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quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Primavera feelings! Qual a relação das estações com a Astrologia?

Astrologia e estações do ano: qual a relação? 


A Primavera chegou no Hemisfério Sul e o Outono no Hemisfério Norte e a astróloga Virginia Gaia explica a relação entre as estações climáticas e a astrologia.

 

Na Astrologia, o conceito de signo está relacionado às estações do ano, que são determinadas por fenômenos astronômicos conhecidos como Equinócios e Solstícios. Como são quatro estações ao longo de um ano (Primavera, Verão, Outono e Inverno) e cada uma delas tem começo, ápice e fim, temos então os 12 signos do zodíaco. Assim, o ano astrológico começa com o Equinócio da Primavera, no Hemisfério Norte, ou o Equinócio de Outono, no Hemisfério Sul, quando o Sol ingressa no signo de Áries, e termina com o final do Inverno, no Hemisfério Norte, ou do Verão, no Hemisfério Sul, quando o Sol completa sua passagem pelo signo de Peixes.

Quando se diz, no senso comum, que uma pessoa é de determinado signo, significa que o Sol estava passando por esse pedaço do céu definido como começo, meio ou fim de uma estação do ano. Assim, não existem signos “bons” ou “maus”, já que todos tem seu lado luz e seu lado sombra. Na verdade, todos temos os 12 signos do zodíaco no mapa astral. O que torna cada indivíduo um ser único é a forma como a simbologia de cada signo atua no conjunto de sua psique e inconsciente, que vai muito além do posicionamento do Sol, pois temos todos os planetas e diversos outros pontos a serem analisados. E, para interpretar isso com consistência, existe a aplicação embasada da técnica astrológica que permite o cálculo e a leitura do mapa astral.

 

 

Áries

Elemento: Fogo

 

Planeta regente: Marte

No Equinócio da Primavera, no Hemisfério Norte, ou no Equinócio de Outono, no Hemisfério Sul, o Sol ingressa no signo de Áries e se inicia o Ano Novo Astrológico. Abrindo um novo ciclo no céu, Áries é um signo Cardeal, do elemento Fogo, regido pelo planeta Marte.

Signo dos começos, da iniciativa e da fertilidade, Áries é simbolizado pelo carneiro. É guerreiro e conquistador. E o planeta Marte, regente de Áries, também está relacionado ao desejo sexual, pois representa a energia da fecundação.

Áries deseja, toma a iniciativa, conquista. É o signo supremo da vontade, do fazer acontecer, aqui e agora. Por conta disso, arianos às vezes sofrem com a ansiedade e frequentemente acabam se antecipando às coisas.

Para os arianos, viver é desbravar o novo. A inspiração, a inovação e a intensidade estão presentes em tudo o que fazem. Relacionar-se com um ariano é contar com a espontaneidade e a força de alguém que é um líder nato, capaz de inspirar e encorajar a todos.

Vale lembrar que todas essas características são marcantes em quem tem Sol, Ascendente, Lua ou muitos planetas pessoais no signo de Áries e assim para cada um dos signos descritos abaixo. 

 

 

Touro

Elemento: Terra

 

Planeta regente: Vênus

Quando o Sol está nos domínios de Touro, ele passeia pelo signo fixo do elemento Terra, regido pelo planeta Vênus. A simbologia de Touro está relacionada ao ápice da Primavera, do Hemisfério Norte, ou do Outono, no Hemisfério Sul.

Touro pede para que construamos as bases de nossos sonhos em solo fértil. É o cultivo do que é essencial para a nossa vida. Quais são os seus valores? O que é imprescindível? Taurinos são naturalmente sensoriais, tem senso estético apurado e são bastante cautelosos, mas quando decidem algo que resolvem fazer, fazem com esmero.

Os passos de Touro são firmes e bem estruturados e, para eles, a vida precisa de uma boa dose de conforto. Daí deriva sua fama de estarem sempre preocupados com as finanças, já que taurinos costumam ter mesmo um talento natural para lidar com dinheiro.

Graças à sua forte característica sensorial e o senso estético apurado, Touro tem uma ligação instintiva com as artes, o design e tudo o que pode dar prazer à vida. São também bastante românticos, mas de uma forma muito peculiar, pois para Touro o amor é uma troca mútua de sensações e conforto emocional. Relacionar-se com um taurino é conhecer a força e a persistência de quem sabe amar mantendo os pés no chão!

 

 

Gêmeos

Elemento: Ar

 

Planeta regente: Mercúrio

Com o Sol no signo de Gêmeos, temos no céu a vibração do simbolismo deste que é um signo Mutável, do elemento Ar, regido pelo dinâmico planeta Mercúrio.

Para Gêmeos, a vida é um universo de possibilidades a experimentar. Graças à incrível capacidade mental do geminiano, ele está sempre pensando em novas alternativas, em novas possibilidades, pois precisa testar as múltiplas experiências que o mundo oferece. Aliás, é dessa abertura à experiência que também vem o gosto que os geminianos têm pelas viagens e pelo contato com as pessoas. Gêmeos precisa trocar com os outros para se sentir vivo!

Gêmeos rege as comunicações, o comércio, os transportes e também o raciocínio lógico. Geminianos gostam de pensar e precisam exercer esse poder para se manter animados e bem humorados. Por isso, precisam sempre ocupar a cabeça com atividades intelectuais, adquirindo conhecimento para depois poder compartilhar. E é assim que os nativos de Gêmeos mostram seus talentos multifuncionais.

 

 

Câncer

Elemento: Água

 

Planeta regente: Lua

Quando o Sol entra em Câncer, temos o começo do verão, no Hemisfério Norte, e do inverno, no Hemisfério Sul. Por marcar o início de uma das estações do ano, Câncer é considerado pela Astrologia um signo Cardeal, ou seja, apesar do caráter emotivo, engana-se quem pensa que cancerianos sejam essencialmente passivos. São receptivos, mas não inertes, pois são emocionalmente motivados.

Aliás, entender essa complexidade emocional talvez seja o lado mais fascinante de se conhecer um canceriano. A regência pela Lua lhes confere uma profundidade singular e um instinto de proteção único. E talvez por isso que, para Câncer, a família seja tão importante.

A fertilidade, a maternidade e o instinto de proteção são fortes no canceriano. Ele nunca nega ajuda e é um excelente ouvinte dos problemas alheios. E por isso mesmo também nunca esquece quem um dia lhe ofereceu ajuda. Aliás, nunca duvide da memória emocional de um canceriano. Ele talvez seja quem melhor saiba pegar as referências do passado para agir no presente. E ainda conta com a ajuda de uma intuição infalível.

 

 

Leão

Elemento: Fogo

 

Planeta regente: Sol

Quando o Sol entra no signo de Leão, o nosso astro rei se sente em casa, pois é o seu regente. Por representar o ápice do Verão, no Hemisfério Norte, e do Inverno, no Hemisfério Sul, Leão é considerado um signo Fixo e seu elemento é o Fogo.

Muito mais do que simplesmente vaidosos, leoninos são criativos e tem a necessidade de encontrar um espaço na sua vida que sirva de palco para expressar todos os seus talentos. Com a força e a realeza que lhe são peculiares, leoninos também criam para deixar um legado, para deixarem sua marca no mundo, pois colocam o coração em tudo o que fazem.

E por isso que para os leoninos tudo tem que ser verdadeiro, tem que ter uma marca pessoal. O grande desafio leonino é ter que lidar com as suas próprias expectativas e as dos outros. E daí vem a peculiar característica leonina de oscilar da extrema expansividade à timidez mórbida que, às vezes, aparece como traço de sua personalidade marcante.

Em Leão, a beleza tem que ser natural. Flertar com um leonino é descobrir o calor de seu coração e a força de sua paixão. Mas não se engane: mesmo dóceis, leoninos sabem que nasceram para reinar e nunca perdem a majestade!

