfrentar a agulha. Isso acontece, pois muitos apresentam veias escondidas, dificultando a visão do profissional na hora de realizar a punção. Além disso, em alguns casos, o paciente pode ser recém nascido com veias muito finas ou apresentar problemas de saúde como diabetes, obesidade, desidratação, edemas, entre outras complicações que dificultam o acesso venoso periférico.

 

Foi pensando nessa melhora da experiência do paciente e na otimização do procedimento para os profissionais da saúde que o Grupo Hemocat, que oferece soluções inovadoras para o mercado de saúde, trouxe para o Brasil o VeinViewer, uma tecnologia de realidade aumentada que consegue mostrar através da pele dos pacientes um mapa digital das veias em tempo real, diminuindo as tentativas de punção venosa sem êxito, além de tornar o procedimento mais rápido. 

 

“O equipamento emite uma luz infravermelha sobre a pele, capaz de captar o padrão de hemoglobina do sangue e mostrar em tempo real a veia, além de permitir identificar a localização das válvulas venosas, tortuosidades, bifurcações, como está o fluxo sanguíneo e possibilitar que o profissional de saúde escolha o melhor ponto para fazer o acesso venoso periférico, na hora de aplicar fluidos e medicamentos, por exemplo”, explica Danila Castro, Gerente Comercial e Marketing VeinViewer Brasil.

 

De acordo com a Dra. Anelise Rodrigues, cirurgiã vascular no estado do Mato Grosso, a geração de imagens em tempo real é útil pois permite observar a resposta imediata do vaso - seu espasmo e esvaziamento - durante o tratamento de varizes, auxiliando o médico durante a aplicação de laser transdérmico e escleroterapia, por exemplo. “A tecnologia também nos permite selecionar sempre a melhor cor de projeção para cada tom de pele, garantindo que possamos ter uma boa imagem em todos os pacientes”, salienta.


Ela ainda complementa dizendo que, quanto melhor o equipamento, mais rápido será o processamento da imagem e menor será a diferença encontrada entre a posição real da veia e a projeção que obtemos do aparelho na pele. “No entanto, existem alguns truques fáceis para punções, como alinhar a imagem da agulha com a imagem da veia, que nos ajudam a superar essa desvantagem”, diz a Doutora.



Saúde e estética: Tratamentos para varizes

 

Além de facilitar na hora de tirar sangue, essa tecnologia também é muito utilizada para tratamento de varizes em consultórios médicos. Nos EUA quase 100% do uso é hospitalar, pois lá eles não costumam tratar varizes como estética. Aqui no Brasil isso é mais forte e essa tecnologia é muito usada para esse fim. A partir disso se difundiu e hoje é considerada uma ferramenta essencial para um médico vascular realizar tratamento de varizes, pois possibilita ver as veias até 10 milímetros de profundidade - o que não seria possível enxergar a olho nu, permitindo realizar um tratamento mais a fundo”, complementa Danila.

 


Hemocat

https://hemocat.com.br/

Produto: https://hemocat.com.br/produto-detalhe/3/VeinViewer 

Instagram:https://www.instagram.com/veinviewerbrasil/ 


Julho verde: especialista fala da importância da conscientização do câncer de cabeça e pescoço em tempos de pandemia

Conforme a SBCCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e pescoço) e o INCA (Instituto Nacional de câncer), até o final deste ano, de 40 a 50 mil brasileiros vão receber o diagnóstico da doença

 

O mês de julho foi escolhido para a conscientização do câncer de cabeça e pescoço. O Julho Verde, campanha nacional, visa aumentar a divulgação das informações para que a população conheça melhor os sintomas, tratamentos e a importância do diagnóstico precoce da doença.

O médico especialista em cirurgia de cabeça e pescoço, Pedro Tolentino, do Hospital Anchieta de Brasília, explica que este é um tipo de enfermidade maligna, que afeta a Cavidade oral (conhecida como boca), orofaringe (conhecida como garganta), laringe (órgão responsável pela voz), hipofaringe (região posterior à laringe), seios da face, glândulas salivares (Parótida, submandibular, sublingual), glândula tireoide e paratireoide e pele da região.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, a SBCCP, até o final deste ano, de 40 a 50 mil brasileiros serão acometidos pela doença . Entre os tipos mais frequentes nas mulheres, está o de tireoide, que deve contar com cerca de 12 mil novos casos . Já, em homens, o câncer de boca deve ser o mais registrado, com 11 mil diagnósticos e o de laringe, uma soma de 6,5 mil casos.

