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segunda-feira, 29 de junho de 2020

Dr. Paulo Amazonas explica a relação entre saúde mental e o intestino.

  Foto: Banco de imagens 

Médico idealizador da Campanha Nacional de Conscientização sobre a Síndrome Fúngica alerta sobre como a alimentação influencia no intestino e podem desencadear ou agravar quadros depressivos.
                                                                                                                           

A flora intestinal é responsável pelo equilíbrio e manutenção do crescimento da população fúngica saudável do nosso intestino. A disbiose intestinal, como é chamado esse desequilíbrio e crescimento exagerado de fungos pode ocasionar uma série de sintomas locais e em todo corpo, desde infecções fúngicas na vagina, vulva, pênis e anus, até quadros depressivos, ansiedade, irritabilidade, alergias alimentares, distúrbios sexuais entre vários outros que podem levar a uma inflamação silenciosa e generalizada: a Síndrome Fúngica.

É importante, neste contexto, manter uma quantidade equilibrada de bactérias amigas dentro do nosso intestino, a chamada eubiose, assim como evitar agentes que possam destruir essa população de bactérias aliadas, como uso de antibióticos e consumo de alimentos ultraprocessados.  Descobre-se cada vez mais o grau de influência que essa população de bactérias tem em nosso comportamento, como ansiedade e depressão até em doenças como o fígado gorduroso e a diabetes.  Tais bactérias benéficas podem ser mantidas saudáveis através de duas importantes formas, através da sua alimentação feita com consumo de fibras alimentares com aveia, chia, quinua e frutas.

Nosso intestino é cheio de neurônios assim como o cérebro e há uma estimativa de que, o ‘hormônio da felicidade’, a serotonina descarregada no corpo humano, tem 90% da sua taxa fabricada no intestino. Embora a depressão não signifique uma falta de serotonina no organismo e sim que não está havendo uma transmissão efetiva, é importante frisar que outros fatores podem contribuir para um quadro depressivo e é importante buscar atendimento psicológico.

Bem como uma boa alimentação, a prática de exercícios físicos auxilia no bem estar físico e mental auxiliando o intestino a recuperar a sua microbiota e equilibrar os hormônios e demais substâncias químicas produzidas no corpo responsáveis pelo funcionamento e contribuindo com a diminuição de enxaquecas, alivio no quadro depressivo e de mudanças de humor, aumento da libido e até mesmo na regulação do sono.

Cuidar da saúde mental também é um processo que passa pelo corpo, e, portanto, pelo intestino, a alimentação saudável é um fator de extrema importância para o bem estar de qualquer ser humano, mas não descarta a necessidade de medicamentos e outras medidas como acompanhamento psiquiátrico e psicológico. Um intestino saudável e bem cuidado é responsável por potencializar o trabalho feito por psiquiátricas, psicólogos e outros profissionais da saúde necessários no tratamento da saúde mental.
                                                                                              

O médico especialista em medicina preventiva, nutrologia e ortomolecular Paulo Amazonas, referência no Brasil no assunto Síndrome Fúngica, tem sido importante porta voz para tornar acessível à população os detalhes sobre a doença que acomete grande parte de homens e mulheres. Idealizador da primeira Campanha Nacional de Conscientização sobre a Síndrome Fungica, Paulo tem reunião nas suas redes - @drpauloamazonas e @sindrome.fungica- os principais especialistas no assunto.


Educadora física ensina exercícios de coluna para realizar na quarentena




Patricia Bueno explica sobre dores posturais e dá passo a passo de atividades



A quarentena nos faz buscar adaptação em diversas áreas, incluindo as da nossa coluna. Com o remanejo de trabalhos em casa e mais tempo nela, muito se ouve a respeito das dores nas costas, e a instrutora Patricia Bueno explica sobre a situação, além de ensinar exercícios que podem ajudar na melhora.

De acordo com a educadora física e pós-graduada em fisiologia do exercício, biomecânica e pilates, a sócia proprietária do Studio Pilates Patricia Bueno, esclarece que “na quarentena aumenta o sedentarismo, e isso diminui a massa magra na sustentação e estabilidade da coluna vertebral, além da má postura que ocorre em tempo prolongado em camas, sofás e cadeira não ergonômicas”.

Apesar das possibilidade de trabalhar em casa, muitas pessoas não possuem o canto ideal para o “home office”, e, para estas, a educadora indica que se posicionem de forma mais confortável com pés e quadril apoiados, travesseiro nas costas e levantar para andar um pouco pela casa a cada 30 minutos. Além de realizar no final do expediente alguns exercícios (citados abaixo) para compensar.

