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quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Descubra como evitar os gatilhos mentais a partir do autoconhecimento

Hoje em dia, muito tem se falado sobre os gatilhos – ou seja, sobre os acontecimentos e eventos aleatórios que disparam, nas pessoas, reações adversas, compulsivas e automáticas. O tema, emprestado da psicologia, ficou muito comum nas redes sociais, onde os “avisos de gatilho” se tornaram recorrentes. Isso porque, como forma de alerta, muitos usuários e contas passaram a adotar a expressão para avisar, de antemão, que aquele conteúdo tem potencial de despertar emoções difíceis ou complexas.

Independentemente da discussão sobre o que é ou não um gatilho, a verdade é que todos nós, mais dia, menos dia, somos pegos desprevenidos por acontecimentos que desafiam a nossa razão e provocam sentimentos inesperados. Basta uma cena de filme, um capítulo de um livro, uma música ou mesmo a fala de alguém que a gente gosta e pronto: nós nos deparamos com uma série de emoções doloridas e quase sempre conectadas a eventos do passado. Isso acontece porque, inconscientemente, os gatilhos nos remetem a situações que já vivemos e com as quais não lidamos muito bem. Como resultado, revivemos essas emoções aqui, no presente, por conta da associação estabelecida pelo nosso cérebro entre o acontecimento do agora e aquele do passado. Mas, então, o que fazer para lidar melhor com essas situações que, embora tão sensíveis, são também tão comuns?

O primeiro passo, evidentemente, é promover um debate capaz de sensibilizar e de fomentar a empatia. Temos, sim, de ensinar as pessoas a se responsabilizarem por suas falas, mas não podemos esperar que mudem do dia para a noite. Por isso, a melhor maneira de lidar com um gatilho é a partir de nós mesmos e da nossa autoconsciência.   

De acordo com Heloísa Capelas, uma das principais especialistas em autoconhecimento, inteligência emocional e inovação pessoal do país, “os gatilhos mentais e emocionais vão ser disparados, infelizmente, sem que se possa evitá-los; mas não podemos dar tanto poder ao outro, o outro não pode ser responsável por nos tirar do cerne. A prática do autoconhecimento nos permite justamente isso, ou seja, perceber que aquilo é um gatilho, perceber que nos causa uma emoção negativa e dolorida e, então, decidir o que podemos e queremos fazer a respeito – em vez de simplesmente responder no automático”

Heloísa, que é criadora do Universo do Autoconhecimento (o primeiro clube de assinaturas de autoconhecimento do Brasil), defende que a autorresponsabilização é uma escolha saudável para evitar a vitimização. “O que o outro fez ou faz é dele. Nós não temos como impedi-lo, mas temos como decidir, com atenção e intenção: ‘eu sei que ele está fazendo para me ferir e, por isso, não vou permitir que isso aconteça’. Mas essa escolha só pode ser tomada se estivermos, antes de tudo, atento aos nossos pensamentos e emoções”.

Assim sendo, a autoconsciência, um exercício a ser praticado diariamente e que nunca tem fim, pode ser um meio muito eficaz para evitar os ressentimentos causados pelos gatilhos. É como Heloísa Capelas ensina: “Todo dia, você pode parar por um instante para se perceber. É uma das maneiras de praticar o autoconhecimento, e, essencialmente, tudo o que você precisa fazer é decidir que vai se olhar com honestidade e isenção. Que vai se perguntar e responder, com abertura e sem autocrítica, o que você está realmente pensando e sentindo, e quais comportamentos têm vontade de adotar em resposta a isso (em vez de simplesmente adotá-los por impulso). Isso, por si só, é suficiente para que comece a se conhecer de verdade”. 

 



Heloísa Capelas - É CEO do Centro Hoffman e, há quase três décadas, está à frente do Processo Hoffman no Brasil – treinamento de autoconhecimento aplicado em 15 países e que já teve seus resultados cientificamente atestados. Por sua sala de aula já passaram mais de 12 mil alunos, entre os quais algumas das principais lideranças e gestores do mercado nacional. Criadora do “Universo do Autoconhecimento”, primeira plataforma de treinamentos e conteúdos online sobre o tema, e autora dos best-sellers “O Mapa da Felicidade” e “Perdão, a Revolução que Falta”, Heloísa é reconhecida como uma das principais especialistas do país em autoconhecimento, inteligência emocional e inovação pessoal.


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