Os números são alarmantes. Outro dado, do Instituto Nacional do Câncer, o Inca, mostrou que, em 2020, o câncer de cavidade oral ocupou a 5ª posição entre todos os tipos que afetam o público masculino e, o câncer de tireoide esteve na mesma posição em mulheres. Apenas no Distrito Federal, espera-se uma incidência de câncer de boca, laringe e tireoide de 360 novos casos a cada 100.000 habitantes para este ano.

O especialista, do Hospital Anchieta, ressalta que é fundamental conhecer alguns dos sinais e sintomas que podem estar relacionados a esse tipo de câncer. "A doença pode se manifestar como feridas na boca que parecem aftas que não cicatrizam em até duas semanas, rouquidão que demora mais de duas semanas para melhorar, principalmente em tabagistas e etilistas (combinação esta que deixa em até 6x maior a incidência desta doença), nódulos no pescoço que não existiam ou apresentam crescimento", explica Dr. Pedro.

O médico pontua que os principais fatores de risco para os tumores de Cabeça e Pescoço são: o tabagismo , o consumo excessivo de álcool, as infecções pelo papiloma vírus humano, o HPV, além de traumas crônicos na mucosa oral e exposição solar que é o principal fator de risco para o câncer de pele.



Mas, como prevenir?

Tolentino explica que a prevenção dessas doenças compreende a mudança de alguns hábitos, como parar de fumar, assim como interromper o uso de bebidas alcoólicas, praticar sexo seguro, manter bons hábitos de higiene oral, como ir ao dentista duas vezes ao ano, e realizar a higiene oral 3x ao dia. "Vacinação contra o HPV também previne contra o câncer de garganta, além da utilização de filtro solar e não se expor a luminosidade solar em horários de maior incidência do mesmo", acrescenta.

O oncologista destaca ainda que é de extrema importância procurar um profissional qualificado para que possa ser realizada uma avaliação adequada e diagnóstico correto de preferência em estágio inicial. "O tratamento nas fases iniciais da doença confere excelentes resultados, com grandes possibilidades de cura, pois o tempo é extremamente importante, pois ao se fazer o diagnóstico precoce, as chances de cura são muito maiores", finaliza.

 

ANVISA amplia a indicação do antirretroviral Tivicay (dolutegravir 50mg) para crianças acima de 6 anos, com peso superior a 20kg 1 A ANVISA ampliou a recomendação do uso do Tivicay (dolutegravir 50mg) para pacientes acima de 6 anos, com peso superior a 20kg, trazendo ainda mais esperança e novas oportunidades para o tratamento do HIV pediátrico no Brasil. Anteriormente, o medicamento era indicado apenas para pessoas que vivem com HIV acima de 12 anos (com peso superior a 40kg).1 "Com essa ampliação da faixa etária, teremos mais um medicamento disponível que irá ajudar as crianças que vivem com HIV a terem uma melhor qualidade de vida, serem saudáveis, e viverem de forma plena", enfatiza Dr. Rafael Maciel, gerente médico da GSK/ViiV Healthcare. 

A introdução do tratamento antirretroviral diminuiu substancialmente a mortalidade e morbidade de crianças pelo HIV.2 Embora as taxas e as novas infecções por HIV tenham sido reduzidas significativamente desde o início da epidemia de AIDS, ainda assim, a população continua suscetível à doença, principalmente as crianças.3 Segundo estatísticas da UNAIDS divulgadas em 2020, cerca de 1,8 milhão de crianças entre 0 e 14 anos vivem com HIV.4 Já um relatório da UNICEF revelou que, em 2019, 320 mil crianças e adolescentes foram infectados com HIV e cerca de 110 mil crianças morreram de AIDS, em todo o mundo.3 No Brasil, milhares de crianças ainda vivem com HIV e os dados também preocupam.5 8 Segundo o mais recente Relatório de Monitoramento Clínico do HIV, do Ministério da Saúde, na faixa etária de crianças de 2 a 11 anos que vivem com HIV foi observado um aumento de 14% no início tardio ou não início do tratamento com antirretroviral, comparando 2009 com 2020.5 

