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terça-feira, 25 de junho de 2019

Mesmo em queda, saldo da balança comercial do agronegócio contribui para equilibrar as contas paulistas


Nos primeiros cinco meses de 2019, as exportações do Estado de São Paulo somaram US$ 20,02 bilhões (21,6% do total nacional) e as importações US$ 24,62 bilhões (34,8% do total nacional), registrando déficit comercial de US$ 4,60 bilhões, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA). No mesmo período, o agronegócio apresentou exportaç ões US$ 5,83 bilhões (-17,5%) e importações de US$2,08 bilhões (-3.7%), registrando dessa forma superávit de US$ 3,75 bilhões (-23,6%), em relação a 2018.
Os cinco principais grupos nas exportaç ões do agronegócio paulista foram: complexo sucroalcooleiro (US$ 1,4 bilhão, sendo que desse total o açúcar representou 83,4% e o álcool 16,6%), complexo soja (US$ 826,85 milhões), carnes (US$ 755,00 milhões), produtos florestais (US$ 744,49 milhões) e sucos (US$ 634,79 milhões, dos quais 96,9% referentes a sucos de laranja). Esses cinco agregados representaram 74,9% das vendas externas setoriais paulistas, afirmam Carlos Nabil Ghobril, José Alberto Angelo e Marli Dias Mascarenhas de Oliveira, pesquisadores do IEA, ressaltando que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho do agronegócio estadual.


Balança Comercial do Brasil

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 22,11 bilhões nos primeiros cinco meses de 2019, com exportações de US$ 92,85 bilhões e importações de US$ 70,74 bilhões. Na análise setorial, as exportações do agronegócio apresentaram pequena redução (-1,2%), em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando US$ 39,82 bilh ões (42,9% do total nacional). Já as importações se mantiveram praticamente estáveis (-0,3%), registrando US$ 5,97 bilhões (8,4% do total nacional). O superávit do agronegócio foi de US$ 33,85 bilhões, sendo 1,4% inferior na comparação com o mesmo período de 2018.

Os cinco principais grupos nas exportaç ões do agronegócio brasileiro foram: complexo soja (US$ 15,98 bilhões), produtos florestais (US$ 6,15 bilhões, carnes (US$ 6,10 bilhões), café (US$2,20 bilhões) e complexo sucroalcooleiro (US$ 2,14 bilhões, dos quais 87,6% de açúcar). Esses cinco grupos agregados representaram 80,8% das vendas externas setoriais brasileiras.

Para ler o artigo na íntegra e consultar as tabelas e gráficos com informações sobre os 25 produtos que compõem a pauta de exportações, clique aqui.




Nara Guimarães

Incêndios: destruição de vidas e patrimônio. Até quando?


Vivenciamos um momento conturbado na sociedade onde valores são reconhecidos somente após terem sido perdidos. É o caso do incêndio que atingiu o galpão das Casas André Luiz, na região da zona leste em São Paulo, onde foram perdidos diversos móveis, itens e objetos doados para gerar renda à instituição de caráter filantrópico que, desde 1949, atende gratuitamente deficientes intelectuais e pessoas que sofreram danos irrecuperáveis.

As perdas causadas pelo incêndio, aniquilam a esperança e todo o possível capital que seria destinado à Unidade de Longa Permanência (U.L.P.), ou seja, o espaço principal que atende cerca de 2mil pacientes, sendo 600 deles residentes que necessitam e muito do trabalho da entidade para terem um mínimo de qualidade de vida. Este fato ocorrido é uma amostra do ciclo de danos e nos dá a dimensão exata da destruição que um incêndio pode causar, pois extingue a esperança, a renda, o patrimônio de pessoas e familiares e quando muito pior, a própria vida.

O que chamo a atenção, aqui nesta leitura, é para a reflexão de que, mesmo depois das recentes melhorias tecnológicas e evolução nas exigências para solicitação de um Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), ainda assim, por falta de fiscalização, acompanhamento técnico, elaboração de projetos e conscientização não investimos verdadeiramente na precaução e sistema inteligente de prevenção e combate a possíveis incêndios. É de senso comum que a precaução e prevenção torna-se mais econômica do que a reconstrução do que foi perdido, pois vidas e histórias não podem ser substituídas.

O Corpo de Bombeiros que trabalha provendo proteção e resposta imediata a emergências de incêndio, salvamento e resgate é um exemplo de que, felizmente, existem muitos profissionais comprometidos trabalhando para mudar essa realidade em nosso país. Mas, ao invés de ter esse trabalho árduo com o fogo e fumaça tóxica já em situação crítica, quais as medidas precisamos adotar para que não ocorra acidentes que provoquem tantos danos?

