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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

GOVERNO AUMENTA CARGA TRIBUTÁRIA DOS MEDICAMENTOS PARA 34,2%




ICMS é reajustado em 12 estados brasileiros, chegando a 20% no Rio de Janeiro

Apesar dos medicamentos no Brasil terem uma das mais altas cargas tributárias do mundo, 12 estados decidiram aumentar ainda mais o percentual de um dos principais impostos do setor, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), alegando problema de arrecadação por conta da crise econômica. O ICMS incide sobre todos os medicamentos comercializados no Brasil.

A maioria dos reajustes é de 1,2%, sendo que no Rio de Janeiro o imposto passou de 19% para 20%. Em todo o país, a carga tributária média passou de 33,9% para 34,2%. Com isso, o setor teme que sejam necessários abatimentos nos descontos.

Veja os estados e o reajuste de ICMS previsto para 2016:
ESTADO
ALÍQUOTA 2015
ALÍQUOTA 2016
Início da Vigência
Medicamentos
Medicamentos
Amapá
17%
18%
01/02/2016
Amazonas
17%
18%
06/01/2016
Bahia
17%
18%
10/03/2016
Maranhão
17%
18%
01/01/2016
Paraíba
17%
18%
30/12/2015
Pernambuco
17%
18%
01/01/2016
Rio de Janeiro
19%
20%
28/03/2016
Rio Grande do Norte
17%
18%
28/01/2016
Rio Grande do Sul
17%
18%
01/01/2016
Rondônia
17%
17,5%
21/03/2016
Sergipe
17%
18%
01/01/2016
Tocantins
17%
18%
01/01/2016
Elaboração: Interfarma.

O aumento da carga tributária pode forçar uma redução dos descontos oferecidos no varejo, especialmente porque a indústria farmacêutica também está sendo impactada por outros custos, como a desvalorização do Real e o preço da energia. “Se os descontos forem reduzidos e, por consequência, o preço do medicamento subir, há o risco de perder mercado. Por outro lado, o custo da indústria também está aumentando”, afirma Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa).

O desafio do acesso a medicamentos já era grande no país e, com o novo reajuste, se torna ainda maior. Pelo menos 75% da população conta com os próprios recursos para a compra de remédios, sendo que cerca de metade dela não consegue custear todas as terapias que precisa, pelo tempo necessário.

“Com o envelhecimento da população, as doenças crônicas e complexas, como diabetes e câncer, estão se tornando mais frequentes. E isso aumenta o gasto com saúde”, aponta Britto.

Cresce a procura por cuidadores de idosos




Utilizar os serviços de home care está se tornando prática cada vez mais comum no Brasil. O tratamento domiciliar para pacientes que recebem alta do hospital, mas precisam estar sob cuidados médicos em casa, cresce de 3% a 5% ao ano em todo o País.
De acordo com o levantamento realizado pelo Nead (Núcleo Nacional das Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar), o número de empresas que oferecem esse serviço foi de 108, em 2005, para 400, em 2013. O estudo ainda aponta que o faturamento do setor atualmente ultrapassa os R$ 10 bilhões.
Segundo Hercília Marques, sócia da HM Homecare, que atua em São Paulo, Atibaia e região, o envelhecimento da população, a demanda por cuidadores tem aumentando de forma contínua a procura por assistentes domiciliares: “Quando iniciamos as atividades no setor, já sabíamos que era uma área promissora, porém, o trabalho é árduo e quem pretende ingressar nesse mercado precisa ter muita paixão pelo que faz”, afirma.
Ainda de acordo com dados do IBGE, a população de pessoas com mais de 60 anos de idade, no Brasil, já ultrapassava a marca de 23,5 milhões, em 2011. Apesar da crise econômica atual, o setor de serviços continua crescendo, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada recentemente. A categoria dos serviços prestados às famílias foi sinalizada pelo estudo como a terceira que mais cresceu.
Com o crescimento da demanda pelo serviço de cuidadores e de home care, muitas empresas estão surgindo. Segundo Hercília, a família deve buscar um serviço de confiança, que desenvolva um cuidado humanizado e com equipe multidisciplinares de profissionais que podem auxiliar desde pessoas com mobilidade reduzida, com quadros menos graves, mas que necessitam de assistência, até quadros mais complexos, que necessitam de cuidados médicos, de enfermagem, nutricionistas e fisioterapeutas.

Conheça as dez doenças de pele mais comuns durante o verão





Dermatologista do Seconci-SP indica aos trabalhadores da construção civil como preveni-las

 Calor e umidade. Esta combinação é responsável pelo aparecimento de muitas doenças de pele no verão, que interferem na saúde de quem quer aproveitar os dias mais quentes do ano. A dermatologista do Seconci-SP Jussara Gasparotto chama a atenção dos trabalhadores da construção civil para evitar doenças de pele, como a importância de usar protetor solar diariamente e repassá-lo a cada três horas, fazer o rodízio das botas e luvas de EPI (Equipamento de Proteção Individual) diariamente, utilizar meias de algodão com troca diária, sempre passar álcool em gel no interior do capacete ao final do expediente e trocar a toalha de banho a cada dois dias.