Ainda segundo os dados do Relatório, a meta cascata 90-90-90, estipulada pela UNAIDS, que visa levar testagem e tratamento do HIV para a grande maioria das pessoas que vivem com HIV e reduzir a carga viral em seus organismos a níveis indetectáveis, ainda está longe de ser atingida. Em 2019, 83% das crianças de 5 a 8 anos que vivem com HIV foram diagnosticadas, destas 72% estão em tratamento, das quais apenas 58% estão com carga viral indetectável. Já na faixa etária de 9 a 12 anos os valores são de 86% estão diagnosticadas, destas 75% estão em tratamento, das quais 63% apresentam carga viral indetectável.5 9 Para o Dr. Rafael Maciel, o tratamento do HIV pediátrico apresenta desafios e requer muitos cuidados. "Um dos principais obstáculos que enfrentamos no tratamento de HIV em crianças é a restrição nas opções de medicamentos. Fornecer tratamento seguro, eficaz e bem tolerado para as crianças que vivem com HIV é fundamental para garantir o controle da infecção e prevenir sua evolução para a AIDS. A boa adesão à terapia antirretroviral traz grandes benefícios, entre outros fatores, a ampliação da expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas", explica Dr. Rafael. 

O antirretroviral Dolutegravir 50 mg é considerado um dos mais modernos do mundo para o tratamento do vírus, apresentando taxas significativas de supressão viral, além de possuir menor risco de descontinuação de uso devido a eventos adversos.6 Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde medicamentos antirretrovirais e, desde 2013, o Ministério da Saúde garante tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV, independentemente da carga viral.7 

 

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

 

 

GSK/ViiV Healthcare

 

 

 Referências:

 

1 TIVICAY (dolutegravir). Bula do produto

2 BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes terapêuticas para manejo da infecção pelo HIV em crianças e adolescentes.Brasília-DF. 2018.

3 NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Relatório revela que HIV contamina uma criança ou jovem a cada 100 segundos. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/102862-relatorio-revela-que-hiv-contamina-uma-crianca-ou-jovem-cada-100-segundosAcesso em: 19 maio. 2021.

4 UNAIDS. Global HIV & AIDS statistics — 2020 fact sheet. Disponível em: https://www.unaids.org/en/resources/fact-sheet. Acesso em: 19 maio. 2021.

5 BRASIL. Ministério da Saúde. Relatório de Monitoramento Clínico do HIV 2020. Brasília-DF. 2020. 

6 BRASIL. Ministério da Saúde. Ministério da Saúde simplifica tratamento de pacientes infectados por tuberculose e HIV. Disponível em: https://www.aids.gov.br/pt-br/noticias/ministerio-da-saude-simplifica-tratamento-de-pacientes-infectados-por-tuberculose-e-hiv  Acesso em: 19 maio. 2021.

7 BRASIL. Ministério da Saúde. Diagnóstico do HIV. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e- hiv/diagnostico-do-hiv . Acesso em: 19 maio. 2021.

8 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Imunizações em Crianças e Adolescentes que vivem com HIV/Aids. Disponível em:https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/imunizacoes-em-criancas-e-adolescentes-que-vivem-com-hivaids/. Acesso em: 27 maio. 2021.

9 UNAIDS. 90-90-90: Uma meta ambiciosa de tratamento para contribuir para o fim da epidemia de AIDS. Disponível em: https://unaids.org.br/wp-content/uploads/2015/11/2015_11_20_UNAIDS_TRATAMENTO_META_PT_v4_GB.pdf


Com desafio digital “11 Manchetes pela Vida”, Sanofi Pasteur alerta para a importância da vacinação contra meningite

Faixa etária entre 11 e 12 anos faz parte do grupo que mais transmite a bactéria causadora da doença, por isso, a dose de reforço nessa idade é essencial e está disponível no calendário de vacinação do SUS


Com o objetivo de aumentar a conscientização sobre a importância da vacinação contra a meningite meningocócica, principalmente em crianças e adolescentes com idades entre 11 e 12 anos - por serem considerados transmissores da bactéria, mesmo de forma assintomática - a Sanofi Pasteur lança o desafio “11 Manchetes pela Vida”. A iniciativa traz como embaixador o atleta paralímpico Daniel Yoshizawa, integrante da seleção brasileira de vôlei sentado, medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2019 e símbolo de superação e luta contra a meningite. 

