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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Maternidade e profissão: como aliá-las?




Qual é o melhor momento para engravidar? Esta é uma pergunta que assola a mente da maioria das mulheres que busca a independência, desafios profissionais e boas colocações no mercado de trabalho.
De acordo com dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – em 2013, cerca de 40,4% das mulheres de 25 a 29 anos não tinham filhos, o que representa um aumento de 24% em relação a 2004. No grupo formado por mulheres de 15 a 19 anos, 89,3% não tinham filhos e nas de 45 e 49 anos, 12,5% permaneciam sem filhos.
Considerando as estatísticas acima é possível concluir que o número de mulheres que opta por engravidar mais tarde cresceu, o que mostra uma nova equação de vida dentro de uma sociedade que foi construída sobre bases não focadas na área profissional para as mulheres e sim para a maternidade, o que vem evoluindo constantemente.
A maternidade tem sido adiada pelas mulheres que objetivam crescimento profissional e a conquista do próprio espaço dentro das corporações. Entre os principais medos estão: arruinar uma promoção, ser rebaixada de cargo e perder o espaço conquistado. Por outro lado, torna as mulheres mais fortes, mais sensíveis, profundas, enfim. O trabalho não deve apequenar a mulher, mas fortalecê-la.
É importante lembrar que a gravidez é um direto e um momento muito especial na vida de uma mulher.
Algumas empresas podem não estar estruturalmente preparadas para lidar com esta fase natural da mulher e por isso é importante conhecer seus direitos, inclusive num eventual desconforto que pode culminar até em no âmbito do assédio moral, o que a prejudica no momento de lidar com a intersecção da vida profissional com a pessoal.
Veja algumas dicas de como aliar a maternidade com a vida profissional:
  • Planejamento: em qualquer ocasião a gravidez deve ser planejada, pois trazer uma criança ao mundo é assumir uma responsabilidade vitalícia. Para isso é preciso planejar-se e escolher o melhor momento na vida pessoal e profissional. Um bom planejamento e uma conversa verdadeira são essenciais para a preparação, porém, imprevistos acontecem e não se desespere, pois você terá 8 meses para a preparação.
  • Mudanças: tanto no campo profissional como no pessoal, a gravidez traz mudanças e você deve estar preparada para esta virada. Este é o momento de virar a chave e desempenhar o papel da nova mulher que nascerá junto com seu filho. 
  • Maturidade: ainda hoje algumas mulheres sofrem pressão por parte dos empregadores. Para superar este obstáculo é preciso ter maturidade e posicionar-se com serenidade em qualquer situação de enfrentamento, afinal, há um ser dentro de você, uma prioridade. No calor do dia a dia, isso deve ser sempre lembrado.
  • Diálogo: comunique seus superiores e mostre que nada mudará em relação ao seu rendimento, muito pelo contrário, a gravidez é uma inspiração para mulheres que a desejam, o que consequentemente influencia positivamente na performance do trabalho realizado.
  • Troca de experiências: Não se prive desse direito, mas pense e converse com outras mães executivas para construir sua teia de segurança e por fim, desfrute de todo o processo, mágico e milagroso, porque demanda, e isso é insubstituível e vale muito a pena.
Acima de todas as dúvidas, a gravidez deve ser desejada e não existe uma regra para o momento certo, pois cada mulher possui seu tempo de assumir a maternidade e também tem as mulheres que não desejam por não sentirem-se preparadas. O ideal é que a mulher enfrente com maturidade e seja respeitada por suas escolhas.
Regina Nogueira - coach, consultora empresarial e fundadora da Regina Nogueira Coaching e Consultoria Empresarial 

