Como a técnica da psicologia que reprocessa
traumas e lembranças no cérebro pode atuar com rapidez na performance de
estudantes com ansiedade extrema
A
corrida para a entrada nas Universidades no Brasil vai começar com ENEM e
vestibulares. Estudantes já vêm estudando há meses ou anos, mas não é só o
estudo que garante a nota. A ansiedade é um grande vilão nessas horas.
"O
acesso e a conquista de performances melhores pode não acontecer por causa do
nível de ansiedade que acomete os estudantes no momento das provas",
explica Ana Lúcia Castello, psicóloga e presidente da Associação Brasileira de
EMDR, técnica aprovada pela OMS - Organização Mundial da Saúde, e que traz
resultados psicológicos mais rápidos.
Os
jovens, seus pais e muitas vezes, seus professores não se dão conta de que
estes prejuízos são decorrentes de uma desregulação emocional do cérebro pela
pressão que está sofrendo naquele momento e que a procura de ajuda terapêutica
pode ser importante para uma melhoria da performance.
Os consultórios de psicologia recebem adolescentes com este contexto de ansiedade frequentemente. Nos trabalhos com terapia verbal este processamento ocorre mais lentamente. Já com a terapia de EMDR o reprocessamento é mais rápido com a ajuda da estimulação bilateral. "O EMDR pode ajudar esses adolescente num tempo mais curto de trabalho terapêutico", garante Ana. "Quando recebo no consultório um jovem apresentando ansiedade exacerbada, faço um plano de tratamento de 12 a 16 sessões para que eles possam trabalhar os alvos difíceis que passaram durante a fase de estudo em suas vidas para uma boa performance no vestibular".
A terapia de EMDR (EyeMovementDesensitizationandReprocessing - Dessensibilizaçãoe Reprocessamento por meio dos Movimentos Oculares) vem mostrando resultados eficazes através da estimulação das lembranças. O método do tratamento atua na origem dos sintomas ansiosos e depressivos de um ou mais acontecimentos na vida da paciente que são registrados por meio de imagens, crenças, emoções e sensações corporais.
Os adolescentes com ansiedade exagerada pré-vestibular também apresentam sinais diários de instabilidade emocional, depressão, agressividade e rebeldia e podem desenvolver estresse pós-traumático por estarem submetidosà pressão diária em casa, diante dos amigos e nas instituições de ensino.
Para os jovens que vivem sob pressão muito grande para ultrapassar essa fase tão difícil da entrada na Universidade, o EMDR pode ajudá-los a superar as lembranças negativas, reprocessando as situações, trabalhando em cima das crenças negativas geradas por estas experiências e ativando crenças positivas sobre si mesmo.
Associação Brasileira de EMDR
www.emdr.org.br