 

O desafio teve início no Instagram do levantador da seleção brasileira de vôlei sentado (@danyoshizawa), a partir da publicação de um vídeo do próprio jogador convidando outros atletas a fazerem 11 manchetes - recurso utilizado para receber um passe no voleibol - sem deixar a bola cair. A segunda participante engajada em prol da causa é Thaisa Daher (@daherthaisa), jogadora de vôlei e bicampeã olímpica pela seleção brasileira. As 11 manchetes têm relação direta com a vacinação de reforço contra a meningite meningocócica, uma vez que a vacina ACWY, que protege contra quatro sorogrupos da doença, está disponível no calendário de vacinação do SUS para crianças e adolescentes entre 11 e 12 anos de todo o país.2 

 

“A maioria dos pais vacina seus filhos quando são pequenos, mas esquecem das doses de reforço, o que representa um risco à saúde individual e de toda população, uma vez que a faixa etária entre 11 e 12 anos é transmissora da meningite, com casos assintomáticos que acabam aumentando a  transmissão da bactéria. Soma-se a isso a forte queda na cobertura vacinal para tantas doenças graves prevenidas pela vacinação, inclusive a meningite. Por isso, iniciativas que levem mensagens educativas de forma engajadora e próxima da população são muito importantes", explica Sheila Homsani, diretora médica da Sanofi Pasteur no Brasil.


 

Sobre a meningite  


A meningite meningocócica é caracterizada pela inflamação da membrana que recobre o cérebro e a medula espinhal (meninge). Causada pela bactéria Neisseria meningitidis (meningococo)1, ela é considerada uma doença endêmica no Brasil, a enfermidade pode ser assintomática ou provocar sintomas graves, com rápida evolução. A vacinação é a forma mais recomendada e eficaz para evitar a doença1.

 

Desde 2020, a vacina meningocócica ACWY foi incorporada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), para adolescentes entre 11 e 12 anos2. O objetivo do Ministério da Saúde é alcançar cobertura vacinal maior ou igual a 80% do público-alvo da vacinação3.

 

Prevenível por meio da vacinação, a doença meningocócica é considerada imprevisível, com sintomas iniciais inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico precoce. Com potencial de desenvolvimento e evolução muito rápidos, a enfermidade pode levar à morte em até 24 horas após o início dos sintomas4

 

Para mais informações sobre a doença, acesse a Campanha Antes de Pegar, Melhor Vacinar, promovida pela Sanofi Pasteur, por meio do link: https://www.sanoficonecta.com.br/campanha/meningite-meningococica
 

 

 

Sanofi

 

 

Referências

1. Ministério da Saúde. Saúde de A a Z - Meningite. Disponível em: https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/meningites  [acesso em junho/2021].

2. Calendário de vacinação SBP 2020 - Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/22268g-DocCient-Calendario_Vacinacao_2020.pdf [acesso em junho/2021].  [acesso em junho/2021].

3. Informe Técnico - Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/marco/14/Informe-T--cnico-HPV-MENINGITE.pdf  [acesso em maio/2021].

4.WORLD HEALTH ORGANIZATION. Meningococcal meningitis Factsheet: WHO; 2018. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/meningococcal-meningitis  [acesso em junho/2021].


Médico responde às principais dúvidas sobre os riscos de infecções fúngicas

As internações hospitalares sempre são motivo de atenção para pacientes, médicos e familiares. Com a chegada da Covid-19, o assunto está cada vez mais em evidência, e novas preocupações começaram a surgir, como é o caso das infecções hospitalares, geralmente causadas por vírus, bactérias e fungos. As infecções causadas por fungos podem acometer principalmente os pacientes internados por tempo prolongado e com sistema imunológico debilitado. Nessas situações um diagnóstico tardio ou até mesmo a falta dele, chegam a levar muitos pacientes ao óbito.

O médico especialista Marcello Mihailenko Chaves Magri, infectologista do Hospital das Clínicas da FMUSP, responde às principais dúvidas sobre o assunto, confira:



Quais as principais infecções que podem ser adquiridas durante uma internação hospitalar?

R: Vários microrganismos podem ser transmitidos dentro do ambiente hospitalar, entre os quais, destacam-se as bactérias e os fungos. As infecções bacterianas e as fúngicas podem apresentar altas taxas de morbidade e mortalidade. Outro aspecto que merece destaque é que, muitas vezes, esses microrganismos podem apresentar diferentes padrões de sensibilidade aos antimicrobianos.


O que são infecções fúngicas?