Dicas de alimentação e higiene bucal para paciente com Parkinson




Evento ocorreu na Unesp de Rio Claro
A Unesp de Rio Claro realizou no dia 10 de abril passado o VI Encontro sobre a Doença de Parkinson promovido pelo Programa de Atividade Física para Pacientes com Doença de Parkinson (PROPARKI) e pelo Laboratório de Estudos da Postura e Locomoção (LEPLO). O evento reuniu pacientes que participam do programa, além de seus cuidadores e familiares.
A coordenadora do Proparki, Profa. Dra. Lilian Teresa Bucken Gobbi, relembrou o início do Proparki em 2004 como um projeto piloto com apenas seis pacientes. Hoje, são dezenas de pessoas atendidas que possibilitaram ampliar o conhecimento sobre a doença. Em nome do prefeito Du Altimari, o Prof. Dr. Mauro destacou a importância do programa que promove a interação entre os pesquisadores, estudantes e a comunidade. Com isso, a Unesp mostra que está engajada na sua função de promover o ensino e a pesquisa preparando os novos profissionais. O secretário municipal de Saúde, Geraldo Barbosa, foi representado pelo diretor Edson Rodrigues.
A Profa. Dra. Sara Qüenzer Matthiesen, coordenadora do curso de Educação Física, ressaltou a importância do encontro para a troca de experiências entre pacientes, cuidadores, familiares e pesquisadores. O mestrando Gilson Fuzaro ministrou a palestra “Nutrição e Doença de Parkinson” sobre os benefícios de uma alimentação para o bem-estar dos pacientes. Segundo ele, é preciso ter cuidado com a ingestão de proteínas porque os aminoácidos interferem na medicação usada para o controle do Parkinson.
A professora Lilian comentou que os pacientes do Proparki passam por fonoaudiólogo, onde fazer exercícios de linguagem e deglutição. Os parkinsonianos devem ficar atentos não somente à quantidade e qualidade dos alimentos ingeridos, mas também na forma de degluti-los. A coordenadora informou que neste ano o programa dará atenção especial a quantidade de gordura ingerida pelos pacientes porque muitos estão aumentando de peso e precisam elevar a massa muscular.
O Prof. Dr. Eduardo Hebling, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), apresentou a palestra “Atenção Odontológica ao Idoso e ao Paciente com a Doença de Parkinson”. Ele deu dicas sobre escovação, tratamento e cuidados com os dentes para os idosos. Segundo Hebling, ao envelhecer as pessoas enfrentam escurecimento dos dentes, redução das papilas gustativas e diminuição na produção de saliva causando ressecamento da boca. O PH da boca fica mais ácido facilitando o desenvolvimento de bactérias, cáries, cálculos e doenças periodontais. O problema pode ser combatido com a ingestão de água e o uso de saliva artificial. O professor frisou que a higiene é a melhor forma de prevenção às doenças dentárias.
Sobre o Proparki
O Proparki é um projeto de pesquisa e extensão desenvolvido pelo Departamento de Educação Física da Unesp de Rio Claro desde 2005. O programa atende pacientes nos estágios 1, 2 e 3 da doença. As atividades físicas são planejadas para melhorar a qualidade de vida e promover a desaceleração da progressão da doença. Os encontros acontecem três vezes por semana (1 hora cada) e a participação é gratuita.

