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segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Celite ensina a projetar, em casa, um banheiro seguro para os idosos

Com a aproximação do Dia do Idoso, a marca monta um guia completo para garantir a facilidade no acesso ao ambiente


Um banheiro seguro para os idosos permite maior autonomia e tranquilidade/ Foto: Divulgação


Cada ano que passa a população mundial se desloca para essa etapa da vida. Estudos feitos pela Projeção de População do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018, apontam que até 2060, 25,5% (58,2 milhões) terá idade acima de 65 anos. Muito além dos números e estatísticas, os idosos merecem respeito e apoio da sociedade. A comemoração do Dia Internacional do Idoso, celebrado no próximo dia 1º de outubro, acrescenta mais visibilidade para essas pessoas. A data especial, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), é uma oportunidade de reflexão para todos.

Ao envelhecer, precisamos de alguns cuidados, principalmente em ambientes muito frequentados diariamente, como é o caso do banheiro. Pensando nisso, a Celite, marca especialista em louças e metais para banheiros, consciente do seu papel de democratização para todos os brasileiros, reuniu um guia completo para tornar esses locais mais seguros tanto para os idosos que moram sozinhos quanto para aqueles que convivem com a família na mesma casa.  As orientações seguem as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que têm como função principal padronizar a estrutura e garantir a qualidade dos ambientes residenciais e comerciais.

Afinal, um banheiro bem desenhado e espaçoso facilita a circulação do idoso, evitando quedas e ferimentos ao esbarrar em alguma coisa.

Confira a seguir:

 

1) Área de circulação do banheiro: 

Antes de pensar na adaptação do banheiro, é importante refletir sobre a circulação dele. Na hora de projetar, o ideal é que o ambiente seja, dentro do possível, o mais espaçoso para facilitar a locomoção do idoso e, se necessário, comportar pessoas para auxiliá-lo no banho e/ou na cadeira de rodas. Essa atenção colabora para evitar acidentes, preserva a integridade física do idoso e o trabalho de quem presta auxílio – afinal um ambiente mal dimensionado, dificulta as tarefas simples do dia a dia.

 

2) Bacias sanitárias: 

Levando em consideração a diminuição do tônus muscular dos idosos, as bacias sanitárias devem ser mais altas para facilitar os movimentos de sentar e levantar. De acordo com a ABNT, a altura ideal precisa estar entre 43 cm e 45 cm do piso. A linha Elite da Celite possui peças que atendem a essas demandas, deixando todos mais seguros.

Bacia sanitária da linha Elite com altura de 43,5 cm

Quando a escolha for por uma bacia convencional, a válvula da descarga deve ser posicionada a uma altura máxima de 1 m e, se possível, possuir uma alavanca ou mecanismos de acionamento automático.


3) Cubas:

As cubas não precisam, necessariamente, serem diferentes das tradicionais. Caso o banheiro tenha medidas reduzidas, para priorizar a circulação, a sugestão é investir em um móvel compacto. A linha Saveiro, produzida pela Celite, por exemplo, vem acompanhada da cuba, do espelho e de um kit de instalação. Com 40 cm x 22 cm, ela é ideal para ambientes mais compactos.

Por não ocupar muito espaço, o kit Saveiro se configura como uma ótima opção | Foto: divulgação


Se a pessoa idosa usar a cadeira de rodas, o recomendado é que a pia tenha uma altura de 80 cm e é preciso considerar o espaço livre abaixo da bancada pensando no encaixe da cadeira de rodas com, no mínimo, 70 cm de altura. A Celite conta com o lavatório perfeito para esse cenário:

Lavatório Celite com coluna suspensa possui espaço para encaixe da cadeira de rodas



4) Torneiras: 

Misturador de mesa Elite



Outro item que merece atenção são as torneiras, que necessitam ter seu uso facilitado por alavancas ou sensores elétricos. Sendo assim, a linha Elite disponibiliza peças com abertura da água feita por alavanca. A linha Ecopress, por sua vez, possui fechamento automático, facilitando muito o seu uso diário.
Misturador de mesa Elite

 

Linha Ecopress com fechamento automático


5) Box: 

Na hora do banho o cuidado deve ser redobrado. Para isso, a região do box precisa ter uma largura mínima de 80 cm, sendo acessível para duas pessoas, caso o usuário precise de auxílio de um cuidador ou familiar. Além disso, o ideal é que a porta seja de correr e de outro material que não seja o vidro. Um elemento importante para garantir ainda mais segurança é o banquinho de apoio, que pode ser dobrável, devendo estar a 46 cm do piso.



6) Barras de apoio: 

As barras de apoio proporcionam um banho mais seguro


Nos banheiros adaptados para os idosos, as barras de apoio oferecem mais tranquilidade na locomoção pelo espaço. Segundo as normas da ABNT, elas precisam ser instaladas próximas ao chuveiro, a bacia sanitária e ao lavatório à uma altura de 1,5 m.

Quanto à fixação, a exigência é que tenham uma distância mínima de 40 cm entre sua base de suporte até a face interna da barra e apresentem dimensões mínimas entre 30 cm e 45 cm.