  

 

Virgem

Elemento: Terra

 

Planeta regente: Mercúrio

A passagem do Sol pelo signo de Virgem marca a temporada do ano governada por esse signo Mutável, do elemento Terra, regido pelo planeta Mercúrio. A simbologia de Virgem está relacionada ao período no qual o Verão no Hemisfério Norte – ou o Inverno no Hemisfério Sul – vai dando sinais de mudança para o início da próxima estação.

Virgem é a capacidade de escolher e colher os melhores frutos. Por isso, virginianos são seletivos, analíticos e estão sempre prontos para o trabalho. Levam muito a sério a necessidade de organizar, discriminar e aprimorar as coisas. De sua ligação com a colheita também deriva a relação com a saúde e a nutrição. O ato de alimentar bem a si mesmo e aos outros é, por excelência, um atributo virginiano.

Naturalmente prestativos, virginianos tem necessidade de se sentir úteis ao mundo. Aliás, para Virgem tudo deve ter uma função e precisa ter um local adequado. Daí sua exigência em relação à eficiência das coisas. E, assim, com Virgem, organizamos a nossa rotina para viver de forma mais saudável.

Eterno aprendiz, Virgem é a precisão técnica. Geralmente dotados de boa memória, virginianos têm o dom de transformar as coisas a sua volta para que, assim, se adaptem melhor ao mundo. Sorte daquele que tem um virginiano típico por perto: ele sempre estará disposto a ajudar!

 

 

Libra

 Elemento: Ar

 

Planeta regente: Vênus

O fenômeno astronômico do Equinócio de Outono, no Hemisfério Norte, e do Equinócio de Primavera, no Hemisfério Sul, marca o ingresso do Sol no signo de Libra. Começa no céu a temporada desse signo Cardeal, do elemento Ar, regido pelo planeta Vênus.

A palavra-chave de Libra é equilíbrio – daí deriva o nome e a simbologia do signo, que está associado à imagem da balança. É por isso que librianos são tão hábeis na arte de se relacionar. Afinal, não há na vida nada que exija mais equilíbrio do que o universo das relações humanas.

Mas a balança também é o símbolo da justiça. E, por conta disso, os librianos tendem a pesar muito os prós e contras para tomar decisões. Essa é a origem da fama de que librianos são indecisos, o que não é bem assim. Na verdade, o que Libra busca é conciliar interesses, já que librianos são diplomatas por natureza.

Todo esse senso de equilíbrio também se estende ao âmbito da arte e da estética. Em Libra, o planeta Vênus harmoniza cores, sons e imagens para deixar tudo mais leve. Para Libra, o mundo precisa de harmonia. Os librianos são mestres em deixar tudo mais belo!

 

 

Escorpião

 Elemento: Água

 

Planetas regentes: Marte e Plutão

No auge do Outono no Hemisfério Norte e no pico da Primavera no Hemisfério Sul, o Sol entra em Escorpião, esse signo Fixo, do elemento Água, regido pelo sombrio planeta Plutão e corregido pelo intenso planeta Marte.

Em Escorpião, as emoções se apresentam na forma mais profunda e enigmática do zodíaco. Por isso, para escorpianos, não existe meio termo. Passionais por excelência, escorpianos oscilam entre o extremo controle e a entrega destemida aos sentimentos mais intensos.

Com tanta profundidade, a simbologia de Escorpião navega pelos assuntos mais densos e inquietantes da condição humana: a morte, os temas tabu, o poder, a ancestralidade e a sexualidade. Aliás, daí é que vem a tão famosa sensualidade escorpiana e também seu interesse natural por assuntos místicos, misteriosos e ocultos. Para Escorpião, a investigação é uma arte.

Mas se engana quem julga escorpianos somente pelos estereótipos que muitas vezes conferem má fama ao signo. O que acontece é que escorpianos prezam muito pela lealdade e veracidade de quem está ao seu lado. E não costumam perdoar facilmente quando se sentem traídos. Aí, sofrem, mostram-se dramáticos e precisam chegar mesmo até as profundezas para, então, morrerem e renascerem. Porque, uma vez que um escorpiano vira uma página na sua vida, nada o fará voltar atrás.

 


Sagitário

Elemento: Fogo

 

Planeta regente: Júpiter

Sagitário é o signo do Centauro, o arqueiro mítico que é metade humano e metade cavalo. Quando o Sol chega em Sagitário, estamos na transição entre o Outono e o Inverno, no Hemisfério Norte, ou entre a Primavera e o Verão, no Hemisfério Sul. E, assim, Sagitário é um signo Mutável, do elemento Fogo, regido pelo planeta Júpiter.

A busca pelo conhecimento, a conquista de novos territórios, as ideologias, a fé e a religião são atributos sagitarianos por excelência. Dotado de um senso ético bastante apurado e de valores muito arraigados, Sagitário representa a busca incansável pelas respostas que norteiam o crescimento pessoal e da humanidade como um todo.

Geralmente simpáticos e bem humorados, sagitarianos costumam gostar de aventura, buscando sempre ampliar seus horizontes culturais. Daí vem seu gosto por viagens e estudos dos mais variados. E, por esse motivo, sagitarianos costumam ser excelentes mestres e professores.

Outra característica marcante de Sagitário é sua capacidade de se automotivar e de motivar aos outros. Isso porque quando acredita em alguma coisa, o sagitariano defende com unhas e dentes seus ideais. E, assim, ao lado dos nativos do signo do arqueiro, a vida é uma eterna e empolgante descoberta!

 

 

Capricórnio

Elemento: Terra

 

Planeta regente: Saturno

A simbologia de Capricórnio está relacionada ao fenômeno do Solstício de Inverno, no Hemisfério Norte, ou do Solstício de Verão, no Hemisfério Sul. Com esse acontecimento astronômico e astrológico, o Sol ingressa nesse signo Cardeal, do elemento Terra, regido pelo planeta Saturno!

Capricórnio rege a estrutura, o planejamento e a ordem social das coisas. Esforço, foco e disciplina são palavras chave para os nascidos sob esse signo que é responsável por natureza. Mas engana-se quem acha que capricornianos são só a dureza que apresentam em um primeiro contato. Por trás do comportamento formal de todo capricorniano, há muita generosidade.

O maior desafio do capricorniano é conscientizar-se de que nem tudo na vida é possível controlar. Com sua visão de longo prazo e incrível capacidade de perseverar, capricornianos são mestres em fazer as coisas acontecerem, nem que seja com o exercício de sua natural autoridade. Nas finanças, costumam ser controlados, pois sua atenção sempre seguirá em direção ao que querem concretizar lá na frente.

Relacionar-se com um capricorniano é saber fazer tudo conforme as regras. Não existe meio termo para um capricorniano, pois quando ele decide assumir um compromisso, é para valer! Sempre desconfiados, capricornianos também costumam ser bons conselheiros. Afinal, nada mais honroso para um nativo de capricórnio do que poder contribuir com sua experiência de vida.

 

 

Aquário

Elemento: Ar

 

Planetas regentes: Saturno e Urano

Quando o Sol chega em Aquário, estamos no ápice do Inverno, no Hemisfério Norte, ou do Verão, no Hemisfério Sul. Por isso, Aquário é um signo Fixo, do elemento Ar, regido pelo planeta Urano e corregido por Saturno.

A simbologia de Aquário está relacionada à identidade que assumimos em grupo, junto aos amigos, assim como à inovação e aos projetos futuros. Aquário é o sonho que compartilhamos com os outros.

Aquarianos são visionários, futuristas e, por isso, muitas vezes são considerados irreverentes. Muito sociáveis, têm a capacidade de trocar intelectualmente com diversas pessoas ao mesmo tempo. Pertencer a um grupo de pessoas, compartilhar interesses, admirar a variedade de pensamentos e compartilha-los socialmente — tudo isso está relacionado ao signo de Aquário.

