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segunda-feira, 13 de junho de 2016

O fim do rotativo do cartão de crédito: sobre lobos protegendo cordeiros





Acordei esses dias com uma notícia bombástica na Folha de São Paulo. Ela registrou que os bancos desejam acabar com o rotativo do cartão de crédito. Já temos durante muito tempo defendido no portal Educação Financeira para Todos a ideia de que o governo federal limite, de alguma forma, a lambança que o crédito rotativo do cartão de crédito com seus juros legais e absurdos (algo como 14% ao mês) faz na vida de milhões de consumidores Brasil afora.

Infelizmente, o governo federal não fez nada para moralizar essa situação e a própria matéria narra que os bancos estão querendo acabar com o crédito rotativo do cartão de crédito, pois estão preocupados com a piora no relacionamento com os clientes por conta desse produto financeiro.

Não é possível que tal medida, em face do crédito rotativo, seja proposta justamente pelos que estão se enriquecendo em cima da população. É inacreditável que tal proposta não parta do Poder Executivo Federal, que deve cobrar também para que os bancos respeitem o Código de Defesa do Consumidor. 

O crédito rotativo do cartão de crédito deveria ter sido extinto ou limitado pelo governo federal por conta dos prejuízos que causou a milhões de pessoas nos últimos anos, e pasmem, vai ser alterado para que a solvabilidade (capacidade de pagar mais tarifas, pegar mais empréstimos etc) seja preservada. Que país é este?

Por fim, não se iludam com essas “medidas”. Como elas estão sendo estudadas apenas para prioritariamente beneficiar as instituições financeiras, algo pior e mais monstruoso pode ser criado pelos bancos, mesmo que seja oferecido para os consumidores como “lobo vestido em pele de cordeiro”.  

Fique mais atento ainda. Defenda seu equilíbrio financeiro e reduza o uso do cartão de crédito mais ainda para evitar ficar na mão das instituições financeiras. Invista na sua preparação, busque aprender melhor sobre como lidar com o dinheiro, consuma com responsabilidade e seja independente. E não se esqueça: o dinheiro não aceita desaforo.



Lélio Braga Calhau - Promotor de Justiça de defesa do consumidor do Ministério Público de Minas Gerais. Graduado em Psicologia pela UNIVALE, é Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela UFG-RJ e Coordenador do site e do Podcast "Educação Financeira para Todos". www.educacaofinanceiraparatodos.com


Campanha Junho Vermelho celebra o Dia Mundial do Doador de Sangue





Amanhã (14/06) é Dia Mundial do Doador de Sangue, mas as estatísticas no Brasil indicam que o País não tem o número de doadores ideal. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que entre 3% a 5% da população de um país seja doadora de sangue, mas entre os habitantes brasileiros apenas 1,8% é de doadores. A campanha Junho Vermelho do Movimento Eu Dou Sangue pelo Brasil tem procurado conscientizar a população da importância desse ato por meio da iluminação com luz vermelha de prédios e monumentos públicos. 

O ato de doação é importante sempre, pois em situações de emergência os estoques nem sempre são suficientes, inclusive em países desenvolvidos. No último (12/06) a cidade de Orlando nos Estados Unidos sofreu aparentemente um ataque terrorista que matou 49 e feriu 53 pessoas. Numa entrevista coletiva com autoridades, um dos médicos responsáveis pelo atendimento de emergência da cidade informou que seis cirurgiões do seu hospital foram mobilizados para o primeiro socorro. “Precisamos muito de sangue. Seria um presente maravilhoso para nós”, pediu o médico por intermédio dos meios de comunicação.

Muitos moradores de Orlando, cuja população é de 240 mil habitantes, e cidades vizinhas também, fizeram longas filas para doar sangue nos hospitais, em resposta à convocação dos médicos, a fim de auxiliar as vítimas hospitalizadas. 

No Brasil, o objetivo do Movimento Eu Dou Sangue pelo Brasil por meio da campanha Junho Vermelho é contribuir para a criação da cultura da doação de sangue junto à população. “O Brasil, graças a Deus, não tem na sua memória recente histórico de guerras ou grandes catástrofes climáticas como terremotos, atentados terroristas ou situações traumáticas, e de grande comoção nacional que envolvam feridos que precisam de doações de sangue. No entanto, os acidentes de trânsito, os portadores de câncer, de anemia falciforme e outras patologias, procedimentos cirúrgicos de grande complexidade são o dia-a-dia dos nossos hospitais”, explica a coordenadora nacional da iniciativa Junho Vermelho, Debi Aronis. 

Para ela a transfusão de sangue é parte integrante de todos estes tratamentos e intervenções. “A doação de sangue deve ser um hábito na vida do brasileiro assim como cortar o cabelo, ir ao dentista ou trocar o óleo do carro”, afirma ela. 

“Mas nosso objetivo é ainda mais ambicioso. E ele está sintetizado no nome do Movimento Eu Dou Sangue! Dar sangue no sentido figurado é se envolver, é se importar, é dar de si para o bem de todos. E cada pessoa pode se engajar e escolher sua própria causa para contribuir e aos poucos mudar sua comunidade, seu bairro, sua cidade e assim por diante. Isso é o que muda o mundo!”, finaliza.

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