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quarta-feira, 3 de outubro de 2018

EMDR É SOLUÇÃO PARA A ANSIEDADE EXCESSIVA DURANTE O VESTIBULAR


 Como a técnica da psicologia que reprocessa traumas e lembranças no cérebro pode atuar com rapidez na performance de estudantes com ansiedade extrema


A corrida para a entrada nas Universidades no Brasil vai começar com ENEM e vestibulares. Estudantes já vêm estudando há meses ou anos, mas não é só o estudo que garante a nota. A ansiedade é um grande vilão nessas horas.

"O acesso e a conquista de performances melhores pode não acontecer por causa do nível de ansiedade que acomete os estudantes no momento das provas", explica Ana Lúcia Castello, psicóloga e presidente da Associação Brasileira de EMDR, técnica aprovada pela OMS - Organização Mundial da Saúde, e que traz resultados psicológicos mais rápidos.

Os jovens, seus pais e muitas vezes, seus professores não se dão conta de que estes prejuízos são decorrentes de uma desregulação emocional do cérebro pela pressão que está sofrendo naquele momento e que a procura de ajuda terapêutica pode ser importante para uma melhoria da performance.


Estresse, ansiedade e o EMDR

Os consultórios de psicologia recebem adolescentes com este contexto de ansiedade frequentemente. Nos trabalhos com terapia verbal este processamento ocorre mais lentamente. Já com a terapia de EMDR o reprocessamento é mais rápido com a ajuda da estimulação bilateral. "O EMDR pode ajudar esses adolescente num tempo mais curto de trabalho terapêutico", garante Ana. "Quando recebo no consultório um jovem apresentando ansiedade exacerbada, faço um plano de tratamento de 12 a 16 sessões para que eles possam trabalhar os alvos difíceis que passaram durante a fase de estudo em suas vidas para uma boa performance no vestibular".

A terapia de EMDR (EyeMovementDesensitizationandReprocessing - Dessensibilizaçãoe Reprocessamento por meio dos Movimentos Oculares) vem mostrando resultados eficazes através da estimulação das lembranças. O método do tratamento atua na origem dos sintomas ansiosos e depressivos de um ou mais acontecimentos na vida da paciente que são registrados por meio de imagens, crenças, emoções e sensações corporais.

Os adolescentes com ansiedade exagerada pré-vestibular também apresentam sinais diários de instabilidade emocional, depressão, agressividade e rebeldia e podem desenvolver estresse pós-traumático por estarem submetidosà pressão diária em casa, diante dos amigos e nas instituições de ensino.

Para os jovens que vivem sob pressão muito grande para ultrapassar essa fase tão difícil da entrada na Universidade, o EMDR pode ajudá-los a superar as lembranças negativas, reprocessando as situações, trabalhando em cima das crenças negativas geradas por estas experiências e ativando crenças positivas sobre si mesmo.





Associação Brasileira de EMDR
www.emdr.org.br


5 passos contra as Fake News



Dr. Luiz Augusto D'Urso 


A polarização social e a ética nas eleições


A sociedade, cada vez mais, tem trazido a ética como fator relevante e decisório para a escolha dos candidatos nas Eleições de 2018. Mas, será que, de fato, esse tema tão importante e presente nos dias de hoje vai impactar realmente na escolha dos nossos próximos líderes? Infelizmente, no caminho em que as discussões e comportamentos coletivos ocorrem atualmente, a tendência é não.

A polarização fortemente presente no momento político contemporâneo impacta diretamente a possibilidade de se pensar de maneira ética. Fazendo um paralelo com o filósofo Karl Theodor Jaspers, que em 1946 analisou o comportamento da sociedade alemã durante a ascensão e queda do nazismo, podemos concluir que a compreensão e a busca de soluções para sofrimentos e necessidades individuais, ou de grupos específicos, levam a um distanciamento moral, segregando as pessoas ao invés de aproximá-las.

Isso significa que quando há uma cisão dos interesses coletivos e, ao mesmo tempo, grupos passam a olhar e defender de forma polarizada e intensa os próprios interesses, caminhamos em direção oposta à ética, nos aproximando cada vez mais da exclusão, do ódio e de conflitos. Essa polarização política, portanto, turva os valores morais individuais levando ao ódio ou à repulsa por opositores, descartando assim a possibilidade do entendimento das diferenças e a tentativa de se encontrar denominadores comuns que favoreçam o país como um todo.

O que se vê hoje é trágico. Discussões vazias em redes sociais, simplesmente, pelo fato de haver visões diferentes para o mesmo problema. Ocorre algo similar ao avaliarmos as tolerâncias, ou intolerâncias, a comportamentos ilícitos praticados por figuras públicas de maior ou menor simpatia do eleitor.

O mais preocupante em nosso cenário atual é que esse conflito, muitas vezes, acontece de forma cega a quem o vive. Sob a bandeira da moral, ambos lados são manipulados, tornando-os submissos a uma pressão coletiva. Se o brasileiro realmente deseja uma sociedade mais justa e prospera deve romper com esse funcionamento e buscar um caminho pautado no altruísmo, no correto como um valor em si, e na compreensão da necessidade do outro. A busca do bem-estar deve ser coletiva, baseada em prioridades e avaliada e estudada de forma que atenda a um plano de Estado e não de governo.

Além disso, é preciso cobrar de políticos o entendimento das necessidades gerais e priorizá-las em busca de uma construção sólida. Deve-se ter a consciência de que para a construção de uma sociedade realmente ética as ações executivas e legislativas nem sempre trarão ganhos para o próprio eleitor, mas, no futuro, impactará positivamente a todos.

E, por fim, para que essas eleições sejam de fato um divisor de águas na velha cultura do jeitinho e da tolerância à ilicitude é preciso expurgar a aceitação aos atos corruptos de quem quer que seja, não importando se há ou não afinidade político partidária. O funcionalismo público nacional deve entender que o errado será sempre errado, e que o povo, em uníssono, não aceitará comportamentos antiéticos de quem quer que seja.






Antonio Carlos Hencsey - sócio da prática de Ética & Compliance da Protiviti, consultoria global especializada em finanças, tecnologia, operações, governança, risco e auditoria interna.


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