Os problemas mais comuns na atualidade, segundo Patricia, são as dores por contratura muscular, ou seja, ficar muito tempo na mesma posição e gerar força desnecessária em alguma região, dessa forma sobrecarrega a coluna vertebral e ocasiona lesões como protusão discal, conhecida também como hérnia de disco.

Este tipo de postura inadequada também pode irradiar na região lombar para um quadro de citalgia. “Além dessas patologias, existem várias outras lesões na coluna vertebral, não tão comuns, como estenose- que é o estreitamento do canal vertebral, espondilolistese- que é o escorregamento, microfratura a causadas por osteoporose entre outros”, conta a pós graduada.


EXERCÍCIOS INDICADOS PARA FAZER EM CASA

De acordo com Patricia, os 3 exercícios baixo são os mais globais, ou seja, que recrutam mais grupos musculares, além de serem mais seguros para realizar em casa:


- A Ponte














Posição inicial: Deitada em decúbito dorsal, barriga para cima, planta dos pés apoiados no chão com joelhos flexionados, braços estendidos ao longo corpo, ombros longe das orelhas

Movimento: inspire prepare e expire na elevação do quadril, procure ativar o abdômen na expiração e movimentar tanto na subida quanto na descida vértebra por vértebra, 10 repetições

Dicas: pés completamente apoiados no chão incluindo todos os dedos, observe se os joelhos se mantêm na linha do quadril durante todo movimento, procure não tensionar a região dos braços, ombros e pescoço



- Gato

 


Posição inicial: 4 apoios , mãos na linha dos ombros e joelhos na linha do quadril

Movimento: inspire e estenda a coluna, dê ênfase na extensão da torácica (parte alta da coluna vertebral, lado oposto ao peito), solte o ar e flexione a coluna, dê ênfase na lombar (região do abdômen), 10 repetições

Dicas: ombros longe das orelhas, evite hiperextender os cotovelos, na extensão faça o formato da coluna de um cavalo e flexão o formato da coluna de um gato arrepiado.




- Sentar e levantar da cadeira 



Posição inicial: sentada numa cadeira em que fique com os pés bem apoiados no chão

Movimento: transfira o peso para os pés e levante da cadeira, sente novamente e repita por 10 vezes

Dicas: conforme adquirir resistência, não sente completamente, apenas encoste o quadril na cadeira e levante.


Vale ressaltar que realizar apenas alongamentos, ajuda se o problema for encurtamento ou contratura muscular, mas “o ideal é fazer o alongamento associado ao fortalecimento, porque uma contratura muscular pode evoluir para uma postura inadequada e gerar uma lesão como hérnia de disco, e o fortalecimento poderá auxiliar na correção de desvios posturais, que evitará a evolução de lesões irreversíveis”, explica a sócia proprietária do Studio Pilates Patricia Bueno.

Ainda, o ideal é procurar profissional que possa fazer uma avaliação das dores, da postura, do tipo de trabalho exercido e analisar o melhor caminho para tratar as dores atuais e já prevenir o que pode vir a seguir devido a quarentena.



Busca por ajuda especializada para controle do tabagismo cresce 30% durante os meses de isolamento, aponta HCor



Programa Vida Sem Cigarro acompanha, em média, 150 pacientes em sessões semanais remotas


Levantamento do HCor mostra que a busca de pacientes tabagistas por ajuda especializada para largar a dependência, durante o período de isolamento social, cresceu cerca de 30%, entre os meses de março e maio, quando comparado com os meses anteriores ao início da pandemia de Covid-19.

O cigarro é a principal causa de morte evitável no mundo e reduz, em média, 20 anos de expectativa de vida do fumante. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os tabagistas são considerados como grupo de risco para o novo coronavírus, por estarem mais suscetíveis a infecções respiratórias. Pelo possível comprometimento da capacidade pulmonar, esse grupo ainda possui mais chances de desenvolver sintomas graves da doença.

Para acompanhar esses pacientes e ajudá-los na cessação do tabagismo, o HCor mantém o Programa Vida Sem Cigarro. No total, mais de 1.200 pessoas já foram atendidas por psicólogos, médicos e nutricionistas que fazem parte da equipe multidisciplinar e orientam o tratamento.

Para facilitar a adesão ao programa, as consultas são realizadas de forma remota, e o paciente pode acessar pelo computador ou celular. Cada sessão tem duração de 30 minutos e tratam todas as demandas relacionadas a dependência física e psicológica ao cigarro. Os pacientes também recebem material de apoio. Quando necessário, o médico pode prescrever medicações para auxiliar o tratamento.

