Pesquisar no Blog

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Três passos para deixar seu dia mais organizado




Coach explica como facilitar sua rotina, melhorando suas atitudes para ter dias mais produtivos



A rotina diária pode ser complicada. Com tantas preocupações na cabeça, não é incomum que as pessoas cheguem ao final da jornada e tenham a sensação de que ficou faltando fazer algo, ou, pior: pensem que o dia não rendeu como poderia.

1 - Programe-se
A falta de organização pode fazer com que seu dia pareça mais curto, pela sensação de que nem tudo que você precisava realizar foi cumprido. Segundo João Alexandre Borba, psicólogo e coach, medidas precisam ser tomadas para melhorar sua produtividade. “Existem três passos importantes que podem ser tomados para mudar esses hábitos. Primeiramente, é necessário ter clareza mental. Isso consiste em saber estruturar seu dia com 24 horas de antecedência. Ou seja, se você quer que sua terça renda, programe-a na segunda-feira. Assim, você não esquecerá do que precisa ser feito, sendo uma maneira mais fácil de seguir seus planos”, afirma.

2 - Não deixe para amanhã o que deve fazer hoje
O profissional explica que o segundo passo depende da boa execução da primeira etapa. “O poder de decisão, por sua vez, se compromete a cumprir com o que foi decidido pela clareza mental. É preciso se lembrar do porquê você decidiu fazer todas aquelas coisas listadas na primeira etapa; pense nos benefícios que isso trará para seu dia, além da satisfação de ter sua lista de tarefas realizada por completo”, observa.

3 - Tenha limites
Por fim, o terceiro e último passo para mudar seus hábitos. “O último passo é o poder dos limites. Ele ajuda a elevar sua autoestima. Quando ele acontece, você consegue bloquear o que te atrapalha, como as redes sociais, uma mensagem no celular e conversas paralelas no ambiente de trabalho”, fala. A lógica é essa: se você para no meio do processo para mexer no seu feed do Facebook, e depois decide voltar ao trabalho, seu cérebro precisará de 12 minutos para retomar ao foco. Nesse meio tempo, é capaz de você responder outras mensagens, abrir sites diversos e designar sua atenção em qualquer coisa, menos no que você precisava fazer. Uma tarefa que seria feita em 30 minutos se estende, e seu dia rende menos. “Manter o foco é o ponto principal na hora de realizar suas atividades diárias com êxito. Ao finalizar o terceiro passo, você perceberá como seu dia se tornará melhor, e a sensação de ‘missão cumprida’ ao final da jornada se tornará recorrente”, esclarece.
João pontua que a chave para a mudança vem de dentro da pessoa. “De nada adianta reclamar, se as atitudes corretas não forem tomadas. É preciso estar aberto às mudanças, mesmo que o processo cause certo estranhamento ou desconforto. Só assim, o indivíduo perceberá a diferença significativa que os bons hábitos fazem em sua vida”, conclui.


João Alexandre Borba - Co-CEO do Instituto Internacional Japonês de Coaching e Psicólogo
joao.alexandre@live.com - www.facebook.com/joaoalexandre.c.borba - Assista nosso vídeo release

Seis pessoas morrem por dia no Brasil em decorrência da asma




Rinite alérgica pode agravar a doença
Os dados assustam. Segundo o Departamento de Informática do SUS (DATASUS), do Ministério da Saúde, a asma atinge de 10% a 25% da população brasileira e é responsável, anualmente, por 400 mil internações hospitalares e 2.500 óbitos, além de um número incontável de atendimentos ambulatoriais. As principais complicações da asma são asfixia e, por consequência, a possível morte na ausência de tratamento adequado.
Os dados epidemiológicos colocam o Brasil como o 8º país no mundo em número de casos de asma. A crise está relacionada ao aumento progressivo de falta de ar, tosse e chiado no peito. A alergia é, na maioria dos casos, a grande desencadeadora da doença, e eventos como poluição, exposição ao cigarro ou mudanças bruscas de temperatura podem ativar os mecanismos de defesa do corpo, que responderão com inflamações, provocando as crises. A hereditariedade também desempenha um forte papel, pois os filhos de asmáticos estão mais propensos a sofrerem desta condição.
Uma pesquisa realizada pelo International Study of Asthma and Allergies, que entrevistou 90.478 pessoas entre 20 e 44 anos em 31 países, revelou que 80% dos asmáticos têm rinite alérgica. A doença é a responsável por causar um inchaço na mucosa do nariz, decorrente de um processo alérgico nas narinas, que dificulta a passagem adequada do ar, trazendo uma maior limitação na respiração dos asmáticos.
Segundo o otorrinolaringologista Dr. Jessé Teixeira de Lima Júnior, da Clínica Otorrino Center, o ideal é que as pessoas que sofrem dos dois problemas tratem adequadamente a rinite, para ter sucesso no controle da asma. “A inflamação e obstrução que a rinite produz pode provocar crises de falta de ar em pessoas asmáticas, por isso, a associação dos dois problemas exige cuidados médicos redobrados, tanto do ponto de vista pneumológico, quanto otorrinolaringológico”, explica.
A asma e a rinite precisam ser tratadas de forma contínua, e não apenas nos momentos de crise. Hoje existe uma gama de medicamentos específicos e modernos para diminuir os ataques de asma e garantir mais conforto aos pacientes, como os corticosteroides orais, que agem no pulmão por 12 horas, evitando inflamação dos brônquios no período. Também estão disponíveis broncodilatadores, que ajudam a dilatar os brônquios de forma rápida, aliviando as crises, e os anti-inflamatórios e antiestamínicos, que vão evitar o entupimento das narinas e inflamações nos pulmões. Mas só um médico poderá prescrever o medicamento adequado para cada caso.
Para que o paciente não permaneça dependente de medicamentos, evitar os fatores que provocam a doença pode ajudar a prevenir crises futuras. Confira abaixo oito dicas para reduzir as chances de ter ataques de asma e rinite alérgica:
• faça um teste de alergia para identificar o que está provocando as crises. Atacar um inimigo conhecido pode aumentar as chances de sucesso no tratamento;
• evite móveis e objetos que possam acumular poeira, principalmente no quarto, como carpetes e ursos de pelúcia, que podem acumular ácaros. Suas fezes são as causas mais comuns da alergia permanente e seus sintomas;
• evite limpar o quarto com produtos de limpeza que tenham cheiro forte, assim como perfumes e arejadores de ambientes;
• acostume-se a guardar casacos e roupas de lã em sacos plásticos. Antes de usá-los, lave e, se possível, seque ao sol para evitar o mofo, outro desencadeador de crises;
• mantenha a casa limpa, sem poeira. Lave as roupas de cama semanalmente, com água quente, e, quinzenalmente, lave as cortinas;
• evite animais domésticos em casa ou, pelo menos, no dormitório. O contato com o pelo pode provocar ataques;
• alguns alimentos, como ketchup, ovos e leite também podem causar falta de ar. É recomendado consultar um nutricionista para avaliar a alimentação mais adequada para os asmáticos.