R: Os fungos são organismos eucarióticos, unicelulares ou multicelulares que pertencem ao Reino Fungi. Se apresentam nas formas de leveduras, bolores ou ainda podem ser dimórficos (bolores na temperatura ambiente ou leveduras dentro do ser humano). Podem causar vários tipos de infecções nos seres humanos, desde infecções superficiais (unhas, pele, cabelos e etc…) até infecções invasivas, disseminadas.


Quais são as principais infecções fúngicas invasivas hospitalares e aquelas que acometem pacientes imunodeprimidos?

R: O principal fungo que causa infecções fúngicas invasivas hospitalares é a levedura do gênero Candida. Nos pacientes imunodeprimidos, especialmente nos pacientes neutropênicos, com câncer hematológico e transplantados de células tronco hematopiéticas, além de Candida, os fungos filamentosos (bolores) como os do gênero Aspergillus e Fusarium são responsáveis por alta taxas de letalidade. Nos pacientes com aids, em determinadas fases após o transplante de órgãos sólidos, entre as infecções fúngicas oportunistas, destacam-se a candidíase, a pneumocistose, a criptococose e a histoplasmose.

A mucormicose é uma infecção fúngica invasiva, rara, causada por fungos filamentosos que, no Brasil, acometem mais frequentemente os pacientes diabéticos descompensados.


Quais são os principais sintomas das infecções fúngicas invasivas? Quais efeitos estas infecções causam no corpo?

R: Os sinais e sintomas das infecções fúngicas invasivas dependem de fatores do hospedeiro e do fungo. Por exemplo, a criptococose, mais frequentemente causa uma meningite/meningoencefalite subaguda ou crônica com ou sem acometimento pulmonar. Pode causar febre, cefaléia, vômitos e dor na nuca. A aspergilose pulmonar invasiva pode causar febre, queda do estado geral, tosse, falta de ar, escarro com sangue e nos exames radiológicos de pulmão lesões pulmonares importantes. A mucormicose pode causar mais frequentemente uma rinossinusite grave podendo, se não diagnosticada precocemente, acometer a órbita e o cérebro. Já a candidemia, que é a infecção por fungos do gênero Cândida, no sangue se manifesta por quadros febris em pacientes internados nos hospitais, especialmente após procedimentos cirúrgicos abdominais e internação prolongada em terapia intensiva.


Qual o tipo mais grave de infecção fúngica? E o mais comum?

R: Todas as infecções fúngicas invasivas se não diagnosticadas e tratadas podem levar o paciente ao óbito. Alguns exemplos importantes são:

Candidemia: pode se apresentar com febre e evoluir para sepse e choque séptico se não tratada.

Aspergilose: é causada pelo fungo Aspergillus, presente no ar. No caso de aspergilose invasiva, apresentação mais agressiva da infecção, o fungo se espalha rapidamente pelos pulmões e, por vezes, atinge até cérebro, coração, fígado ou rins pela corrente sanguínea.

Mucormicose: também podem causar infecções agressivas nos pulmões. Entretanto, outras manifestações possíveis são infecções na face pelos seios nasais, no cérebro, nos olhos e no aparelho gastrointestinal. Em casos avançados, a doença pode ainda atingir múltiplos órgãos. Por conta disso, a mortalidade pela doença pode evoluir de 30 a 80%, dependendo da infecção e do nível de imunocomprometimento do paciente.

Neurocriptococose: é uma infecção fúngica extremamente grave especialmente nos pacientes com aids, acometendo o Sistema Nervoso Central, sangue, pulmões, pele entre outros órgãos.

Histoplasmose disseminada: essa infecção ocorre mais frequentemente nos pacientes imunodeprimidos, especialmente nos pacientes com aids. É extremamente grave e fatal nesses pacientes. Pode causar quadros clínicos muito semelhantes à tuberculose disseminada. Pode causar doenças nos pulmões, fígado, baço, pele, cérebro, medula óssea e etc.


Estas infecções costumam ser confundidas com outro tipo de diagnóstico? Quais?

R: As infecções fúngicas invasivas, dependendo do fungo e do hospedeiro, podem apresentar quadros semelhantes às infecções por bactérias, micobactérias e outros fungos, tumores ou doenças reumatológicas.


Qual é o sinal de alerta para o risco de uma infecção fúngica invasiva?