No último ano, os resultados comprovaram a eficácia do programa. Ao final das 14 semanas de acompanhamento, mais de 80% dos pacientes alcança a abstinência e, deste total, 60% permanece sem fumar após um ano de tratamento.

“O tratamento é multidisciplinar e prioriza o bem-estar de cada paciente. De maneira individualizada, facilitamos o entendimento dos sentimentos que levam ao vício e das dificuldades em superá-lo. Além disso, este apoio é fundamental em casos de recaída, para que o paciente não desista de seu objetivo, e volte a fumar”, destaca Silvia Cury, gerente do núcleo de atendimento psicológico, que atua há mais de 36 anos na instituição.


Perfil dos pacientes

Segundo o levantamento, os fumantes acompanhados na instituição têm um grau alto de dificuldade para cessar o tabagismo. A grande maioria fuma menos de 10 cigarros ao dia, no entanto, a dependência psicológica aumenta a compulsão pelo ato de fumar. “Percebemos que há maior resistência nos fumantes de cinco cigarros diários do que os pacientes acostumados a consumir um maço, devido a dependência psicológica – e não química, pela nicotina”, explica Cury.

De acordo com a psicóloga, as mulheres têm mais recaídas, pois a ligação com o cigarro é mais emocional, quando comparada aos pacientes do sexo masculino.

Os homens estão entre a maioria que procuram o programa (55%) e a idade média dos pacientes é de 45 anos – a faixa de idade atendida varia entre os 35 e 55 anos.



Estudantes promovem campanha de doação de sangue para aumentar estoque de hemocentros durante a pandemia


Alunos do Colégio Marista Glória, localizado em São Paulo, realizam a Campanha #SangueMaristaGlória de 01 a 29 de julho   


Nos meses de julho habitualmente ocorrem reduções de até 50% nas doações aos bancos de sangue. Somando a insegurança gerada pela pandemia do novo coronavírus, os estoques estão ainda mais críticos. Mesmo com toda a divulgação de que as instituições estão com exemplares planos de organização, higienização e limpeza dos seus espaços, favorecendo uma doação segura, livre de contágio do Covid-19, os estoques estão criticamente baixos.

Em meio à pandemia, os hemocentros adotaram medidas específicas para garantir a segurança dos doadores. Entre elas, está o agendamento de horário para a doação de sangue, o que evita aglomerações. Salas de espera também foram adaptadas para aumentar a distância entre os doadores.
Como forma de incentivo à solidariedade para este ato que salva vidas, alunos do Colégio Marista Glória, localizado na Zona Central de São Paulo (SP), estão promovendo de 01 a 29 de julho a Campanha #SangueMaristaGlória.

A iniciativa é do Núcleo de Pastoral do Colégio e faz parte da programação do Festival Champagnat, um tradicional evento Marista, que promove atividades esportivas, culturais e sociais, com ênfase na fraternidade e na solidariedade, e tem a mecânica de uma gincana, contando pontos para as turmas que mais doarem.

Além dos alunos, voluntários de toda a sociedade podem participar doando sangue em qualquer instituição, apadrinhando uma turma e mandando para o Colégio Marista Glória a indicação da equipe escolhida e, o comprovante da doação e/ou fotos.  Esse contato deve ser feito pelo e-mail gloria-pastoral@colegiosmaristas.com.br


Para doar é preciso:
  • Estar em boas condições de saúde;
  • Ter entre 16 e 69 anos (menores, a partir dos 16 anos podem doar acompanhados de um dos pais ou responsável legal; maiores de 65 anos só podem doar se já doaram antes dos 60 anos);
  • Pesar mais de 50 kg;
  • Estar descansado (ter dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas);
  • Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa duas horas antes da doação);
  • Portar documento oficial com foto (obrigatório);

Alguns locais indicados para a doação:

  • Banco de Sangue de São Paulo
Unidade Paraíso (Nova Unidade Brigadeiro). Rua Tomás Carvalhal, 711 – Paraíso 
Atendimento: Segunda a sexta, das 08h às 17h, e sábado, das 08h às 16h. Contato: (11) 3373-2050 | (11) 3373-2000 
Estacionamento grátis durante a doação no Matsubara Hotel (Conveniado): R. Tomás Carvalhal, 480.

  • Unidade Hospital Edmundo Vasconcelos
Rua Borges Lagoa, 1450 – Vila Clementino 
Atendimento: Segunda a sábado, das 08h ao 12h. Contato: (11) 5080-4435 
Estacionamento grátis no local. 

