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quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Especialista fala da importância da nutrição no combate ao estresse

A doença atinge 70% dos brasileiros e 90% da população mundial, segundo dados da OMS


Nesta quarta-feira (23/09) é comemorado o Dia de Combate ao Estresse. A data traz um alerta para a doença que atinge 90% da população mundial e 70% dos brasileiros, sendo 30% relacionados ao estresse no trabalho, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 2019. A Nutricionista Vera Salvo, do Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região SP-MS (CRN-3), fala de alguns alimentos que devem ser evitados para não aumentar o estresse.

"Além dos aspectos emocionais e psicológicos, outra importante maneira de cuidar da saúde mental é com a alimentação. Bebidas açucaradas, gorduras não benéficas à saúde presentes nos alimentos industrializados ou fast food, alimentos ricos em cafeína, doces concentrados e bebida alcoólica devem ser evitados", pontua.

Para a nutricionista, alimentos, apesar de não serem remédios, podem ajudar a diminuir a probabilidade de sofrer de ansiedade e de depressão. "Esta é uma via de mão dupla, pois à medida que estamos estressados e ansiosos, podemos comer de uma forma diferente e, dependendo do tipo de alimento consumido, podemos amenizar ou agravar o estresse", explica.

O estresse é uma reação a uma determinada situação que traz a sensação de ameaça, provocando consequências físicas como dor de cabeça ou enxaqueca, queda de cabelo, tensão muscular, insônia e outros. Segundo pesquisa da International Stress Management Association (ISMA-BR), o Brasil é o segundo país com mais pessoas afetadas pela Síndrome de Burnout no mundo, ocasionada pelo alto nível de estresse.

Sobre a doença, "é comum o corpo secretar maior quantidade de cortisol, adrenalina e o cérebro captar menos triptofano, aminoácido precursor da serotonina, um importante neurotransmissor cerebral responsável", como pontua Vera Salvo. Com o aumento do cortisol, é natural aumentar a vontade por alimentos doces e gordurosos, bem como salgados.


Alimentos no combate ao estresse

Para tratar o estresse, é necessário uma série de mudanças na própria rotina, priorizando a saúde mental e corporal. Dentro deste contexto, com relação a alimentação, a nutricionista Vera Salvo, conselheira do CRN-3, destaca alguns alimentos que podem ajudar nesse processo de tratamento:

Vitamina C: ação na ansiedade e depressão. Fontes: frutas como acerola, goiaba, laranja, kiwi; verduras como couve e brócolis.

Flavonóides: tem função antioxidante e anti-inflamatória, ajudando a inibir o estresse. Fontes: frutas, verduras e cereais.

Vitaminas B1, B3 e B6: a falta destas pode causar depressão, insônia. Fonte: carne de porco, grãos, sementes oleaginosas, carnes não processadas; leite, ostras, peixes, fígado, cereais, oleaginosas, banana, abóbora, pêssego e, goiaba.

Ômega 3: atum, salmão, sardinha, semente de chia, de abóbora, amêndoas, nozes, abacate, etc.


Dicas importantes:

- Evite as dietas restritivas e low carb; a ingestão de carboidratos de boa qualidade (pães, arroz, massas, preferencialmente integrais) favorece a entrada de triptofano no cérebro que, como mencionado acima, está relacionado à sensação de bem-estar.

- Aumente a frequência de anti-inflamatórios naturais: linhaça, frutas vermelhas, curry, cebola, alho, uva, aveia, etc.

- Prefira os alimentos frescos aos industrializados, pois possuem naturalmente mais vitaminas e antioxidantes, além de conterem menos gordura e açúcar que são inflamatórios.

- Reserve o tempo da refeição para prestar atenção no que está comendo, na montagem do prato, abrindo os sentidos para aproveitar da melhor forma possível a refeição que está consumindo. Permita-se pausar nestes momentos e desfrutar tudo o que está disponível para você, viver o momento. Sempre haverá muito a fazer, mas é importante parar para recomeçar com mais energia e alegria!


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