Como único signo do zodíaco representado pelo homem, Aquário é racional e bastante mental. A ciência, a tecnologia, a internet e a exploração espacial são temas tipicamente aquarianos. Relacionar-se com aquarianos é ter a certeza de que a vida é bem melhor quando sabemos compartilhar!

 

 

Peixes

Elemento: Água

 

Planetas regentes: Júpiter e Netuno

Quando passa por Peixes, o Sol entra nos domínios desse que é o 12° signo do zodíaco, fechando a roda do ano astrológico. Peixes é um signo Mutável do elemento Água, regido pelo planeta Netuno e corregido por Júpiter.

Sua simbologia está relacionada aos temas do inconsciente, ao mundo dos sonhos, à mediunidade, ao misticismo e ao contato com as esferas mais sutis do ser humano. Extremamente sensíveis por natureza, os piscianos às vezes buscam isolamento, apesar de nascerem com vocação para o trabalho voluntário, para as iniciativas sociais e para o universo das artes abstratas.

Não à toa que o símbolo do planeta Netuno, o regente de Peixes, é também o símbolo da Psicologia. Com seu tridente, o rei dos mares e deus do desconhecido acessa o inconsciente para ativar o universo onírico e os poderes mediúnicos da mente humana.

Para Peixes, o desconhecido é fascinante, o que às vezes pode ser assustador e, por isso, os piscianos costumam oscilar entre os extremos da fé no abstrato ou do profundo ceticismo.

Tecnologia a favor da saúde mental: neurocientista lança Eita, um app para pessoas em estado de desespero

 

O aplicativo, que utiliza da escrita para gerar o diálogo com os facilitadores, tem interfaces ágeis e fácil navegação; a ferramenta foi criada a partir das vivências de Anaclaudia  Zani Ramos, em que teve que lidar com suicídios na sua família e com sua própria ideação suicida

A neurocientista e psicóloga Anaclaudia Zani Ramos teve que lidar com um suicídio em sua família ainda menina – não entendia, mas já sabia que algo ali estava errado. E ao longo dos anos, esse tema virou o cerne de suas questões e, ainda na adolescência, quando enfrentava ideações suicidas e maus pensamentos, Anaclaudia Zani Ramos foi levada a fazer um tratamento para um regime e lá descobriu, por meio do atendimento de uma psicóloga que, na verdade, o que ela tinha era depressão.

Essa história é o ponto de partida de Anaclaudia que, em seu próprio processo psicoterápico, vai buscar desde muito cedo respostas na neurociência para entender sua depressão hereditária e as mortes das mulheres de sua família. E agora, Anaclaudia, que se formou psicóloga e neurocientista, está lançando um aplicativo chamado EITA - Elevar a Inteligência a Treino de Autopercepção. O EITA é uma plataforma de treino de autopercepção que usa a inteligência de cada pessoa e que, a partir disto, auxilia quem estiver em situação de desespero, a fim de que não somatize suas emoções, adoecendo o corpo físico. “O EITA foi pensado para fazer a diferença no mundo a partir do universo de cada um”, conta Anaclaudia.

A neurocientista explica que a inteligência é uma habilidade de resolução de problemas, e que, por isso, e como outra habilidade qualquer, é fundamental treiná-la. “O EITA age de forma preventiva, uma vez que conseguimos prevenir doenças psicossomáticas através da autopercepção e da nossa resposta emocional a eventos que vivemos”, aponta a psicóloga. “A doença psicossomática acontece quando há desequilíbrio de emoções, gerando o adoecimento do corpo físico”, explica Anaclaudia.

 

Tecnologia aliada ao acolhimento

O EITA chega justamente no Setembro Amarelo, como uma forma de ajudar a quem busca saídas. Por ser um aplicativo Web, é acessível em qualquer navegador e de fácil uso. Suas telas são intuitivas, e o usuário, que pode estar num momento de desespero, terá fácil compreensão dos comandos e botões.

O app tem interface intuitiva e o diferencial de não ter robôs na interação com os usuários. Todo o processo começa com a pergunta “Como você está se sentindo hoje?”, dando cinco opções de emoções básicas – feliz, triste, irritado, receoso e enojado.  A partir da escolha de apenas uma emoção é que se inicia o diálogo com os facilitadores (psicólogos treinados por Anaclaudia para promoverem o atendimento inicial com o usuário). Esta primeira etapa treina cada um a nomear o que está sentindo. Isto é fundamental para que haja compressão daquilo que o afeta naquele dia ou momento.

Na sequência, o EITA pergunta “por que você está se sentindo assim?”, e abre uma caixa de diálogo para que cada pessoa possa, através da escrita, descrever com detalhes o que a levou a sentir aquela emoção. O objetivo é nomear o que sente, por meio do processo da escrita, administrando narrativa e percepção da emoção. Somente após duas horas é que um dos facilitadores irá responder. “Quando propomos a espera pela resposta, estamos treinando o controle da Ansiedade, e ansiedade nada mais é do que ansiar por algo, e essa espera precisa ter controle”, explica a Anaclaudia.

As conversas e interações acontecem sempre em ambiente seguro. Todos os dados e descrições de emoções permanecerão armazenados de forma segura e somente os facilitadores e a Anaclaudia terão acesso às informações. Com isso, eles poderão avaliar se o atendimento ajudou o usuário a lidar com a situação que ele estava passando. A partir dai, Anaclaudia conseguirá ter base para avaliar o andamento e o resultado.

O EITA oferecerá 7 dias grátis de utilização para conhecer o aplicativo. Após esse prazo, haverá a cobrança, a partir da autorização prévia e via cartão de crédito, da utilização mensal, no valor promocional de lançamento de R$99,77, que dá direito a quatro soluções de problemas por mês, que se iniciam sempre a partir das escolhas das emoções, e finalizam quando o usuário sinaliza a compreensão do problema apresentado inicialmente.

Para baixar o Eita, acesse http://eita.me/ .

 



Anaclaudia Zani Ramos - pesquisadora na área de Neurociência e Desenvolvimento Humano há 25 anos, palestrante e escritora. Tem formação em Coaching pela International Association of Coaching Institutes- Europe. A partir de seu próprio processo psicoterápico contínuo, Anaclaudia tomou como desafio a busca pelo autoconhecimento, entendimento e aprimoramento pessoal. Durante o longo percurso, inserida num mundo de investigação do desenvolvimento humano, dedicou-se ao entendimento da complexidade do funcionamento cerebral, emocional e comportamental. Por meio de estudos e pesquisa, criou o InLUC - método de mensuração de resultados criado por ela e que tem como objetivo promover a mudança de paradigmas, apresentando novos conhecimentos e significados sobre o comportamento humano a fim de que as pessoas possam olhar de uma forma diferente para as suas dificuldades diárias. O processo LUC foi inscrito no Internacional Congress of Applied Psychology em Paris e no V Congresso Latinoamericano - ULAPSE, Guatemala 2014. Anaclaudia também é fundadora da ONG Mães de Coração, em parceria com a APAE de Santo André (SP), e tem experiência na área de Gestão de Pessoas e Psicologia Jurídica Institucional junto à Delegacia da Mulher. Outra vertente que atua é na área de Sexualidade individual e conjugal sob o enfoque da Teoria Sistêmica e Processo LUC, dentro das metodologias criadas por ela.

https://www.instagram.com/anaclaudia.eita/ https://www.youtube.com/channel/UCpMGzEa6k2b6mXpQqnaPYZg


Especialista fala da importância da nutrição no combate ao estresse

A doença atinge 70% dos brasileiros e 90% da população mundial, segundo dados da OMS


Nesta quarta-feira (23/09) é comemorado o Dia de Combate ao Estresse. A data traz um alerta para a doença que atinge 90% da população mundial e 70% dos brasileiros, sendo 30% relacionados ao estresse no trabalho, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 2019. A Nutricionista Vera Salvo, do Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região SP-MS (CRN-3), fala de alguns alimentos que devem ser evitados para não aumentar o estresse.