R: Existem micoses que são endêmicas em determinadas regiões, ou seja, muitas pessoas daquela região poderão se infectar, embora uma minoria desenvolve a doença. Existem vários fatores de risco que aumentam a chance de um indivíduo adquirir uma infecção fúngica invasiva. Destacam-se os pacientes imunodeprimidos e os pacientes hospitalizados, especialmente em terapia intensiva.


Como podemos evitá-las?

R: Para as infecções fúngicas invasivas adquiridas no ambiente hospitalar existem várias estratégias propostas pelas comissões de controle de infecção hospitalar para reduzir as taxas de infecção de corrente sanguínea, campanha de lavagem das mãos, pneumonia relacionada à ventilação mecânica entre outras. Algumas situações específicas em pacientes imunodeprimidos está indicada profilaxia com antifúngicos para evitar essas infecções.


Existe tratamento?

R: Os protocolos de tratamento existentes hoje compreendem medicamentos antifúngicos e até mesmo a remoção cirúrgica dos fungos, quando necessário. No caso da aspergilose, por exemplo, a terapia de primeira linha recomendada é voriconazol ou isavuconazol, porém estudos comprovam que o isavuconazol apresenta algumas vantagens farmacológicas que permitem o uso também por pacientes criticamente enfermos no ambiente de UTI com insuficiência renal e diálise. Existem situações onde os fungos podem ser resistentes ou o uso de antifúngicos prévios podem selecionar cepas resistentes. Nessas situações, a anfotericina lipossomal pode salvar o paciente com uma candidemia persistente, por exemplo, em uso de equinocandina.


O paciente com COVID-19 está mais suscetível a pegar este tipo de infecção?

R: Os pacientes com as formas moderadas e graves da COVID-19 podem evoluir com quadros inflamatórios importantes, fenômenos tromboembólicos, alterações nas barreiras mucosas do trato digestório e lesões pulmonares que levam o paciente a necessitar de oxigênio ou até ventilação mecânica e corticoide. Esses fatores podem contribuir para um aumento do risco para desenvolver essas infecções. As infecções fúngicas possuem uma incidência relevante, sobretudo, em pacientes cujo sistema imunológico perdeu a efetividade no combate a doenças, em virtude de outras condições clínicas, como é o caso de pacientes graves da Covid-19. Figuram também nessa lista pacientes com aids, transplantados, pessoas que passaram por cirurgias complexas, pacientes oncológicos submetidos a longos períodos de tratamento com quimioterapia e aqueles submetidos a várias linhas de antibioticoterapia e corticóides em ambiente de UTI.


Houve aumento de casos de infecções fúngicas após o início da pandemia de Covid-19?

R: As infecções fúngicas invasivas mais relatadas desde o início da pandemia de COVID-19 são candidíase invasiva, aspergilose e mucormicose. Desde 2020 vários países têm dado destaque a essas infecções, como, por exemplo, Aspergilose na Europa e México e mucormicose na Índia.


Recentemente, vimos notícias sobre a Mucormicose na Índia. Ele está de alguma maneira atrelado à cepa indiana da Covid-19? Existe chances desse tipo de fungo se desenvolver no Brasil também?

R: A mucormicose ganhou interesse mundial com o crescimento de casos de Covid-19 na Índia, onde cerca de 15 mil casos de mucormicose foram documentados recentemente. É uma micose invasiva envolvendo fungos filamentosos hialinos da ordem Mucorales (Rhizopus sp, Mucor sp, Rhizomucor sp, Lichtheimia sp, entre outros), que a imprensa vem denominando erroneamente como micose por "fungos negros". A princípio não há nenhuma evidência que a cepa indiana esteja relacionada aos casos de mucormicose. É Importante pontuar que não é esperado que a mucormicose aqui no Brasil assuma a mesma proporc
̧ão que a observada na Índia. Antes do advento da Covid-19, a Índia já registrava altas taxas de incidência de mucormicose. O elevado número de casos de mucormicose em pacientes com Covid-19 na Índia pode estar relacionado, entre outros fatores, com a elevada incidência de diabetes na população desse país (muitos sem diagnóstico e tratamento), favorecendo o surto de mucormicose nos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e em uso de elevadas doses de corticóides para tratamento da Covid-19.




Sobre Cresemba® (isavuconazol):

O isavuconazol é um antifúngico da classe dos azólicos, disponível nas apresentações intravenosa e oral. É o antifúngico de primeira linha mais completo para o tratamento da aspergilose invasiva e mucormicose. Combinação única de eficácia, amplo espectro, formulações IV e orais intercambiáveis e perfil de segurança. Já está disponível no Brasil, nos Estados Unidos, na Europa, na Argentina e no Peru.