Nos projetos elaborados é possível estabelecer sistemas eficazes de prevenção e combate a incêndios, como o uso chuveiros automáticos, popularmente conhecidos como sprinklers, saídas de emergências devidamente sinalizadas, extintores portáteis e hidrantes bem dimensionados, sistema de Porta Corta Fogo (PCF), isolantes térmicos e materiais que não propagam chamas. Todos, em conjunto, têm o intuito de reduzir prejuízos ao patrimônio, preservar vidas e reduzir as chamadas de emergência do Corpo de Bombeiros.

Precisamos falar mais sobre prevenção de incêndio como um aliado nas construções. Afinal, a instalação desses sistemas apresenta um investimento, cujo valor é baixo se comparado com a proteção eficaz que oferece. Porém antes de tudo isso, é preciso parar a discussão sobre o que é mais importante preservar, se a vida ou patrimônio? Porque, obviamente, preservar a vida é fundamental, porém, na medida em que preservamos o patrimônio com sistemas eficazes como o uso de sprinklers, por exemplo, vamos diminuir a geração da fumaça tóxica que, de forma geral, é responsável por causar a morte das pessoas. Então, a conclusão é que se preservarmos o patrimônio, estaremos sim salvando vidas. E fim de discussão.





Felipe Melo - presidente da ABSpk, Associação Brasileira de Sprinklers, fundada no início de 2011, para promover a discussão, bem como implementar ações, no intuito de que todo sistema de sprinkler, projetado, instalado e mantido, no Brasil, seja tratado de maneira técnica, profissional e ética. É Engenheiro Eletricista formado pela FEI. Atua há mais de 10 anos em empresas dedicadas a sistemas de proteção contra incêndio.

DIREITOS SEM DEVERES!


       Mas o problema é exatamente esse! É aí que tudo começa.
        Zero Hora do último fim de semana (22/06) traz, na página de opinião, um confronto de pontos de vista sobre a internação involuntária de dependentes químicos. De um lado, um psiquiatra que integra o Conselho Nacional de Dependência Química da Associação Brasileira de Psiquiatria; de outro, a presidente do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul.  O psiquiatra é favorável à internação involuntária na forma do PLC 37/2013; a psicóloga, contra. Chamou-me atenção o que ela afirma. Textualmente: “O tensionamento se dá, em primeiro plano, ao direito da pessoa de não ser submetida a algo que não deseja nem autoriza.” E, mais adiante: “Não há uma epidemia de drogas, mas uma narrativa que se coloca a serviço de interesses diversos, que envolve um projeto de encolhimento do Estado”.
        Ou seja, segundo o artigo da psicóloga presidente, tirante o abandono do setor de saúde, presumivelmente decorrente de uma concepção liberal que envolve redução do tamanho e peso do Estado, parece não haver maiores problemas. Epidemia de drogas é uma narrativa e é preciso respeitar o direito da pessoa de não ser submetida a algo que não deseja nem autoriza...
        Repito: o problema é exatamente esse! É aí que tudo começa, inclusive a drogadição. Nessa linha de raciocínio, em que não vejo prumo nem norte, o indivíduo tem o direito de comprar a droga, de se drogar, de vender as tábuas da parede da casa de seus pais, de desgraçar a vida dos que com ele convivem, de fazer com que todos à sua volta adoeçam e de não ser contido e tratado a contragosto. É o perigosíssimo discurso dos direitos sem deveres. Quando ele se reproduz na sociedade, está sendo organizada a estrutura psicossocial de uma vida em comum que será mistura de sanatório geral e presídio central.
        Não pode haver direitos sem deveres, sendo que aqueles vêm depois destes. Não pode haver liberdade sem responsabilidade, sendo que aquela vem depois desta.
        Quando o ser humano não é educado em família, ou pelo círculo de convivência, ou ainda pelo rigor da lei, a dizer não a seus desejos e pulsões, favorece-se o caminho para o transtorno de personalidade antissocial. Tratar de dependência química passando ao largo dessa evidência, ou, mais grave ainda, afirmando o direito de não ser a pessoa submetida a algo que não deseja nem autoriza (como se estivéssemos tratando de uma dieta de legumes), simplesmente não tem cabimento.




Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.