"Além dos aspectos emocionais e psicológicos, outra importante maneira de cuidar da saúde mental é com a alimentação. Bebidas açucaradas, gorduras não benéficas à saúde presentes nos alimentos industrializados ou fast food, alimentos ricos em cafeína, doces concentrados e bebida alcoólica devem ser evitados", pontua.

Para a nutricionista, alimentos, apesar de não serem remédios, podem ajudar a diminuir a probabilidade de sofrer de ansiedade e de depressão. "Esta é uma via de mão dupla, pois à medida que estamos estressados e ansiosos, podemos comer de uma forma diferente e, dependendo do tipo de alimento consumido, podemos amenizar ou agravar o estresse", explica.

O estresse é uma reação a uma determinada situação que traz a sensação de ameaça, provocando consequências físicas como dor de cabeça ou enxaqueca, queda de cabelo, tensão muscular, insônia e outros. Segundo pesquisa da International Stress Management Association (ISMA-BR), o Brasil é o segundo país com mais pessoas afetadas pela Síndrome de Burnout no mundo, ocasionada pelo alto nível de estresse.

Sobre a doença, "é comum o corpo secretar maior quantidade de cortisol, adrenalina e o cérebro captar menos triptofano, aminoácido precursor da serotonina, um importante neurotransmissor cerebral responsável", como pontua Vera Salvo. Com o aumento do cortisol, é natural aumentar a vontade por alimentos doces e gordurosos, bem como salgados.


Alimentos no combate ao estresse

Para tratar o estresse, é necessário uma série de mudanças na própria rotina, priorizando a saúde mental e corporal. Dentro deste contexto, com relação a alimentação, a nutricionista Vera Salvo, conselheira do CRN-3, destaca alguns alimentos que podem ajudar nesse processo de tratamento:

Vitamina C: ação na ansiedade e depressão. Fontes: frutas como acerola, goiaba, laranja, kiwi; verduras como couve e brócolis.

Flavonóides: tem função antioxidante e anti-inflamatória, ajudando a inibir o estresse. Fontes: frutas, verduras e cereais.

Vitaminas B1, B3 e B6: a falta destas pode causar depressão, insônia. Fonte: carne de porco, grãos, sementes oleaginosas, carnes não processadas; leite, ostras, peixes, fígado, cereais, oleaginosas, banana, abóbora, pêssego e, goiaba.

Ômega 3: atum, salmão, sardinha, semente de chia, de abóbora, amêndoas, nozes, abacate, etc.


Dicas importantes:

- Evite as dietas restritivas e low carb; a ingestão de carboidratos de boa qualidade (pães, arroz, massas, preferencialmente integrais) favorece a entrada de triptofano no cérebro que, como mencionado acima, está relacionado à sensação de bem-estar.

- Aumente a frequência de anti-inflamatórios naturais: linhaça, frutas vermelhas, curry, cebola, alho, uva, aveia, etc.

- Prefira os alimentos frescos aos industrializados, pois possuem naturalmente mais vitaminas e antioxidantes, além de conterem menos gordura e açúcar que são inflamatórios.

- Reserve o tempo da refeição para prestar atenção no que está comendo, na montagem do prato, abrindo os sentidos para aproveitar da melhor forma possível a refeição que está consumindo. Permita-se pausar nestes momentos e desfrutar tudo o que está disponível para você, viver o momento. Sempre haverá muito a fazer, mas é importante parar para recomeçar com mais energia e alegria!


Saiba como aliviar o estresse causado pelo isolamento social

Pandemia contribui para aumento da busca por apoio psicológico

 

O estresse é uma reação fisiológica do organismo quando é preciso se adaptar a novas situações, porém, se for por um período prolongado ou um nível muito alto, pode começar a gerar problemas físicos e emocionais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o estresse atinge 90% da população mundial.

Nas Unidades Básicas de Saúde Jd. Coimbra e Jd. Nakamura, gerenciadas pelo CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim"), a procura por ajuda psicológica durante a quarentena aumentou significativamente. Diante do isolamento social obrigatório por conta da pandemia de Covid-19, houve uma incidência de estresse, principalmente, por não ser uma escolha pessoal.


Estresse X Pandemia

"A pandemia gera medo e o medo gera ansiedade, logo, o estresse aumenta de forma brusca com a tentativa da pessoa de se adaptar a essa nova realidade", explica a psicóloga Alessandra G. Jacinto, que atua nas UBS Jd. Coimbra. e Jd. Nakamura.

"Praticamente 90% dos meus atendimentos atuais estão relacionados ao estresse.

Pessoas que precisam trabalhar de casa e cuidar dos filhos, professores, crianças que não podem brincar com seus colegas, idosos que não podem participar dos seus grupos de convivência, entre outras diversas situações que geram o estresse por conta do isolamento social", exemplifica a especialista.

Taquicardia, hipertensão, tremor, dores de cabeça, tonturas, dores no corpo, queda de cabelo, cansaço constante, irritabilidade, alteração de humor, dificuldade de concentração, dificuldade para dormir, gastrite são alguns dos sintomas emocionais e físicos de quem procura por ajuda psicológica, e, que muitas vezes, não entende que esses sintomas são causados pelo estresse.

É importante diferenciar o estresse do cansaço. O cansaço se resolve com descanso, já o estresse, se não for bem administrado, pode ser perigoso, explica a psicóloga. 

"Por ser um esforço exagerado, o organismo libera uma série de reações, produz alguns hormônios em excesso como o cortisol e adrenalina causando um descontrole emocional, fazendo com que a pessoa perca o interesse pela rotina diária, correndo o risco de desenvolver depressão ou transtorno de ansiedade", completa.


Como aliviar o estresse?

Thais Aparecida é paciente de uma das unidades gerenciadas pelo CEJAM e faz tratamento para Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional. "Caminhar ouvindo música, me alimentar bem, comer frutas, legumes e verduras, assistir séries, filmes, estar com a minha família e continuar com o acompanhamento médico tem ajudado a combater o estresse durante o isolamento social", destaca.

Ainda assim, Alessandra explica que é preciso ter consciência e entendimento do estresse e dos motivos que estão o causando, para que seja possível realizar atividades

que o aliviem, como, por exemplo:

● Ter momentos de lazer em família;

● Assistir programas, filmes ou séries que você goste;

● Ouvir música;

● Manter uma alimentação saudável, diminuindo o consumo de açúcar, alimentos industrializados e cafeína e aumentando o de vegetais,

grãos, e até mesmo chocolate 70% cacau;

● Praticar atividade física como correr, dançar, andar de bicicleta, nadar, alongar

e exercícios de respiração também;

● Tomar banhos aromatizantes.


Tipos de estresse

Existem alguns tipos diferentes de estresse, o agudo, que é uma reação do corpo diante de um fato estressante; o agudo episódico, quando os sintomas do estresse agudo se repetem com frequência; o crônico, quando já faz parte da rotina da pessoa; o pós-traumático, que se originaliza depois da pessoa ter sido vítima ou testemunha de situações violentas ou traumáticas e as lembranças desencadeiam alterações neurofisiológicas e o Burnout, que é uma síndrome resultante de um alto nível de estresse no ambiente de trabalho.

 


Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" - CEJAM

http://cejam.org.br/


O acolher emocional da liderança

Em nosso dia a dia estamos sempre atuando no processo de favorecer o desenvolvimento das lideranças. Seja especificamente dentro do papel de líder, sejam nas relações conectadas a esses papéis. E, sempre percebo que um dos principais desafios que tais líderes enfrentam é justamente o processo de acolher emocionalmente as pessoas.

Ao pensarmos sobre o momento em que estamos vivendo agora, esse desafio está sendo cada vez mais potencializado. Momento de isolamento social, muitos sentimentos de medo, insegurança, ansiedade, frustração devido à falta de perspectiva real sobre o que vai acontecer e quando vai acontecer… Novas formas de configuraçãodo trabalho e das relações, que exigem novas habilidades e muito desenvolvimento em um curto espaço de tempo.