Dr. Jessé Lima – otorrinolaringologista

VIADUTOS PRECISAM SER PROTEGIDOS



Viadutos interligam trechos de vias urbanas evitando cruzamentos em mesmo nível. Maximizam a capacidade de tráfego do sistema viário. O custo construtivo destas obras de arte especiais se mede em milhões de dólares, justificados em função da oferta de tráfego, cuja vida útil se avalia em décadas. Na iconografia da cidade, seu avantajado porte permite abrigar plástica de realce ao espaço ocupado.

Cumpre ao poder executivo ou à concessionária da jurisdição onde o viaduto está localizado, a responsabilidade de os auscultar e tomar medidas necessárias quanto à sua integridade estrutural, bem como física de seus usuários. O constante acompanhamento técnico e medidas de proteção garantem a eficácia do alto investimento e o conforto dos usuários, apesar de ainda estarem em operação pontes que foram projetadas para carga veicular de 20 toneladas. Faz décadas que já se projetam tabuleiros de pontes para trem-tipo de 45 toneladas (ABNT, NBR 7188, 2013). Em 1998 o MPE abriu inquérito para saber das condições de risco destas estruturas.

Fatos ocorridos em diversos viadutos corroboram dúvidas se efetivamente estão sendo cumpridas estas premissas. Na construção do elevado carioca Paulo de Frontin a morte chegou para 48 pessoas nos escombros da súbita queda em 20 de novembro de 1971 (http://goo.gl/X8SZ8A acesso 16/2/06). Repetiu-se este cenário de horror em Belo Horizonte, no caso do viaduto que liga o Aeroporto de Confins à região do Estádio do Mineirão, que ceifou duas vidas em 3 de julho de 2014 (http://goo.gl/buIDDW acesso 16/2/16).

Contudo, após ruidosas inaugurações, a obsolescência precoce tem sido vista como acidente em função de colisões de pesados veículos a incêndios. A previsibilidade destes fatos leva à lona tal alegação.

Um modelo de decisão para avaliar a instalação de sistemas de proteção em viadutos e pontes ou de restrição de uso é a do tipo ‘risco multiplicado pela consequência’. Um pilar de sustentação de viaduto em área lindeira e sujeito a impacto de veículo pesado, pode ser subentendido de baixo risco, mas de alta consequência: falência estrutural. Ação: instalação de guarda corpo de concreto para desviar o veículo, evitando a colisão. São frequentes manchetes de impactos de caminhões em viadutos, tal como no Viaduto Euzébio Matoso em 25/7/2002 (http://goo.gl/jO12yv acesso 17/2/16) ou no Viaduto Gen. Olímpio da Silveira em 21/7/15 (http://goo.gl/rKJjyf acesso em 17/2/16). O modelo também se aplica ao tráfego relevante de veículos que podem acarretar incêndio de longa duração. Ação: proibição de circulação local e fiscalização.

O compartilhamento de uso da estrutura do viaduto para outras funções também exige análise. Departamentos públicos sob viadutos, de risco de incêndio reduzido podem ser considerados aceitáveis, contudo, a presença de moradias ou depósitos de materiais de reconhecida inflamabilidade exige célere remoção.

Incêndio prolongado sob viaduto gera calor inadmissível nas vigas de sustentação. Compromete a protensão, nome técnico da aplicação de esforço de tração nos cabos de aço visando aumentar a capacidade de carga sem aumentar o volume de concreto. Interdição é resposta a esta patologia até que soluções terapêuticas - geralmente demoradas e de alto custo - sejam aplicadas.

Recentes eventos demonstram o alto risco de incêndios sob viadutos: como nos casos do Viaduto dos Marinheiros no Rio de Janeiro (http://goo.gl/SgUept acesso em 17/2/16) e o atual evento no Viaduto Santo Amaro. A alternativa de demolição (http://www.estadao.com.br/; acesso 16/2/16) onera o cidadão paulistano em restrição de acessos e o caixa público, afinal, o montante deve ser medido em dezena de milhões de reais.

Não há porque temer circular sobre nossos viadutos. A inércia entre eventos e queda é suficiente para a ação de interdição. O que é necessário é a efetivação de ações relativamente simples de engenharia e de operação para que não se ocupem mais as linhas da imprensa, já locupletadas de outras calamidades nacionais.

Creso de Franco Peixoto - Mestre em Transportes e Professor de Engenharia Civil da FEI

Posts mais acessados