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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Pesquisa revela o maior desafio para quem estuda



Processar tantas informações é o maior obstáculo na opinião dos alunos


Atualmente, segundo dados do Inep/MEC, temos 17,6 milhões de estudantes no país, englobando nível médio, técnico e superior. Em meio à rotina diária, muitos deles têm de conciliar diversas atividades, a fim de conquistar um bom desempenho não só na vida acadêmica, como pessoal e profissional. Pensando nesse cenário, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios fez uma pesquisa com a seguinte pergunta: “Qual o maior desafio de quem estuda”. O resultado apontou preocupação em processar tantas informações.

O estudo ocorreu em todo o Brasil, entre 21 de agosto e 1º de setembro e contou a participação de 32.238 pessoas entre 15 e 26 anos. Para a grande maioria, ou seja, 50,45%, ou 16.264 votantes, a principal dificuldade é “assimilar todo o conteúdo ensinado”. De acordo com Rafaela Gonçalves, coordenadora de treinamento do Nube, ainda é comum no Brasil os jovens terem rotina dupla (emprego X aulas). “Logo, a dica é ingressar em um estágio. A carga horária é de no máximo 6h diárias e 30h semanais e é possível colocar em prática todo o aprendizado obtido na instituição de ensino, facilitando muito o entendimento das matérias”, indica a especialista.

Como segundo obstáculo consta “ter um bom desempenho”, apontado por 22,89% (7.378). Para esses, quanto maior sua participação nas atividades, melhor será sua evolução. “Se almeja sucesso na carreira é necessário dedicação desde cedo, pois, o mercado está cada vez mais concorrido e só são contratados os mais qualificados”, ressalta a coordenadora.

Na opinião de 16,45% (5.302), “cumprir as tarefas escolares” é o mais complexo. Para dar conta de tantas obrigações durante a semana, Rafaela deixa algumas dicas:

Distribuir melhor o tempo – priorizar as disciplinas difíceis e, por fim, as fáceis. Assim, é possível melhor planejamento durante a semana e mais lacunas para o lazer.

Organização – é muito importante ler livros e textos solicitados pelo professor, com antecedência, pois, com isso, estará melhor preparado para as discussões em sala.

Aproveitar o uso da Internet - utilize a web para acessar notícias e informações relevantes. Veja vídeos e palestras e anote tudo.

Por fim, para 10,22% (3.294), o mais complicado é “conseguir trabalhar em grupo”. Esse desafio é intenso porque exige inteligência emocional, comprometimento e respeito ao próximo, competências muito cobradas no mundo corporativo. “Nossa sociedade está passando por um momento de adaptação e quebra de paradigmas e isso contribuirá para melhor convivência e união. O fato dessa opção ficar em último lugar, mostra como estamos mais abertos à relação com o próximo”, comenta a coordenadora.

Seja qual for sua maior dificuldade, lembre-se: as empresas contratam quem se dedica à melhoria contínua. “Por isso, aproveite as oportunidades para se desenvolver e se destacar profissionalmente”, finaliza Rafaela.




Fonte: Rafaela Gonçalves, coordenadora de treinamento do Nube.





As deformações sobre o conteúdo (ataques e defesas) da reforma trabalhista



Recentemente li uma matéria no Jornal Valor Econômico, de 11 de setembro de 2017, que me deixou muito intrigado. Na verdade, perplexo. Com argumentação aparentemente científica e procedente de dados oficiais apresentava a seguinte afirmação: “Reforma deve aprofundar fosso salarial de não sindicalizado”.

O texto era contundente: “As novas regras trabalhistas devem aprofundar a diferença salarial entre trabalhadores sindicalizados e não sindicalizados, na visão do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)”, na medida em que segundo estudo coordenado pelo instituto, “sindicalizados ganham 33,5%, na média, mais que os não sindicalizados”.

A pergunta que se faz é: como assim?