Nossas vulnerabilidades, mais do que nunca, estão expostas e impactando nossos papéis e relações. Enfim, esse quadro certamente já está claro para todos nós. Porém, o líder, além de tudo isso, também é impactado por toda a volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade (mundo VUCA),o que acaba exigindo dele uma maior capacidade emocional para lidar consigo mesmo e com as demais pessoas, principalmente no papel profissional.

E como acolher emocionalmente as pessoas tendo como desafio influenciá-las para que continuem buscando um propósito comum? Como atuar compreendendo que antes de um membro de time que precisa buscar metas e resultados existe uma pessoa ali, com sentimentos e necessidades?

Com base nos meus 11 anos de experiência no Grupo Bridge, onde pude atuar em inúmeros processos de desenvolvimento de líderes, em diversas situações e fases de evolução do papel profissional, pensei em condensar para você alguns passos sobre como pode ser um processo de acolhimento emocional. Vale aqui o alerta: não é para compreendê-los como uma regra fechada, mas sim como um orientador que pode ser adaptado conforme o estilo e a necessidade de cada contexto. Sempre levando em consideração – principalmente – a relação específica onde o líder deseja realizar o processo de acolhimento, que envolve o EU/LÍDER e o TU/LIDERADO.

E veja bem, o objetivo aqui não é simplificar algo tão complexo e desafiador, mas sim tentar priorizar alguns pontos que tenho percebido, na prática, ser essenciais na atuação dos líderes para o desempenho mais saudável do seu papel.

Como falamos, é um processo de acolhimento emocional, portanto deve ser uma atuação contínua e prolongada na relação, realizada em um fluxo cíclico, que vai sendo retroalimentado, aprimorado e evoluído, conforme o desempenho dos papéis e de suas relações também evoluem. Os passos não são isolados e, na verdade estão muito encadeados. Procurei dividi-los para, de forma didática, facilitar e clarificar o que deve ser essencial no processo.Tudo o que apresento aqui denota uma visão conectada às relações humanas, ou seja, pode ser adaptado para todo o tipo de relação, mas trazemos um foco maior para a liderança.


1º PASSO: Conhecer e Acompanhar seu dia a dia 
Para que o processo de acolhimento emocional aconteça, a primeira etapa é compreender o significado de ACOLHER.

Ao buscarmos a origem da palavra, ela vem do Latim ACOLLIGERE, que é a junção de AD: “a” + COLLIGERE: “reunir, juntar”+ LEGERE: “reunir, coletar, recolher”. Portanto, ACOLHER significa: “levar em consideração, receber, oferecer refúgio ou proteção”.

Assim, para esse exercício, é preciso proximidade, estar perto, conviver. Você não consegue acolher sem estar junto a pessoa. É estar disponível, aberto para conhecer e compartilhar, conhecendo a pessoa e conectando-se à sua realidade, ao seu dia a dia.

O líder precisa estar próximo ao seu liderado. Quando falo de proximidade, não é física, porque entendemos, mais do que nunca, que é possível se fazer presente mesmo sem vê-la presencialmente. É preciso investir tempo nessa relação, e aqui, o tempo a ser investido não é medido em quantidade, independente de ser 1 hora ou 15 minutos,ele necessita ter qualidade!

Para garantir essa qualidade, estabeleça momentos de troca que possam ser além de apenas acompanhar as entregas ou as metas e indicadores. É preciso acompanhar como está a pessoa de forma integral. Como está o seu momento de vida, quais as questões que estão “pegando” em sua realidade pessoal, como ela está física e emocionalmente. Quais os desafios no desempenho de seu papel e o conhecimento atrelado a tais desafios. Como andam o propósito e motivação dessa pessoa. Não existe outro caminho para conhecer e compreender alguém sem ser estando próximo e interessado em sua verdade.



2º PASSO: Escutar empaticamente
A escuta é a habilidade mais necessária e mais difícil de se desenvolver na relação e na comunicação entre as pessoas. Vai muito além da capacidade de usar os ouvidos para ouvir. Na verdade, tem a ver com usar toda a sua percepção, todos os seus sentidos. É perceber o verbal e o não verbal da pessoa. Trata-se de uma empatia genuína e primordial. Captar os sinais emitidos pela pessoa, sinais esses que são enviados de forma intencional ou não. A nossa percepção deve estar voltada para o outro, para acessar o seu emocional e exercitar algo que podemos chamar de “sentir com o outro”. Este exercício não é nada fácil. Requer estar aberto para escutar com total receptividade, sintonizando-se com a pessoa, baixando a guarda sobre os julgamentos ou ideias preconcebidas.

É captar seu tom de voz, a forma como olha, as expressões faciais, as palavras que dá ênfase ou não, e, até mesmo o silêncio (que em muitas vezes, diz mais do que muitas palavras). É o que ela expressa nas entrelinhas. Aqui, cabe exercitar no dia a dia a sua percepção e, para tal, é necessário parar e se conectar ao outro.



3º PASSO: Identificar os sentimentos, pensamentos e necessidades
Esse momento acontece de forma cadenciada e conectada ao anterior. Aqui é importante traduzir tudo o que aconteceu e foi captado no exercício de escuta empática, identificando e nomeando o que a pessoa está sentindo (alegria, raiva, frustração, medo, entre outros), quais são os pensamentos gerados por essas emoções, e quais são as necessidades conectadas aos sentimentos e pensamentos. Todos temos necessidades que precisam ser atendidas e que ora são manifestas ou não. Podem ser necessidades de segurança, cuidado, pertencimento, bem-estar, autonomia, reconhecimento, compreensão, dentre outras.

Existem dois grandes desafios aqui: O primeiro é separar o meu processo do processo da outra pessoa, ou seja, saber diferenciar o que é o meu e o que é do outro é fundamental. Caso não consiga fazer isso, certamente haverá uma confusão e posso correr o risco de agir conforme os meus sentimentos, pensamentos e necessidades ao invés de a agir exercitando a empatia de fato. Para reduzir esse risco, eu como líder preciso fazer o que chamamos de autoempatia, identificando claramente quais são os meus sentimentos, pensamentos e necessidades diante do que é expresso e cuidando de mim.

segundo desafio é perceber realmente a realidade da pessoa, e não só supor o que eu acho que deva ser. Para reduzir tal risco, é fundamental saber que esse passo não acontece sem a participação da pessoa. É uma coconstrução, um compartilhar de percepções, onde eu como líder amplio minha percepção, identificando como a pessoa se sente, pensa e o que ela necessita, e, através da nossa comunicação e troca, vou confirmando com ela se o que percebi e, ou, entendi expressa realmente a sua realidade. E neste caso, o caminho é o verbal.

É fundamental dizer para a pessoa, de forma cuidadosa e respeitosa, o que percebi, fazendo perguntas para identificar se ela realmente está se sentindo daquele jeito. Por exemplo: “Parece que você está se sentindo frustrada em não conseguir avançar nessa entrega. É isso mesmo?”. Assim como seus pensamentos e necessidades: “Parece que você acha que não está conseguindo agir como gostaria e tem uma necessidade de ter mais autonomia. É isso mesmo?”. Com essa troca, eu como líder vou checando se minha percepção está correta ou não. E a pessoa, sente-se realmente compreendida e escutada de forma empática.



4º PASSO: Direcionar as necessidades
Uma vez identificadas quais são as necessidades, elas precisam ser encaminhadas. Aqui o importante é demonstrar que se importa e que está verdadeiramente acolhendo as necessidades observadas. Vale ressaltara a importância da transparência e da clareza ao transmitir à pessoa sobre qual será o direcionamento adotado, inclusive – e principalmente – se em certos momentos, algumas necessidades possam não ser atendidas. É preciso que isso fique claro para outra pessoa, assim como o motivo do não atendimento. Importante também esclarecer se será necessário um tempo e processos para alcançar a necessidade ou mesmo, se não poderá ser atendida em momento algum.