A ABNT ainda exige que as barras sejam fabricadas em aço inox para evitar a corrosão. Atenta às demandas de seus clientes e as orientações, a Celite possui em seu portfólio peças em quatro tamanhos: 300 mm, 450 mm, 600 mm e 800 mm.


7) Piso: 

Com o uso constante de água, sabonete e outros produtos de higiene, é comum que o piso do banheiro fique escorregadio, podendo resultar em quedas. Por isso, é essencial que o material escolhido seja antiderrapante. Além disso, a aplicação de pisos emborrachados nos lugares mais perigosos como a área do box, bem como o seu acesso e em frente a pia, também se configura como um cuidado eficaz. Os tapetes devem ser evitados.

Há ainda a recomendação de que as cores do ambiente sejam contrastantes – no caso dos pisos, paredes –, evitando a confusão dos idosos com redução na visão.


8) Portas: 

Pensando sempre na segurança e tranquilidade das pessoas idosas, a porta do banheiro precisa ter uma abertura intuitiva e, ao menos, 80 cm de largura. Sendo assim, as maçanetas de alavancas são mais simples do que os modelos que exigem a torção do punho. As trancas podem ser removidas para facilitar a entrada em caso de emergência. Por fim, ela também deve ter uma abertura por fora.


9) Iluminação: 

Quando o assunto é iluminação, o melhor é que o idoso consiga enxergar toda a extensão do banheiro assim que ligar a luz, principalmente durante a noite. Dessa forma, instalar faixas de LED na extensão do piso é uma alternativa efetiva.


10) Sistema de alerta: 

Após seguir todas as medidas de segurança que a adaptação do banheiro proporciona, ainda há a opção de investir em um sistema de alerta. Dessa maneira, campainhas, alarmes, interfones ou botões de emergência auxiliam o morador na possibilidade de precisar pedir ajuda. Esses dispositivos devem estar em locais de fácil acesso, próximos ao chão. Tudo para que o usuário se sinta tranquilo para realizar a higiene diária.

 



Celite

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Casa protegida para idoso: arquitetos ensinam como garantir segurança e acessibilidade nos ambientes para a melhor idade

Para quem vive sozinho ou com familiares, adaptações na arquitetura das residências facilitam a rotina e a integridade física para pessoas com 60 anos ou mais

Térrea e com amplos vãos, residência assinada pela arquiteta Isabella Nalon evidencia um projeto com cuidados para o bem-estar de toda família,  Inclusive os idosos e quem tem dificuldade de mobilidade | Foto: Julia Herman

 

Segundo dados recentes computados no censo realizado Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem mais de 28 milhões de pessoas acima de 60 anos, representando 13% da população do país, uma parcela que tende a dobrar nas próximas décadas em função do crescimento da expectativa de vida constatada no Brasil e no mundo. Com a celebração do Dia Internacional do Idoso em 1 de outubro, volta-se o olhar para as medidas que contribuem para a vida saudável dos nossos brasileiros. Nesse aspecto, a arquitetura é fundamental, já que o ambiente do lar deve proporcionar todas as condições para uma vida confortável e sem acidentes.

Desde materiais que ajudam no dia-a-dia da terceira idade, até soluções de interiores para facilitar a rotina doméstica, é fundamental adaptar os ambientes, sem perder a estética decorativa. Pensando nisso, um time de arquitetos especialistas se concentrou nas questões para uma cada adaptada: Bruno Moraes, do escritório Bruno Moraes Arquitetura, Ieda Korman, do escritório Korman Arquitetos, Isabella Nalon, do escritório que leva seu nome, e Patricia Penna, do Patricia Penna Arquitetura & Design.

 

Amplos vãos e nada de desnível entre os ambientes é um dos cuidados priorizados neste projeto assinado por Ieda Korman, da Korman Arquitetos | Fotos: Gui Morelli

 


Ao envelhecermos é comum surgirem alguns problemas relacionados à visão, coordenação motora e problemas de mobilidade, entre outros. “São fatores que podem causar acidentes e quedas, principalmente dentro de casa. Nesse aspecto, nosso trabalho é desenvolver layout e ajustes que vão de acordo com as limitações e necessidades específicas de cada morador”, afirma a arquiteta Isabella Nalon.

Seguindo essa linha de raciocínio, a segurança é a maior preocupação quando se trata de uma casa para idosos. “Sempre que possível, a morada deve ser, de preferência, térrea e sem nenhum desnível. Mas quando essa arquitetura é inevitável, não há como abrir mão de investir em pisos antiderrapantes”, explica a arquiteta Ieda Korman.

Outro ponto importante é a acessibilidade, considerando um possível uso de cadeiras rodas e andador. Para tanto, a largura mínima de 80 cm nas portas e vãos devem se fazer presente desde a porta da rua até os ambientes internos. “O espaço estreito compromete a integridade física dos moradores idosos e diminui a autonomia e confiança para que eles consigam praticar suas atividades”, reflete a arquiteta Patricia Penna. “A arquitetura bem concebida para esse público estimula a circulação, memória, raciocínio, autoestima e resulta em qualidade de vida”, complementa Isabella Nalon.