Se isso, de fato, fosse uma realidade seria a “materialização jurídica da inconstitucionalidade”. Não é possível esse tipo de discriminação. Ainda que eventualmente alguém possa considerá-la positiva. Um trabalhador sindicalizado não pode – somente por essa condição – ganhar mais ou ter qualquer outro benefício sobre um trabalhador que não pertença associativamente a um sindicato.

Aliás, a Constituição Federal é taxativa neste sentido. No seu artigo 8º (inciso V) ela é enfática:  “ ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato”. Logo, essa condição não é meio para se obter qualquer benesse institucional.

Mais ainda: TODOS, repita-se, TODOS os instrumentos coletivos (acordos ou convenções coletivas de trabalho), únicos contratos coletivos firmados pelos sindicatos, que trazem direitos (além daqueles previstos em lei) aos trabalhadores pertencentes a uma determinada categoria que o sindicato representa, não fazem (juridicamente estão proibidos de fazê-lo) quaisquer distinções e/ou irradiações diferenciadas entre os direitos ali previstos para trabalhadores sindicalizados ou não. Não há diferença!

De onde vem, então, os dados previstos na matéria dizendo que essa diferenciação existe? Que, por exemplo, “os trabalhadores não sindicalizados ganhavam, em média, R$ 1,675,68, os associados a sindicatos ganhavam R$ 2,237,86”? ou, então, que “36% dos sindicalizados recebem auxílio-saúde, contra 20,3% dos não sindicalizados”? Que “63,9% dos trabalhadores sindicalizados têm acesso ao auxílio-alimentação, ante 49,3% dos não sindicalizados”? Difícil saber. Jurídica e estatisticamente.

Isso, com todas as vênias necessárias, não existe. Pelo mesmo, juridicamente é impossível. É inconstitucional. Revela-se, pois, como mais uma “pós-verdade”.

Que os sindicatos têm um papel importantíssimo na defesa dos trabalhadores ninguém contesta, aliás, eles têm essa função/obrigação constitucional por força da Constituição Federal, que prevê que lhes cabe a defesa dos interesses individuais e/ou coletivos de todos (sem exceção) os trabalhadores da categoria-; que com a reforma trabalhista eles terão mais força política e institucional, igualmente não se tem dúvidas. Mais ainda: por certo, todos sabem, a associação de trabalhadores aumenta ainda mais esse vigor representativo. Agora, disso se concluir que quem não é associado perderá com a reforma Trabalhista há uma distância muito grande. Além de simplesmente não ser verdade sobre a ótica legal.

Os sindicalizados atualmente, e somente por esse motivo, já têm mais direitos do que os demais. Se não têm, como podem perdê-los? Como perder alguma coisa que não se tem? Não há o mínimo fundamento técnico-jurídico e mesmo científico para essa despropositada afirmação, na medida em que não existe suporte legal para sustento de assertiva como esta.

É importante, na verdade, democraticamente imprescindível, que todos os posicionamentos (pós e contra) à reforma trabalhista sejam exteriorizados neste momento de profundas mudanças. Podem e devem, por certo, ser embasados em crenças ideológicas e posicionamentos políticos. Tudo isso faz parte do jogo democrático.

Todavia, dizer que determinada apuração em estudos científicos e estatísticos com base em dados que são na origem ilícitos, por ausência de possibilidade jurídica de materialização, não é legal nos dois sentidos: jurídico e democrático. Não dá para utilizar pesquisas da mesma maneira que um bêbado utiliza um poste: mais pelo apoio do que pela iluminação.






Antonio Carlos Aguiar - doutor e mestre em Direito do Trabalho pela PUC-SP, diretor do Instituto Mundo do Trabalho (IMT), professor da Fundação Santo André e da PUC-SP e autor dos livros “Unicidade Sindical no Brasil – Mito ou Realidade?” e “Negociação Coletiva do Trabalho”.






domingo, 24 de setembro de 2017

Carreira em tempos de crise



A impermanência da vida é inquestionável! Compreender e aceitar que a nossa vida é repleta de altos e baixos e perseverar buscando evoluir continuamente é uma das chaves para prosperar em todos os níveis e momentos da nossa vida.