Caso não consiga atender diretamente uma necessidade, é possível como líder tentar negociar algo que se aproxime dela. Por exemplo, no caso da necessidade ser de reconhecimento: a pessoa pode expressar o desejo de uma promoção, a qual o cenário não permite, e nesse caso o líder pode oferecer um desafio em um novo projeto que a pessoa tenha tanto o seu potencial quanto o seu desempenho reconhecidos, ou mesmo novas atribuições que tragam movimento para o cotidiano.

Em um outro exemplo, uma necessidade que dependa da relação com o líder: a pessoa precisa de mais confiança ou autonomia na relação com a liderança, que pode ser estimulada pelo líder e retornada com o feedback da evolução pelo liderado.

Caso seja algo mais específico ao campo emocional, algo que esteja fragilizando mais o psicológico da pessoa, vale somar esforços e envolver profissionais que possam dar um suporte técnico para o acolhimento mais adequado (como os profissionais da Psicologia, por exemplo).

Cada necessidade precisará de um direcionamento. O fundamental é que a pessoa sinta-se acolhida. E que ela perceba que é natural ter vulnerabilidades, que faz parte do processo de desenvolvimento e das relações humanas. E que ir compartilhando e trocando para cuidar dessas vulnerabilidades será fundamental para acolhê-las e cuidá-las sempre que necessário. É esse sentimento que vai ampliar a relação, alimentando a confiança e a troca entre ambos. E como falamos, deve ser um processo constante e nutrido pelo líder na relação com cada um de sua equipe.

Experimente vivenciar esses passos e sinta a confiança sendo construída, nutrindo as relações com sua equipe, tornando-as mais fortes e saudáveis. E caso deseje o nosso acompanhamento direcionado, temos o Laboratório de Práticas de PAE – Processo de Acolhimento Emocional, onde os líderes compartilham seus principais desafios no processo de acolhimento com seus times e praticam respostas e caminhos possíveis, utilizando os passos apresentados aqui, já conectados à prática e contextos específicos de sua realidade, para uma atuação mais assertiva e saudável.

É isso, sozinho ou com nosso apoio, permita-se experimentar essa prática e depois compartilhe conosco quais foram os resultados!

 

 


Bárbara Crespo - Psicóloga e Consultora especializada em desenvolvimento de líderes e times no Grupo Bridge. Ama uma mesa farta para compartilhar com a família e os amigos, é apaixonada por música e filmes, tem o mar como um refúgio e procura se desenvolver de forma holística enquanto ser integral.


Resiliência: 11 passos para lidar com os problemas de forma positiva

Psicoterapeuta Sabrina Amaral explica como sair do ciclo de frustrações e transformá-lo em uma oportunidade de crescimento


Ser resiliente é ter a capacidade de se adaptar e se recuperar de situações impactantes. Quando se vivencia uma decepção, por exemplo, a saúde emocional se abala e os efeitos negativos podem se arrastar por semanas.  Ao passar por adversidades psicológicas ou físicas exercitando a capacidade de resiliência pode-se minimizar o sofrimento mental - até mesmo em contextos mais graves, como o de uma pandemia.  

A psicoterapeuta Sabrina Amaral, da Epopeia Desenvolvimento Humano, explica que é possível lidar com a frustração de uma forma saudável e, até mesmo, útil. Por isso, listou 11 passos para transformar esse sentimento em uma ferramenta para alavancar o crescimento pessoal. 

 

1. Aceite aquilo que você sente

Sim, a decepção dói. E está tudo bem. Não tente negar o sentimento ou escondê-lo atrás de um sorriso falso. Fica bem mais fácil de lidar com a situação quando não caímos na tentação de fingir que está tudo bem. Em vez disso, aceite aquilo que sente, deixe doer por um tempo.  Se permitir sentir fará com que a dor passe mais rápido. Isso é muito melhor do que ficar dias vivendo-a em doses homeopáticas, reforçando atitudes pessimistas e autossabotadoras.

 

2. Lembre-se: só erra quem faz

Sabe quem é que nunca se frustra ou se sente irritado por causa dos acontecimentos da vida? Aquela pessoa que nunca sai da zona de conforto. Todas as pessoas que são hoje consideradas bem sucedidas se arriscaram em algum momento da vida e certamente tiveram sua cota de frustrações e fracassos. Se você errou, esse é um sinal de que você está tentando crescer e se desenvolver. Ter esse fato em mente te ajuda a ficar forte e a lidar mais facilmente com seus próprios tropeços e dissabores.

 

3. Abandone os rótulos

Só porque você teve um contratempo, cometeu um erro ou decepcionou outra pessoa não significa que você seja uma decepção ou fracasso em tudo o que faz. A sensação de peso que você sente quando as coisas dão errado não vai durar para sempre, ainda que pareça assim naquele momento. É comum nós pegarmos um fato isolado e generalizá-lo para todas as circunstâncias que se desdobram depois dele, atribuindo-nos rótulos negativos e destrutivos. Opte sempre por ter uma atitude mais generosa consigo mesmo, sabendo que dará o seu melhor para agir diferente daquele ponto em diante. 

 

4. Cuidado com as expectativas irreais

Quanto mais você exige ou espera perfeição de si mesmo ou das outras pessoas, mais se frustra. Portanto, verifique se sua régua não está um pouco alta demais. Acreditar nos mitos da perfeição só irá prejudicar a você mesmo e às pessoas em sua vida. Afinal, esses momentos que são ostentados nas redes sociais e disseminados nos filmes românticos não estão presentes em nosso cotidiano com a mesma frequência com que os idealizamos. Insistir nessa atitude prejudica seus relacionamentos, sua carreira e sua felicidade. Então, se você quer ter uma vida mais leve, pare de exigir tanto de si. 

 

5. Faça disso um aprendizado

Em vez de se perder na angústia e desconforto que podem surgir da frustração, prefira encará-la como uma alavanca que pode ajudar você a se desenvolver. A melhor maneira de conseguir fazer isso, na minha opinião, é respondendo a três questões:

  • Isto que aconteceu é uma oportunidade para eu aprender o quê?
  • Se pudesse voltar no passado, com o conhecimento que tenho agora, como agiria?
  • O que posso fazer diferente da próxima vez?

Talvez você descubra que poderia ter se comunicado melhor, ou que poderia ter dado um tempo em suas atividades para evitar erros e pensar com mais clareza. Você pode até descobrir formas de usar melhor seu tempo – ou não usá-lo – com pessoas que te decepcionaram (ainda que isso pareça difícil).

 

6. Busque formas de aliviar a pressão

Se você é do tipo que se recusa a fazer uma pausa entre suas atividades, pois acredita que a interrupção vai atrapalhar sua produtividade, você está enganado. Uma pausa ajuda você a se distanciar do problema e ver as coisas com mais nitidez. A neurociência já mostrou que quando tiramos um tempo para relaxar, oscilar entre atividades, divertir-se ou fazer algo diferente, temos mais energia e criatividade para encontrar soluções. Quanto mais o seu equilíbrio interno estiver em dia, mais fácil será lidar com contratempos de maneira mais construtiva e mentalmente centrada.

 

7. Um olhar de fora pode ajudar

Ter uma perspectiva mais objetiva e ampla do que aconteceu é fundamental para lidar melhor com a frustração. Uma das maneiras mais poderosas de fazer isso é tendo a contribuição de um olhar de alguém de fora da situação.  Isso pode ser feito por meio de uma boa conversa com um amigo, um mentor ou até mesmo um terapeuta.  Quando você fala sobre o assunto, alivia a pressão, organiza as ideias, calibra sua percepção de realidade e peso em relação aos fatos.  Essa pessoa pode trazer uma nova perspectiva, ajudar você a não fazer ‘tsunami em tampinha de garrafa’ e contribuir com sua visão diferenciada dos fatos. 

