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quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

80% dos homens acima de 50 anos apresentam próstata aumentada


De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2050, haverá cerca de 2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos. Estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, nesse período, os idosos serão quase 30% da população de nosso país, equivalendo a, aproximadamente, 66,5 milhões de brasileiros. Com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, não é de admirar que a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) deva ter sua incidência e prevalência incrementada nos próximos anos. Uma previsão da OMS indica que a HPB acometerá, até essa época, cerca de 80% dos homens acima dos 50 anos.


Mas, o que é a HPB?

A próstata é uma glândula presente no organismo masculino, do tamanho de uma noz e responsável pela produção do líquido seminal. Por volta dos 45 anos, ela tende a aumentar naturalmente de tamanho, no que se chama Hiperplasia Benigna da Próstata (HPB).

 Apesar de frequente, essa condição prejudica a qualidade de vida do homem, afetando sua rotina e também a vida sexual. O Professor Dr. Francisco Cesar Carnevale, médico do CRIEP – Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa, destaca que dados recentes da OMS sugerem que a HPB ocorra em 1/4 dos homens com 50 anos de idade; em 1/3 daqueles com 60 anos e em metade dos que têm 80 anos ou mais.

Dentre seus principais sintomas, estão a dificuldade para urinar, a necessidade frequente e urgente de urinar, o aumento da micção noturna, a constante sensação de não esvaziamento completo da bexiga, entre outros.

Considerada uma doença, por conta das consequências que traz para o bem-estar do paciente, a HPB pode ser tratada por meio de um método minimamente invasivo: a chamada Embolização das Artérias Prostáticas (EAP), realizada por via endovascular para reduzir o fluxo de sangue da glândula. “O procedimento é reconhecido como opção segura e eficaz”, garante o médico.

Pioneiro no desenvolvimento desta técnica, o Professor Dr. Francisco Cesar Carnevale conta que o procedimento é feito com anestesia local e o paciente recebe alta algumas horas após a intervenção. “O objetivo é diminuir o volume e alterar a consistência da próstata, tornando-a mais macia. ”

Os resultados são muito satisfatórios: “Já tratamos mais de 400 pacientes e a taxa de sucesso ficou entre 90 a 95%”, conclui o médico.




CRIEP - Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa


Conheça as doenças de verão mais comuns


Especialista do Seconci-SP explica como os cuidados com a pele devem ser redobrados nesta época do ano e ajuda a identificar os problemas mais frequentes


Temperaturas elevadas, umidade em excesso, praias e piscinas são alguns dos fatores que contribuem para o surgimento de doenças de pele. As atividades realizadas ao ar livre e o trabalho em lugares a céu aberto aumentam a transpiração e umidade do corpo e, com isso, proliferam irritações provocadas por bactérias, fungos ou parasitas. A dermatologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção) Jussara Gasparotto explica quais são os principais problemas que merecem atenção nesta época do ano.

Muito comum no verão, a queimadura solar é uma lesão produzida pela excessiva exposição à radiação ultravioleta (UV) do sol. Nos quadros de primeiro grau, a pele apresenta vermelhidão e sensibilidade. Já as queimaduras de segundo grau provocam bolhas pelo corpo. "Recomenda-se para aliviar os sintomas, fazer compressas frias, usar creme hidratante ou gel que contenha Aloe Vera, evitar nova exposição ao sol e não puxar a pele que descascar" reforça dra. Jussara.

As acnes e cravos tendem a piorar nestes meses, uma vez que o calor e o suor aumentam a oleosidade do rosto e do corpo. Deste modo, vale ressaltar a importância de utilizar produtos específicos para pele oleosa como, por exemplo, sabonete e protetor solar. "Em geral, estão descritos nas embalagens como oil control ou oil free. Mas, independentemente do tipo de pele, todas as pessoas devem passar protetor solar diariamente no rosto com fator de proteção solar (FPS) de, no mínimo, 30. Profissionais que trabalham em locais abertos e com braços e pernas expostas também devem usar o protetor nestas partes", esclarece a dermatologista.

A micose de praia, também chamada de pano branco, acontece em indivíduos que possuem uma predisposição genética para desenvolver este tipo de patologia. As micoses superficiais, conhecidas como frieiras ou pé de atleta, provocam vermelhidão e coceira entre os dedos dos pés e das mãos. A tinea cruris, originada por fungos, ocorre nas regiões quentes e úmidas, como as virilhas, sendo mais frequente em homens. "De modo geral, as micoses acontecem por meio de fungos. O procedimento para prevenir consiste em manter as regiões lesionadas secas", comenta.

Provocada por uma larva parasita que penetra na pele, o bicho geográfico causa coceira e forma um trajeto similar à imagem de um "mapa" na pele. O agente causador está localizado no intestino de cães e gatos infectados, por isso pode ser encontrado em suas fezes. "Deve-se evitar frequentar praias e locais que animais domésticos frequentam. Normalmente, o tratamento é feito com medicamentos tópicos ou orais", esclarece a médica.