 

Pisos antiderrapantes, especialmente em áreas molhadas, como banheiro e cozinha, está entre as recomendações da arquiteta Patricia Penna, que assina o projeto desta casa no interior de São Paulo | Fotos: Fotos: Leandro Moraes

 

Por onde começar as adaptações?

- Piso

Existem algumas necessidades básicas em um projeto pensado para a terceira idade. A escolha do piso é uma das primeiras decisões, já que em hipótese alguma deve ser escorregadio. Dessa forma, a especificação de piso antiderrapante em áreas molhadas como cozinha, lavanderia e banheiro evita os escorregões que culminam em acidentes graves. Ponto pacífico entre os profissionais, o porcelanato figura-se como a melhor opção, já que o mercado oferece um portfólio vigoroso de acabamentos e texturas. “Por vezes até mais áspero, o material não deixa de trazer beleza ao ambiente, bem como são perfeitos para higienização simplificada”, detalha a arquiteta Patricia Penna.


- Móveis

Na hora de pensar nos layouts dos ambientes, a boa distribuição e a máxima ‘menos é mais’, deve fazer parte. Nada de posicionar móveis que atrapalhem a passagem, que não ofereçam uma circulação confortável ou peças no meio do caminho, como as mesas de centro. “Quanto maior o espaço para circulação, melhor para a locomoção”, enfatiza Ieda Korman. Ainda segundo a arquiteta do Korman Arquitetos, móveis pontiagudos não têm vez, uma vez que qualquer esbarrão em uma pele mais sensível pode provocar manchas roxas e até mesmo sangramentos.

Ainda de olho no mobiliário, o mercado moveleiro produz opções mais altas que facilitam no ‘sentar-levantar’ do idoso e possibilitem o apoio dos dois pés no chão. “Sofás, poltronas e camas precisam ajudar essa movimentação e as peças mais baixas se transformam em um transtorno para o morador”, destaca Bruno Moraes. Na seleção, sofás e poltronas com braços e uma densidade mais firme estão entre as recomendações. Nos dormitórios, atenção redobrada para a cama, conforme relacionada Isabella Nalon: “colchões muito duros aumentam as dores na coluna cervical. Além disso, sempre preferimos modelos com regulagem de altura a cabeceira. Caso não seja possível, vale manter parte da cabeceira do colchão ligeiramente mais elevada, o que diminui tonturas e dores de cabeça”, descreve Isabella.


- Tapetes

Sabe aquele tropeção que um tapete mal posicionado pode causar? Definitivamente o vilão não é a peça, mas sim o modelo, o erro em tamanho e colocação. No tocantes às medidas, em uma sala de estar o tapete deve sobressair, cerca de 30 cm, embaixo de sofás e estantes, evitando que as pontas se enrolem e atrapalhem o caminhar. Junto a isso, uma dica valiosa é fixar essas extremidades com fitas dupla face.


- Banheiros

Sinal vermelho para pisos que, em contato com a água, tornam-se verdadeiramente perigosos para a saúde. No conjunto de ações, mercado dispõe de barras de apoio para serem instaladas dentro da área do box, bem como no entorno da bacia sanitária e da bancada/lavatório. “Esses suportes são efetivamente importantes para a independência dos movimentos dos idosos e auxiliar em situações mais delicadas”, relata Isabella. Sobre a bacia, as marcas oferecem modelos com altura maior, que igualmente facilitam a movimentação do morador da terceira idade. Ainda sobre a área do box, ambientes estreitos dificultam o acesso, colocação de cadeiras de banho ou um banquinho articulado, e a presença de um cuidador para auxiliar. “A arquitetura conta com indicações técnicas específicas para essa projeção”, esclarece Patricia.

 

No living, o tapete deve sobressair, cerca de 30 cm, embaixo de sofás e estantes, evitando que as pontas se enrolem e atrapalhem o caminhar, como fez o arquiteto Bruno Moraes neste apartamento nos Jardins, em São Paulo | Foto: Luis Gomes



Projeto personalizado

O projeto para o idoso precisa ser adaptado para a realidade desse morador, levando em conta as suas limitações e características pessoais, como a altura. Para idoso com estatura baixa, a pia da cozinha ou do banheiro deve ser concebida de acordo com a sua altura, evitando que ele sinta dores nas costas. “O mais importante é levar em conta que o morador quer se sentir proativo, cozinhar e realizar atividades em prol dos seus familiares. É difícil padronizar sem prestar atenção na rotina desse cliente e sou da opinião que o maior erro é apenas seguir um padrão, já que a casa precisa ser o reflexo das suas necessidades”, relembra o arquiteto Bruno Moraes.