Empresário, fique atento à obrigatoriedade da NFC-e


Os contribuintes varejistas deverão, a partir de 1º de outubro de 2019, na maioria dos Estados, substituir o Equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF) pela Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e). Em todo o Brasil, 19 Estados já aderiram à NFC-e e seguem a fase de implantação. Os equipamentos ECF podem ser utilizados até 30 de setembro próximo ou até o esgotamento da memória fiscal, o que ocorrer primeiro, nas operações de venda ou revenda em que os adquirentes ou os tomadores sejam pessoas físicas ou jurídicas não contribuintes do ICMS.
A NFC-e é um documento eletrônico, exatamente como a nota fiscal eletrônica convencional, que foi implantada a partir da Certificação Digital em 2006. Faz parte do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), que é o sistema criado pelo governo federal para o recebimento de informações fiscais e contábeis das empresas. A NFC-e substituirá as Notas Fiscais de Venda a Consumidor, modelo 2 e uso do Equipamento Emissor de Cupom Fiscal.
“A novidade tem por objetivo facilitar a fiscalização e o controle das vendas de varejistas para consumidores de forma totalmente eletrônica”, explica Maurício Balassiano, diretor de Certificação Digital da Serasa Experian. Apenas um Estado ainda não implantou a NFC-e, Santa Catarina (SC), que somente a partir de 2020 começara com seu calendário para a emissão de nota fiscal eletrônica do consumidor.

Serasa Experian
www.serasaexperian.com.br

R$ 6 bi em impostos, empregos formais e vício: os desafios da legalização dos jogos de azar no Brasil


Apesar de ser proibido no Brasil há 77 anos, 20 milhões de brasileiros apostam diariamente no jogo do bicho

Ainda que seja proibido no Brasil, os jogos de azar nunca deixaram de fazer parte da rotina dos brasileiros. Um estudo de 2018 do Portal BNLData, em parceria com o Instituto Brasileiro Jogo Legal, indica que as apostas ilegais movimentam, anualmente, cerca de R$ 20 bilhões.

A maior fatia vem do jogo do bicho (R$ 12 bi), seguido por bingos (R$ 1,3 bi), caça-níqueis (R$ 3,6 bi) e apostas esportivas e jogos pela internet (R$ 3 bi). Apesar de ser proibido desde a década de 40 no Brasil, a estimativa é que 20 milhões de brasileiros apostam diariamente no jogo do bicho e mais de 10 milhões em jogos pela internet.

O assunto volta à pauta do Congresso Nacional, que pode aprovar ainda este ano a criação do Marco Regulatório dos Jogos no Brasil, através do substitutivo ao PL 442/91, na Câmara dos Deputados, e o PLS 186/14, no Senado Federal. As duas propostas estão prontas para votação no Plenário das duas Casas Legislativas.

“O jogo está proibido no Brasil há 77 anos. Se a gente tributasse os R$ 20 bilhões que hoje nós temos em arrecadação com o jogo clandestino, nós estaríamos falando em algo de R$ 6 bilhões por ano (de impostos). Se a gente multiplicasse R$ 6 bilhões por 77, a gente chegaria em uma conta tão absurda, mas que vale a pena fazer, que é algo em torno de R$ 462 bilhões, recursos estes que seriam para os cofres públicos", estima o presidente do Instituto Brasileiro Jogo Legal, Magno José.


O levantamento do instituto calcula que a legalização dos jogos de azar no Brasil geraria 658 mil empregos diretos e 619 mil empregos indiretos por meio da cadeia produtiva. Mais da metade dessas vagas formais de emprego (450 mil) viriam do jogo do bicho.

Apesar do ganho econômico e social, o aspecto da saúde deve ser levado em conta. Segundo a especialista em transtornos de impulso, Suely Sales Guimarães, a regulamentação desses estabelecimentos aumentaria, naturalmente, o número de pessoas viciadas.

“Esse envolvimento com a atividade de jogo, em princípio, acontece em um contexto prazeroso. Acontece que, ao longo do tempo, essa atividade torna-se uma atividade adictiva (de recuperação de dependências). É semelhante a adicção ao álcool, à cocaína, à heroína, a qualquer droga química. Então, isso seria uma adicção comportamental, não química. E a pessoa pode desenvolver o transtorno do jogo patológico", alerta Suely.


"Emprego e renda"

O tema, que gera polêmica e divide opiniões, chegou a ser discutido no Congresso Nacional. De acordo com o senador Ciro Nogueira (PP-PI), autor de um projeto de lei que propõe a regulamentação da atividade, se os jogos de azar fossem liberados, poderiam trazer diversos benefícios para a população, como a geração de empregos e arrecadação de impostos.