  • Colsan Sociedade Beneficente Coleta Sangue
11 postos de coleta: www.colsan.org.br
Telefone: (11) 5055-1250.

  • Fundação Pró-Sangue – Hemocentro de São Paulo
Posto Clínicas: Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 155, 1º andar - Cerqueira César - São Paulo 
Posto Dante Pazzanese: Av. Dr. Dante Pazzanese, 500 - Ibirapuera - São Paulo. Telefone: 0800 55 0300 

  • Banco de Sangue Paulista
Unidade Central - Vila Nova Conceição: R. Dr. Alceu de Campos Rodrigues, 46 -  5º, 14º, e 15º Andares - Vila Nova Conceição.
Telefone: (11) 3048-8969 (tronco).

  • Instituto Hospital Oswaldo Cruz - banco de sangue hemoterapia 
Rua Treze de Maio, 1815 e Rua João Julião, 331. Paraiso - São Paulo – SP.
Telefone: (11) 3286-7372 





Rede Marista de Colégios (RMC)


Pedra nos rins: tempo seco é armadilha perigosa para sistema urinário


Nos meses de inverno a combinação de baixa umidade com temperaturas amenas podem mascarar a sede e comprometer o funcionamento do corpo


O tempo seco e as temperaturas mais amenas durante a noite e o período da manhã em Goiás esconde algumas armadilhas para a saúde. Com a umidade relativa do ar podendo chegar a cerca de 30%, segundo previsão do Climatempo para o dia 16 de junho, aumenta a necessidade de boa hidratação para não prejudicar o bom funcionamento do corpo e contribuir para o surgimento de doenças, como os cálculos renais, ou pedras nos rins. Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a incidência dos casos aumentam em cerca de 20% nas estações mais quentes dos anos. A formação de cálculos renais também é mais frequente em regiões mais quentes e secos, como Goiás.

Embora não seja possível controlar os fatores climáticos é importante saber que a falta de água suficiente no organismo favorece o surgimento de sérios problemas de saúde, como explica o médico urologista Fernando Leão. “O inverno no centro-oeste é ainda mais traiçoeiro porque, como faz frio durante uma boa parte do dia, temos a tendência de não beber tanta água porque não suamos tanto. Porém, é importante se hidratar bem durante o dia”, orienta Leão. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade do ar ideal compreende a faixa entre 50% e 80%, mas em Goiás, por pelo menos cinco meses do ano esse número fica abaixo do recomendado. Em 2019, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), registrou 8% no mês de setembro. 

Um problema causado pela falta de água no organismo é o cálculo renal, popularmente conhecido como pedra no rim. Os cálculos são formados pela concentração de minerais e sais ácidos nos rins. Inicialmente assintomáticos, os pacientes podem sentir dores quando as pedras começam a passar pelo ureter. Os sintomas mais comuns são dores lombares, sangue na urina, febre, náuseas e vômitos. “Em casos até mais graves, quando não se faz o tratamento adequado, o paciente pode perder a função renal e desenvolver infecção urinária grave. Para evitar o surgimento de cálculos renais, outra dica é importante a ingestão de alimentos saudáveis, como frutas, legumes e verduras, além de ingerir de 2 a 3 litros de água por dia”, explica Fernando Leão. 

O urologista reforça que a ingestão desses alimentos são importantes para a preservação e o bom funcionamento dos rins. Já a alimentação baseada em produtos processados ricos em sal e açúcar acabam sobrecarregando o órgão e seu consumo excessivo pode contribuir para o aparecimento dos cálculos. O médico lembra também, que mesmo com as temperaturas mais elevadas, o ar seco pode ser perigoso já que acelera a absorção do suor pelo ambiente e resseca a pele. 

A infecção urinária é outro problema comum causado pela falta de água no organismo. Causada por bactérias, sendo a Escherichia Coli a mais comum, acomete homens e mulheres. Os sintomas mais comuns são ardência ao urinar, vontade repentina de ir ao banheiro e incontinência urinária. Leão explica que é necessário criar o hábito de beber água, mesmo sem estar com sede. “Quando a sede chega é sinal que seu corpo já está desidratado”.