Uma das irritações mais comuns em crianças e bebês, a brotoeja tem como principais indícios erupções, pápulas, manchas vermelhas e coceira. Aconselha-se vestir roupas frescas, frequentar locais arejados e até usar talcos ou farinha de amido de milho. Se não houver melhora, procurar um pediatra ou dermatologista para uma avaliação. Outra enfermidade que tem como fator desencadeante a exposição solar é o melasma, que também pode ser causado por questões de origem hormonal, como uso de anticoncepcional e gravidez. O melasma se caracteriza pelo surgimento de manchas escuras no rosto.

A foliculite é uma infecção encontrada na raiz do pelo, produzindo lesões similares a espinhas e que pode ser motivada pela falta de hidratação, alto volume de suor e/ou roupas justas. É comum aparecer na região da barba e nuca masculinas e glúteos, axilas e virilhas femininas. "O tratamento inclui roupas mais soltas e com tecidos naturais, como o algodão, e uso de pomadas. Para os homens, deve-se espaçar o ato de fazer a barba para dois ou três dias ou até mesmo realizar o procedimento de depilação a laser", comenta a especialista do Seconci-SP.

A dermatologista faz recomendações para a prevenção de doenças dermatológicas: "usar óculos de sol, protetor solar, roupas frescas e claras, tomar bastante água, não se expor ao sol das 11h às 16h durante o horário de verão, evitar perfume e maquiagem durante o banho de sol, trocar as meias diariamente, guardar os calçados em local arejado e realizar um rodízio de sapatos para não repetir os mesmos todos os dias".

O quadro de médicos do Seconci-SP conta com dermatologistas que podem orientar seus associados e familiares sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento adequado de problemas relacionadas à pele.



Medicação para diabetes pode proteger contra causa comum de cegueira


 Estudo é o primeiro a mostrar que a metformina pode reduzir o risco de degeneração macular relacionada à idade


Pesquisadores de Taiwan descobriram que pessoas com diabetes tipo 2, que tomaram uma medicação comum contra a diabetes, a metformina, tiveram uma taxa significativamente menor de degeneração macular relacionada à idade (DMRI). O estudo sugere que os efeitos anti-inflamatórios e anti-oxidantes da metformina podem proteger contra a DMRI, ao mesmo tempo em que controla o diabetes. A pesquisa foi apresentada na AAO 2018, a 122ª Reunião Anual da Academia Americana de Oftalmologia.

A inflamação e o estresse oxidativo, há muito tempo, são conhecidos por desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento da diabetes e da DMRI. Como a metformina suprime a inflamação e o estresse oxidativo, pesquisadores em Taiwan teorizaram que talvez o remédio para diabetes também pudesse proteger contra a DMRI, uma das principais causas de cegueira nos norte-americanos com mais de 50 anos, afetando cerca de 2,1 milhões de pessoas em todo o país.

Usando o Banco de Dados de Pesquisa do Seguro Nacional de Saúde de Taiwan, eles coletaram dados de todos os pacientes recentemente diagnosticados com diabetes tipo 2, entre janeiro de 2001 e dezembro de 2013, dividindo-os em dois grupos: aqueles que tomaram metformina (45.524 pacientes) e aqueles que não o fizeram (22.681 pacientes).

Depois de acompanhar os dois grupos, por 13 anos, os pesquisadores descobriram que os pacientes do grupo metformina tinham um risco significativamente menor de desenvolver DMRI. Metade dos pacientes no grupo da metformina tinha DMRI em comparação com o grupo controle.

“O estudo é o primeiro a revelar o efeito protetor da metformina no desenvolvimento da degeneração macular. Embora mais estudos sejam necessários para determinar como a metformina protege o organismo contra o desenvolvimento da DMRI, os resultados já são animadores para os pacientes em risco”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

“A DMRI é uma doença degenerativa que ocorre quando parte da retina, chamada de mácula, está danificada. É a parte do olho responsável pela visão central. Precisamos da mácula para ver os objetos à nossa frente. Com o tempo, a perda da visão central pode interferir nas atividades cotidianas, como a capacidade de dirigir, ler e ver os rostos com clareza”, explica o oftalmologista Juan Caballero, que também integra o corpo clínico do IMO.

A degeneração macular é uma doença complexa que envolve genética, ambiente, fatores de estilo de vida, como tabagismo e dieta, e doenças sistêmicas, como doenças cardíacas.

“O desenvolvimento da doença não é totalmente compreendido, mas os pesquisadores mostraram que o estresse oxidativo e a inflamação desempenham um papel crítico no aparecimento e na progressão da DMRI. Combater essas duas condições pode ajudar muitos pacientes a manter uma boa visão na terceira idade”, afirma Juan Caballero.






IMO, Instituto de Moléstias Oculares 



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