 

Adaptação sem quebra-quebra

Na inviabilidade de efetuar reformas expressivas na casa, Isabella Nalon lista algumas dicas que eliminam a necessidade do quebra-quebra. Em quinas de móveis, os protetores são boas pedidas. A iluminação é essencial! Nos corredores, a instalação de leds ampliam a visão prejudicada do idoso e pode se tornar aquela luz mais fraca que fica acesa durante a noite e conduz o morador ao banheiro. “Podemos contar também com abajur e arandelas combinadas com de lâmpadas mais fortes, lembra Isabella. No sofá, almofadas cooperam no ajuste da postura e auxiliam na hora de levantar.

 

Tecnologia como aliada

Como é bem comum que os idosos não fiquem sozinhos e precisem de cuidadores, uma nova demanda está surgindo dentro dos projetos destinados a terceira idade: “As pessoas me pedem para instalar câmeras. Por isso, é preciso verificar se é possível passar o cabeamento de rede ou se é possível investir em um sistema wi-fi”, conta Bruno Moraes, que também indica a instalação de fechaduras eletrônicas, eliminando a necessidade de chaves na hora de entrar em casa. Sensores de calor nos banheiros e corredores de passagem são bem-vindos no projeto. Com as ondas de calor, o sistema detecta a presença e aciona automaticamente as luzes.

 

Luminárias da Yamamura clareiam o percurso nesta casa projetada pela arquiteta Isabella Nalon em Itu, interior de São Paulo | Foto: Emerson Rodrigues


 

Bruno Moraes Arquitetura

www.brunomoraesarquitetura.com.br

@brunomoraesarquitetura

 

Isabella Nalon

www.isabellanalon.com.br

@isabellanalon

 

Korman Arquitetos

www.kormanarquitetos.com.br

@kormanarquitetos

 

Patrícia Penna Arquitetura & Design

www.patriciapenna.arq.br

@patricia_penna_arquitetura

 

Yamamura

@yamamuraoficial

www.yamamura.com.br

 


Quatro dicas de um francês para deixar a sua casa mais elegante

Benjamin Cano ensinou truques para dar um 'up' no visual da sua residência

 

 Fotos de decorações feitas por Benjamin Cano Planès & Louis Planès 
divulgação

Que tal trazer a elegância de Paris para dentro da sua casa, sem perder a essência tropical do Brasil? O apresentador e empresário francês, *Benjamin Cano*, ensina alguns truques práticos para você decorar a sua casa com elementos clássicos, elegantes e com características singulares. De acordo com ele, a dica geral é apostar na estética tropical para dar um 'upgrade' na decoração da sua residência. Além disso, indica também o uso de cores mais claras, objetos mais 'clean' e o essencial, não ter medo de ousar em alguns cômodos. Abaixo ele listou quatro dicas: 

 

1. Aposte no banheiro com plantas para conseguir um ambiente 'clean' e moderno.

Inclua plantas na decoração no seu banheiro para deixá-lo mais estiloso. Além disso, apostar no paisagismo nesse cômodo traz uma série de benefícios como melhorar a qualidade do ar, reduzir a umidade, eliminar bactérias e trazer calma. 

 

2. Adotar papel de parede no quarto traz um aspecto mais chic para o cômodo.

Uma dica infalível para elevar a aparência do seu quarto e deixá-lo mais elegante é apostar nos papéis de parede. Com eles, você gasta pouco e conquista um resultado incrível. Há uma grande variedade deles disponível no mercado e o ideal é sempre busca pelos mais sofisticados. É importante também ter bastante cuidado na hora de instalá-los. 

 

3.  Nos ambientes pequenos aposte em apenas uma cor.

Para conseguir um visual mais elegante e também ampliar os cômodos menores da sua casa, é indicado que aposte apenas em uma cor. Dessa maneira, vai conseguir um ambiente mais leve e sofisticado. 

 

4.  Abuse das cores fortes! 

Não tenha medo de abusar das tonalidades vibrantes para trazer um aspecto tropical para a sua casa. Mas, a melhor opção para não errar é sempre consultar um profissional para auxiliar a escolha das cores.


Quadros e plantas: como combiná-los lado a lado

Itens formam uma boa dupla quando compostos na decoração e podem ser explorados em qualquer ambiente


Entre as tendências pós-pandemia para a decoração, as plantas ganham lugar de destaque. Com mais tempo em casa, as pessoas estão sentindo a necessidade de se aproximarem da natureza, o que, muitas vezes, significa trazer com mais intensidade o verde para dentro dos cômodos. Já os quadros nunca saíram de moda, pois com eles é possível colocar personalidade na decoração: obras de arte, quadros abstratos, pinturas e fotografias compõem qualquer ambiente.

“Unir esses dois elementos num mesmo espaço volta a ser uma tendência. Quadros em preto e branco, ou com poucas cores, perto ou ao lado de plantas, como folhas verdes ou mesmo natureza morta têm sido cada vez mais utilizados na decoração”, conta a arquiteta do Grupo A.Yoshii Andressa Bassinelli.