Cuidado com as dores gastroabdominais


Fortes dores gastroabdominais podem
ser sinal de doença que tem
agravamento rápido
Elas podem estar sinalizando para enfermidades como a apendicite, a diverticulite e a colecistite. Especialista alerta para a evolução rápida e risco de morte das três inflamações do abdômen


O que o apendicite, a diverticulite e a colecistite têm em comum? As três são inflamações agudas do abdômen que necessitam de intervenção cirúrgica rápida. Caso contrário, o rápido agravamento pode levar o paciente pode a óbito.  As três enfermidades também têm sintomas similares, como a dor abdominal, e com o advento da pandemia do novo coronavírus e consequente receio das pessoas de irem aos hospitais, tem aumentado o número de pacientes que procuram ajuda médica tardiamente.

Essa é a avaliação do  cirurgião gastro-robótico, Adilon Cardoso, em seu dia a dia profissional. “As inflamações do abdômen têm uma evolução relativamente rápida. Do início dos sintomas a seis ou 12 horas após, já há um agravamento significativo do paciente. Por regra, até 24 horas é preciso ter um diagnóstico definido e exigem intervenção cirúrgica rápida”, explica o médico, que é  membro Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica.

A apendicite, ou inflamação do apêndice, pode afetar 1 em cada 500 pessoas a cada ano, especialmente os jovens, segundo a literatura médica. Quando não retirado rapidamente, o apêndice  inflama e rompe. Com isso, a cavidade peritonial é contaminada com fezes podendo gerar infecção generalizada, ou septicemia, doença que matou 11 milhões de pessoas no mundo em 2017, segundo estudo publicado no periódico científico The Lancet. A complicação responde por 20% das mortes no planeta, segundo o estudo baseado em dados de 195 países.

O mesmo pode acontecer com episódios de colecistite, que é uma inflamação da vesícula biliar, um pequeno órgão digestivo abaixo do fígado. Com seu rompimento, a bile se espalha pela cavidade peritonial.  Já na diverticulite, o rompimento dos divertículos abrem espaço para as fezes atingirem os outro órgãos, assim como nos casos de apendicite. A enfermidade é uma evolução da diverticulose - uma doença causada pelo o acúmulo e retenção de uma pequena quantidade de fezes nos divertículos do intestino grosso.

Conforme o médico Adilon Cardoso, eles podem ocorrer em qualquer fase da vida, mas algumas têm incidência maior em determinadas faixas etária. “As doenças do tubo intestinal pode afetar pessoas de qualquer idade, ou seja, de criança a idosos. É claro que certas faixas etárias e perfis de pacientes têm suas especificidades e um problema pode afetar com maior ou menor frequência um determinado grupo de indivíduos. As mulheres jovens em idade fértil e com um quadro de excesso de peso, por exemplo, são mais propensas a apresentarem o quadro de colecistite; já a diverticulite é uma doença clássica de pacientes com mais de 50 anos e que já têm alguma outra doença diverticular; e a apendicite é mais comum na infância e entre adultos jovens”, esclarece.

O cirurgião gastro-robótico Adilon Cardoso orienta que o apendicite e a colestitite são imprevisíveis e não há  nada que o indivíduo possa fazer para diminuir as chances de sua ocorrência. Mas, no caso da diverticulite, é possível adotar uma rotina alimentar preventiva. “Se você já for portador de alguma doença diverticular e tiver uma dieta adequada, como o consumo regular de alimentos ricos em fibras, como frutas e verduras, você pode diminuir as chances de desenvolvê-la”, esclarece
.


Governo do Brasil entrega mais de 6,4 mil ventiladores pulmonares



O Ministério da Saúde já distribuiu 6.410 equipamentos para todos os estados e o Distrito Federal As entregas reforçam a assistência hospitalar no enfrentamento da pandemia