 

8. Combata os pensamentos sugadores de energia

Se você sabe que tem a tendência de ficar preso a pensamentos ruminantes de uma situação negativa é importante romper o círculo vicioso. Você pode, por exemplo, tirar o foco da atenção oferecendo ajuda a alguém. Ser prestativo, ouvir com atenção o problema da outra pessoa - a genuína intenção de ajudar tira você do looping de pensamentos negativos. Outra alternativa eficaz é fazer qualquer tipo de atividade física: caminhada, polichinelos, subir e descer escadas, qualquer coisa que faça você queimar energia e ativar outras áreas do cérebro. 

 

9. Recarregue a pilha

Para aumentar o seu nível de motivação mantenha contato com coisas que te energizam.  Crie por exemplo um repositório de ‘super reservas’, onde você irá guardar e-mails com elogios, mensagens de WhatsApp com reconhecimento por algo bom que tenha feito, fotos de momentos felizes, bilhetes, cartões, entre outros. Este repositório irá elevar seu astral instantaneamente.  

 

Outra técnica interessante é criar um diário do “Eu sou”.  Pegue um caderno escreva todos os dias no mínimo 3 coisas pelas quais você gostaria de se reconhecer (no começo o exercício é desafiador, mas gradativamente, vai ficando mais fácil elevar sua autoestima e moral).  Você pode buscar ainda apoio externo ouvindo podcasts, assistir vídeos motivacionais de mentores que você admira, ouvir uma playlist de músicas animadas. Enfim, dedique pelo menos 10 minutos do seu dia nessa atividade e perceba a diferença na mudança do seu pensamento.

 

10. Exercite a visualização positiva

Depois de aceitar a situação, tirar os aprendizados do que aconteceu e reabastecer sua pilha, é importante dar pequenos passos em direção ao que você deseja. Para facilitar, faça o exercício da ponte ao futuro. Imagine como vai ser quando você tiver resolvido o problema, o que vai sentir, onde vai estar, o que vai ouvir. Dê vida a essa cena usando os 5 sentidos e tornando-a o mais real possível. Quando estiver no auge desse momento feliz, faça o caminho de trás para frente, imaginando qual foi o passo anterior para chegar onde você está. Em seguida, vá voltando o caminho passo a passo para ter clareza dos acontecimentos e ações que te levaram até lá. 

 

11. Faça um plano de ação

Agora que você tem clareza do onde quer chegar e abriu o caminho para as possibilidades de fazer isso acontecer, é importante que você defina qual é a melhor estratégia para chegar até lá.  Você pode quebrá-la em micropassos para não correr o risco de procrastinar as ações. Também pode, ainda, validar o plano com alguém de sua confiança e pedir para que essa pessoa te acompanhe no reporte de cada etapa que for concluída, a fim de aumentar o seu nível de comprometimento. Geralmente, somos melhores em nos comprometer com os outros do que com nós mesmos.

 

Para finalizar, Sabrina Amaral evidencia a necessidade de respeitar o processo de autodesenvolvimento: “Formulei esses passos depois de acompanhar muitas pessoas em seus trajetos de angústias e frustrações. Então, calibre o seu nível de auto exigência para algo construtivo. Lembre-se, se tiver que se comparar a alguém, compare-se a si mesmo em relação ao dia anterior, esse é o tipo de comparação justa e adequada.  Seja gentil com você mesmo, assim como você costuma ser com os outros, pois as adversidades fazem parte da vida”, afirma a psicoterapeuta, que ainda acrescenta: “A dor é inevitável, mas o sofrimento pode ser opcional”. 

 

 


Sabrina Amaral - acredita na transformação do ser humano e, após uma vivência de duas décadas na gestão de processos de RH, fundou a Epopéia Desenvolvimento Humano que se propõe a levar à tona o que o cliente tem de melhor com o intuito de ajudá-lo no processo de se tornar pleno, inteiro e feliz.

 

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Descubra como evitar os gatilhos mentais a partir do autoconhecimento

Hoje em dia, muito tem se falado sobre os gatilhos – ou seja, sobre os acontecimentos e eventos aleatórios que disparam, nas pessoas, reações adversas, compulsivas e automáticas. O tema, emprestado da psicologia, ficou muito comum nas redes sociais, onde os “avisos de gatilho” se tornaram recorrentes. Isso porque, como forma de alerta, muitos usuários e contas passaram a adotar a expressão para avisar, de antemão, que aquele conteúdo tem potencial de despertar emoções difíceis ou complexas.

Independentemente da discussão sobre o que é ou não um gatilho, a verdade é que todos nós, mais dia, menos dia, somos pegos desprevenidos por acontecimentos que desafiam a nossa razão e provocam sentimentos inesperados. Basta uma cena de filme, um capítulo de um livro, uma música ou mesmo a fala de alguém que a gente gosta e pronto: nós nos deparamos com uma série de emoções doloridas e quase sempre conectadas a eventos do passado. Isso acontece porque, inconscientemente, os gatilhos nos remetem a situações que já vivemos e com as quais não lidamos muito bem. Como resultado, revivemos essas emoções aqui, no presente, por conta da associação estabelecida pelo nosso cérebro entre o acontecimento do agora e aquele do passado. Mas, então, o que fazer para lidar melhor com essas situações que, embora tão sensíveis, são também tão comuns?

O primeiro passo, evidentemente, é promover um debate capaz de sensibilizar e de fomentar a empatia. Temos, sim, de ensinar as pessoas a se responsabilizarem por suas falas, mas não podemos esperar que mudem do dia para a noite. Por isso, a melhor maneira de lidar com um gatilho é a partir de nós mesmos e da nossa autoconsciência.   

De acordo com Heloísa Capelas, uma das principais especialistas em autoconhecimento, inteligência emocional e inovação pessoal do país, “os gatilhos mentais e emocionais vão ser disparados, infelizmente, sem que se possa evitá-los; mas não podemos dar tanto poder ao outro, o outro não pode ser responsável por nos tirar do cerne. A prática do autoconhecimento nos permite justamente isso, ou seja, perceber que aquilo é um gatilho, perceber que nos causa uma emoção negativa e dolorida e, então, decidir o que podemos e queremos fazer a respeito – em vez de simplesmente responder no automático”

Heloísa, que é criadora do Universo do Autoconhecimento (o primeiro clube de assinaturas de autoconhecimento do Brasil), defende que a autorresponsabilização é uma escolha saudável para evitar a vitimização. “O que o outro fez ou faz é dele. Nós não temos como impedi-lo, mas temos como decidir, com atenção e intenção: ‘eu sei que ele está fazendo para me ferir e, por isso, não vou permitir que isso aconteça’. Mas essa escolha só pode ser tomada se estivermos, antes de tudo, atento aos nossos pensamentos e emoções”.

Assim sendo, a autoconsciência, um exercício a ser praticado diariamente e que nunca tem fim, pode ser um meio muito eficaz para evitar os ressentimentos causados pelos gatilhos. É como Heloísa Capelas ensina: “Todo dia, você pode parar por um instante para se perceber. É uma das maneiras de praticar o autoconhecimento, e, essencialmente, tudo o que você precisa fazer é decidir que vai se olhar com honestidade e isenção. Que vai se perguntar e responder, com abertura e sem autocrítica, o que você está realmente pensando e sentindo, e quais comportamentos têm vontade de adotar em resposta a isso (em vez de simplesmente adotá-los por impulso). Isso, por si só, é suficiente para que comece a se conhecer de verdade”. 