“Hoje o Brasil é um dos países que mais se aposta no mundo. A sociedade, que poderia estar recebendo os frutos do lado bom do jogo, que é justamente a questão de emprego e renda, a questão dos impostos que eles podem gerar para a economia, a sociedade não recebe. Porque hoje quem se beneficia do jogo no Brasil são as pessoas que atuam na marginalidade. São pessoas que sonegam impostos, pagam a proteção policial, então nós temos um dos países que mais se joga no mundo e a população não recebe os benefícios do jogo como deveria acontecer", avalia o parlamentar.

A ligação dos jogos de azar com política, poder e dinheiro em grande escala preocupa especialistas. Para o advogado Bruno Andrade, é preciso lembrar "do outro lado da moeda", principalmente crimes ocultos que deveriam ser combatidos.

“O artigo 50 da Lei de Contravenções Penais traz também o jogo do bicho como sendo jogo de azar. Ele, pela lei nova 13.155/2015, institui penalidade de R$ 2 mil a R$ 200 mil. O recurso extraordinário 966.177 chegou a combater isso no STF. Porém, a gente não acha um retrocesso, uma vez que tem outros crimes atrelados ao jogo do bicho, como homicídios, organização criminosa e deve ser combatido. Essa é a tendência constitucional da lei", analisa o especialista.
O consultor do Senado Federal Carlos Jacques recorda que chegou a se cogitar uma expansão regionalizada de jogos de azar como forma de estimular a economia de determinadas áreas turísticas do país, algo semelhante ao que ocorreu em Las Vegas - a cidade americana era um deserto e se tornou um centro mundial de cassinos, visitada por milhões de apostadores todos os anos.

“Houve uma tentativa frustrada, em 2017, no final do ano, de se autorizar o sistema de cassino em complexos hoteleiros mais avantajados e com preferência para polos regionais, ou seja, os cassinos não seriam abertos nas grandes capitais, nas cidades que já tem um turismo consolidado. Os cassinos seriam abertos em cidades turísticas, mas cujo o turismo ainda não está consolidado", lembra.

Junto a isso, vieram as discussões sobre bingos e jogos online. Segundo o consultor do Senado, 19 dos 21 parlamentares votaram contra o projeto de lei, de autoria do senador Ciro Nogueira, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Casa.

Se no Senado o tema é visto como algo negativo, na Câmara o entendimento é outro. Pelo menos é o que indica um levantamento do Paraná Pesquisas, que revela que 52,1% dos deputados federais são favoráveis à legalização dos jogos de azar, como cassinos, jogo do bicho, bingos, videojogo e jogo online.

O Paraná Pesquisas consultou 238 deputados federais por meio de entrevistas pessoais ou telefônicas entre os dias 27 e 31 de maio deste ano. Os parlamentares foram questionados se foram a "favor ou contra a legalização de TODOS os jogos de azar no Brasil, ou seja, a legalização de cassinos, jogo do bicho, casas de bingo, vídeo jogo e jogo online”.

A pesquisa mostra ainda que 54,9% dos deputados do Sudeste são favoráveis à regulamentação, seguidos por parlamentares do Nordeste (53,8%), do Sul, (50%), e do Norte/Centro-Oeste (46,9%).


Origem do jogo do bicho

O presidente do Instituto Brasileiro Jogo Legal, Magno José, relata que o jogo do bicho é o precursor dos jogos de azar no país - foi criado em 1892, no Rio de Janeiro e funcionava de uma forma bem diferente do que hoje em dia.
“Consistia em colocar a imagem de um animal em um poste, dentro de uma caixa. Essa caixa subia no poste, e, lá em cima, às cinco horas da tarde, descia a caixa para ver qual era o bicho que tinha sido escolhido. Inicialmente era uma promoção do Zoológico, trocava-se por ingresso, depois começou-se a pagar o prêmio em dinheiro, depois foi ser comercializado na rua – e aí surge a figura do bicheiro”, descreve.

Segundo José, foi em 1941 que um decreto no governo de Getúlio Vargas proibiu o jogo do bicho. No entanto, ele afirma que os cassinos continuaram tendo permissão para funcionar - na mesma época em que foi criada a Lei de Contravenções Penais, vigente até hoje.