Imposto de Renda – Procura por antecipação demanda cuidados




Esta é a última semana para entrega da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física. Nessa época, muitas instituições financeiras estão oferecendo os serviços de antecipação da restituição devida pelo governo aos contribuintes. Todavia, será que é correto e vale a pena antecipar? Ao utilizar essa linha de crédito, os contribuintes, além de mostrar a falta de educação financeira, também podem perder rendimento. Assim, muito cuidado nesta hora!
Na maioria das vezes, os endividados, ao utilizarem essas ferramentas, apenas estão remediando o problema do descontrole financeiro, que voltará com mais força no futuro. Assim, antes de simplesmente buscar a antecipação. É necessário que se faça um bom diagnóstico financeiro, para combater o que está gerando esse problema financeiro.
Caso a antecipação seja uma última saída para a pessoa, não conseguindo arcar com suas dívidas em curto prazo, é necessário aprofundar nessa questão. A antecipação é um serviço que faz com que o contribuinte não necessite esperar pelos lotes para receberem os valores devidos da restituição. Contudo, é preciso alguns cuidados na hora de decidir por essa opção.
Para pedir a antecipação aos bancos, os contribuintes devem ter a certeza de que tudo está correto na declaração entregue ao governo. Caso apresente problemas, ela pode cair na malha fina da Receita Federal e o contribuinte terá que arcar com o empréstimo do próprio bolso. Por isso, é sempre recomendável muito cuidado ou mesmo o apoio de especialistas contabilistas.
Cair na malha fina é mais fácil do que parece, principalmente com a ampliação de cruzamentos de informações feita pela Receita Federal. Às vezes, a pessoa faz tudo corretamente, como manda o manual, e, assim mesmo, vai parar na malha fina. Isso acontece, por exemplo, quando a fonte pagadora fornece à Receita uma informação diferente da qual liberou para o colaborador.
Em função disso, a antecipação só vale a pena para os contribuintes que estão realmente precisando com urgência do dinheiro. Para quem está endividado e pagando taxas mais altas de juros do que as oferecidas pelos bancos, a antecipação da restituição para quitar dívidas é um bom negócio, mas, fora isso, não é muito vantajoso, sendo que os juros pagos pelo governo são bastante interessantes.
Caso a pessoa esteja decidida a realizar o empréstimo, aconselho que faça uma pesquisa nos bancos. A disputa pelos clientes é tão grande que as taxas cobradas flutuam muito entre as instituições financeiras. A primeira pesquisa pode ser pela Internet, para, depois, sentar com o gerente do banco e negociar melhorias na proposta que eles oferecem.
Portanto, entregar a declaração logo no início é recomendável pelo fato de ter mais chance de receber sua restituição logo nos primeiros lotes, mas, se isto não vier a acontecer, a solução é aguardar sua restituição com paciência, visto que ela estará sendo corrigida pela taxa Selic.

Reinaldo Domingos – presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e autor do best-seller Terapia Financeira (Editora DSOP), dentre outras obras sobre o tema educação financeira.

Sudeste tem 22,6 milhões de pessoas registradas em serviços de proteção ao crédito, aponta SPC Brasil





Quase metade (45,3%) dos consumidores da região Norte está inadimplente. 
No Centro-Oeste, percentual é de 41,3%

A região Sudeste tem o maior número de consumidores inadimplentes registrados em serviços de proteção ao crédito - são 22,6 milhões de pessoas, em números absolutos. Logo em seguida está o Nordeste com 15 milhões de devedores e o Sul, com 7,5 milhões. As regiões Norte e Centro-Oeste aparecem na sequência com números similares: 5 milhões e 4,5 milhões, respectivamente. Os dados são do Indicador Regional de Inadimplência do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) do mês de março.
45,3% dos consumidores da Região Norte estão inadimplentes
Quando analisada a representatividade do número de inadimplentes em relação à população de cada região, porém, o Norte passa a ter o maior índice em todo o Brasil: os 5 milhões de inadimplentes representam 45,3% do total da população com idade entre 18 e 95 anos. A região menos expressiva quanto à representatividade é o Sul, já que os inadimplentes nessa região representam 34,8% do total da sua população. O Norte foi a região que apresentou o maior crescimento do número de dívidas em março (5,49%), seguido pelo Centro-Oeste (4,16%). Na outra ponta, o Sul apresentou o menor crescimento anual do indicador (2,75%).


Número de devedores cresce mais no Centro-Oeste e no Nordeste
No total, o número de consumidores com dívidas em atraso em todo o Brasil cresceu 3,76% em março de 2015, na comparação com o mesmo mês de 2014. Na análise regional, destacam-se o Centro-Oeste e o Nordeste, com as maiores altas do número de devedores (+4,09% e +4,01%, respectivamente). O Sul registrou o menor crescimento do indicador entre as regiões (+2,41%).
Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, esse crescimento da quantidade de pessoas negativadas em todo o país reflete o difícil cenário macroeconômico visto nos últimos meses, com piora dos índices de emprego e confiança. "Apesar disso, as taxas de crescimento da inadimplência têm sido discretas quando comparadas com a série histórica, mostrando perda de fôlego dos índices anuais na maioria das regiões e no Brasil como um todo", diz.
"Isso é reflexo da redução da base de crédito disponível na economia, com os bancos comerciais concedendo cada vez menos crédito aos consumidores e com a queda do apetite para compras de bens ligados a financiamento, como materiais de construção e automóveis", explica Kawauti.

