A
doença atinge 70% dos brasileiros e 90% da população mundial, segundo dados da
OMS
Nesta quarta-feira (23/09) é comemorado o Dia de
Combate ao Estresse. A data traz um alerta para a doença que atinge 90% da
população mundial e 70% dos brasileiros, sendo 30% relacionados ao estresse no
trabalho, segundo dados da
Organização Mundial de Saúde (OMS) de 2019. A Nutricionista Vera Salvo, do
Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região SP-MS (CRN-3), fala de alguns
alimentos que devem ser evitados para não aumentar o estresse.
"Além dos aspectos emocionais e
psicológicos, outra importante maneira de cuidar da saúde mental é com a
alimentação. Bebidas açucaradas, gorduras não benéficas à saúde presentes nos
alimentos industrializados ou fast food, alimentos ricos em cafeína,
doces concentrados e bebida alcoólica devem ser evitados", pontua.
Para a nutricionista, alimentos, apesar de não
serem remédios, podem ajudar a diminuir a probabilidade de sofrer de ansiedade
e de depressão. "Esta é uma via de mão dupla, pois à medida que estamos
estressados e ansiosos, podemos comer de uma forma diferente e, dependendo do
tipo de alimento consumido, podemos amenizar ou agravar o estresse",
explica.
O estresse é uma reação a uma determinada
situação que traz a sensação de ameaça, provocando consequências físicas como
dor de cabeça ou enxaqueca, queda de cabelo, tensão muscular, insônia e outros.
Segundo pesquisa da International Stress Management Association (ISMA-BR), o
Brasil é o segundo país com mais pessoas afetadas pela Síndrome de Burnout no
mundo, ocasionada pelo alto
nível de estresse.
Sobre a doença, "é comum o corpo secretar
maior quantidade de cortisol, adrenalina e o cérebro captar menos triptofano,
aminoácido precursor da serotonina, um importante neurotransmissor cerebral
responsável", como pontua Vera Salvo. Com o aumento do cortisol, é natural
aumentar a vontade por alimentos doces e gordurosos, bem como salgados.
Alimentos no combate ao estresse
Para tratar o estresse, é necessário uma série de
mudanças na própria rotina, priorizando a saúde mental e corporal. Dentro deste
contexto, com relação a alimentação, a nutricionista Vera Salvo, conselheira do
CRN-3, destaca alguns alimentos que podem ajudar nesse processo de tratamento:
Vitamina C: ação na ansiedade e depressão. Fontes: frutas como acerola,
goiaba, laranja, kiwi; verduras como couve e brócolis.
Flavonóides: tem função antioxidante e anti-inflamatória, ajudando a inibir o estresse. Fontes: frutas, verduras e cereais.
Vitaminas B1, B3 e B6: a falta destas pode causar depressão, insônia. Fonte: carne de porco, grãos, sementes oleaginosas, carnes não processadas; leite, ostras, peixes, fígado, cereais, oleaginosas, banana, abóbora, pêssego e, goiaba.
Ômega 3: atum, salmão, sardinha, semente de chia, de abóbora, amêndoas, nozes, abacate, etc.
Dicas importantes:
- Evite as dietas restritivas e low carb;
a ingestão de carboidratos de boa qualidade (pães, arroz, massas,
preferencialmente integrais) favorece a entrada de triptofano no cérebro que,
como mencionado acima, está relacionado à sensação de bem-estar.
- Aumente a frequência de anti-inflamatórios
naturais: linhaça, frutas vermelhas, curry, cebola, alho, uva, aveia, etc.
- Prefira os alimentos frescos aos
industrializados, pois possuem naturalmente mais vitaminas e antioxidantes,
além de conterem menos gordura e açúcar que são inflamatórios.
- Reserve o tempo da refeição para prestar
atenção no que está comendo, na montagem do prato, abrindo os sentidos para
aproveitar da melhor forma possível a refeição que está consumindo. Permita-se
pausar nestes momentos e desfrutar tudo o que está disponível para você, viver
o momento. Sempre haverá muito a fazer, mas é importante parar para recomeçar
com mais energia e alegria!
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