Os cassinos foram proibidos cinco anos depois pelo então presidente Eurico Gaspar Dutra, sob argumentação de “abusos à moral e aos bons costumes”. O decreto lei nº 9 215 é de 30 de abril de 1946.






segunda-feira, 24 de junho de 2019

Boa Vista dá dicas para entreter crianças com economia nas férias escolares


Com os filhos em casa, gastos com lazer e entretenimento devem ser planejados para não comprometer o orçamento das famílias


As férias escolares do meio do ano são uma boa oportunidade para tirar as crianças da rotina. É possível fazer muitas coisas gastando pouco dinheiro, como atividades ao ar livre, passeios culturais, atividades em casa e muitas outras coisas que elas não fazem no período escolar.

E com a proximidade das férias, a Boa Vista tem algumas dicas para o consumidor planejar o que fazer com as crianças, aproveitando este momento para também ensinar algumas lições sobre educação financeira.


Revezamento de pais

Como nem sempre os pais entram em férias com as crianças, uma estratégia é conversar com os de outras crianças e fazer revezamento para as atividades. Assim se economiza combustível ou o valor do transporte, além de evitar que os pais tenham de perder um dia ou mais de trabalho para ficar com as crianças.


Artes manuais

Os pais podem estipular um dia das férias para que as crianças possam fazer artes manuais, estimulando a criatividade dos filhos sem precisar gastar muito. Basta disponibilizar materiais como papel, lápis de cor, giz de cera e deixar a criança criar.


Matinês de cinema

Nas matinês, nos cinemas, os valores dos ingressos são mais baratos. O consumidor deve verificar se o cartão de crédito oferece descontos na compra do ingresso. Os pais podem levar a pipoca e o refrigerante de casa, que custará bem menos. Lembrando que os cinemas não podem impedir ninguém de entrar com alimentos.

Já se os pais não tiverem condições de levar as crianças ao cinema sem comprometer o orçamento, uma boa solução é escolher um filme com os pequenos e reunir a família para assistir em casa. Assim, se economiza o valor das entradas e da alimentação, além de fortalecer a união entre pais e filhos.


Momento na cozinha e piquenique

Levar os pequenos para a cozinha e, juntos, preparar um cardápio para o lanche é uma ótima forma de entretê-los e, ao mesmo tempo, ensiná-los lições de economia doméstica e o valor dos alimentos.

Um piquenique ao ar livre também é uma boa dica, sempre colocando as crianças para ajudar no preparo do lanche.


Passeios sociais e roteiro cultural

Um bom programa é levar os pequenos para visitar locais que nunca estão em sua programação de passeios. Exemplos: ONGs que trabalham com animais. Eles podem passar um dia divertido e ainda aprender muito sobre abandono dos bichos.

Já atrações culturais em shoppings, teatros infantis e atividades em bibliotecas públicas com preços acessíveis são ótimas opções de roteiro cultural. Museus, parques e zoológicos também são atividades educativas e que não pesam muito no bolso.

O valor que poderá ser gasto para comprar comidas e bebidas nessas atividades pode ser combinado anteriormente com as crianças, sempre explicando a elas a importância da economia e o valor dos alimentos. Se não houver como comer fora sem comprometer o orçamento, novamente a solução é levar o lanche de casa.


Viagem de fim de semana

Pedir emprestado a algum amigo ou familiar a chácara ou casa na praia ou na serra e passar um fim de semana lá com os pequenos é uma ótima saída para viajar com economia, sem gastar com hospedagem e alimentação, levando os alimentos para as refeições. Se for necessário comer fora, boa parte dos restaurantes têm menu kids (pratos para crianças), com preços bem mais acessíveis.


Lições nas férias

As férias escolares também são uma ótima oportunidade para ensinar valores de educação financeira às crianças. Explicando os custos de cada atividade, o impacto que eles têm no orçamento doméstico e a realidade financeira da família, as crianças começam a aprender a importância de economizar dinheiro desde pequenas e se tornam aliados dos pais no planejamento das finanças.

Para ajudar as famílias a transmitirem esses valores às crianças, a Boa Vista disponibiliza, em seu portal Consumidor Positivo, uma cartilha de educação financeira infantil, com atividades e ensinamentos lúdicos que ensinam aos pequenos a importância de poupar. Para os pais e demais consumidores, o site também oferece uma cartilha de orçamento doméstico e uma planilha para fazer o controle das despesas e rendas do mês.





