Presente em mais de 70% das residências no Brasil, chuveiro elétrico representa impacto financeiro adicional durante o inverno
O solstício de inverno, ou apenas inverno, acontece todos os
anos por volta do dia 21 ou 22 de junho no Hemisfério Sul. Mas, apesar de
ocorrer sempre na mesma época, muitas pessoas esquecem que o período é muito
mais do que apenas temperaturas mais baixas. A época mais fria do ano traz
junto na bagagem um aumento de até 30% no consumo de energia elétrica e chuvas
abaixo da média em diversas regiões do Brasil.
Para 2022, por exemplo, o Instituto Nacional de Meteorologia
(INMET) prevê chuvas escassas nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste.
Previsões que, combinadas com o reajuste de até 64% na taxa extra da conta de
luz anunciadas no final de junho pela Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel), crise econômica e hídrica, exigem cuidados redobrados dos
consumidores.
Não é à toa que, nesta época do ano, o chuveiro elétrico ganha
um destaque pouco positivo. Item essencial no dia a dia e presente em mais de
70% das residências no Brasil, o chuveiro elétrico pode representar até 43% do
consumo de energia segundo o Programa Nacional de Conservação de Energia
Elétrica (Procel). Durante o inverno há também um crescimento no tempo de uso
do chuveiro elétrico para enfrentar as baixas temperaturas, especialmente nas
regiões Sul e Sudeste. Grandes empresas como a Super Pro Atacado, por exemplo,
registram crescimento nas vendas do item de 60% em média, durante o inverno.
“Nós nos planejamos todos os anos para que, especialmente nesta
época, tenhamos um estoque maior de itens que tradicionalmente tem uma demanda
aumentada nessa época. As pessoas costumam trocar o chuveiro elétrico no
inverno para modelos com maior vazão e que gere maior conforto térmico. A
tendência é que a procura se mantenha intensa até o começo da primavera”, explica
Daniela Kricowiski, especialista em produtos e análise de mercado da Super Pro
Atacado.
Daniela explica que, apesar da fama de “vilão”, o chuveiro
elétrico ainda é o mais utilizado no Brasil já que a alternativa a gás chega a
menos de 5% dos lares brasileiros. “A realidade é que o acesso ao chuveiro a
gás ainda é limitado no Brasil. Para que seja possível é necessário que a
residência tenha encanamento que leve o gás. Poucas cidades dispõem de uma rede
de gás relevante e por isso o chuveiro elétrico, por necessidade, acaba sendo a
escolha da maioria da população.”
Para ficar de olho no inverno
A especialista comenta que é possível equilibrar o consumo de
energia elétrica - podendo até reduzi-lo - com alguns cuidados fáceis de
incluir na rotina diária. “Coloque um tempo máximo de banho como meta e
abandone o hábito de fazer a barba, se depilar ou lavar as roupas íntimas
durante o banho”, reforça.
Outras situações comuns no dia a dia influenciam no aumento no
consumo e devem ser evitadas. “Deixar o chuveiro ligado para aquecer o
banheiro, aproveitar uma resistência queimada e ligar o equipamento em horários
de pico são atitudes que contribuem para o aumento do consumo. Um dos segredos
do chuveiro elétrico é o controle do tempo de banho. Isso evita custos adicionais
com o consumo e manutenção, por exemplo”, cita.
Atenção especial para a resistência
Quem nunca precisou trocar a resistência do chuveiro elétrico na
hora de tomar banho? Aquele momento que ninguém quer encarar no inverno pode
ser facilmente evitado
A especialista explica que muitas pessoas acabam trocando o
chuveiro para modelos com maior vazão sem conferir se a fiação da casa comporta
o novo modelo. “Precisamos avaliar se a instalação elétrica da casa comporta o
modelo de chuveiro elétrico escolhido para evitar que o chuveiro queime ou,
ainda pior, provoque curtos. A resistência precisa ser substituída assim que
for identificada que está danificada. Tentar utilizá-la por mais tempo também
significa mais consumo, além de aumentar os riscos de curto.”
Para evitar que a resistência queime é necessário abrir o
registro do chuveiro por completo. Outra dica do especialista está relacionada
a instalação elétrica da residência. Daniela, comenta que é fundamental chamar
um eletricista para uma verificação periódica, independente da estação do ano.
“As pessoas acabam tendo por hábito chamar um especialista
apenas quando o problema já apareceu. Como qualquer outra situação, prevenir
significa mais segurança e, no caso de uma residência, também economia. A visita
de um eletricista permitirá ver questões como a situação da fiação elétrica, a
vida útil da resistência do chuveiro e outras coisas que a maioria das pessoas
não se sente segura para verificar por conta”, completa.
Busca por equipamentos mais eficientes
O olhar atento à eficiência energética já pode ser visto com
maior frequência nas lojas especializadas. Daniela diz que a procura por
equipamentos mais eficientes cresceu 20% nos dois últimos anos. “Percebemos que
as pessoas têm buscado cada vez mais os equipamentos com certificação máxima de
eficiência energética. Aos poucos cria-se o entendimento que o investimento
maior significa uma economia que compensa, e muito, no longo prazo.”
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