Sudeste concentra 40% do total de inadimplentes no Brasil
O Sudeste continua concentrando a maior parte dos devedores do país: 40% do total de inadimplentes nas bases às quais o SPC Brasil tem acesso residem na região. O Nordeste apresenta a segunda maior participação (26,20%), seguido pelo sul (12,97%).  As regiões que mais contribuíram para alta nacional de 3,76% do indicador foram o Sudeste (1,11 ponto percentual) e o Nordeste (1,05 ponto percentual).

terça-feira, 28 de abril de 2015

Brasileiro está usando mais internet e redes sociais, mas cuidado com o uso no ambiente de trabalho




Advogado Ruy Teixeira de Carvalho comenta em artigo quais pontos a empresa deve levar em consideração quanto ao uso de novas tecnologias por parte do funcionário durante a jornada de trabalho
Nos tempos atuais, o aparelho celular já faz parte da vida da grande maioria das pessoas. Praticamente todas as faixas etárias têm e usam aparelhos celulares. Com o advento dos chamados smartphones, novos aplicativos surgiram e continuaram a surgir.
Um desses aplicativos usados, atrevo-me a dizer, por quase 100% das pessoas, é o WhatsApp: uma forma rápida e barata de se comunicar que vem se desenvolvendo a cada dia, já permitindo, inclusive, “ligações telefônicas”, nas quais o usuário pode também enviar vídeos, fotos, mensagens sonoras a qualquer lugar do planeta. Porém, até que ponto essa liberdade pode ser nociva dentro de um ambiente de trabalho? Poderia o empregador coibir o uso do celular pessoal do empregado?
Vamos analisar o assunto de uma forma mais ampla. Hoje, através dos smartphones, é possível, graças às redes wi-fi, 3G e 4G, acessar não apenas o WhatsApp, mas e-mails, Facebook bem como outras mídias sociais. Em muitas empresas, esse acesso via computador é vetado por meio de programas e bloqueios; afinal, não pode o empregado, em sua hora de trabalho, deixar de exercer suas funções para se dedicar a “navegar” pelo Facebook e qualquer outro site alheio a suas funções em horário de trabalho. Entendo que o mesmo se aplica ao uso de smartphones e seus aplicativos, incluindo o WhatsApp, durante o horário de trabalho, em atividade estranha àquela para qual o empregado foi contratado.
Se, por um lado, o empregador disponibiliza ao empregado uma linha telefônica na qual ele pode receber ligações e se comunicar fora de seu ambiente trabalho, é lícito, por outro, proibir o uso de celulares dentro, ou mesmo exigir que sejam desligados enquanto exercem suas atividades profissionais dentro do ambiente de trabalho.
Deve-se considerar que o uso abusivo, de forma exagerada, de celulares e seus aplicativos durante a jornada de trabalho, por motivos alheios à função a ser exercida, pode resultar em erros, mau desempenho e até causar problemas ao empregado e ao empregador.
O que se condena é o uso abusivo, no qual se deixa em segundo plano as atividades dentro do ambiente de trabalho, para ficar trocando mensagens pessoais via WhatsApp, por exemplo. Infelizmente, é praticamente impossível se monitorar todos os smartphones ou celulares particulares dentro do trabalho, saber quem está usando abusivamente em detrimento de suas atividades ou não. Em razão dessa afirmação, sou da corrente que defende que o empregador pode sim exigir a não utilização do celular particular ou pessoal e seus aplicativos durante a jornada de trabalho. Ao empregado que persistir e não seguir as orientações do empregador quanto ao uso do celular e aplicativos inerentes, deverão ser aplicadas as sanções pertinentes: advertência, suspensão e até uma dispensa por justa causa.
É lógico que as considerações acima não se aplicam quando o celular, smartphone, WhatsApp são usados como instrumento de trabalho. Normalmente, isso ocorre com pessoas que exercem suas atividades fora de um ambiente de trabalho fechado, que trabalham na rua, vendedores, representantes comerciais ou qualquer atividade que obrigue a visita a clientes e ao uso dos aparelhos e do utilitário WhatsApp como ferramenta de trabalho.

Ruy Teixeira de Carvalho - advogado associado de Bobrow e Teixeira de Carvalho, formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo

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