Boa Vista


Exercite seu cérebro nas férias



Segundo a ciência, o período de férias é benéfico para os neurônios. Porém, podemos manter o cérebro ativo de maneira divertida e relaxante com neuróbicas


A correria do cotidiano, o trabalho, o estudo, a casa, os filhos… O cérebro é submetido diariamente a múltiplas tarefas que exigem muitos esforços. Por esta razão, é importante parar para recarregar as energias. Você sabe por quê? A notícia é boa: a ciência explica e alivia quem sente culpa ao descansar…

“Pensar cansa”, diz a neurocientista Suzana Herculano Houzel. “O aspecto curioso do cansaço do cérebro é que ele é específico para aquelas partes que estavam trabalhando intensamente de fato.”, declara.

Por isso, tirar férias e descansar os neurônios é tão importante. Neurocientistas descobriram que a atividade cerebral se reorganiza completamente durante este período. As áreas ativadas no cérebro quando estamos descansando são diferentes das áreas ativadas quando estamos trabalhando ou realizando tarefas do cotidiano.


Atividades estimulantes para o cérebro nas férias

Ainda assim, é possível manter a saúde do cérebro durante o período de descanso com atividades prazerosas e relaxantes. Os exercícios para o cérebro são essenciais para manter as habilidades cognitivas e as conexões neurais ativas; estimulando o bom desempenho da memória, atenção, raciocínio lógico; deixando as pessoas prontas para enfrentar os desafios que virão no próximo semestre. E claro, de maneira prazerosa, voltada para toda a família!

Com a ginástica cerebral, as crianças voltam para as aulas mais atentas; jovens terão mais resultados em estudos para provas e vestibulares, adultos voltam com mais performance no ambiente profissional e os idosos garantem bem-estar e disposição.

Veja abaixo as dicas de Solange Jacob, Diretora Acadêmica do Método SUPERA, uma rede de academias de ginástica para o cérebro no Brasil:


Jogos – Essa dica vale tanto para as crianças quanto para os adultos! Jogos de raciocínio são estimulantes como o sudoku, que desenvolve o raciocínio, o Tangram, que estimula a percepção viso-espacial e jogos de tabuleiro, que promovem a interação entre os participantes, estimulam a memória e visão para novas estratégias. Nas salas de aula do Método SUPERA, a prática de jogos educativos estimula as habilidades cognitivas e socioemocionais dos alunos de todas as idades.


Dança – A atividade traz inúmeros benefícios para o cérebro, principalmente para os idosos. De acordo com estudos, dançar tem o efeito de frear ou até mesmo reverter o declínio das capacidades físicas e mentais naturais da idade.


Alimentação – Durante o período de descanso do trabalho e estudos, temos mais tempo livre. Por que não aproveitar esse tempo para se alimentar melhor? Tomar um bom café da manhã, por exemplo, é essencial para o bom funcionamento do cérebro. Você pode incluir ovos, grãos, oleaginosas e frutas que ajudam a diminuir o declínio cognitivo com a idade e mantêm a saúde do cérebro em dia.


Neuróbicas – Essas atividades fazem parte das aulas de ginástica para o cérebro do Método SUPERA e funcionam como “aeróbica para os neurônios”. Elas consistem em tirar o cérebro da zona de conforto, fazendo as tarefas comuns do cotidiano de um jeito diferente. Isso faz com que os neurônios tenham que encontrar outro caminho para realizar a mesma atividade. “As neuróbicas estimulam padrões de atividade neurais que criam conexões entre as diferentes áreas do cérebro e fazem com que as células nervosas produzam nutrientes naturais do cérebro”, explica Solange Jacob, especialista em ginástica cerebral do Método SUPERA.

Conheça algumas neuróbicas que podem ser feitas em casa, que podem proporcionar momentos descontraídos em família durante as férias:
  • Ande pela casa de trás para frente
  • Vista-se de olhos fechados;
  • Tome banho no escuro ou inverta a ordem;
  • Veja fotos de cabeça para baixo e tente observar cada detalhe
  • Veja as horas num espelho; use o relógio de pulso no braço direito (ou no braço esquerdo, se for canhoto)
  • Decore uma palavra nova de outro idioma por dia
  • Quando for a um restaurante, tente identificar os ingredientes que compõem o prato que escolheu
  • Faça um novo caminho para um passeio ou introduza pequenas mudanças nos seus hábitos cotidianos
  • Monte um quebra-cabeça e tente encaixar as peças corretas o mais rapidamente que conseguir, cronometrando o tempo.
  • Experimente memorizar aquilo que precisa comprar no supermercado ao invés de elaborar uma lista.
  • Ouça as notícias na rádio ou na televisão quando acordar. Durante o dia, escreva os pontos principais de que se lembrar.[
  • Ao ler uma palavra, pense em outras cinco que comecem com a mesma letra.
Escove os dentes ou escreva em uma folha de papel com a mão contrária da de costume.