 



Heloísa Capelas - É CEO do Centro Hoffman e, há quase três décadas, está à frente do Processo Hoffman no Brasil – treinamento de autoconhecimento aplicado em 15 países e que já teve seus resultados cientificamente atestados. Por sua sala de aula já passaram mais de 12 mil alunos, entre os quais algumas das principais lideranças e gestores do mercado nacional. Criadora do “Universo do Autoconhecimento”, primeira plataforma de treinamentos e conteúdos online sobre o tema, e autora dos best-sellers “O Mapa da Felicidade” e “Perdão, a Revolução que Falta”, Heloísa é reconhecida como uma das principais especialistas do país em autoconhecimento, inteligência emocional e inovação pessoal.


Estresse causado pela pandemia está envelhecendo as pessoas mais rápido


Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Pernambuco avaliou 16,4 mil pessoas e observou que 73% das pessoas que participaram da pesquisa relataram algum nível de estresse devido ao isolamento social e pandemia. Além dos impactos psicológicos e para a saúde, o estresse é responsável também por um envelhecimento acelerado da população. 

O estresse quando se torna crônico, além de aumentar o risco de problemas cardiovasculares, como hipertensão e infarto, e afetar o sistema imunológico, também traz efeitos negativos na pele. De acordo com um estudo publicado na revista científica Inflamm Allergy - Drugs Targets, a liberação crônica de cortisol, o hormônio do estresse, causa atrofia cutânea, diminuição do número de fibroblastos, colágeno e elastina e também está associado ao aparecimento de rugas. 

A cirurgiã plástica que atua na área de rejuvenescimento facial, Ana Carolina Chociai, explica que os fibroblastos são as células responsáveis pela síntese de colágeno, proteína que confere elasticidade aos tecidos. 

"A diminuição de fibroblastos e do colágeno também reduz a resistência, não só da pele, mas também dos demais tecidos que se tornam flácidos", explica a médica Ana Carolina Chociai. Segundo ela, as pálpebras são as áreas mais afetadas do rosto, devido a sua anatomia, já que a pele mais fina do corpo está na pálpebra. 


ESTRESSE - Picos de estresse podem ser o gatilho para o surgimento ou agravamento de problemas como a dermatite atópica, psoríase, urticária, vitiligo, acne e até mesmo enfraquecimento e queda de cabelo. 

No cabelo, por exemplo, o cortisol em excesso promove a vasoconstrição das raízes, encurtando a fase de crescimento capilar devido a falta de sangue e nutrientes para os fios, um processo conhecido como eflúvio telógeno. É em picos de estresse que também ocorrem danos permanentes às células produtoras de melanina (pigmento do cabelo) e a perda da cor dos cabelos pode ser permanente, segundo pesquisa conduzida em Harvard e publicada na edição de janeiro na Nature. 

"Neste momento, trabalhamos em equipe para a manutenção integrada da saúde do paciente. No caso dos cabelos, o primeiro passo quando se verifica a queda de cabelo é marcar uma consulta com o médico dermatologista que fará a tricoscopia e o diagnóstico, já que muitas doenças podem resultar na queda dos fios", comenta Chociai. 


PREVENÇÃO - Com o avanço da tecnologia e da medicina voltada à beleza, hoje é possível buscar tratamentos para prevenir o envelhecimento e buscar o rejuvenescimento com aspecto natural. Dentre os procedimentos utilizados com esse objetivo existem as já conhecidas aplicações de ácido hialurônico, bioestimuladores de colágeno e também tecnologias novas como os laseres de ultra performance. 

Segundo a médica Ana Carolina Chociai, o ideal é durante uma consulta é realizar uma avaliação minunciosa de todas as camadas da face, desde a estrutura óssea até a pele. "Atualmente temos várias opções de tratamento de rejuvenescimento e mesmo estratégias pré-envelhecimento, chamadas de beautification ou positive aging. A indicação depende de cada caso e dependerá da avaliação médica", completa. 


PESQUISA E TECNOLOGIAS - A cirurgiã de Curitiba é também pesquisadora e precursora de uma técnica lançada neste ano que busca o rejuvenescimento da região das pálpebras sem cirurgia. O estudo apresentado e publicado na revista científica Lasers in Surgery and Medicine servirá como base para aplicação da técnica batizada de Eyelift em todo o mundo. Com o envelhecimento natural, e agora impulsionado pela pandemia, a perda de colágeno da região dos olhos promove um aspecto flácido das pálpebras que pode ser corrigido e postergar uma blefaroplastia. 

"O procedimento prevê uma abordagem completa dos tecidos moles periorbitários (olheiras) tratando além da pele, músculos e ligamentos que também perdem a elasticidade e a firmeza durante o processo de envelhecimento", explica a especialista. "Uma blefaroplastia entre os 40-50 anos implicará em necessidade de um novo procedimento ao longo da vida, tendo em vista que expectativa de vida só aumenta e a recidiva de flacidez é certa, o laser permite um tratamento seguro e eficaz contra a flacidez das pálpebras", completa a cirurgiã. 



QUANTO TEMPO VOCÊ DORME PARA ESTAR BEM NO DIA SEGUINTE?

Pesquisa do Nube revela como os jovens enfrentam o desafio de descansar bem

 

O tempo dedicado ao descanso e à reposição de energias pode variar para cada pessoa. Mesmo assim, especialistas recomendam reservar ao menos oito horas ao dia para dormir e acordar renovado para um novo ciclo. Porém, com a vida agitada, nem todos conseguem seguir a orientação. Para saber como é o comportamento dos mais novos, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios fez uma pesquisa e perguntou: “quanto você precisa dormir para estar bem no dia seguinte?”. Foram 37.780 respondentes, de 15 a 29 anos, entre 1 e 14 de agosto.

Para quase metade, 48,9%, dos entrevistados, ter um sono de sete a oito horas é o suficiente para recuperar a disposição. Segundo Thatiane Reis Rogai, analista de treinamento do Nube, se atentar a esse tópico pode trazer vantagens como maior disposição, entusiasmo, criatividade e facilidade de concentração. “Isso tudo resulta em um melhor desempenho e maior produtividade na rotina”, comenta.  

Outros 41,1% só conseguem repousar seis horas por noite. De acordo com a analista, ter hábitos noturnos saudáveis ajuda a ter uma vida mais equilibrada. “Caso seja inviável para você, redobre os cuidados com outros costumes como alimentação balanceada e prática de exercícios físicos. Se ainda assim se sentir cansado, procure um especialista para te orientar em ações capazes de garantir seu bem-estar”, orienta Thatiane.  

Cerca de 8,50% contaram ficar inativos por um período curto, mas já acordam dispostos. “Existe uma orientação geral para cada idade. Todo ser humano é único, portanto, é sempre importante buscar o auxílio de um profissional para te ajudar quanto às reais necessidades do seu organismo”, afirma a analista.  

Já para 1,49%, o ideal é ter 10 horas para despertar revigorado e ainda tirar um cochilo no meio da tarde. “Muitos estudos apontam os benefícios de descansar brevemente após o almoço ou no período vespertino. Vale lembrar: esse repouso não substitui o sossego da noite, então invista em costumes saudáveis. Lembre-se: quem se deita pouco ou muito poderá enfrentar problemas”, conclui Thatiane.  

Para quem tem dificuldades em se desligar, a especialista orienta: “opte por ocupações capazes de induzir relaxamento pouco antes de deitar. Dentre os exemplos, há a leitura de um livro ou ouvir uma música tranquila. O celular pode fazer a tranquilidade demorar mais para chegar. Por isso, defina um horário de interrupção do uso. A forma como nos sentimos, como enfrentamos preocupações e pensamentos também pode afetar esse momento. Fique atento se por dormir pouco não está te levando a uma rotina estressante: com ansiedade e baixa disposição. O resuldado pode ser dificuldades na execução de suas tarefas”, alerta.  

Portanto, Thatiane conclui: “priorize os períodos de descanso e encare-os também como intervalos de produtividade, afinal, apesar de você estar dormindo, seu corpo está trabalhando a seu favor”. 


 

Fonte: Thatiane Reis Rogai, analista de treinamento do Nube

www.nube.com.br


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