Crises fazem parte da roda da vida de todos nós seres humanos. Uma das poucas certezas que temos quando estamos no topo da roda é que ela vai girar e que a etapa seguinte poderá ser inevitavelmente estar lá embaixo da roda. Quando estivermos lá embaixo teremos a convicção de que muito esforço deverá ser feito para empurrar a roda para cima e nos recuperarmos.

O que fazer quando fatores externos influenciam nossas metas,  objetivos e carreira?

Nossa carreira pode sofrer reveses quando momentos econômicos complexos como este que estamos vivendo no Brasil acontecem. Ajustar as velas é extremamente importante para aproveitarmos os melhores ventos que sempre sopram.

A tempestade passa, pode demorar, mas passa!

E para lidar com momentos tempestuosos, haja flexibilidade, coragem, foco, resiliência e determinação! Sim, sabemos que precisamos ter todas essas qualidades para lidar com as adversidades da vida e com os tufões e obstáculos que aparecem.

E então, eu te pergunto, como vai o seu treinamento interno, o seu foco no desenvolvimento das habilidades citadas acima?

Recursos, ferramentas  e competências  para vencer as batalhas diárias
Um mindset (programação mental) focado no crescimento e na transformação é imprescindível em momentos de incertezas e mudanças. Sabemos sobre a complexidade de sairmos do nosso mindset fixo, que é quando ficamos confortavelmente ancorados nos nossos comportamentos conhecidos e repetitivos.

Para identificar se o seu mindset é de crescimento, responda para você mesmo…
Você reconhece e aprende com os seus erros?

Encara positivamente os desafios?

Persevera nos momentos difíceis?

Busca aprender com as suas falhas e encara as críticas como construtivas?

Identifica profissionais que são exemplos e inspiradores para você?

Se a sua resposta for positiva para a maioria das afirmações acima, parabéns, o seu mindset é de crescimento e você é capaz de mudar e se desenvolver não importa o ‘tempo’ que esteja fazendo lá fora. Agora se a sua resposta para as perguntas acimas foram negativas…Vale saber que você pode ter domínio sobre a sua atitude mental!

Você já reparou que quando mudamos de casa, por exemplo, sempre nos damos conta das inutilidades que guardamos, do excesso que insistimos em manter, da redundância de apetrechos que por vezes não fazem mais parte da nossa vida. E ao nos desfazermos e nos desapegarmos, nos damos conta que ficamos mais leves, com mais espaço e revigorados.

Assim como, algumas carreiras que precocemente escolhemos e nos propomos a seguir podem nos extenuar ao longo do tempo, nos cobrar em excesso, não fazer mais sentido no momento atual, não estar alinhada com os nossos valores, nos entediar e nos oprimir.

O que isso acarreta? Inevitável insatisfação, cansaço, baixa produtividade, desconexão com os nossos propósitos, falta de realização e  finalmente, nos exaure!

Aí está a  oportunidade para mudar, para se encorajar e aproveitar os momentos de incerteza para fazer diferente, esta é a hora de fazer a roda da vida girar em outras direções. Encorajar-se e evoluir!

Este atual tempo que vivemos não é de respostas, mas de muitas perguntas.

Enquanto o tempo passa, o que você está fazendo da sua vida?

O que você continua querendo da sua carreira?

Como você se vê daqui a um ano?

Aproveitar com foco e determinação os momentos de adversidades não é para todos, mas se o seu mindset for de crescimento, você não vai jogar a toalha e nem abandonar o barco!





Vera Mello - NeuroCoach, de carreira e de Vida, Coach Corporativa; Mentora de pessoas e de profissionais, focada na realização e na satisfação dos seres humanos e Professora da IBE-FGV




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