Sobre AmBisome® (anfotericina B):

A anfotericina B é um antibiótico antifúngico usado para tratar infecções graves causadas por fungos. É usado para infecções fúngicas severas oportunistas e/ou endêmicas e infecções fúngicas oportunistas sistêmicas.


United Medical

 

Cardiologista esclarece mitos e verdades sobre insuficiência cardíaca

As formas de combater seus riscos foram tema de debate em evento online promovido pelo Instituto Lado a Lado pela Vida



“O consumo de sal e gordura são caminhos para a sepultura”. Essa rima, em tom descontraído, marcou a live “Alerta Máximo para IC [insuficiência cardíaca]”, promovida pelo Instituo Lado a Lado pela Vida (LAL), no último dia 7 de julho. De um jeito descomplicado para esclarecer e conscientizar, o evento trouxe o cardiologista Fernando Costa e a jornalista Andressa Somonini para comentar hábitos como a importância da prática de exercícios diários para auxiliar na saúde do coração, a interferência do álcool no seu funcionamento, os perigos de não seguir com rigor o tratamento prescrito pelo médico aos que já possuem comorbidades e os problemas acarretados pelo mau hábito alimentar.

 

A presidente do LAL, Marlene Oliveira, falou sobre o objetivo do evento. “A nossa ideia foi promover uma conversa para alertar a população sobre a insuficiência cardíaca (IC), mas que fosse leve e engajadora. E, para isso, convidamos o cardiologista membro do Comitê Científico do LAL e diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Fernando Costa, que de forma simples e descontraída esclareceu os mitos e verdades sobre a doença e os meios práticos de prevenção e cuidado", disse.


Mediado pela editora da revista Pais e Filhos, a jornalista Andressa Simonini, o bate-papo esclareceu dúvidas e trouxe informações a respeito da IC como, por exemplo, que ela pode ser acarretada por problemas cardíacos já existentes ou por maus hábitos. Entre risos e brincadeiras, o cardiologista explicou os sintomas que as pessoas devem estar atentas no dia a dia e como é feito o diagnóstico. “A IC é diagnosticada a partir da observação do exame de eletrocardiograma e de sintomas como cansaço, falta de ar, palpitações e inchaço”, explicou o membro do comitê científico do LAL. De acordo com Costa, o ideal é que a internação seja evitada ao máximo. “A internação é um sinal do agravamento da doença e a diminuição da sobrevida”, disse. A IC é caracterizada pela dificuldade do coração em bombear o sangue para o corpo, impossibilitando o transporte do oxigênio para órgãos e tecidos. “Por isso, é também conhecida como a doença do coração fraco”, explicou o cardiologista.

 

A prática de exercícios foi prescrita como o segredo para manter um coração saudável e longe das doenças cardiovasculares, além de proporcionar o bem-estar, já que ela libera endorfina, o hormônio da felicidade. “Seria ótimo se houvesse endorfina em pílulas, mas como isso não é possível, temos que realizar atividades físicas. Se pararmos para calcular, o dia tem 1.440 minutos. Reservando apenas 40 minutos diários para realizar qualquer tipo de exercício já é suficiente para se manter saudável e mais feliz”, aconselhou.


Aos hipertensos e diabéticos, o alerta foi mais sério, já que as doenças crônicas podem causar lesões ao coração e agravar o quadro.  “O uso correto da medicação prescrita é essencial. Interromper o tratamento ou não seguir à risca as orientações médicas descompensam o coração e interferem no seu funcionamento. Não adiante controlar a pressão arterial uma semana e depois descuidar”. O uso de sal também foi enfatizado como um grande vilão da longevidade e o ideal é reduzir ao máximo o consumo. De acordo com Costa, há atualmente no Brasil mais de 40 mil pessoas com 100 anos e essa é uma realidade que tende a crescer. Tudo vai depender dos hábitos adquiridos para manter-se saudável.

 

Outro apelo foi ao consumo de gordura e controle do colesterol. O índice elevado das taxas lipídicas pode gerar aterosclerose, que é a obstrução as artérias, fator de risco para o infarto. “A ingestão de gordura saturada é muito perigosa, porque ela gera gordura abdominal e consequentemente complicações para o coração. Sei que a fita métrica é o terror para muitas pessoas, mas é necessário encará-la. Mulheres até 80 cm e homens 90 cm, estão fora do grupo de risco”, explicou Costa que atua na área hás mais de 40 anos.