Para ajudar a evitar esses e outros problemas, a médica do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), explica quais são as doenças mais comuns nessa estação, além de dar dicas de prevenção:

Acne solar: a mistura de calor, suor e protetor solar aumenta a oleosidade da pele e favorece o aparecimento de bolinhas nos ombros, peitos e costas, com ou sem a presença de pus. Esteticamente muitas pessoas se incomodam, mas não há agravamento da doença. O simples fato de lavar sempre a pele diminui a oleosidade e a acne solar tende a ir melhorando gradativamente.

Bicho geográfico: é uma larva que penetra na pele e causa muita coceira, vermelhidão e inchaço. A transmissão ocorre geralmente em praias, onde há fezes de cães e gatos, que contaminam um raio de dois metros de areia. As pessoas que pisam, sentam ou tem contato com qualquer parte do corpo com a areia contaminada podem contrair a doença. A larva caminha sob a pele e o desenho que se forma é semelhante a um mapa geográfico. O tratamento é feito por vermífugo via oral e a pele vai se recuperando gradativamente.

Câncer de pele: uma das causas é a exposição solar excessiva ao sol. Quem tem pele muito clara e sensível é mais prejudicado. A prevenção consiste em não se expor ao sol no horário das 10h às 16h, usar filtro solar diariamente, inclusive nos dias nublados e com mormaço, já que a radiação ultravioleta está presente nesses dias também. Lesões como pintas que mudaram de características, feridas que não cicatrizam, lesões endurecidas devem ser avaliadas por um dermatologista.

Foliculite: é uma inflamação causada por bactérias que aparece como pequenas espinhas, de ponta branca, na base do pelo, que em geral fica avermelhado. É comum o aparecimento na virilha e no glúteos, podendo coçar, e doer. Normalmente esta inflamação sara sozinha, mas em casos mais graves é importante o acompanhamento de um dermatologista. O tratamento consiste em usar roupas mais leves, evitar locais quentes e não fazer a depilação ou raspagem dos pelos.

Herpes labial: praia é sinônimo de muito sol, ingestão de álcool, alimentos fritos e desidratação, a combinação perfeita para a queda da imunidade e o aparecimento da herpes labial, uma infecção viral e contagiosa com a presença de pequenas bolhas doloridas. Mesmo o uso do protetor solar não inibe o avanço da doença. Os sintomas desaparecem entre uma e duas semanas. Medicamentos antivirais e pomadas podem ser prescritos por um médico para aliviar a dor e cicatrizar as lesões. O vírus pode apresentar novos episódios sempre que a imunidade baixar.

Impetigo: é uma infecção de pele causada por bactérias, comum nas estações mais quentes do ano. Em geral, as crianças são as principais vítimas, mas pode ocorrer em adultos também. O rosto e as extremidades do corpo são as regiões mais comuns do aparecimento da doença. Qualquer lesão de pele preexistente pode facilitar o aparecimento do impetigo, como sarna, dermatite, catapora e picada de inseto. A bactéria causa uma inflamação avermelhada, que evolui para uma bolha e, ao romper causa uma ferida com uma crosta cor de mel. O impetigo pode ser uma doença localizada ou disseminada. O tratamento pode ser tópico com cremes e pomadas ou medicação via oral.

Micose entre dos dedos do pés e virilha: conhecida também como pé-de-atleta ou frieira quando acomete os pés, são fungos que proliferam na pele e causam irritação e coceira. Dependendo da ferida, pode provocar uma infecção. A transmissão nunca ocorre em praias, mas sim em piscinas, já que o fungo se desenvolve em lugares quentes e úmidos, conjunto ideal para o desenvolvimento do fungo. A principal dica é secar bem o corpo após o banho, principalmente a virilha e os pés, além de usar talco. O tratamento é feito com medicamentos via oral e pomada. Deixar as regiões sempre arejadas também contribui para a melhora do quadro.

Miliária/ Brotoeja: mais comum em crianças são pequenas bolas e bolhas que surgem em cima da pele avermelhada, porque as glândulas que produzem suor aumentam sua produção e o suor penetra na pele comum na região do pescoço e tronco. Medicamentos podem ser utilizados para aliviar a coceira e evitar que as crianças machuquem a pele e favoreça o aparecimento de outras doenças. O tratamento consiste em usar roupas de tecidos leves e largas e ficar em ambientes frescos, evitando suar muito.

Pano branco: é uma micose comum na pele causada por um fungo, que só é notada quando a pessoa se expõe ao sol. Os sintomas são manchas brancas na pele, mas em alguns casos elas podem ser castanhas ou avermelhadas. O tratamento pode ser feito com xampu, pomada e até comprimido e, em geral, desaparece em até 60 dias após o início da medicação.

Queimadura na pele por limão, abacaxi e perfume: fazer caipirinha com estas frutas ou passar perfume antes de se expor ao sol é um grande risco para o surgimento de manchas escuras na pele, conhecidas por fitofotomelanose e fotomelanose. Nos casos mais graves, bolhas podem aparecer, acompanhadas de coceira e sensação de ardência. Para evitar é importante lavar bastante a pele com sabão e usar protetor solar. O desaparecimento das manchas ocorre de forma espontânea com o passar do tempo. Cremes despigmentantes podem ser utilizados para acelerar o processo.

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