De acordo com ela, não existe uma regra de que quadros só devem ficar presos na parede ou em uma altura específica. É possível unir no mesmo ambiente quadros e plantas para compor e dar vida a casa. “Nesses casos específicos, onde quadro e planta compõem a decoração, a iluminação também colabora muito para deixar o ambiente mais harmonioso. Em móveis com divisórias é possível fazer esse jogo entre plantas, quadros e iluminação, por exemplo. Tudo isso pode estar no mesmo móvel ou em um cantinho da casa. Quadros na altura da cama ou em cima de mesas ou móveis dividindo espaço com vasos de plantas já são tendência, como utilizados nos apartamentos decorados de nossos showrooms da A.Yoshii”, explica.

Quadros e plantas podem estar presentes em diversos cômodos da casa, seja nos quartos, escritórios (bastante vistos agora, com o aumento do home office), varandas, salas de jantar e estar. A arquiteta traz três dicas importantes sobre essa composição: 


Altura quadros e plantas

Não existe uma altura ideal para posicionar os quadros decorativos, porém, eles precisam compor o ambiente. “É preciso observar as proporções, o tamanho da parede e dos quadros, paleta de cores e a decoração como um todo. O mesmo vale para as plantas. Temos locais com plantas grandes e quadros também grandes, mas colocados em cima de móveis. Também é possível colocar próximo à cama pequenos vasos de plantas, que combinam com quadros também pequenos”, explica.


Distância quadros e plantas

A distância entre eles vai depender do ambiente e do espaço onde estão distribuídos. “Quando se trata de quadros decorativos, a imaginação não tem limite. É possível, inclusive, posicioná-los no chão, apoiados em móveis, prateleiras altas e baixas e levemente sobrepostos um ao outro. Para obras de arte, o ideal é manter na altura dos olhos do observador ou em posição de destaque. Para compor  quadros com  plantas é importante lembrar de não deixar a planta escondendo o quadro: observe sempre a distância ideal, para que os dois objetos possam ser apreciados”, explica.


Iluminação

“É preciso lembrar que existem luminárias específicas com foco e lâmpadas para a conservação de plantas ou, no caso quadros, e iluminação específicas para destaque e conservação de obras de arte. O projeto luminotécnico deve seguir a intenção que se quer dar às peças. Pode ser iluminação com foco ou iluminação indireta do ambiente”, ressalta.

 



Grupo A.Yoshii

www.ayoshii.com.br 


É hora de deixar a casa de veraneio pronta para a temporada de primavera / verão

Clima leve e descontraído, área de lazer completa, elementos naturais e materiais duráveis, são algumas das dicas da arquiteta Patrícia Penna para os projetos de residências na praia


Uma ampla área de lazer com piscina, e confortáveis espaços para aproveitar os dias e noites de descanso definem essa casa de veraneio projetada pela arquiteta Patricia Penna, no litoral norte de São Paulo. | Foto: Leandro Moraes


Com a contagem regressiva para o final do inverno, a expectativa é de dias ensolarados e quentes que estão por vir – e ficar. O otimismo meteorológico faz com que as casas de veraneio voltem à sua ocupação total, ainda mais quando viajar para hotéis e pousadas, ainda gera inseguranças, por conta da pandemia. Mesmo em setembro, dá tempo de repaginar a residência para aproveitar a primavera e, sobretudo, as férias de verão. “Além de uma área de lazer confortável, esse tipo de projeto pede acabamentos resistentes e duráveis, que demandem pouca ou nenhuma manutenção”, revela Patricia Penna, à frente do escritório Patricia Penna Arquitetura & Design, que reuniu uma série de dicas sobre o assunto.


O dormitório, com privilegiada iluminação natural, contou com painéis em lâmina natural de madeira, nas paredes. No piso, o porcelanato de grande formato. Os tons claros do décor garantem leveza e reforçam o clima natural de relaxamento| Foto: Leandro Moraes


A sugestão por acabamentos resistentes e com baixa demanda de manutenção é simples de entender: casas próximas ao mar sofrem grandes danos causados pela alta umidade do ar e a maresia. A arquiteta Patricia Penna explica sua preferência por projetar ambientes integrados como recurso que contribui para aumentar a ventilação natural. “Sem a compartimentação excessiva da planta, conseguimos também a sensação de amplitude nos ambientes da residência”, explica.


Os tons de azul do décor, presente no quadro “dégradé”, no tapete com padrão geométrico, bem como no adorno de corda e almofada em tom de areia, são elementos que reforçam a atmosfera de praia nesta sala de estar |Foto: Leandro Moraes


O clima marítimo fica por conta da decoração, que pode ganhar itens que remetam à atmosfera local. A paleta de cores definida para as paredes e acabamentos dos móveis, aliada aos objetos de arte, almofadas e tecidos em geral, são alguns dos componentes essenciais para ratificar o mood de descanso da casa de praia. “Peças produzidas com matérias-primas naturais como fibras, cordas e madeiras são perfeitas para a construção da atmosfera praiana”, enfatiza a arquiteta.