Como preparar nossas crianças para os empregos do futuro?



Ouvimos muito falar nos "empregos do futuro", no fato de que as crianças estudam hoje para desempenhar funções que nem existem ainda e que a escola tem que "prever" competências para os alunos se prepararem para esses empregos que ainda não existem.

Parcialmente verdade.... Deixe eu me apresentar. Eu sou uma pessoa do passado, que cursou o Ensino Médio e Faculdade nos anos 90, desempenhei uma função que não tinha totalmente meu perfil e não ia de encontro com minhas necessidades como profissional durante anos e hoje ocupo destaque em uma ocupação considerada "do futuro", tanto hoje quanto em minha "época" de estudante. Produzo infoprodutos e sou de uma época em que nem internet existia para todos. Quando faço cursos de tecnologia e falo o que faço, nem os professores ou instrutores entendem de primeira o que estou falando.

Sim, é confuso, mas é o que irá acontecer com as crianças de hoje e que irão desempenhar funções do futuro. Na verdade, sou a prova viva de que eles existem! Sim, os empregos do futuro existirão, mas também sou a prova viva de que o que conta é o que você aprendeu antes de eles serem criados.
Veja a seguir algumas dicas de quem já passou por isso.

  1. Seja competente!
As crianças precisam aprender a ser competentes no que fazem. Competência não tem área, não tem gênero, não tem cor, não tem idade. A competência vai além de tudo isso e estamos vivendo uma carência de competência atualmente - não só no Brasil, mas também em outros países.

Não podemos aceitar trabalhos do tipo "está bom assim". Temos que ensinar a criança a perceber falhas e notar o que pode ser melhorado. Ensine também a comparar como estava antes e como ficou melhor, para que perceba a diferença.


2. Escolha a área, não a profissão! Observe o que falta na área.

Área vai além de profissão. Eu optei pela área de educação, ou seja, humanas. Gosto de escrever, de elaborar, de pensar em novas maneiras de fazer algo. Sou da turma dos criativos. Sei que minha área precisa de inovação, assim como todas, mas com maior urgência.

Embora tenha escolhido a área de educação, tenho um pouco de formação em tecnologia, porque para o que eu desejava fazer somente a formação em outra área iria complementar. Vi em meu nicho uma necessidade e quem estava na área não supria, porque a formação era insuficiente.

Quando tiver visão das dores (o que falta) na área escolhida, a criança precisa descobrir como ter o que a complementará. As profissões do futuro vão sendo criadas e moldadas pelas pessoas. São as pessoas que precisam ter visão do que falta.

Por esse motivo é essencial que as crianças sejam ensinadas a perceber detalhes. Essa visão crítica para o que falta em determinada situação é uma competência atemporal. Não importa qual profissão terão, saber entender a situação e perceber o que é preciso para melhorar as preparará para as profissões do futuro, sejam elas quais forem.


3. Não dependa dos outros.

Autonomia é a palavra do hoje e do amanhã. Ela nos dá um poder impressionante que é a falta de necessidade de fatores externos para ter sucesso.

Parece fácil, mas não é. Desenvolver autonomia em uma pessoa é algo extremamente trabalhoso e complexo. Para que a pessoa tenha autonomia, é preciso ter competência e voltamos aqui para o primeiro item! Veja como tudo se encaixa e coexiste!

A autonomia permite que não nos prendamos em pensamentos de outras pessoas, que não dependamos de um empregador, que não fiquemos apáticos esperando que alguém cuide de nós. Isso tem tudo a ver com as profissões do futuro SEMPRE.

Como uma pessoa presa à ideia dos outros pode ter uma profissão do futuro? Não tem, a menos que alguém crie algo pronto para ela e automatize ou crie um método de trabalho, para ela dar conta. Sendo assim, quando a pessoa assumir a profissão não será mais "do futuro", terá um montão de gente fazendo aquilo e logo o mercado estará saturado.

Quem se prende aos outros dificilmente consegue ter a visão aberta para novas oportunidades.


4. Evolua SEMPRE!

Evolução é a palavra final aqui neste artigo. Devemos ensinar as crianças a observarem para poderem notar o que falta. Conforme o tempo passa, pode ser que algo que esteja bom hoje não esteja amanhã e aí entra a evolução.
Não estar satisfeito neste caso significa não ser passivo e isso é ótimo! A necessidade de evolução torna a pessoa ativa, o que é sinônimo de constante aprendizado e novos sucessos.