A saúde pública brasileira já conta com o reforço de 6.410 ventiladores pulmonares entregues pelo Governo do Brasil, por meio do Ministério da Saúde, para auxílio no atendimento aos pacientes com Covid-19. Os equipamentos foram entregues a todos os estados e o Distrito Federal. Somente entre os dias 22 e 29 de junho foram entregues 1.553 equipamentos. A compra e distribuição dos ventiladores pulmonares é parte do apoio estratégico do Governo do Brasil no atendimento aos estados.
Desse total, 3.477 são ventiladores de UTI e 2.933 de transporte, que também podem ser usados em unidades intensivas. Os equipamentos foram distribuídos da seguinte forma: Acre (150), Alagoas (135), Amapá (105), Amazonas (222), Bahia (306), Ceará (248), Distrito Federal (150), Espírito Santo (155), Goiás (276), Maranhão (241), Mato Grosso (150), Mato Grosso do Sul (100), Minas Gerais (389), Pará (406), Paraíba (245), Paraná (274), Pernambuco (135), Piauí (90), Rio de Janeiro (814), Rio Grande do Norte (177), Rio Grande do Sul (297), Rondônia (191), Roraima (125), Santa Catarina (73), São Paulo (766), Sergipe (120) e Tocantins (70).
A distribuição dos ventiladores pulmonares para os municípios e unidades de saúde é de responsabilidade de cada estado, conforme planejamento local. A pasta auxiliou ainda a assistência hospitalar militar, entregando 70 equipamentos ao Ministério da Defesa para o reforço das unidades de saúde das Forças Armadas.
“Estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance para atender as necessidades de todo o país. As entregas são realizadas baseadas nas demandas informadas pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). É preciso ficar claro que não adianta enviar ventilador pulmonar se não houver infraestrutura para sua instalação”, disse o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco.
As entregas levam em conta a capacidade de instalação do equipamento na rede de assistência em saúde pública, principalmente nos locais onde a transmissão está se dando em maior velocidade. A aquisição destes equipamentos é de responsabilidade dos estados e municípios. Mas, diante do cenário de emergência em saúde pública por conta da pandemia do coronavírus, o Ministério da Saúde utilizou o seu poder de compra em apoio irrestrito aos gestores locais do Sistema Único de Saúde (SUS).

CONTRATOS

O Ministério da Saúde assinou, até o momento, cinco contratos com empresas brasileiras para a produção de 16.252 ventiladores pulmonares, sendo: 6.500 com a Magnamed, no valor de R$ 322,5 milhões; 4.300 com a Intermed, no valor de R$ 258 milhões; 3.300 com a KTK, no valor de R$ 78 milhões; 1.202 com a empresa Leistung, no valor de R$ 72 milhões; e 950 com a WEG, no valor de R$ 57 milhões.
O esforço brasileiro na aquisição destes itens envolve mais de 15 instituições entre fabricantes processadores, instituições financeiras e empresas de alta tecnologia, entre outras. A distribuição dos equipamentos tem ocorrido conforme a capacidade de produção da indústria nacional, que depende de algumas peças que são importadas.

AÇÃO INTERMINISTERIAL 

Uma parceria entre o Ministério da Saúde e os ministérios da Economia e Ciência e Tecnologia, além da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), realizou um mapeamento do parque industrial nacional, quando foram identificadas as capacidades de cada setor para o fornecimento de ventiladores pulmonares. Nesse mapeamento, encontrou-se empresas que tinham escala pequena de produção, mas que tinham expertise e outras que poderiam contribuir para expandir as entregas em um menor espaço de tempo possível.
O projeto ainda envolve o Ministério das Relações Exteriores, para priorização de recebimento de peças, o Ministério da Justiça, para escoltas e segurança da distribuição de equipamentos e insumos, e o Ministério da Defesa, que fornece armazéns nas capitais para estoque de materiais e a logística de distribuição para o país, por meio da Força Aérea Brasileira (FAB), quando necessário.
No início da pandemia, o Brasil contava com 65.411 ventiladores pulmonares, sendo que 46.663 estavam disponíveis no SUS. Além da aquisição de ventiladores pulmonares, o Ministério da Saúde já habilitou mais de oito mil leitos de UTI em todo o Brasil para atendimento exclusivo a pacientes com coronavírus.


Silvia Pacheco
Agência Saúde


Aplicativo de jogos monitora a saúde de idosos em isolamento social na pandemia de COVID-19




 Programa desenvolvido por startup com apoio do PIPE-FAPESP, com o objetivo inicial de treinar as habilidades cognitivas e ajudar a melhorar o condicionamento físico, ganhará novas funcionalidades (foto: Pixabay)

Um aplicativo de jogos para idosos, desenvolvido com apoio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) com o objetivo de treinar as habilidades cognitivas, como memória e raciocínio, e de melhorar o condicionamento físico, ganhará uma nova funcionalidade. O programa será utilizado para monitorar a saúde dos usuários em isolamento social em razão da pandemia de COVID-19.
O projeto, conduzido pela empresa paulista ISGAME, em São Paulo, foi um dos seis primeiros selecionados em edital lançado pelo PIPE-FAPESP em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), para apoiar o desenvolvimento de produtos, serviços ou processos criados por startups e pequenas empresas de base tecnológica no Estado de São Paulo, voltados ao combate da COVID-19.