 

A desigualdade social e o acesso ao sistema de saúde foram apontados como obstáculos para a prevenção da IC. “A construção de um mundo melhor, mais consciente passa pela implantação de políticas públicas. Elas são essenciais para que as formas de prevenção alcancem a todos e com isso diminuir a porcentagem de acometidos pela doença e aumento da qualidade de vida”, finalizou.

 


Mitos e Verdades


Um quadro da live comandado por Simonini foi o “Mitos e Verdades sobre a IC”. Foram selecionadas algumas perguntas e afirmações sobre a doença e apresentadas ao Dr. Fernando para dar seu o parecer. Os internautas também interagiram opinando sobre os questionamentos. Eis alguns deles:

 

- É mito ou verdade que só reduzir o carboidrato, a carne vermelha e sal já previne o surgimento de doenças do coração?

“É o começo de uma jornada. É preciso ver por quais alimentos estão sendo substituídos. O ideal é dividir um prato, preenchendo a metade com frutas, legumes e verduras. À outra metade, bom senso. Diminuir carne vermelha é bom, diminuir o carboidrato é bom, mas é importante saber quais alimentos são ricos em carboidratos, por exemplo.

 

- É mito ou verdade que o uso de álcool é prejudicial para o coração?

Verdade. O uso de álcool deve ser moderado. É necessário o equilíbrio no consumo. O ideal é não consumir mais que 30g de álcool por dia, que equivale a duas latas de cervejas ou três copos de chopp.

 

 - Os homens têm mais propensão a problemas cardiovasculares e as mulheres menos, porque são mais calmas e cuidadosas.


- A verdade é que a produção de hormônios femininos aumenta a produção do HDL (bom colesterol) e até diminui o LDL (colesterol ruim). Mas, no término da vida fértil, por volta dos 50 anos, a produção cai drasticamente. A proteção que havia diminui e ela passa a ter os mesmos riscos que os homens.

 

 


Instituto Lado a Lado Pela Vida (LAL)  


Dicas sobre como cuidar bem da visão na estação mais fria do ano

Os dias mais frios e secos demandam maior atenção, já que os olhos ficam mais vulneráveis nesta estação

 

O inverno chegou e, com as mudanças bruscas de temperatura, podem aumentar os riscos de problemas visuais, inclusive para os usuários de lentes de contato. Diante disso, os cuidados para a preservação da saúde ocular não podem ser deixados de lado. O clima seco e a baixa umidade do ar deixam nossos olhos mais vulneráveis ao aparecimento de conjuntivite alérgica – que pode evoluir para viral ou bacteriana, ressecamento ocular e também outras reações alérgicas, como vermelhidão dos olhos, lacrimejamento, ardência, coceira, fotofobia e irritação. 

A CooperVision, que é uma das líderes mundiais na fabricação de lentes de contato, sempre procura compartilhar informações importantes que ajudam a potencializar os benefícios do uso de lentes de contato, minimizando os eventuais riscos para que os usuários tenham uma experiência tranquila e segura também durante a época mais fria do ano. 

Presentes durante todo o ano, os raios ultravioleta podem causar diversos danos à visão. Mas como durante o inverno vários dias são nublados, algumas pessoas se enganam acreditando que os raios não estão ali. Outro ponto importante é evitar a exposição prolongada ao ar-condicionado. Mesmo em dias mais frios, muitas pessoas costumam ficar em ambientes fechados com o equipamento ligado por muito tempo, o que favorece o ressecamento ocular. 

Além disso, é fundamental seguir com os cuidados básicos: lavar cuidadosamente as mãos antes de manipular as lentes, utilizar soluções multiuso adequadas para a limpeza (caso as lentes não sejam de descarte diário), não usar soro fisiológico para a higienização, trocar o estojo regularmente, nunca ultrapassar o período de descarte, evitar dormir com as lentes etc. 

“Para que os usuários possam ter um uso mais seguro e saudável, é importante que redobrem os cuidados nesta época do ano, e é muito importante que também façam consultas frequentes ao oftalmologista”, alerta Gerson Cespi, diretor geral da CooperVision no Brasil. 

O uso de lentes de contato pode ser bem mais confortável e saudável do que você imagina.


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