Ainda na escola é possível mostrar como a evolução é importante. Nem todos os alunos percebem a evolução, tanto das coisas quanto própria. Registrar e mostrar evoluções ajuda a criar esta consciência de que tudo tem que mudar um dia e que o aluno pode ser agente da mudança.

Claro que há muito mais dicas que podem ser dadas para poder cultivar hoje nas crianças o que elas precisarão no amanhã, mas trabalhar com criticidade, observação de detalhes, autonomia e evolução já traz competência valiosíssimas para indivíduos mais estruturados e com maiores chances de sucesso. São habilidades que aumentam a autoestima e desenvolvem de maneira ímpar a criança!



Janaína Spolidorio - pedagoga

Como ajudar crianças a lidar com a saudade


A palavra “saudade” está na lista das dez palavras mais difíceis de traduzir em todo o mundo, de acordo com a empresa britânica chamada Today Translations. A origem latina do termo é resultado da transformação da palavra “solidão”, do latim solitatem, que com o passar dos anos sofreu variações de pronúncia e deu origem a esse sentimento que dispensa explicações.

No dicionário, ‘saudade’ é descrita como “uma sensação de incompletude, ligada à privação de pessoas, experiências, prazeres já vividos e vistos, que ainda são um bem desejável”. Apesar do termo ser uma exclusividade da nossa língua, representa um sentimento universal. Seja por perda ou mudança, esse sentimento, que requer muita inteligência emocional para adultos, pode ser especialmente desafiador quando se trata da vida de crianças e jovens.

Quem acha que o mundo infanto-juvenil é só alegria e divertimento, pode estar enganado, já que a vida dos pequenos também é repleta de transformações: mudanças de situação familiar, de endereço, de escola ou de turma; de pessoas que vêm e vão; de animais de estimação que se vão cedo demais e muitos outros tipos ou ocasiões de perdas. Quem não se lembra, por exemplo, dos amigos da infância, das brincadeiras, da primeira professora, dos passeios do colégio? Todas são recordações que nos transportam em segundos, mesmo para quem ainda não viveu muito, e isso é fruto da saudade.

Quando uma criança ou adolescente tem dificuldade para lidar com esse sentimento, os pais e educadores podem e devem oferecer recursos emocionais para que entendam melhor o que estão passando. Não há vergonha em precisar de ajuda de um psicólogo para isso. Nossos filhos precisam entender e se sentirem seguros em expressar suas emoções naturais de maneira apropriada à sua idade  para que possamos desenvolver respostas saudáveis às situações  de desapego, de valor humano e de amor.

Lidar com a perda e com a saudade é um caminho muito saudável para crescimento pessoal e apoiar os mais jovens a processar essas informações que podem ser dolorosos faz parte do amadurecimento de todos. E isso pode acontecer diante das mais variadas situações, como resultado de transições rotineiras, a chegada de um novo bebê na família ou a mudança de cidade de um ente querido e o falecimento de uma pessoa da família. Nossa primeira responsabilidade é refletir como estamos emocionalmente.

Para estar apto a ajudar, é importante refletir sobre nós mesmos antes, examinar nossas mentes e corações, refletindo sobre as experiências vividas em relação a esse sentimento. Como ele foi tratado em nossas próprias famílias quando crescemos? Quais tipos de perdas foram vivenciadas na escola e locais de culto que frequentamos? O que fizemos a respeito dessas mudanças em nossas vidas e o que aprendemos com elas? Se fizermos isso corretamente estaremos aptos a oferecer boas respostas às crianças e jovens.

Em conclusão, a sugestão é perguntar o que faremos com o presente ou futuro a partir de agora? Em vez de focar na dor, devemos agradecer pelo que vivemos. Só sentimos saudades do que é bom e devemos sempre agradecer por aquilo que nos fez bem em algum momento. Por exemplo, tenho saudades de um familiar que já partiu para a eternidade, mas sempre que me recordo de sua presença, a gratidão por ter vivido ao lado dele é maior que o sentimento de vazio que sua morte deixou. Então, sinto saudades por sua perda sim, e muita. Mas hoje sou grata, e isso me faz seguir em frente de coração aberto à vida, fortalecida com as experiências adquiridas e memórias construídas.




Claudia Hara Hashimoto - coordenadora do Ensino Fundamental do Colégio Marista Maringá


Rede Marista de Colégios (RMC)
www.colegiosmaristas.com.br

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