“A ideia é que por meio de uma pulseira ou de um relógio conectados ao aplicativo seja possível registrar os batimentos cardíacos e o número de passos dados em casa pelo usuário, por exemplo”, diz Fabio Ota, pesquisador responsável pelo projeto.
De acordo com Ota, a partir do histórico de dados de saúde do usuário, o aplicativo, batizado de “Cérebro Ativo”, vai gerar um relatório que poderá ser enviado, por exemplo, a um médico ou a familiares do idoso que estiver em confinamento social.
O perfil de cada usuário será analisado por meio de inteligência artificial para monitorar eventuais alterações de comportamento. Todos os processos do aplicativo serão baseados em conceitos do modelo biopsicossocial – que estuda a causa ou o progresso de doenças utilizando fatores biológicos, psicológicos e sociais.
“Todas as informações coletadas vão seguir o que está estabelecido na Lei Geral de Proteção de Dados”, ressalta Ota.
Segundo o pesquisador, um dos principais objetivos dos novos módulos do aplicativo será o de ampliar o relacionamento dos idosos confinados por meio de jogo com amigos e familiares.
O game “Árvore Genealógica”, por exemplo, busca aumentar as conexões sociais do idoso ao criar uma árvore com os membros da família e adicionar informações sobre o histórico de saúde de cada uma das pessoas adicionadas.
O jogo também fará com que o usuário do aplicativo responda a perguntas que produzirão uma autoavaliação de sua saúde, além de registrar dados sobre energia/disposição, ansiedade, irritação, depressão e tristeza.
As perguntas serão escolhidas por ferramentas artificiais embarcadas no game. No tópico da depressão, por exemplo, poderão surgir questões como “Ao acordar hoje, você se sentiu deprimido (a) ou triste?”, “Durante a tarde, você se sentiu deprimido (a) ou triste?”, “Ao final do dia, você se sentiu deprimido (a) ou triste?”, “No decorrer do dia de hoje, você se sentiu deprimido (a) ou triste?”. O jogo, neste caso, oferece cinco alternativas de respostas, que vão de “nem um pouco” até “extremamente” deprimido ou triste.
Além do formato de respostas em escala Likert – de itens com descrições verbais que contemplam extremos –, as respostas específicas para cada questão poderão ser apresentadas por meio de uma escala visual de 0 a 10, em que 0 representa o pior estado imaginável e 10 o melhor estado possível.
Bateria de testes
Antes de entrar na fase comercial, o aplicativo “Cérebro Ativo” será testado por 80 idosos que fizeram parte dos testes nas outras fases de desenvolvimento do aplicativo (leia mais em pesquisaparainovacao.fapesp.br/312).
Para conseguir uma penetração maior, em diferentes faixas de renda, o game será disponibilizado para ser baixado em telefones celulares. A empresa também está tentando fechar parcerias para que as pulseiras ou relógios que serão utilizados no processo de monitoramento dos indicadores de saúde tenham baixo custo.
“Vamos fazer os testes com os idosos que temos cadastrados e tentar disponibilizar o produto em escala comercial no segundo semestre”, afirma Ota.
Pelo plano de negócios da empresa, o aplicativo será gratuito. Neste caso, o usuário vai ter acesso a um número limitado de funcionalidades.
Para ter acesso ao monitoramento dos dados de saúde e aos módulos mais complexos, como os que estimulam a interação social entre as pessoas de forma remota, será cobrada uma assinatura mensal.


Eduardo Geraque
Agência FAPESP 

Plano de saúde não pode negar tratamento prescrito por médico e deve cobrir teste de Covid



A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) é firme no sentido de que é o médico ou o profissional habilitado – e não o plano de saúde – quem estabelece, na busca da cura, a orientação terapêutica a ser dada ao usuário acometido de doença coberta. Usualmente, os planos de saúde limitam, de forma significativa, o tratamento a ser aplicado ao paciente, sob alegação de exclusão de cobertura via contrato, tornando a conduta totalmente abusiva.

Segundo o entendimento jurisprudencial, a limitação ou a própria negativa de tratamento indicado pelo médico fere a razoabilidade e desrespeita as peculiaridade de cada paciente. Ademais, no Recurso Especial 1053810/SP, a relatora ministra Nancy Andrighi, da terceira turma do STJ, firmou o entendimento de que somente o médico que acompanha o caso é dado estabelecer o tratamento adequado para alcançar a cura ou amenizar os efeitos da enfermidade que acometeu o paciente; a seguradora não está habilitada, tampouco autorizada a limitar as alternativas possíveis para o restabelecimento da saúde do segurado, sob pena de colocar em risco a saúde do consumidor.

As decisões reiteradas da Justiça e a tese firmada na Corte Superior solidificaram que, tecnicamente, o médico especialista que acompanha todo o histórico do paciente, tem a capacidade técnica e profissional de indicar o tratamento mais adequado, não cabendo ao plano de saúde interferir de forma arbitrária no tratamento feito entre médico e paciente.