A durabilidade dos materiais é uma questão importante a ser considerada, para que a longevidade do projeto seja mantida por mais tempo. Para portas e janelas, o alumínio é uma das melhores opções, pois além de ser extremamente resistente a intempéries, pode receber uma grande sorte de acabamentos. No capítulo revestimentos, porcelanatos e pedras naturais são ideais, pois possibilitam uma limpeza mais funcional e são bastante duráveis. “Pedras naturais, em geral, demandam alguma atenção quanto à impermeabilização. Por isso, é sempre importante avaliar material X uso, no momento da especificação”, adverte Patricia Penna. Para os tecidos dos sofás e cortinas, por exemplo, resistência, praticidade para limpeza e secagem rápida, são atributos a serem observados.

Na área externa coberta, o piso especificado é o porcelanato com acabamento próprio para áreas externas, cuidado que precisa haver para evitar acidentes. Na decoração, uma ampla mesa para reunir familiares ou amigos e uma composição de estar ao fundo são um convite para apreciar o projeto paisagístico com espécies variadas | Foto: Leandro Moraes


Na área externa; piscina, espaço gourmet e área de descanso formam o setor de lazer - todo voltado para o grande jardim, que pode ter um lindo projeto paisagístico. “É imprescindível que haja um bom projeto de paisagismo, pois tem o poder de transformar o exterior da casa e valorizar muito a arquitetura. Além disso, um bom projeto leva em consideração não apenas a proposição de espécies adequadas ao local de implantação, mas também iluminação e irrigação”, relata a profissional. 

Patricia Penna enfatiza ainda que o trabalho do escritório é imprimir a personalidade dos moradores em todos os detalhes do projeto, sempre propondo as melhores soluções técnicas, caso a caso. “Não necessariamente uma casa de praia precisa ter mobiliário ou decoração com fibras naturais, bambus ou estampas florais, assim como o projeto na montanha não precisa, necessariamente, ser executado apenas com madeira. Respeitando as premissas de cada região e as demandas/predileções dos clientes, é perfeitamente possível atingir resultados únicos, que dialogam perfeitamente com o estilo de vida dos moradores”, finaliza.

 



Patrícia Penna Arquitetura & Design

Rua Armando D’Oliveira Cobra, 50 – São José dos Campos

www.patriciapenna.arq.br

@patricia_penna_arquitetura


Panos, esponjas e escovas: quando cada um deles deve ser utilizado

Dicas da home expert Flavia Ferrari com o melhor uso para cada produto


Tornar o dia a dia mais prático é uma busca de muita gente, em especial com o atual cenário que fez muita gente revisitar hábitos e sentimentos, reforçando o cuidado. Todos os setores foram dinamizados e surgiram novos sucessos e tendências, como receitas preparadas em um minuto e os chamados “cleaning hacks”, vídeos curtos com dicas de limpeza que estão fazendo sucesso em redes sociais como o TikTok. Nessa nova rotina em casa, buscar os produtos e aliados certos para a faxina pode tornar a vida mais fácil.

Para ajudar quem não está tão acostumado com as tarefas doméstica, a home expert Flávia Ferrari traz explicações sobre a melhor forma de usar esponjas, panos e escovinhas, para não estragar nada em casa e facilitar a faxina.

A recomendação é usar as esponjas para lavagem das louças. Existem diversos tipos, mas de modo geral a dica é usar o lado mais abrasivo em utensílios que acumulam mais sujeira como grelhas e formas, e o lado mais macio para superfícies delicadas, como panelas antiaderentes e porcelanas pintadas. Outra dica é ter uma esponja para a lavagem dos utensílios e outra de cor diferente para lavagem interna da pia. Flávia alerta ainda para a importância da higienização das esponjas. “Uma boa dica é deixá-la durante a noite numa solução de uma colher de sopa de água sanitária com 500 ml de água”, indica.

As escovas são eficientes para a limpeza pesada, nas quais é preciso esfregar. Vale o cuidado para não arranhar as superfícies, pois suas cerdas podem desgastar materiais mais delicados. Flávia recomenda ter escovas com alça, para facilitar o uso, além da escova de vaso sanitário. Também é importante lembrar da higienização após cada uso, em especial para a escovinha do vaso sanitário. Além de utiliza água sanitária, deixá-la secar bem é fundamental.

Já para a faxina geral, a recomendação é o uso de panos. “As esponjas e escovas podem riscar várias superfícies, como vidros e louças”. Flávia recomenda o uso de panos para as mais diversas tarefas, como lustrar móveis, limpar fogão, espelhos, vidros ou tirar o pó dos móveis. “Uma ótima opção é ter a linha de panos reutilizáveis Scott® Duramax®. Há a opção dos panos em rolo, que é bastante prática, e o pano multiuso, maior e mais resistente para limpeza mais pesada, além do pano de chão com encaixa para o rodo, que facilita bastante”, conta Flavia. A linha Scott® Duramax® tem lavagem fácil, podendo ir a máquina até cinco vezes, e secam rápido.

Outra dica da home expert é o uso de lenços umedecidos para facilitar a manutenção da casa, como a limpeza da pia. Flávia embebeda o rolo Scott Duramax em uma solução de 125 ml de desinfetante para 500 ml de água para transformá-lo em lenços umedecidos. Outro cuidado importante para correta higienização dos ambientes é separar os produtos por cômodo. “Panos utilizados no banheiro não devem ser utilizados na cozinha. Para isso, uma dica é utilizar cores diferentes. O rolo Scott Duramax está disponível nas cores branca e azul, por exemplo”, completa.

 



Scott®

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Planos de saúde não podem negar cirurgia bariátrica em menores apenas com base na idade

Advogado especialista em causas ligadas a procedimentos médicos explica o que fazer quando o convênio nega o pagamento

 

Levantamento realizado em 2019 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que uma em cada três crianças brasileiras, com idade entre cinco e nove anos, está acima do peso. Entre os adolescentes, 18% apresentam sobrepeso; 9,53% são obesos e 3,98% têm obesidade grave - números que representam um sério problema de saúde pública. Além de impor aspectos negativos do ponto de vista social, como casos de bullying, a síndrome é fator de risco para doenças como colesterol alto, hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares e prejuízos cognitivos.

Dada a gravidade da situação, médicos ao redor do mundo já começam a defender a necessidade da realização de cirurgia bariátrica em crianças obesas, nos casos mais específicos. O consenso entre os médicos brasileiros, entretanto, é que o procedimento seja realizado a partir dos 16 anos.

Apesar disso, pacientes menores de idade têm a cirurgia negada pelos Planos de Saúde, sob alegação de que o procedimento só é permitido aos maiores de 18. "Quando o caso clínico é de urgência ou de emergência, envolvendo doenças como pressão alta, diabetes, distúrbios do sono, depressão, problemas cardiovasculares, entre outras, a liberação do procedimento pode ser alcançada liminarmente, por meio de determinação judicial", afirma Dr. Alexandre Hernandes, advogado especialista em causas contra Planos de Saúde.

Segundo ele, outros argumentos utilizados pelos convênios para as negativas são as doenças pré-existentes, falta de preenchimento dos requisitos da Agência Nacional de Saúde (ANS), emissão de terceira opinião proferida por médico do próprio Plano de Saúde e carências a cumprir. "As cirurgias de obesidade foram regulamentadas pela ANS, porém os convênios sempre procuram dificuldades para glosar certos direitos do consumidor. O paciente precisa ficar atento porque todos os contratos com planos de saúde são de adesão, o que torna tais documentos discutíveis", esclarece Dr. Hernandes.

Segundo ele, entre as exigências mínimas de cobertura obrigatória, estão a idade entre 18 e 65 anos, falha no tratamento clínico realizado por pelo menos dois anos, obesidade mórbida instalada há 5 anos e Índice de Massa Corpórea (IMC) entre 35kg/m² e 39,9 kg/m² 39,2 com doenças associadas que possam ameaçar a vida (diabetes, doenças cardíacas, apneia do sono, hipertensão arterial, entre outras). Ou ainda para os pacientes com IMC igual ou maior que 40 kg/m², independente de comorbidades. "Mesmo a idade mínima sendo superior a 18 anos, os planos não podem apenas se basear na idade para negar o procedimento. É preciso considerar outros fatores ligados ao bem-estar do paciente", afirma o advogado.

Para ele, judicializar é necessário, uma vez que os próprios planos não cumprem as normas regulamentadoras. "Já atuei em cerca de mil processos contra convênios médicos e fiz pouquíssimos acordos. Minha experiência mostra que os pacientes precisam conhecer seus direitos e procurar ajuda profissional", reforça.

Um estudo da USP mostrou que 92,4% das decisões judiciais contra planos de saúde da cidade de São Paulo favoreceram o paciente. Em 88% delas, a demanda foi atendida na íntegra; em 4%, parcialmente. A pesquisa avaliou todas as 4.059 decisões de segunda instância proferidas pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) contra planos coletivos entre 2013 e 2014. "Apesar dos números, a Justiça mudou de perfil e está menos protecionista que cinco anos atrás. Desta forma, é importante que o paciente procure um advogado experiente na área para que obtenha o melhor resultado em sua ação", aconselha Dr. Hernandes.

 

Advogado analisa a demissão por justa causa em tempos de pandemia

Trabalhador pode ser desligado nessa circunstância, mesmo que esteja em pleno gozo de estabilidade provisória devido à suspensão e ou redução proporcional de contrato e salário prevista pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda, explica Rafael Humberto Galle, advogado trabalhista

 

Mesmo com diversas interferências legislativas nas relações de emprego durante a pandemia de Covid-19, nada mudou em relação à demissão por justa causa de empregado que incorrer em uma das faltas graves previstas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), explica Rafael Humberto Galle, advogado trabalhista. “O trabalhador pode ser desligado nesta circunstância, mesmo que esteja em pleno gozo de estabilidade provisória devido à suspensão e ou redução proporcional de contrato e salário prevista pela Lei nº14.020 de 2020 - Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda”, complementa.

Galle observa que a CLT em seu art. 482 descreve quais as faltas passíveis de demissão por justa causa. Entre elas estão o ato de improbidade, incontinência de conduta ou mau procedimento, a negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço, a condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena e desídia no desempenho das funções.