Neste sentido, caso o plano de saúde, negue ou limite o tratamento do paciente, sob justificativa de exclusão do contrato, tal conduta mediante o entendimento da jurisprudência fere os princípios constitucionais, especialmente o direito à saúde em detrimento do lucro excessivo por parte das operadoras e seguradoras de plano de saúde. Especialmente em tempos de crise sanitária e pandemia. Inclusive, a Agência Nacional da Saúde Suplementar (ANS) garantiu no último dia 29 de junho a inclusão do teste sorológico para o novo coronavírus (Covid-19) na lista de coberturas obrigatórias dos planos de saúde. A agência resolveu incluir o teste no rol obrigatório, após uma decisão judicial.

Portanto, a jurisprudência do STJ tem sido fundamental para diminuir a judicialização da saúde e também para agilizar qualquer demanda de urgência nos tribunais brasileiros.





José Santana Júnior - advogado especialista em Direito Médico e sócio do escritório Mariano Santana Sociedade de Advogados
 

A intercooperação como força econômica no Brasil pós-pandemia



O Paraná possui o cooperativismo mais organizado e desenvolvido do país, sendo exemplo para várias outras regiões. São 13 ramos ou setores que incluem cooperativas de crédito, saúde, trabalho, habitação, educação, mineração, consumo, produção, infraestrutura, turismo e lazer, transporte e setores especiais, organizadas sob o guarda-chuva da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).

Além desses, o estado também conta com um sistema de intercooperação pioneiro, encabeçado pela Unium, marca institucional das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, todas do Paraná. Esse modelo, que já demonstrava bons resultados, teve sua força evidenciada durante a crise da Covid-19. Atualmente, a Unium figura entre as maiores produtoras de leite do Brasil, na 3ª posição. O levantamento divulgado pela Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Leite Brasil), referente a 2019, aponta que a instituição produziu 1,25 bilhão de litros de leite, com 9,5% de crescimento na produção se comparada a 2018, quando foram acumulados 1,14 bilhão recolhidos junto aos seus produtores. Atualmente, são produzidos em torno de 2,2 milhões de litros/mês com uma média aproximada de 1.700 litros/produtor/dia. 

Com os resultados recentes em diversos setores, mostra-se que foi uma decisão acertada e que tende a crescer no mercado. Especialmente no cenário de pós-pandemia, no qual devem ser reforçados conceitos como colaboração, crescimento sustentável e economia compartilhada. Dentro desse formato, não se trata de uma fusão ou nova cooperativa, mas sim uma marca guarda-chuva, que tem abaixo de si as marcas de produtos das três cooperativas, que deixam de utilizar suas marcas de fabricante. Mas não foi somente uma questão da gestão das marcas de dezenas de produtos, que vão desde feijão, leite, até cerveja e carnes e alimentos processados, mas inclui também um complexo modelo de gestão de negócios, produção e logística.

O modelo se baseia na liderança de cada uma das três integrantes em negócios específicos, em que a cooperativa líder já possui estrutura ou expertise mais desenvolvida, porém, mantendo suas identidades organizacionais e jurídicas. Esse formato busca otimizar as plantas industriais das cooperativas e evitar investimentos duplicados ou concorrência desnecessária entre elas. Embora a operação seja de responsabilidade daquela cooperativa que assume a liderança, as decisões são tomadas em comum acordo com as três cooperativas, por meio de comitês gestores. As participações são proporcionais em cada unidade compartilhada.

Os investimentos também passaram a ter um modelo próprio, nos quais a cooperativa entra com 60% e o cooperado com 40% com participação nos resultados garantida. Ou seja, o cooperado tem a oportunidade de agregar valor a sua produção de forma direta, por meio da unidade de negócios na qual ele investiu. Este processo, que se iniciou em 2010, resultou em um modelo que hoje envolve 5 mil famílias cooperadas; 3,4 milhões de litros de leite processados por dia; 115 mil toneladas de grãos moídos por dia; 3,2 mil suínos abatidos por dia e 1,8 mil toneladas de carne industrializada por mês.

Por fim, em meio à uma pandemia mundial, a sociedade identificou a importância da cooperação para o bem-estar da população e desenvolvimento em conjunto, valores que já faziam parte da rotina de instituições cooperativas há mais de um século e que, a partir de agora, devem manter-se na rotina de cada um de nós. 





Cracios Clinton Consul - Gerente de Marketing da Unium


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