Também integram o rol de faltas graves: embriaguez habitual ou em serviço, violação de segredo da empresa,  ato de indisciplina ou insubordinação, abandono de emprego, ato lesivo da honra e boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem, ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo e caso de legítima defesa, própria ou de outrem, prática constante de jogos de azar, e perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado.


Rescisão contratual

O advogado lembra que o poder diretivo do empregador permite a aplicação de punições a empregados, inclusive, a rescisão contratual de forma motivada, porém,  esse poder diretivo não é absoluto, tendo como seu limitador o princípio da proteção ao trabalhador, insculpido no art. 9° da CLT.

Portanto, “para aplicar a justa causa, além da configuração de uma das faltas graves previstas em lei, é necessário que o empregador observe os requisitos de validade dessa modalidade rescisória, quais sejam, a legalidade, a proporcionalidade, a imediatidade, a ausência de bis in idem e a não discriminação, sem os quais, poderá o ato, ser judicialmente declarado nulo, convertendo a justa causa em demissão sem justa causa”.

Caso o empregado demitido por justa causa considere injusta a modalidade de rescisão contratual, poderá procurar um advogado especialista em Direito do Trabalho para que analise o ato do empregador e avalie se trata-se ou não de uma demissão arbitrária com possibilidade de reversão por meio de uma reclamatória trabalhista.


Requisitos legais

“A justa causa é a pena mais grave que o empregador pode aplicar ao seu empregado, sendo que em caso de ação trabalhista pleiteando a reversão do ato, cabe ao próprio empregador o ônus da prova quanto à causa ensejadora da ruptura contratual por dispensa motivada, pois a mera existência de uma ou algumas faltas pontuais tendem a não ter gravidade suficiente para a imediata ruptura do vínculo empregatício por justa causa”, observa Galle. Segundo o advogado, o empregador deve comprovar de forma robusta que cumpriu com os esses requisitos da legalidade, da imediatidade, da gravidade do fato, do nexo de causalidade, da proporcionalidade e da ausência de bis in idem quanto a penalidade.

Se houver ausência da falta grave que impeça a continuidade da relação de emprego ou desrespeito aos requisitos para aplicação da penalidade, “o empregado poderá reverter a justa causa judicialmente, recebendo todas as diferenças de verbas rescisórias, e, eventualmente, indenização por danos morais nos casos em que comprovar que ao lhe imputar a falta grave o empregador lesionou a sua honra e boa fama”, ressalta.


Reversão da demissão

Galle sublinha que ações que pleiteiam a reversão da demissão por justa causa são corriqueiras na Justiça do Trabalho e não é diferente durante a pandemia de Covid-19. Para ele, ainda é cedo falar em uma mudança estrutural na análise dos casos exclusivamente em razão dessa situação. “Mas é necessário que tanto os advogados trabalhistas quanto os magistrados se atentem ainda mais aos casos de demissão por justa causa, porque com adoção do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda previsto na Lei 14.020/2020, cria-se o período de garantia provisória no emprego, isto é, o contrato somente poderá ser rescindido a pedido do próprio empregado ou mediante aplicação de justa causa”.

O advogado salienta que devido à dificuldade de retomada das atividades de alguns segmentos econômicos, após cessado o período de redução proporcional ou de suspensão do contrato de trabalho, muitos empregadores poderão forçar a configuração de falta grave passível de demissão por justa causa, simplesmente porque não conseguirão arcar com todo o custo da sua folha de pagamento durante o período estabilitário, o que deverá ser analisado e revertido judicialmente a fim de salvaguardar os direitos trabalhistas do empregado em pleno gozo da garantia provisória de emprego.


Judicialização

Por se tratar de medida extremamente grave e excepcional, que afetará de sobremaneira a vida profissional do empregado, antes de aplicar uma demissão por justa causa é importante que o empregador consulte o seu jurídico trabalhista para certificar-se de que aquela é a medida mais adequada para rescisão contratual, recomenda Galle.

“Tal cuidado deve ser tomado em razão do alto índice de judicialização das demissões por justa causa que, certamente, serão revertidas se o empregador não comprovar de forma robusta que cumpriu com todos os requisitos de validade, bem como, que a falta disciplinar ensejadora daquela modalidade de rescisão contratual foi capaz de tornar impossível a continuidade daquela relação de emprego devido à quebra de fidúcia inerente ao contrato de trabalho”, pondera o advogado.

 

 


Rafael Humberto Galle– advogado, especialista em Direito do Trabalho pela Academia Brasileira de Direito Constitucional – ABDConst, pós-graduando em Advocacia Trabalhista na Escola Superior de Advocacia Nacional - ESA, sócio do GMP|GC Advogados Associados, coordenador do núcleo de assessoria e consultoria trabalhista e do núcleo de Assessoria e compliance trabalhista. Membro da Associação de Advogados Trabalhistas do Paraná e da Comissão dos Advogados Representantes da Subseção de São José dos Pinhais no Foro Regional de Piraquara.


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